Os avisos das Nações Unidas não foram escutados em tempo útil. Os países ricos foram-se defendendo da crise com dinheiro para obtenção de petróleo e matérias-primas, foram aumentando os preços dos produtos transformados, cobrando neles a crescente subida da energia, já fora do alcance da grande maioria dos países. Todos os países sucumbiram, uns atrás dos outros. Por último, ia deixando de haver compradores. Não havia dinheiro! O impacto da crise espalhou-se pelo mundo inteiro. Os países que tinham oferecido luta à crise, também acabaram por cair. A crise quando nasce é para todos. A sociedade civil foi outra coisa a desaparecer. Os hospitais acabaram por fechar, por falta de medicamentos e outros materiais necessários. Também por falta de eletricidade e água. Operar nestas condições era uma lotaria, e de resto já não havia pagamento de vencimentos e muitos médicos receavam os assaltos permanentes! O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Unicef e o Programa Alimentar Mundial (PAM), estão paralisados. As organizações humanitárias internacionais perderam toda a possibilidade de uma atuação mínima, por falta de meios e alguma ordem mundial. Multiplicaram-se as organizações de malfeitores. As organizações terroristas, que lutam sempre contra o poder, desapareceram gradualmente. Não havia poder ou, era incipiente. As populações mundiais deixaram de dar qualquer crédito aos actos eleitorais, nos poucos que persistissem na sua realização. Os partidos políticos foram das primeiras coisas a desaparecer. Tinham tido um largo quinhão de culpas nesta miséria! Extinguiram-se, pura e simplesmente.
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