Estimativas credenciadas, asseguram, que dentro de 25 anos mais de três mil milhões de pessoas serão atingidas pela falta de água. Muitos cientistas, bem informados, consideram a faltam de água potável, como a principal fonte futura, de conflitos e guerras. Já há zonas do mundo em conflito aberto por esse motivo, como: Rios Tigre e Eufrates, rio Jordão, Rio Nilo, Rio Mekong e Rio Danúbio. Nos países mais desenvolvidos, até hoje, basta abrir uma torneira para obter este “ouro azul”! Esta facilidade faz esquecer os milhões de pessoas que não têm essa prodigiosa torneira. Para amenizar essa carência de água com uma população em crescimento acelerado, padrões de vida mais elevados e consumistas e safras agrícolas intensivas, exploram-se cada vez mais os aquíferos, com águas fósseis, localizadas a centenas de metros de profundidade! A cidade do México é um dos exemplos, mais dramáticos, dessa exploração de aquíferos. A retirada de água dessas reservas, que exige séculos a milhares de anos para serem recarregadas, está afundando o solo nessa cidade. Metropolitano, rodovias, monumentos e edifícios públicos – como a famosa catedral metropolitana – sofrem ondulações e rachaduras produzidas pelo afundamento do solo. A extracção de águas subterrâneas no México excede em 80% a da sua recarga e, assim, a crise definitiva é apenas uma questão de tempo, avaliam os especialistas. Estes problemas no México, começaram ainda no tempo da ocupação espanhola! Os espanhóis drenaram e destruíram um lago que abastecia os primeiros ocupantes da região.
Chang Hung Kiang, do Departamento de Geologia Aplicada da Universidade Estadual Paulista, adverte que mesmo os aquíferos ricos como o Botucatu – no Brasil, um dos maiores do mundo, com 839 mil km2 – não são limitados. Eles dependem das regiões de recarga, áreas onde afloram ou são menos profundos, para serem reabastecidos pelas chuvas que integram o ciclo hidrológico. A sobre exploração de aquíferos já afecta países como a Índia, China e Arábia Saudita e mesmo áreas agrícolas, das grandes planícies nos Estados Unidos. A Arábia Saudita, por exemplo, extrai aproximadamente 75% das suas necessidades do subsolo, cerca de 7 biliões de metros cúbicos, por ano. É o consumo normal, para a irrigação da sua produção de trigo, produto em o país se tornou auto-suficiente em 1984. A esse ritmo, calcula-se que as reservas estarão inteiramente esgotadas por volta de 2048.
A expansão agrícola e o risco de contaminação por pesticidas, é outra ameaça para os aquíferos. Segundo La Riviére, nos EUA e na Europa, onde a contribuição da água subterrânea é uma parte significativa da oferta de água fresca, entre 5% e 10% das amostras recolhidas, indicam concentrações elevadas de nitratos. Isolados do oxigénio atmosférico, os reservatórios subterrâneos de água doce também têm menor capacidade de auto purificação. Assim, a prevenção é o melhor caminho para evitar problemas que afectam as águas superficiais, caso de esgotos domésticos, restos de pesticidas agrícolas, metais pesados e chuvas ácidas. Esses contaminantes, comprometem a potabilidade da água e a vida em rios e lagos, em muitas regiões. Injectar oxigénio em poços pode ser viável em certas situações. Mas tratamentos mais apurados de águas subterrâneas, em outros casos, podem significar a sua inviabilidade económica. Mesmo mares interiores, como o Negro e o Aral, sofrem deterioração das suas águas. O Mar Negro, segundo estudos recentes, tem as suas águas afectadas, especialmente por metais pesados. O Mar de Aral está a secar depois que parte das águas de dois rios que o alimentam terem sido desviados para irrigação. O que no passado foi o fundo de um mar rico em peixe, agora é um deserto salgado, onde antigas embarcações apodrecem lentamente. Nas suas margens, uma população afectada por uma variedade de doenças, especialmente respiratórias, sobrevive industrializando peixes capturados no Oceano Árctico. A pesquisadora norte-americana Sandra Postel mostra que actualmente a agricultura mundial consome perto de dois terços de toda a água tirada de rios, lagos, riachos e aquíferos. Os dados de La Riviére mostram que apenas 37% desse volume é absorvido pelas plantas. Reduzir o consumo racionalizando os métodos, estimam os pesquisadores, pouparia reservas preciosas dos recursos para consumo doméstico em muitas regiões já carentes. Em todo o mundo, “há um enorme desperdício nos processos de irrigação”. Repetimos que segundo a Organização das Nações Unidas, no ano de 2025, a procura de água potável será muito superior às reservas existentes no mundo. A morte ocorre em três dias, pois a água é um recurso vital para todos os seres vivos. É urgente tomar medidas. Qualquer homem suporta várias semanas sem comer, mas sem beber água morrerá ao fim de três dias. Qualquer organismo vivo que perca 10% de água obtém graves problemas. Mas se as perdas forem de 30%, tal organismo morrerá. As reacções químicas afectas à vida só acontecem na presença de água, sem ela, a morte é certa. De todos os planetas conhecidos, chove em apenas um. Por estar a uma distância específica do Sol, a Terra tem água no estado sólido, líquido e gasoso. A transformação física da água, possibilita o ciclo hidrológico: a evaporação pela energia solar e as precipitações sob a forma de chuva e neve. O processo purifica 496 mil quilómetros cúbicos (km3) de água ao ano. Esse volume todo, retorna aos oceanos – directamente ou pela drenagem dos rios, quando as precipitações se dão sobre a terra firme. Uma parte dessa água, entretanto, infiltra-se no solo para alimentar as nascentes dos próprios rios. Essa porção, de 9 mil Km3, é a reserva de água potável para consumo humano, industrial e agrícola. O ciclo hidrológico está na base da vida, como ela é conhecida. Além disso, é a verdadeira força motriz das quase 40 mil hidroeléctricas espalhadas por todo o mundo.
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