Sábado, 31 de Maio de 2014

AFINAL SEGURO SABIA!

"O PS ganhou as europeias com 4% de diferença da coligação PSD-CDS. Um resultado que Seguro reconheceu ter ficado aquém do esperado “tendo em conta as sondagens”, mas atribuiu a Sócrates a culpa nesse resultado : “Há muitos portugueses que consideram que o PS tem muitas responsabilidades em relação ao estado a que o país chegou”.

José António Seguro

 

E Seguro o que pensa daquilo que muitos portugueses pensam, como afirmou?

 

publicado por luzdequeijas às 22:13
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O 1.º GOVERNO PROVISÓRIO

 

Instituiu-se uma Junta de Salvação Nacional, constituída por 2 representantes do Exército (Spínola e Costa Gomes), 2 da Marinha (Rosa Coutinho e Pinheiro de Azevedo), outros dois da Força Aérea (Diogo Neto e Galvão de Melo) e tendo como o 7º elemento o general Silvério Marques.

Spínola assumiu a presidência da Junta de Salvação Nacional, assim como a Presidência da República do 1º Governo provisório, a 16 de Maio de 1974, chamando para Primeiro Ministro, Palma Carlos, um prestigioso advogado liberal, e incluindo, entre outros, os Drs. Álvaro Cunhal, Mário Soares e Sá-Carneiro.

O MFA não é dissolvido e forma uma «Comissão Coordenadora», tendo-se assim uma estrutura bifurcada de governo com ideias diferenciadas, o que iria criar muitos atritos.

A dúvida crucial: A quem compete governar o país?

Para a Junta de Salvação Nacional, era a um governo  legitimamente eleito.

Para a maioria dos membros do MFA era às forças armadas (e MFA).

Para os partidos da extrema esquerda, «o povo é que ordena», com o apoio do MFA.

Os tão enaltecidos capitães de Abril, depois de terem feito uma revolução unicamente com intuitos de reivindicação salarial e uma vida de militar sem guerra, querem governar o país sem se aperceberem, sequer, da sua falta de preparação cívica, política e cultural.

Em condições normais nunca teriam tomado para si tal pretensão e muito menos saneado todo o corpo militar que hierarquicamente tinham a comandá – los.

A perda de toda a noção ética revela a sua falta de estatura para, encostados a uma esquerda em desaparecimento no mundo, atirarem o país e o seu povo para mais sacrifícios colectivos.

publicado por luzdequeijas às 21:57
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REFLEXOS DA EMIGRAÇÃO

 

Diversas consequências podemos assinalar em relação à emigração portuguesa: entre elas, salientamos o processo de crescimento urbano e industrial, sobretudo na faixa centro e norte litoral do território e o aumento dos movimentos da população com destino aos principais centros urbanos agravando, desta forma, o processo de desertificação do interior que se tem vindo a acentuar no decurso das últimas décadas.

Para além destes aspectos, registamos o aumento do comércio, em particular com o exterior, o desenvolvimento do turismo e das actividades terciárias em particular na periferia dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. No seu conjunto estas transformações contribuíram para gerar novas oportunidades de emprego, para o aumento do P.N.B. do país e para uma melhoria significativa do nível de vida da sua população. Contudo, não bastaram para estancar o fenómeno emigratório português que registou, durante o terceiro quartel do século XX uma das fases de maior expansão com destino quer à Europa quer mesmo ao continente americano

publicado por luzdequeijas às 21:51
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Sexta-feira, 30 de Maio de 2014

EMIGRAÇÃO NA DÉCADA DE 90

Pode considerar-se que a situação na década de 90 da emigração portuguesa decorre do conjunto dos factores condicionantes a seguir indicados.

a) No tocante a Portugal, considerado como país de origem de emigrantes:

Não existem, no momento presente para os cidadãos portugueses, quaisquer limitações legais ao direito de se ausentarem do país, qualquer que seja o período previsto dessa ausência; as limitações que porventura existam decorrem apenas das leis e regulamentações em vigor no país de destino.

No que respeita ao panorama económico, o nível de desenvolvimento do país tem vindo, embora lentamente, a melhorar nas últimas décadas e, sobretudo, nos anos mais recentes, após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia (1986). No entanto, essa melhoria genérica dos padrões de vida dos portugueses não os tocou a todos de igual modo, verificando-se uma crise geral no mercado laboral relacionado com a agricultura e com as indústrias extractivas, quanto ao sector primário; e em diversas actividades industriais que, devido à obsolescência de métodos, de técnicas e/ou de equipamentos, conjugada com o aumento da competitividade internacional, se encontram em situação de crise, quando não de falência.

Deste conjunto de circunstâncias resultam situações de desemprego cujo índice, embora um pouco mais baixo do que o dos outros países Comunitários, não deixa de ser preocupante.

Significa isso, em síntese, que continua a existir uma força de repulsão capaz de motivar a tendência para a procura de mercados de trabalho exteriores mais favoráveis.

publicado por luzdequeijas às 16:48
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EMIGRAÇÃO PORTUGUESA

 

Independentemente dos movimentos de populações que, ao longo da História da humanidade, ocuparam continentes e arquipélagos antes despovoados e das grandes invasões de "Senhores da Guerra" poderosos, que sonharam estender os seus impérios até ao limite máximo do poder dos seus exércitos  necessário se torna considerar que se deveu aos portugueses, seguidos de perto pelos castelhanos e, mais tarde, por holandeses, ingleses e franceses, a abertura de todos os continentes à expansão dos povos europeus.

- a saída de 8000 a 10000 portugueses com destino ao Brasil durante o século XVIII;
- a saída de cerca de 28000 emigrantes portugueses durante a última década do século XIX.

Em relação à evolução deste movimento durante a primeira metade do século XX assinalamos o seu incremento até 1914 e uma quebra acentuada no decurso dos anos seguintes em consequência das guerras e da crise económica dos anos trinta:

 9,2 milhares de saídas anuais entre 1939 e 1945 e 26 milhares de saídas anuais entre 1946 e 1955.

Em relação aos períodos mais recentes destaca-se a saída, entre 1955 a 1974, de mais de 1,6 milhões de portugueses ou seja uma média de 82000 emigrantes /anuais. Isoladamente destacamos a saída de - 34113 emigrantes legais em média, entre 1950 e 1960 e de 68100 entre esta data e o início da década de setenta, contra menos de 8200 emigrantes entre 1940 e 1950. Já em relação a datas mais recentes é de salientar que entre 1974 e 1988, somente 230.000 emigrantes saíram oficialmente do país, reduzindo aquele valor para cerca de 15000 saídas anuais.

Note-se que as oportunidades de emprego então registadas em toda a Europa ocidental e a proximidade de Portugal a estes países, permitiu que a emigração se tenha espalhado a todo o território afectando especialmente as áreas rurais e menos desenvolvidas do continente português. 

publicado por luzdequeijas às 16:47
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GRANDE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Analisemos estes fenómenos em Portugal, Mesmo dentro da Europa, este fenómeno do abrupto desenvolvimento tecnológico, em cada país apresenta por certo diferenças sensíveis de natureza humana e cultural, motivo por que, a partir daqui, entende-se mais lógico centrar esta análise em Portugal.

Uma das maiores consequências de tudo isto traduziu-se em grandes movimentações de massa humanas acorrendo às solicitações de novas oportunidades de emprego, dentro ou fora do seu país. Muitas vezes noutros continentes e fora da terra que os viu nascer !

Tudo isto exigia de facto uma dinâmica de comportamentos não aprendidos, nem sequer imaginados, todavia altamente emocionantes. Mudança em tudo era a ordem constante numa nova vida para o chefe de família e todos os seus membros, nomeadamente para a esposa, quase sempre empurrada pelas dificuldades económicas para um emprego para além das lides domésticas.

Os baixos salários eram, apesar do emprego, uma condicionante assegurada  para a grande maioria dos trabalhadores. As inúmeras multinacionais que vieram fixar-se em Portugal na segunda metade do século XX, tinham exactamente na sua mira este objectivo.

As guerras de defesa do nosso ultramar arrastavam milhares de jovens para longe da família, muitas vezes já com filhos nascidos.

Os emigrantes, muitos clandestinos, quando voltavam de férias traziam bons carros e um nível de ostentação que entusiasmava quem tinha ficado. Faziam belas casas na terra e tinham condições de segurança social lá fora de fazer inveja!

publicado por luzdequeijas às 16:40
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LIMITES PARA OS SACRIFÍCIOS

 

Alberto Costa (PS), nas cerimónias do 25 de Abril, disse que no atual período, “por razões que são globais, europeus e nossas, temos uma situação em que se pode dizer que o nível dos sacrifícios impostos atingiu o limite”. Mas o que “qualifica uma forma de governar não é tanto o nível de sacrifícios como o critério com que são repartidos”. “Quando se privilegia o que é mais fácil, quando se constituem como alvos preferenciais os que não podem reagir, fere-se a dignidade e a coesão”, denunciou o deputado socialista.

 

Foi pena que, quando estiveram no governo não entendessem que o nível de despesa tinha atingido limites insustentáveis. Era só endividamento! Agora, encostam-se á Europa, e, a Europa é que tem de resolver aquilo que não foram capazes de fazer, devido aos muitos erros que todos fizeram.

Neste País parece que só o brutal aumento de impostos que os contribuintes sofrem, não tem proteção constitucional para todos. Mas como os buracos do Estado são para pagar, mais cedo ou mais tarde, com menos ou mais impostos, logo com mais dívida, que gerará também mais impostos. Infelizmente os défices e a dívida não se abatem por acórdão constitucional. Nem a constituição penaliza aquilo que devia proteger e penalizar!

Adicionalmente, todos os países da Zona Euro assinaram o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), no qual Portugal se comprometeu, dentro da meta defendida pelo Programa, a registar um défice de 1,1% do PIB em 2001, 0,6% em 2002 e 0,3% em 2003, para chegar ao equilíbrio das contas públicas em 2004.

De acordo com a Comissão Europeia, foi considerado que a redução do défice era uma prioridade para uma maior economia na Zona Euro.

O défice de Portugal deverá ter atingido os 2,2% do PIB nacional em 2001, segundo o Governo português, o dobro dos 1,1% previstos inicialmente pelo Executivo de António Guterres.

A dívida brutal que temos, mais não é que o somatório dos muitos défices orçamentais excessivos e as múltiplas desorçamentações, que os nossos governos quiseram que houvesse por razões de má gestão. 

 

A dívida tem de ser paga, mas paga por todos, e por imperativos morais e sociais as “franjas da sociedade” (idosos, crianças e deficientes) têm de ser constitucionalmente e em absoluto protegidas.

É de todo inexplicável que se dê tanta proteção ao funcionalismo público, sabendo-se que deste modo, terão de ser mais de dois terços dos portugueses, com proventos muito menores, que vão pagar aquilo que a constituição não deixa que seja pago por quem o devia fazer.

Dói muito ver as citadas franjas da sociedade, sem qualquer defesa, terem de pagar a bancarrota como cordeiros manjos. 

publicado por luzdequeijas às 12:07
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Quarta-feira, 28 de Maio de 2014

O CARANGUEJO PORTUGUÊS

"Um pescador de caranguejos nunca tapa o balde em que vai colocando os caranguejos que apanha. 
Isto admira toda a gente à sua volta. 

 


Alguém lhe pergunta um dia : 
- Porque não tapas o balde em que tens os caranguejos !!!??? Não tens medo que fujam !!!??? 
Ao que o pescador calmamente responde: 
- Não é preciso... são caranguejos portugueses: quando um tenta subir, os outros imediatamente o puxam para baixo !!!.."

publicado por luzdequeijas às 19:05
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IMAGINANDO UM OUTRO MUNDO

 

Nesse mundo as pessoas olham-se nos olhos frontalmente e, dos outros, nada mais veem do que a sua própria alma. E esta, vêem-na com dons que adquiriram do alto do seu estado de leveza corporal e grande evolução espiritual. Neste espaçoso universo que considero “celestial”, não vislumbro o mínimo vestígio de poluição. Para melhor meditar, voltei a sentar-me na relva. Precisava de muita meditação! Ouvi falar de muitos temas como: levitação – oceanos – micro algas – energia dos ventos – a teoria de Darwin – propulsão iónica – recursos da Terra – consequências ambientais – correntes oceânicas – climas – famílias dos ventos – novas ferramentas para políticas ambientais – movimentos da Terra – etc. É sobre o aproveitamento de tudo isto que os sábios do plano celestial vão desenvolvendo a sua investigação, no intuito de melhorarem as condições de vida na Terra. Conto, ainda assistir a mais dois debates que sei serem fundamentais no futuro do planeta Terra. Voltei a levantar-me e comecei a vaguear. Não quis consultar placas informativas. Comecei a perceber que elas se destinavam aos recém-chegados. Para mim, já intuía o funcionamento mental desta nova envolvência. Avistei um outro edifício, ainda desconhecido. Era diferente, tinha a forma de uma estrela. Aqui tive de voltar ao “sistema informativo” Era algo de novo. Nem mais nem menos do que uma grande biblioteca! Pude ver milhares de livros, todos de capa azul claro. Havia muitos leitores e outros, acabados de entrar, à procura da informação que pretendiam. Fiquei a observar tal movimentação. Não havia empregados ou outro tipo de controlo visível. O sistema de procura era dirigido, como os outros, pelo pensamento. As opções eram vastíssimas, no que concerne a línguas, tipos de leitura, autores e regiões do globo terrestre, etc. A editora era sempre a mesma: “Presença Celestial”. Embora goste muito de ler, confesso que ainda me sinto pouco à vontade para tal aventura. 

publicado por luzdequeijas às 18:35
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CASA DO SABER

 

Também na Terra elas deveriam existir, na forma de espaços simples, funcionais, bem apetrechadas tecnicamente de modo a serem utilizadas por jovens e menos jovens, sonhando um mundo melhor. Sonhar é bom e as grandes ideias podem nascer de gente não classificada de cientista! Coisas para o poder autárquico.

Em sonhos, eu próprio, já tinha assistido a várias outras reuniões em Casas do Saber e em todas “bebi”, com sofreguidão, tudo que ouvi nelas. O saber em todas elas, era repleto de espiritualidade e profundos conhecimentos, tanto ao nível das intenções como na entrega desinteressada aos projetos. O meu estado de espírito era de uma leveza mental e física muito grande. Ali vivi melhor que os passarinhos vivem na Terra, ou melhor, vivi com outra qualidade, mas todos os dias, sem pensar no amanhã ou no futuro. Tão pouco, nas outras necessidades diárias. Cansaço, foi outra coisa que ia desaparecendo com o decorrer do tempo. Só de não ter que me preocupar em comer, mudar de roupa, calçar todos os dias os sapatos, etc., ficava sempre muito mais leve. Os adornos corporais, é como se não existissem, ou melhor, também são eternos. 

publicado por luzdequeijas às 18:32
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A DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA

Entretanto fugindo da guerra nas colónias que se disseminou a partir de 1975, os designados “retornados” foram- se espalhando pelo mundo e a maioria foi enchendo todas as pensões, edificações de veraneio e todo e qualquer tecto disponível em Portugal. Sós, incógnitos ou fim de notícia nos meios de comunicação social, foram o estandarte para as dificuldades da consolidação de uma democracia que relegou, para plano secundário, a vida de milhões de portugueses. Dilacerou-se a alma de quem, afinal, vivera a sua vida num dado enquadramento, mesclando-se, aculturando-se, recriando uma sociedade diferente num espaço distinto.

 

A Guerra Fria coincidiu com uma significativa ampliação da comunidade internacional. A partir do final dos anos quarenta do século XX desencadeou-se um extenso processo de Descolonização, que perdurou até à década de setenta. Foram raras as ocasiões, entretanto, em que a liquidação de antigos impérios coloniais ocorreu pacificamente. Ela se deu de forma mais concentrada na Ásia nos anos cinquenta e na África nos anos sessenta.

 

Com a Descolonização, Portugal perdeu a sua dimensão imperial e ficou reduzido aos seus territórios europeus. Com a democratização, Portugal criou as condições para superar o seu isolamento e recuperar o seu lugar na Europa das democracias.

 

O fim do isolamento imposto pelo regime autoritário, a Descolonização e a institucionalização de uma democracia pluralista marcam o regresso de Portugal à Europa.
O processo de negociação da nossa adesão foi demorado; Portugal só pôde passar a ser membro de pleno direito das Comunidades Europeias em 1986, oito anos após o pedido de adesão.
A adesão teve efeitos decisivos para Portugal, quer para estabilizar a sua posição internacional, quer para consolidar a democracia, quer para criar melhores condições de modernização económica e social. Mas, sobretudo, tornou possível neutralizar os riscos de marginalização, de certo modo implícitos na nossa posição periférica

 

O fim da guerra fria fechou um ciclo da história europeia e encerrou um século terrível de guerras e de revoluções totalitárias. As divisões políticas e ideológicas que separavam duas Europas tornaram-se supérfluas.

 

É preciso inventar uma nova Europa, cujo nome seja sinónimo de paz e de democracia, uma Europa inteira e livre que supere uma longa divisão histórica entre as duas Europas.

publicado por luzdequeijas às 17:58
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O PRIMADO DA DEMOCRACIA

 

Para se atingir o primado da democracia, eleja-se a “Sociedade Civil ” como primado de toda a atividade nacional. Hoje em dia, o que temos é o primado da economia (negócios condicionados) e da política, havendo um curto-circuito, total, à sociedade civil. Tudo o mais é ESTADO e esbanjamento!

E, antes que se façam apelos à população, leiam-se e saibam-se entender os sinais que veem dessa mesma “Sociedade Civil.

Nenhum homem, mesmo que empossado em alto cargo, ou governo, tem conhecimentos que possam ser mais lúcidos e sábios do que aqueles que emanam de toda uma “Sociedade Civil”. Mesmo com muitas e boas assessorias. Não podemos esquecer que tais assessores, serão sempre homens, direta ou indiretamente, ligados ao “Sistema “, pelo menos a uma parte dele. Com todo o respeito pelas instituições e pelos homens eleitos, contudo, a figura maior da nação é, tão-somente, a “Sociedade Civil”. Tudo o resto, deveriam ser emanações da dita sociedade civil. Os empossados passam e ela, sociedade civil, permanece. Por favor não a manipulem, nem lhe ponham "açaime".

É ela, a sociedade civil, a nação Portuguesa . Para que ela, nação, «fale e diga o que pensa», é preciso incentivá-la a isso, e dar-lhe voz. Não intoxicá-la com informação manipulada! Informação que lhe reduz o maior bem que ela tem: a seriedade, competência e o conhecimento da vida real. Não a empurrem para uma existência de vida virtual. Ela, acabará por descobrir isso, e nesse dia vai ser complicado. Um dia virá em que ela vai desabrochar. E, nesse dia, quando começarem a escassear os bens essenciais, a energia barata, água e produtos alimentares, nesse dia e momento acaba-se a " Autoridade de Estado", quem irá ocupar o seu devido lugar será a sociedade civil. A não ser assim, será pior, muito pior.

 

 

publicado por luzdequeijas às 14:45
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O CAPITAL SOCIAL

A saúde moral do nosso país, ou de qualquer outro, está dependente de muitas coisas, essas sim, básicas para a obtenção de uma economia próspera, resultante de altos níveis de confiança entre a população. Os tais altos níveis de confiança chamam-se “capital social”.

Sem capital social não poderá haver sociedade civil, e sem sociedade civil não poderá existir democracia bem-sucedida.

Diz-se que há democracia (representativa) no mundo, mas esta é uma afirmação, altamente discutível!

O que há à vista, é uma apropriação abusiva do poder pelos partidos. De um poder que deveria emanar do povo. O resto é mentira. Pura falácia!

 Reputados estudiosos deste assunto, chegaram à conclusão de que uma democracia liberal, representativa e bem sucedida, precisa de três elementos fundamentais:

 

 “Um sistema político constitucional, uma economia de mercado e uma sociedade civil.” 

 

Será lógico concluir que tanto o sistema político constitucional como uma economia de mercado têm sempre de existir em função da “Sociedade Civil”.Existem para a servir, porque ela, sociedade civil, é o dado concreto e moral na gestão de qualquer país.Tudo aquilo que existir terá de ser por delegação dela! Isso não acontece em Portugal! Por cá, a sociedade civil que temos está totalmente dependente do Estado e dos partidos!

Temos de facto uma pequena e anémica sociedade civil, mas que sofre de enorme debilidade e desmotivação, provocadas por uma grande falta de transparência do “Sistema Político Constitucional e da Economia de Mercado.” Logo, antes que se façam apelos à população, sejam de que tipo for, corrijam-se os partidos políticos no seu funcionamento interno e nas suas influências externas, pois elas são determinantes no pernicioso funcionamento e mau desempenho do sistema político constitucional. A nossa economia existe enfraquecida, não numa forma de concorrência livre, mas, totalmente manipulada! Em boa verdade deveria ser ela a controlar o Estado e por cá acontece exatamente o contrário!

Olhos postos em cima dos malfadados aparelhos partidários. Corrijam-se os mecanismos que servem a economia de mercado, eliminando o tráfico de influências e a corrupção existente e publicamente anunciada. Assuma-se como grande prioridade a transparência a todos os níveis na vida nacional.

 

publicado por luzdequeijas às 14:15
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Terça-feira, 27 de Maio de 2014

PROFISSIONAIS E CONSUMIDORES

Temos, assim, como quase impossível descrever nesta abordagem ao tema, tantos e tantos novos produtos colocados à disposição dos candidatos a consumidores.

Curiosamente dentro de cada produto a evolução tornou-se uma constante, em ritmo quase alucinante. A adaptação a esta realidade exigiu a esta geração, nascida nos anos quarenta do século XX, um enorme esforço em vários sentidos. Desde logo no domínio profissional, grande desenvolvimento tecnológico, e depois pelo lado do consumidor.

Do lado profissional, reportemo-nos por exemplo aos relógios, eletrodomésticos, televisões, gravadores, frigoríficos, medicina, transportes, ensino, metalúrgico, saúde etc. Bem poderíamos dizer que todos os dias um profissional adormecia atualizado e acordava a precisar de reciclagem.

No caso particular dos relógios um profissional teria nascido a ver alguém com um relógio de puro funcionamento mecânico e optaria por ser um bom relojoeiro. De monóculo numa das vistas, lá ia pacientemente verificando as muitas e delicadas peças, rodas dentadas, molas cordas, eixos etc., em busca de conseguir devolver o relógio ao seu dono, que não podia prescindiria de lhe dar corda todos os dias. Muito rapidamente, todos se viram a braços com outra lógica de funcionamento, e mais outra e outra, ainda outra, até perceber que as pessoas haviam deixado de o procurar para consertar os seus relógios. Já não precisavam de corda, não avariavam e duravam muito tempo, quando muito, precisavam de mudar pilhas, serviço esse, que em qualquer papelaria podia ser feito. Os relógios de pulso tornaram-se praticamente descartáveis para milhões de pessoas! A conclusão dolorosa dos profissionais passava por uma mudança drástica de ramo, ou dentro dele, para instrumentos de precisão mais virados para outras indústrias de conceitos técnicos altamente evoluídos.

 

O homem de luneta, havia desaparecido, e com grande sentido de abrangência e espirito de sacrifício, lá ia aprender muitas outras coisas que nunca lhe teria passado pela cabeça vir a precisar e, algumas deles, a exigirem conceitos aprendidos, em cursos secundários ou até em escolas superiores.

Pelo lado do consumidor, á maioria das pessoas abriram-se-lhes novas e rasgadas perspetivas como consumidor, o que também não foi nada fácil. Desde a impreparação para lidar com a tentação do consumismo e seus riscos, até ao lado social e cultural para os quais era preciso uma nova e desinibida atitude, na postura e no uso do seu dia-a-dia.

 

publicado por luzdequeijas às 16:36
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O SÉCULO XX DOBRAVA

Enquanto o tempo passava e o século XX dobrava, Portugal apareceu, de repente, invadido com milhares de coisas que não existiam. O mundo também.

Algumas até falavam e noutras podíamos ver o mundo inteiro, primeiro a preto e branco e depois a cores. Eram tantas coisas que nos deixavam de boca aberta. A geração que despontava não se assustou e, em pouco tempo, já dominava a sua utilização e mesmo as técnicas utilizadas. Computadores e tudo. Até programar a primor, os jovens faziam com mestria!

Este Portugal de grandes feitos, não ficou envergonhado nem atemorizado com tal evolução, e até tínhamos dos melhores técnicos do mundo, segundo diziam os nossos emigrantes de férias em Portugal! Quando se quer muito tudo se resolve, mas é preciso que acreditem em nós, ou seja, no povo.

Num momento Portugal também ficou cheio de carros, barcos de recreio etc. A sua posse tornou-se banal. As divisas e o ouro depositado no Banco de Portugal, davam-nos o crédito internacional necessário. Os satélites e as viagens à lua também, enchiam os noticiários!

Certo dia, num aeroporto, ouviu-se alguém que chegava do Funchal dizer à mulher que o esperava:viajei de avião para a Madeira em serviço e dormi num bom hotel. Nunca esperei. Sinto-me tratado com respeito e dignidade. Nem tudo foram sacrifícios, esta geração já tinha férias, subsídios, assistência médica e social, descontava para a reforma e começava a ir ao estrangeiro. Diziam que não havia liberdade mas, esta geração vivia de esperança, e nem ligava a conceitos puramente políticos. Foi uma geração de ouro, que aquilo que ambicionava era trabalhar e poupar, para que nada faltasse aos seus filhos, nem aos seus pais, já velhinhos, e sem proteção social.

De repente, num Abril, começaram-nos a dizer para não trabalharmos tanto e pedirmos aumento do vencimento e fazer greves. Muitos ingenuamente fizeram-no. No final dos meses os vencimentos começaram a estar em perigo. Havia boatos de que era preciso reduzir custos e despedir ou pré – reformar os mais velhos, aqueles que nunca quiseram fazer greve e só quiseram trabalhar. Aos cinquenta eram muitos que estavam sentados nos bancos do jardim. Aos poucos vinham chegando cada vez mais e mais. Outros foram saneados ou fugiram do país. Aqui ao lado, em Espanha, também se desejou a liberdade, mas sem perseguir ninguém!

Em Portugal foi a rotura com uma geração de ouro. Tinha de ser ela a pagar a crise, mesmo sem fazer greves nem fazer política. Naturalmente sentiu-se mal tratada, e até desprezada.Mesmo a reforma descontada mensalmente, anos a fio, começou a ficar em perigo! Enterraram a geração de ouro nos bancos do jardim, prematuramente, e continuam a tirar-lhes dinheiro e regalias que com tanto sacrifício tinham conseguido!

Se calhar estavam a mais e deveriam ter morrido mais cedo, como os seus pais, aos cinquenta anos. Era melhor para todos. Cometeram o crime de não terem emigrado! Agora os políticos, não encontram remédio para os défices das finanças públicas e a dívida não pára de crescer!

Curiosa e descaradamente, estão a obrigá-los a pagar, também, a bancarrota! !

 

publicado por luzdequeijas às 12:41
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2014

ELEIÇÕES EUROPEIAS

 

Sabidos os resultados, o problema do PS é óbvio, embora alguns finjam não o perceber: ninguém acredita que o partido promova qualquer «mudança» no país, enquanto por lá andarem os rostos que chamaram a “Tróica”. Os socialistas tinham todas as vantagens possíveis nesta corrida, bastava moderarem a verve, que a curta memória do descontentamento popular lá votaria na "opção mais segura, não comunista nem extremista". No entanto, os números finais parecem enganadores. Não esquecer que, 2/3 dos portugueses não votaram, coisa que nas próximas legislativas não será bem assim.

Quanto aos resultados da coligação Aliança Portugal, depois da caminhada lançada (sem um tostão) a favor de uma grande mudança no país, os resultados eram esperados, embora muito se possa dizer sobre eles. O seu resultado foi fraco, (comparando por exemplo com Espanha, onde o PP ganhou), mas esperava-se muito pior.

Os portugueses continuaram a enganar-se no jogador que merecia levar o “cartão vermelho”. Falta de informação elucidativa? Estranho complexo de esquerda? O voto foi dado, generosamente, à extrema-esquerda!

Dá que pensar, pois desta vez na Europa, nem o povo grego teve medo do papão “extrema-direita”!

Que Europa virá a seguir? A subida das "extremas" dos eurocéticos era esperada. A Europa não pode fingir que nada se passa. Quando o descontentamento deixa de ter voz, alguém ajustará a sua mensagem como resposta àquilo que os eleitores querem ouvir. Hoje o medo que os media devotam à ascensão das extremas é irmão da falta de visão, não querendo eles perceber que se estes não subissem agora, talvez o resultado fosse por uma via menos democrática, com menos dialogo e mais força. O resultado francês é só uma amostra mais evidente da radicalização em que a Europa já mergulhou. Os poucos eleitores que votaram (43,1%) extremaram posições: nos países ricos, a extrema-direita ganhou terreno (no Reino Unido venceu o partido euro-céptico UKIP com 35%); nos países mais pobres ou intervencionados pela tróica, foi a esquerda radical que ganhou pontos.

O mesmo se passou na Grécia, onde o partido anti austeridade de Alexis Tsipras, Syriza, chegou a primeira força grega, derrotando a Nova Democracia liderado pelo primeiro-ministro Antonis Samaras.

publicado por luzdequeijas às 18:20
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Sábado, 24 de Maio de 2014

MARCAÇÃO CERRADA

 

Os media escrutinam, ou deviam escrutinar, os diversos poderes da sociedade. Isto é, denunciam o que poderá estar mal no exercício do poder da parte das instituições e de pessoas que detêm esses mecanismos. Como se tem dito, existem vários tipos e níveis de poder, não apenas os três poderes do Estado, mas toda a atividade que administra uma parte da vida dos cidadãos e da comunidade. Um poder de que agora se fala muito, por exemplo, é o poder desportivo, em particular na modalidade de futebol, como se pode constatar do muito conhecido processo do “Apito Dourado”. Poderíamo-nos também referir aos poderes dos partidos, económico, sindical, patronal, educacional, religioso, militar, etc. – e até ao próprio poder mediático, também ele a merecer, cada vez mais, o escrutínio dos cidadãos. Nada nem ninguém deve, ou pode, estar acima desta marcação cerrada em prol da verdade e da justiça

publicado por luzdequeijas às 23:04
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MODO DE GOVERNAR

COISA ERRADA, DE RAÍZ

"Com Guterres e com Sócrates houve qualquer coisa de errado, de raíz, no modo de governar do PS"

C M - Medeiros Ferreira

publicado por luzdequeijas às 19:27
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COMUNICAÇÃO EM MASSA

 

Na capital portuguesa nos meados da década de cinquenta do século XX, muito poucas famílias dispunham de uma televisão no lar. A maioria deslocava-se aos cafés para depois de beber cafézinho passar a noite a ver programas televisionados.

                  

Os meios de comunicação em massa, canalizavam e canalizam informações que direccionam os gostos, atitudes, pessoas, padrões e lugares para serem consumidos e que vão sendo  encontrados mais à frente nas vitrines das lojas dos Shopping Centers, (Grandes Superfícies Comerciais)  .

A TV, é o meio técnico de comunicação em massa mais forte, pois ela atinge a grande maioria dos consumidores e, principalmente, passou a ser um elemento de grande influência na vida quotidiana. As pessoas, após o sucesso da TV, passaram a adaptar suas actividades diárias aos programas por ela transmitidos, o que retrata a inserção deste meio técnico como parte integrante do processo de  viver.

Um outro aspecto dos novos padrões da sociedade está relacionado com a estrutura familiar. Nas décadas de 60 e 70, houve a gradativa entrada da mulher no mercado de trabalho, trazendo novos modos de gestão da família, pois a mulher, muitas vezes, passou a actuar como seu gestor. Por outro lado, há uma grande parcela da população a viver sozinha, só em casal, ou em pequenas famílias (marido, mulher e no máximo um ou dois filhos), configurando uma nova estrutura social. Este aspecto pode ser comprovado através dos lançamentos imobiliários que apresentam apartamentos de um quarto, pequenos ( menos de 80 m2 ), com cómodos racionais (armários de cozinha e do quarto embutidos): são os que mais se vendem. Na maioria dos casos, são comprados por trabalhadores com razoável nível de vida e pouco tempo livre para o lazer e consumo.

Estas considerações sobre a Sociedade de Consumo, evidenciam ainda mais a união entre comércio e consumo; indissociável . Desse modo, a actividade comercial passou a criar formas para servir a nova dinâmica da sociedade e, ao mesmo tempo, foram produzindos novos meios para a ampliação do consumo e para o surgimento de novas formas. Estas relações directas entre comércio, consumo e cidade, revelam as grandes contradições que os espaços geográficos contêm e que por esta tríade, podemos compreender, ao menos, parte da dinâmica da sociedade actual e do seu movimento de reprodução.

De entre as formas que o comércio passou a introduzir no espaço urbano a partir de 1950, estão os Supermercados, os Shopping Centers, os Hipermercados, as Franquias e as Lojas de Conveniência.   São estabelecimentos que passaram a funcionar quase 24 horas por dia .

Os primeiros supermercados, trouxeram consigo a inovação do auto-serviço. Com isto, os consumidores passaram a ter contacto directo com as mercadorias, sem a necessidade de um vendedor intermediário. Mas os supermercados trouxeram muito mais do que isto para a sociedade, foi a forma comercial que mais impactos trouxe para o espaço urbano e é a partir dos supermercados, que outras grandes superfícies comerciais passaram a aparecer no espaço urbano.

Esse momento de surgimento dos supermercados é marcado pela maciça entrada de novas indústrias  e pelo início da produção em massa de mercadorias. Estes estabelecimentos colaboraram na imposição de um novo ritmo e estrutura interna às cidades.

Os supermercados são superfícies comerciais que concentram territorialmente e financeiramente o capital, possibilitando às pessoas encontrarem num mesmo local, um grande conjunto de mercadorias disponíveis para o seu abastecimento, não sendo necessário ir a vários pontos da cidade para a compra de produtos. Antes dos supermercados, os consumidores abasteciam - se através de um comércio pequeno, de vizinhança ( mercearia, padaria, frutaria, peixaria, talho ,  e outros).

Esses estabelecimentos ocasionaram mudanças no espaço urbano pois, vários tipos de pequenos comércios, foram desaparecendo e como o sucesso dos supermercados foi sendo garantido pelo aval dos consumidores, eles foram - se localizando em vários pontos (estratégicos) da cidade. As grandes avenidas, foram principalmente os locais mais requisitados para a implantação dos supermercados, particularmente nas grandes cidades .

"A expansão dos supermercados também se deveu a dois outros factores fundamentais que foram o frigorífico e o automóvel. O aperfeiçoamento da refrigeração destinada ao lar, bem como a produção em massa de frigoríficos e a sua consequente redução de preço, permitiu que as pessoas pudessem fazer o abastecimento de géneros alimentícios perecíveis, por períodos mais longos. Por sua vez, o automóvel, que a partir de meados de 60 passou a ser adquirido pelos estratos de rendimentos médios da população, deu maior autonomia aos proprietários, possibilitando fazer as compras fora dos limites do bairro".

Além dessas mudanças, o supermercado representa uma facilidade para a circulação e armazenamento de mercadorias, pois as distribuidoras de alimentos economizam em transporte, já que a entrega é feita em pontos determinados da cidade, em grandes quantidades e não mais em pequenos locais dispersos pelo cidade, sendo uma economia para a composição do preço final do produto. Além disto, houve a diversificação do emprego, pois novas actividades como  caixas, seguranças etc. , foram abertas, embora proporcionalmente em número muito menor ao do aumento da produção.

publicado por luzdequeijas às 16:34
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O CONSUMISMO

                                      

A revolução Técnico – Científica que o século XX viu crescer no desenvolvimento da Revolução Industrial, criou capacidades inimaginadas nas sociedades pré-industriais. No início do século XX, antes das catástrofes que cilindraram o século, já nos principais países industrializados se viviam os problemas que emergiam das novas capacidades de produção e de consumo. Em certos países instalava-se assim, desde os anos 60, a denominada sociedade da abundância. Contudo, não pode subsistir produção em massa sem consumo em massa, sociedade da abundância sem sociedade de consumo. A revolução Técnico - Científica tornou irreversível este processo.

No âmbito dos comportamentos individuais, o consumo transforma-se, porém, em consumismo, menos significativamente no consumo de produtos de primeira necessidade. Vivemos um novo século em que novos desafios, conquistas e preocupações nos são colocadas como consumidores. Até onde pode e deve ir o progresso? Não perderá nunca o Homem o controlo sobre a sua capacidade de descobrir e ir mais além? É nesta atmosfera que novas realidades vão surgindo, colocando novas interrogações na sociedade de consumo, como é o exemplo presente dos alimentos trangénicos .

publicado por luzdequeijas às 16:30
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A EVOLUÇÃO SOCIAL E TECNOLÓGICA

A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Diferentes épocas da história da humanidade são historicamente reconhecidas, pelo avanço tecnológico correspondente. As idades da pedra, do ferro e do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram criadas “novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos da natureza de forma a garantir melhor qualidade de vida. O avanço científico da humanidade amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria permanentemente “novas tecnologias”, cada vez mais sofisticadas. (Kenski, 2003, p. 20)

Até chegar ao computador o homem sempre, desde os primórdios, procurou meios de substituir a rotina dos seus trabalhos por um instrumento que pudesse fazer isso por ele. Das armadilhas para a captura dos animais até aos mais sofisticados computadores da actualidade o homem sempre se apoiou no automatismo.

Os artistas plásticos, apaixonando-se pelas suas estátuas, procuravam dar-lhes movimentos, e mesmo vida. A história da Antiguidade está recheada de aspirações, imaginações, fantasias, muitas vezes transformadas em mitologia. 

Os “relógios d’água” (os clepsidras), depois os relógios mecânicos, foram os primeiros dispositivos inventados pelo homem para dominar o “tempo” e o “movimento”, base fundamental para o automatismo das épocas remotas. Daí muitas concepções surgiram como, por exemplo, a da “realimentação” (feedback) e, mais tarde, a da programação dos movimentos. Ao passar dos séculos, os homens, por muitas formas, tentaram criar e imaginar até seres artificiais. Não só o passado recente, mas também a antiguidade, estão povoados de seres artificiais, mostra do historiador francês Breton (1998), inspiração para a criação dos seres artificiais que hoje, poderão ser,  os computadores. 

O reconhecido avanço da Revolução Industrial durante o século XIX, assim como a grande complexidade da organização social, apresentou um novo problema: o tratamento de grandes massas de informação. 

Muitas vezes, passavam-se séculos sem que nada fosse inovado, ao contrario de hoje, em que seleva em média 18 meses para que se invente uma máquina mais rápida e evoluída que a anterior.

 

publicado por luzdequeijas às 16:25
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O PLANO MARSHALL

Conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.

O plano de reconstrução foi desenvolvido num encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de US$ 13 bilhões de assistência técnica e económica — equivalente a cerca de US$ 130 bilhões em 2006, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que se juntaram à Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Quando o plano foi completado, a economia de cada país participante, com a excepção da Alemanha, tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas décadas a Europa Ocidental iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração europeia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma consequência intencionada foi a adopção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.

Recentemente os historiadores vêm questionando tanto os verdadeiros motivos e os efeitos gerais do Plano Marshall. Alguns historiadores acreditam que os benefícios do plano foram na verdade o resultado de políticas de laissez faire que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento económico. Além disso, alguns criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA ajudarem economias estrangeiras com dificuldades com o dinheiro dos impostos dos cidadãos norte-americanos.

publicado por luzdequeijas às 16:17
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Sexta-feira, 23 de Maio de 2014

SOLUÇÕES

PROCURA DE SOLUÇÕES PARA UMA NOVA SOCIEDADE CÍVIL TEM DE SER CUIDADOSA E BEM TESTADA!

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Senão vejamos:

 

Num manicómio, um maluco cai na piscina e começa a afogar-se.
Imediatamente, outro maluco atira-se para a piscina e salva-o da morte.
No dia seguinte, o director do manicómio vai ao quarto do maluco salva-vidas
e diz:
- Aceite os meus parabéns! Vim pessoalmente para lhe dar duas notícias.
A primeira notícia é óptima: Você vai ter alta. Depois do seu gesto heróico de salvar um interno, a nossa equipa concluiu que você está curado.
Já a segunda notícia, infelizmente, não é boa: Aquele interno que você salvou, foi encontrado morto hoje de manhã... Suicidou-se, enforcado com um cinto.
Diz então o maluco herói:
- Não, senhor director, ele não se enforcou. Eu pendurei-o para ele secar!

publicado por luzdequeijas às 00:18
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Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

MOSTRAR O VERMELHO

 

Devido à influência do seu uso no desporto, o termo "cartão vermelho" tornou-se uma expressão corrente dirigida a alguém como reprovação ou negação. 

Questões de debate obrigatório na campanha

- A Constituição é a lei suprema do país e pelas suas enormes implicações na nossa vida social, económica e financeira, a sua atualidade teria de ser debatida. Ela consagra os direitos fundamentais dos cidadãos, os princípios essenciais por que se rege o Estado português e as grandes orientações políticas a que os seus órgãos devem obedecer, estabelecendo também as regras de organização do poder político.

- Face ao próximo ato eleitoral (Europeias) convém saber também, de que forma a Assembleia da República exerce as suas competências relativamente aos assuntos europeus, quer na sua relação com o Governo quer com as instituições da União Europeia, que se têm revelado, cada vez mais, uma necessidade.

- O principal objetivo do debate seria, assim, procurar disponibilizar a informação necessária aos portugueses sobre o papel do Parlamento Português nas decisões tomadas ao nível europeu. A Assembleia da República dispõe já, nos termos da Constituição da República Portuguesa - artigos 161.º, alínea n), 163.º, alínea f), 164.º, alínea p) e 197.º, n.º 1, alínea i) – e da Lei n.º 43/2006, de 25 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2012 de 17 de Maio, relativa ao acompanhamento, apreciação e pronúncia pela  Assembleia da República no âmbito do processo de construção da União Europeia.

Esta Lei define a forma como o Parlamento Português pode acompanhar, apreciar e pronunciar-se sobre as propostas oriundas das instituições europeias, prevendo um processo regular de consulta com o Governo e devida informação aos portugueses. Este processo de apreciação e de pronúncia envolve todo o Parlamento, desde as comissões competentes em razão da matéria, à Comissão de Assuntos Europeus e o próprio Plenário, como também se poderá verificar, na consulta e informação aos eleitores. A forma como os Parlamentos nacionais cooperam e se relacionam entre si e as relações que têm desenvolvido com as instituições europeias, assim como uma breve síntese do trabalho desenvolvido por cada instituição europeia, é outra das vertentes a explorar neste sítio. Por fim, poderá ainda esclarecer algumas dúvidas na secção dedicada às "perguntas frequentes". Esperamos que esta iniciativa cumpra o objetivo de facultar o acesso à informação sobre a atividade parlamentar no âmbito da construção da União Europeia na qual Portugal está inserido e dependente.

- Ou ainda os problemas dos nossos défices orçamentais, como o Fundo Monetário Internacional(FMI) estima que Portugal vai continuar a registar défices pelo menos até 2019, ano em que prevê que o défice orçamental do país seja de 1,2% do Produto Interno Bruto.

- Problemas originados pela dívida portuguesa, pois as previsões da instituição liderada por Christine Lagarde indicam que, depois de ter subido para os 128,8% do PIB em 2013, deverão inverter a tendência este ano, caindo ligeiramente para os 126,7% em 2014 e para os 124,8% em 2015.

- Debate sobre as muitas desorçamentações ocorridas e que, além de viciarem os orçamentos, comprometem de forma injusta o futuro das próximas gerações.

- Debate sobre a forma de atuação das centrais sindicais no que se refere aos prejuízos causados aos utententes de empresas públicas, sistematicamente em greves.

Enfim, são tantos os problemas entre Portugal e a Comissão Europeia para serem resolvidos, quanto antes, que se torna vergonhoso vir a público pedir um “cartão vermelho ao governo, como fazem os líderes da oposição ou, também uma certa central sindical há 40 anos dependente do mesmo partido, e com os trabalhadores a verem os seus rendimentos do trabalho a caírem há mais de 15 anos!

Por favor mais respeito pelo país e acima de tudo por todos (todos mesmo) os muitos políticos portugueses, coniventes em tudo isto e muito mais.

publicado por luzdequeijas às 17:52
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Terça-feira, 20 de Maio de 2014

A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.



"O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraído, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas) ".

publicado por luzdequeijas às 20:37
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DÍVIDA PÚBLICA DE PORTUGAL

Dívida pública bruta desde 1991

Dívida pública em % do PIB desde 1991
  91-92-93-94-95-96-97-98-99-00-01-02-03-04-    05-06-07-08-09-10-11-12-13

 

Desde 2005 que a dívida tem tido um crescimento considerado pelos economistas como causador da crise estrutural. Para esta contabilidade é preciso também considerar que a partir dos finais de 2009 se deu a crise da dívida pública da Zona Euro. 

 

A Dívida pública de Portugal, também denominada como dívida das administrações públicas de Portugal, é o valor que o Estado Português deve, externa e internamente, através dos seus diversos compromissos financeiros.1

No final de 2013, a dívida pública de Portugal situava-se em 129,4% do PIB, cerca de 215 mil milhões de euros, aproximadamente 20 mil euros por habitante. O valor em causa (130% do PIB), corresponde aproximadamente a 1 ano e três meses de produção nacional.

 

 

"Troika: empréstimo de 78 mil milhões de euros

por Paula Sá e Eva Cabral03 maio 2011 280 comentários

 

Fotografia © Ricardo Oliveira/GPM

José Sócrates garantiu que o acordo com a troika da UE/BCE/FMI não levará a mais cortes nos ordenados da função pública nem nas pensões mais baixas. Portugal pode ficar nos 5,9% de défice este ano. E o empréstimo é de 78 mil milhões de euros.

Na sede do PSD, Eduardo Catroga destacou a nova meta do défice e chamou ao partido a 'vitória' por esta estratégia diferenciadora de consolidação orçamental. Frisou que se conseguiu "virar a austeridade para o Estado e não para as pessoas".

O economista indicado por Pedro Passos Coelho para acompanhar as negociações com a troika lembrou que o PEC4 atacava um milhão e pensionistas. "Uma tragédia nacional que será dissecada nas próximas semanas".

A estratégia seguida pelo primeiro-ministro demissionário foi precisamente a de também assacar ao Governo a "vitória de um bom acordo", que salva o 13º e o 14º mês. Tal como o valor do salário mínimo nacional, as pensões mais baixas (os cortes serão apenas para as que são acima de1500 euros).

José Sócrates assegurou ainda a não privatização da Caixa Geral de Depósitos, bem como a defesa do Serviço Nacional de Saúde e a escola Pública.

O líder do governo de gestão fez um apelo a que, desta vez, "prevaleça o superior interesse nacional" e assegurou que se vai passar agora à fase de consultas com a oposição."

 

NOTA: Assim vai a política em PORTUGAL. Fazer oposição é estar sempre no "CONTRA". Estudar os problemas e apresentar soluções viáveis é ajudar o "partido rival", pensam os políticos de serviço. Isso nunca, e apresentar a sua concordância com medidas acertadas, nem pouco mais ou menos. Enganar o povo é o caminho mais curto para regressar poder e aos respectivos "tachos"!

 

 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 12:03
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OS CARTÕES VERMELHOS!


PORTUGUESES ... SERÃO MESMO COMO OS OUTROS  ?!! ...

Um amigo meu comprou um frigorífico novo e, para se livrar do velho, colocou-o em frente do prédio, no passeio, com o aviso : "Grátis e a funcionar. Se quiser, pode levar". O frigorífico ficou três dias no passeio, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão de que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom de mais para ser verdade e mudou o aviso : "Frigorífico à venda por 50,00€"

No dia seguinte, tinha sido roubado !

Cuidado ! Este tipo de gente vota !
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Ao visitar uma casa para alugar, o meu irmão perguntou à agente imobiliária para que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs.

A agente perguntou: "O sol nasce no Norte ?"

Quando o meu irmão lhe explicou que o sol nasce a Nascente (aliás, daí o nome) e que há muito tempo que isso acontece, ela disse: "Eu não estou actualizada a respeito destes assuntos".


Ela também vota ! ____________________________________________

Trabalhei uns anos num centro de atendimento a clientes em Ponta Delgada - Açores. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu respondi : "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana."

Ele então perguntou : "Pelo horário de Lisboa ou pelo horário de Ponta Delgada ?"

Para acabar logo com o assunto, respondi : "Horário do Brasil."


Ele vota !
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Um colega e eu estávamos a almoçar no self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falar a respeito das queimaduras de sol com que tinha ficado, por ter ido de carro para o litoral.

Estava num descapotável, por isso, "não pensou que ficasse queimada, pois o carro estava em movimento."


Ela também vota !
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A minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, para cortar o cinto de segurança, no caso de ficar presa nele. Mas guarda a ferramenta no porta-bagagens !


A minha cunhada também vota !
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Uns amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notámos que as grades tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, comprámos 2 grades.

O caixa multiplicou 10% por 2 e fez-nos um desconto de 20% ...


Ele também vota !
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Saí com um amigo e vimos uma rapariga com uma argola no nariz, ligada a um brinco por meio de uma corrente. O meu amigo disse : "Será que a corrente não dá um puxão no nariz, cada vez que ela vira a cabeça ?"

Expliquei-lhe que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independentemente da pessoa virar a cabeça ou não.


O meu amigo também vota !
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Ao chegar de avião, as minhas malas nunca mais apareciam na área de recolha da bagagem. Fui então ao sector da bagagem extraviada e disse à funcionária que as minhas malas não tinham aparecido.

Ela sorriu e disse-me para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos. "Agora diga-me uma coisa, perguntou ela ... o seu avião já chegou ?"


Ela também vota !
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Numa pizzaria, quando estava à espera de ser atendido, vi um homem a pedir uma pizza para levar para casa. Estava sozinho, e o empregado perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6.

Ele pensou algum tempo e respondeu : "Corte em 4 pedaços; acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços."


Isso mesmo, ele também vota!

                             Agora já sabem QUEM elege os políticos!... É quem em PORTUGAL mostra

sempre o vermelho àqueles que não cometeram a falta ...

publicado por luzdequeijas às 11:48
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Domingo, 18 de Maio de 2014

SIDÓNIO PAIS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sidónio Pais
4.º Presidente de Portugal Portugal
Mandato28 de Abril de 1918 até
14 de Dezembro de 1918
Antecessor(a)Bernardino Machado
Sucessor(a)João do Canto e Castro
Vida
Nome completoSidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais
Nascimento1 de Maio de 1872
CaminhaReino de Portugal Reino de Portugal
Morte14 de Dezembro de 1918 (46 anos)
Lisboa Portugal
Dados pessoais
Primeira-damaMaria dos Prazeres Martins Bessa Pais
PartidoPartido Nacional Republicano
ReligiãoAteu1
ProfissãoMajor do Exército e Professor

Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha1 de Maio de 1872 — Lisboa14 de Dezembro de 1918) foi um militar e político que, entre outras funções, exerceu os cargos de deputado, de ministro do Fomento, de ministro das Finanças, de embaixador de Portugal em Berlim, de ministro da Guerra, de ministro dos Negócios Estrangeiros, de presidente da Junta Revolucionária de 1917, de presidente do Ministério e de presidente da República Portuguesa.

Enquanto presidente da República, exerceu o cargo de forma ditatorial, suspendendo e alterando por decreto normas essenciais da Constituição Portuguesa de 1911Fernando Pessoa chamou-lhe Presidente-Rei.

Oficial de Artilharia, foi também professor na Universidade de Coimbra, onde leccionou Cálculo Diferencial e Integral. Protagonizou a primeira grande perversão ditatorial do republicanismo português, transformando-se numa das figuras mais fracturantes da política portuguesa do século XX. Em 1966, o seu corpo fora solenemente trasladado para o Panteão Nacionalda Igreja de Santa Engrácia (Lisboa), aquando da sua inauguração. A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro e homenageou igualmente com estas honras outros ilustres portugueses. Antes disso, o seu corpo encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.

publicado por luzdequeijas às 19:43
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VENEZUELA DE CHAVES E MADURO


sábado, 28 de Abril de 2012

Como Hugo Chávez Está a Destruir a Economia Venezuelana: O Socialismo Ataca Mais Uma Vez…

Na Venezuela de Hugo Chávez há falta de tudo: leite, carne e até papel higiénico são bens constantemente em falta e quando estão disponíveis é necessário muitas vezes esperar horas em filas para os conseguir comprar.
Há alguns meses atrás, um velho amigo meu venezuelano contava-me como ele e a sua família foram obrigados literalmente a “fugir” da Venezuela de Hugo Chávez devido à instabilidade económica e social que hoje se vive naquele país. A Venezuela graças à “magnífica” governação de Hugo Chávez é hoje uma nação a enfrentar uma lenta morte económica.
As consequências da revolução socialista de Hugo Chávez estão bem à vista, a Venezuela é hoje um dos países com a mais alta taxa de crime no mundo tendo uma taxa de homicídio de 57 por cada 100.000 habitantes[1] e em termos económicos o país tem um dos piores desempenhos da América Latina. 
Quem hoje viajar até Caracas na Venezuela depara-se com longas filas de pessoas à porta de lojas para comprar bens básicos que nós aqui na Europa damos como garantidos. Logo de madrugada, dezenas de venezuelanos colocam-se durante horas em filas na esperança de comprar um simples frango ou uma garrafa de óleo alimentar antes que os stocks se esgotem.
Não há desculpas para o estado a que a economia venezuelana chegou, a Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo a nível mundial e com os preços do petróleo a subir, este dá cada vez maior lucro a quem o vende. Porém, na Venezuela de Hugo Chávez falta de tudo: leite, carne e até papel higiénico são bens constantemente em falta e quando estão disponíveis é necessário muitas vezes esperar horas em filas para os conseguir comprar.[2]
O inferno socialista em que hoje vive o povo venezuelano deu origem a uma situação humilhante em que os cidadãos de um dos países mais ricos do mundo em termos de recursos naturais, têm de se levantar antes do nascer do sol e esperar em filas durante horas a fio para comprar um simples frango congelado, uns sacos de farinha ou uma garrafa de óleo vegetal e muitas vezes nem assim conseguem obter o que pretendem.[3]
Quem julgue que são apenas os pobres que passam por este tipo de privações está redondamente enganado. Na Venezuela as rupturas de stocks em termos de bens essenciais afectam tanto os mais ricos como os mais pobres. De acordo com William Neuman, um supermercado localizado no bairro elitista La Castellana em Caracas era capaz de ter num dia frango, ovos e queijo em abundância, mas nem um único rolo de papel higiénico e pouquíssimo café. A falta de café é aliás ridícula para um país que em tempos foi um dos maiores exportadores de café a nível mundial.[4]
Num dia em que não havia leite neste supermercado, William Neuman perguntou a um dos empregados onde podia arranjar leite e a resposta não se fez demorar: “na casa de Chávez”.[5]
A Venezuela chegou ao ponto a que chegou devido às políticas económicas socialistas de Hugo Chávez. Como forma de tentar fazer com que os mais pobres pudessem ter o acesso facilitado a bens alimentares e de consumo, o governo de Hugo Chávez impôs controlos de preços muito duros na economia e não é por coincidência que os produtos com o preço tabelado são precisamente aqueles que hoje são mais difíceis de encontrar disponíveis no mercado.
Nery Reyes de 55 anos, descreve bem o sentimento generalizado que muitos venezuelanos hoje sentem quando diz que “a Venezuela é um país demasiado rico para estar nesta situação”.[6]
A revolta que muitos venezuelanos hoje sentem em relação à situação a que o seu país chegou é mais do que compreensível. A Venezuela já foi um dos países mais prósperos e economicamente vibrantes da América Latina. Tinha uma indústria manufactureira sofisticada, um sector agrícola forte e empresas dinâmicas. Porém, a forte economia que a Venezuela em tempos possuiu deu origem a um fosso entre ricos e pobres muito grande e deveras escandaloso. 
A razão para isto prende-se com o facto de durante demasiados anos os políticos venezuelanos terem optado por políticas económicas erradas e terem deixado o seu país transformar-se num paraíso para a corrupção. Foi esta situação social que conduziu Hugo Chávez ao poder com a sua retórica barata e teorias socialistas de feira. O povo venezuelano tinha mais do que razões suficientes para estar chateado, porém, ao votar em Hugo Chávez abriu o caminho a um regime económico socialista que com o tempo só vai gerar mais pobreza e miséria.
O governo de Hugo Chávez argumenta que as suas medidas económicas têm como objectivo proteger os mais pobres e culpa o sistema capitalista pelos males do povo venezuelano. O governo argumenta ainda que o tabelamento de preços é necessário para controlar a inflacção dos preços que o ano passado atingiu na Venezuela 27.6%, sendo assim uma das mais altas taxas de inflacção do mundo. O governo acusa também as empresas de provocarem as carências de bens de propósito para provocar a subida dos preços e assim justifica o controlo de preços que está a levar a cabo. Só quem não percebe absolutamente nada de economia pode acreditar numa conversa destas.[7]
Na realidade, as políticas económicas socialistas de Hugo Chávez não estão a resolver problema nenhum, mas sim a provocar um problema ainda maior. Ao tabelar os preços a níveis demasiado baixos, o governo impede as empresas e os produtores de obterem lucro com a venda dos seus produtos, isto leva obviamente a que muitos produtores deixem de produzir, pois nenhum capitalista vai produzir se não obter lucro em troca.[8] Por outras palavras, quanto mais o governo de Hugo Chávez tabelar e controlar os preços, menos os produtores vão produzir e menos vai haver disponível no mercado, consequentemente a Venezuela vai ver-se obrigada a importar cada vez mais para substituir aquilo que já não consegue produzir e assim a economia venezuelana vai decaindo de dia para dia. Isto é o Socialismo no seu melhor.
A incompetência do governo socialista de Hugo Chávez fica bem patente se constatarmos que alguns dos bens que hoje faltam no mercado venezuelano são produzidos por industrias que Hugo Chávez nacionalizou em nome do “interesse nacional”.[9] O facto é que desde que estas indústrias foram nacionalizadas, a produção caiu drasticamente e quem sofre com isto é o povo venezuelano que se vê obrigado a importar o que já não consegue produzir por culpa das políticas socialistas de Hugo Chávez.
Em Janeiro de 2012, de acordo com o Banco Central da Venezuela, a dificuldade em conseguir obter bens alimentares básicos estava ao seu pior nível desde 2008. O leite em pó, que constitui um dos pilares da alimentação venezuelana, estava esgotado em cerca de 42% dos supermercados e o leite em estado líquido ainda é mais difícil de encontrar de acordo com a Datanálisis.[10]
Ainda de acordo com a Datanálisis, outros bens básicos como carne de vaca, frango, óleo vegetal e açúcar estão em falta no mercado venezuelano. Nas lojas subsidiadas pelo Estado, que foram criadas para oferecer bens alimentares a preços mais baixos aos pobres, o problema ainda é mais grave e as rupturas de stocks são constantes.[11]
É óbvio que muitos venezuelanos necessitam de apoio do Estado para sair da pobreza em que se encontram, no entanto, o caminho escolhido pelo governo de Hugo Chávez é desastroso e vai levar inevitavelmente à implosão da economia venezuelana se estas políticas económicas socialistas continuarem por muito mais tempo. 
Não é destruindo a economia da Venezuela através de nacionalizações desastrosas e tabelamento de preços que Hugo Chávez vai ajudar o seu povo. Muito pelo contrário, Hugo Chávez está a destruir a capacidade exportadora da Venezuela criando um país petro-dependente e se não fosse o “ouro negro” para sustentar as suas fantasias socialistas, já o seu governo teria caído há muito.
Para agravar a situação, Hugo Chávez ameaça aberta e publicamente que nacionalizará qualquer empresa que não consiga manter os seus produtos no mercado, afastando assim inúmeros capitais estrangeiros da Venezuela que têm medo de investir neste país devido ao facto de o mesmo ser governado por um governo socialista liderado por um político claramente instável – Hugo Chávez.
Francisco Rodríguez, um economista da Merrill Lynch que se dedica ao estudo da economia venezuelana afirma aquilo que muitos no mundo já sabem em relação à mesma: “a médio/longo prazo isto vai ser um desastre.”[12]
O tabelamento de preços por parte do Estado levou à criação de um mercado negro na Venezuela em que os produtos que não podem ser obtidos de forma normal em supermercados, podem por sua vez ser comprados a preços elevados no mercado negro.
Para se ter noção do problema, Emílio Ortiz de 52 anos e dono de uma mercearia, afirma que só conseguiu comprar açúcar e leite em pó uma única vez ao seu fornecedor em 2011. Consegue obter óleo alimentar uma vez por mês, mas apenas cerca de metade do que ele pede. Por sua vez, devido ao tabelamento de preços, a taxa de lucro é tão pequena que ele se vê obrigado a subir o preço dos produtos não tabelados para conseguir obter uma taxa de lucro decente no fim do mês.[13]
 
Isto é o perverso ciclo vicioso gerado por políticas socialistas, tabelam-se os preços de um lado e eles disparam do outro. Chega-se a uma situação em que toda a economia de um país está estagnada e moribunda. Só quem tenha pouca inteligência ou seja pura e simplesmente ignorante em termos económicos é que não percebe o fracasso que o Socialismo constitui quando aplicado a um país.
Um exemplo que ilustra bem este problema, é a carência grave da farinha Harina Pan na Venezuela. A Harina Pan é uma das marcas de farinha mais utilizadas pelo povo Venezuelano para fazer as suas tradicionais Arepas. O facto de um supermercado ou mercearia venezuelana não ter Harina Pan é o equivalente a um supermercado nos Estados Unidos ou na Europa Ocidental não ter Coca-Cola.
Um dos produtos agrícolas que a Venezuela tem obrigação de produzir em largas quantidades é o café. Até 2009 a Venezuela foi um dos maiores exportadores de café a nível mundial, porém, desde há 3 anos que o país se vê obrigado a importar café porque já não consegue produzir o suficiente para satisfazer o seu próprio mercado interno. A culpa desta situação é inteiramente da reforma agrária socialista que Hugo Chávez tem estado a levar a cabo e cujos resultados hoje estão bem à vista de todos. A agricultura venezuelana tem estado a ser gradualmente destruída pelas políticas socialistas do governo.
Os agricultores de café venezuelanos colocam eles próprios a responsabilidade pela situação inteiramente em cima do governo. O problema mais uma vez tem a ver com o tabelamento de preços, pois os preços são mantidos tão baixos que um agricultor não consegue obter lucro da sua colheita de café, assim sendo, muitos deixaram de produzir ou então deixaram de comprar adubos como forma de cortar nas despesas consequentemente levando à diminuição da qualidade e quantidade da produção de café.
O sector do café não é o único afectado, pois tem-se passado o mesmo com os agricultores que produzem milho, leite e carne de bovino.[14] O Socialismo está a desmantelar por completo a outrora poderosa agricultura venezuelana.
A Venezuela de Hugo Chávez é mais um clássico exemplo do que sucede a um país quando este opta por políticas económicas socialistas. O resultado está claramente à vista e o povo venezuelano já o começa a sentir na pele. Se a Venezuela continuar por este caminho mais alguns anos, acabará por se transformar num Estado economicamente falhado e falido. 
Mais uma vez as lições de Ludwig von Mises são actuais e aplicam-se ao caso venezuelano. Mises tinha previsto que qualquer economia socialista acabaria inevitavelmente por sofrer do “problema do cálculo económico” que consiste na incapacidade de um Estado socialista levar a cabo os cálculos económicos necessários para organizar uma economia complexa. Mises argumentou e com razão que um país sem uma economia de mercado livre nunca pode ter um sistema de preços funcional.[15]
O povo venezuelano vive hoje um pesadelo socialista auto-imposto e só quando acordar é que se vai aperceber do terrível erro que cometeu ao apoiar Hugo Chávez. Espero apenas que nessa altura já não seja demasiado tarde…
publicado por luzdequeijas às 19:26
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A CLASSE MÉDIA

 

Pobre, ele não é e rico, ninguém o considera, como tal deve ser alguém da classe média, assim se julga muita gente que não vive monetariamente angustiada!

Dizem que no período entre 1643 e 1715, em pleno reinado de Luís XIX, já se falava desta envergonhada classe média! Só muito raramente, alguém com instintos premonitórios, se atreveria a falar de um tal segmento social em plena ascensão, mas, com todos os condimentos para baquear em situações de grave crise financeira. Seria, no caso, a empertigada classe média, glosada até em peças teatrais; a propósito do seu destino oscilar entre uma forte ascensão e um mais que previsível declínio.

Hoje, muitos alertam que Portugal vive numa ambiente propício ao surgimento de um novo Sidónio Pais montado num cavalo branco, populista e demagógico, que ponha em causa a nossa democracia, a dívida e a escandalosa cobrança de impostos. Por outro lado, "a classe média sempre viveu um pouco na fantasia de facilidade, mas sem conseguir consolidar-se do ponto de vista económico e até em termos de estatuto porque tem vivido muito à sombra do Estado social". Começa-se a falar da "ameaça de um empobrecimento repentino" e a armadilha do crédito fácil acabou por atingir a classe do meio, "as famílias ditas de sanduíche, que estavam acima do limiar de pobreza mas por causa do crédito à habitação da crise financeira e da incompetência dos políticos, já vinham tendo menos rendimento disponível do que as pobres". Os devedores bramam em pânico: eu gostaria, que me explicassem como é possível continuar a gastar e a pagar, quando já se está endividado até ao pescoço…

Para o governo arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele vai continuar a endividar-se… Todos os Estados o fazem! Qual poderá ser a solução? Estamos num momento de encruzilhada de viragem.não é só Portugal. estamos num mundo conturbado, estamos num momento de transição. para o bem ou para o mal. a história está em aberto. 

Em vários momentos da sua história, os portugueses mostraram uma grande irreverência, capacidade de acção e até algum radicalismo. É a classe média que trabalha sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre ela que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Formam um reservatório inesgotável. É a classe média, incluindo reformados, " finalmente em declínio" …

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:13
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Sexta-feira, 16 de Maio de 2014

ESCREVER PARA COMUNICAR

Moral – A razão do mais forte (insubmisso) é sempre a melhor.

A criação literária depende muito da imaginação, só que essa imaginação é agregada a diversos fatores presentes na vida do autor. Desde diálogos e relacionamentos, à moral e pensamentos. Portanto, não é “apenas” um simples contar de histórias, totalmente estruturadas de forma coerente e com personagens chamativos, é também um diálogo dentro e fora da obra, de acordo com a experiência de quem a escreve.

Pois é, dentro e fora da obra que pele vestirá o autor? Sabendo-se ele submisso e insubmisso, por natureza!

Por ser assim, sabe-se que ele irá ser tudo menos meio-termo. Irá, ser lobo e cordeiro, essa é a sua natureza. Se conseguir, formará um diálogo imenso entre obra e a realidade. Continuando na relação de dentro e fora da obra, além de indicar o padrão de vida considerado adequado a cada personagem, também indicará a sua hierarquia social, já que os camponeses nas suas obras, quase sempre são apresentados de forme miserável, mesmo assim,uns submissos e outros insubmissos.

A muralha é tida explicitamente como a divisão de dois mundos completamente distintos: o selvagem e o civilizado. Cá está a dupla formação de caráter do autor a impor o desenrolar das cenas. Nada nem ninguém o poderá desviar do enredo da fábula do “Lobo e o Cordeiro”:

“Um cordeiro (submisso) estava a beber água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma forte corrente. Quando levantou a cabeça avistou um lobo (insubmisso) também a beber nesse riacho. Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo? Disse o lobo, que estava a alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.

Senhor – respondeu o cordeiro, não precisa de ficar zangado porque eu não estou sujando nada. Estou a beber a uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer aquilo que diz. Você agita a água, continuou o lobo ameaçador, e sei que andou a dizer mal de mim no ano passado. Não é verdade, disse o cordeiro. No ano passado ainda não tinha nascido. O lobo pensou um pouco e disse: se não foi você foi o seu irmão, o que dá no mesmo. Eu não tenho irmão disse o cordeiro – sou filho único. Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou algum dos cães qur cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então, ali dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes, e levou-o para comer num lugar mais sossegado.   

publicado por luzdequeijas às 19:21
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Quinta-feira, 15 de Maio de 2014

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA

O CRISTÃO E A ESPERANÇA

O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.

Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se “família”, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos ao desafio de aceitarmos a conceção de uma família mais alargada, e dessa maneira ficaremos abertos ao encontro e ao diálogo de gerações.

Tudo aquilo que não queremos para a nossa família, também não podemos nem devemos querer, ou aceitar, para a grande família alargada, a quem chamam o “próximo”.

Nasceu, então, em nós e a partir de agora outro conceito; o conceito da justiça social e o destino universal dos bens da Terra.

Chegámos, sem darmos por isso, a um porto até agora desconhecido, chama-se ele: “conceito cristão sobre a propriedade e o uso dos bens”.

É o princípio típico da Doutrina Social Cristã; os bens deste mundo são originariamente destinados a todos.

O Direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio.

Sobre a propriedade privada, de facto, está subjacente «uma hipoteca social», quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função social, fundada e justificada precisamente pelo princípio do destino universal dos bens.

Depois, e ainda, dentro do mesmo barco começamos a respirar, levemente, um suave perfume que, lido no frasco que o contém, sabemos chamar-se hino à “solidariedade humana”.   

Conforme a fragrância escolhida, podemos optar pela caridade paciente, caridade bondosa, caridade discreta, caridade da verdade mas nunca deveremos obter alguns outros tipos de caridade postas à venda como, a caridade indiscreta ou a caridade interesseira, ufana ou mesmo, invejosa.

Assim que sairmos de novo do barco, no qual fizemos esta longa viagem, teremos seguramente descoberto que há outra forma de ser feliz na terra, que desconhecíamos e que também, ainda nos pode levar à salvação eterna.

Sem medo de nos rotularem de utópicos, sabemos ser esta a viagem aconselhada. Não é fácil tomar a qualquer hora este barco! A maior qualidade para nele entrarmos será certamente o desapego material! De seguida o “amor ao próximo”!

publicado por luzdequeijas às 16:07
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Quarta-feira, 14 de Maio de 2014

O ORÇAMENTO PARA 2000

 

Público – Caderno Economia – 21 de Fevereiro 2000

 

A proposta de orçamento do Estado que o Governo fez à Assembleia da República está nos antípodas do que eu gostaria.

O seu principal defeito está no crescimento da DESPESA PÚBLICA. Depois de durante quatro anos o despesismo ter sido o traço dominante da política orçamental de Guterres, eis-nos perante uma nova proposta de orçamento em que o crescimento real da despesa ultrapassa o inimaginável. Mais 10,8% de despesa pública em termos nominais e mais 8,8% em termos reais. Um disparate.

O peso dessa mesma despesa, que atinge praticamente os

11 000 Milhões de contos e representa já 51% do PIB, ou seja, mais de metade da produção anual de Portugal inteiro. Como é possível ter o descaramento de propor semelhante loucura aos portugueses?

Durante quatro anos tive a oportunidade de dizer largas vezes no Parlamento que isto ia acontecer. O Governo não fez praticamente esforço nenhum para reduzir o défice durante a sua primeira legislatura. Viveu apenas do efeito conjugado da redução das taxas de juro com a canalização de algumas receitas de privatizações para redução da dívida pública. Foi como a cigarra: cantou e dançou enquanto pôde.

Agora que a fatura de juros da dívida pública recomeçou a subir e que o crescimento económico começou a abrandar, que vai este Governo fazer? Vai, naturalmente, fazer duas coisas: vai aumentar a receita fiscal e vai esconder despesa do Orçamento do Estado, ou seja, vai desorçamentar.

No que concerne ao aumento da receita dos impostos, depois de ter crescido à taxa média de 9% ao ano, crescerá este ano “só” 9,7%, mais IVA, mais IRS e mais IRC.

No que toca à desorçamentação, é cada vez mais certo que as poucas obras públicas que se estão a fazer não serão pagas por esta geração. Ficarão por pagar, onerando o futuro a preços bem mais altos.

Entretanto, já me ia também esquecendo de que o Governo se propõe vender alguns edifícios e terrenos e utilizar receitas de privatizações em despesa corrente das denominadas operações harmónio e aproveitando o facto de em Bruxelas também andarem a dormir.

Caro leitor, a proposta de orçamento de Estado para 2000 é bem o espelho do PS a governar!

Rui Rio      

publicado por luzdequeijas às 18:49
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Terça-feira, 13 de Maio de 2014

O CONSUMISMO RECORRENTE

RELATÓRIO OFICIAL

 

Os Vinte anos de Adesão não foram iguais

VITOR CONSTÂNCIO

Tiveram Balanço Positivo mas……não podem ser analisados como um bloco, pois nele existiram factos importantes para que hoje, apesar dos avanços, estejamos classificados como um mau aluno da UE. Digamos que até ao ano 2000 tudo foi indo (1), mas a partir desta data, começaram os problemas!

 

Comentário

Portugal, neste relatório foi classificado como (mau aluno) não pelo desempenho do ano 2001, mas sim, pelos fatos importantes ocorridos nos 20 anos de adesão, sendo que tais fatos se fizeram projetar negativamente, muito para além do termo de 2000.

 

Relatório (parcial) Elucidativo sobre 2001

( … )“Em suma, o que tudo isto significa é que necessitamos de um outro padrão de crescimento, menos assente na procura interna e mais baseado em aumentos de produtividade que deem maior solidez à nossa competitividade externa. O que nos remete para o terceiro problema que enunciei acima. Precisamos de um profundo choque estrutural do lado da oferta, que depende de algumas políticas públicas mas que terá que resultar, sobretudo, de mais iniciativa empresarial. Infelizmente, nem a generalidade dos agentes privados nem o Estado parecem ter interiorizado suficientemente as novas regras de funcionamento da economia de um país membro de uma união monetária. São regras que requerem a alteração de comportamentos, algumas reformas estruturais e um novo regime de regulação macroeconómica.

A questão mais séria e imediata é a situação das Finanças Públicas. No ano passado recordei a necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade e afirmei então que: "Esta exigência significa que, mais do que com uma crise económica, o país está confrontado com uma crise orçamental." O que está em causa são os compromissos que assumimos sobre a evolução a médio prazo do défice orçamental. Não existe, como é conhecido, um problema técnico de sustentabilidade das finanças públicas portuguesas. Temos um rácio da dívida em relação ao PIB de 55%, inferior à media europeia e as regras do Pacto de Estabilidade quanto aos défices asseguram que terá que continuar a diminuir.

O respeito pelas grandes orientações contidas no Programa de Estabilidade é essencial à credibilidade internacional da nossa política económica. O agravamento do défice orçamental em 2001 torna a tarefa mais difícil, sendo indispensável um elevado nível de consenso nacional quanto aos objetivos a atingir, sem dramatismos mas de acordo com um sentido de responsabilidade geralmente partilhada relativamente aos interesses do país. Nomeadamente, a referida credibilidade externa requer a manutenção do objetivo de um défice próximo do equilíbrio em 2004 dada a necessidade de darmos visibilidade a um esforço sério de consolidação orçamental. Para reduzir o défice terão que ser tomadas algumas decisões difíceis no sentido da contenção das despesas e evitar quaisquer medidas que possam reduzir as receitas do Sector Público Administrativo. A situação poderá mesmo justificar um aumento de alguns impostos indiretos com efeitos mais imediatos na recuperação das receitas do Estado. 

Todas estas medidas têm, no curto prazo, consequências restritivas que se torna imperioso compensar com um maior dinamismo das exportações, impulsionado pela recuperação económica internacional e pelo redireccionamento da produção para mercados externos. Para possibilitar essa evolução torna-se necessário inverter a tendência dos últimos anos de aumentos salariais superiores ao crescimento da produtividade. Não se justifica propriamente um congelamento salarial, mas precisamos de uma maior moderação dos aumentos salariais. Todos devem ter consciência que, na situação atual, isso é uma condição para manter níveis elevados de emprego e evitar, assim, o agravamento de fatores de exclusão e maior desigualdade na sociedade portuguesa.

 

(1)   Entretanto todo o funcionalismo público havia sido contemplado (2000) com o ganho de um nível na tabela salarial reportado a um ano de retroatividade, ficando com ganhos salariais superiores aos dos trabalhadores da atividade privada, que, com os seus trabalhadores, pagam os impostos para a manutenção da Administração Pública! “ Em 2009 (ano de eleições) o funcionalismo público voltou a ser aumentado 2,9%, já com o país à beira do abismo!

 

publicado por luzdequeijas às 19:16
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Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

COMO NOS CHEGA A INFORMAÇÃO

Agência de notícias ou agência noticiosa é uma empresa jornalística especializada em difundir informações e notícias diretamente das fontes para os veículos de comunicação. As agências não fornecem diretamente ao público, mas sim para jornais, revistas, rádios, TVs, websites, a chamada [comunicação social].

Assim, vamos considerar uma página de um diário de grande expansão de hoje, e dela comentar algumas notícias:  

1 -“Existem menos ricos a pagar IRS. Em 2012, diminuiu em 11% número de famílias com mais rendimentos que pagaram impostos. Em três anos, entraram menos 254 milhões de euros.”

2 – “ No entanto, existem cada vez mais famílias que declararam os seus rendimentos ao Estado.

Evolução do número de famílias que declararam um rendimento superior a 250 mil euros/ano.

Ano 2010 – 3558 – 0,18% do total de 4 720 473 (entregues)

Ano 2011 – 3066 – 0,15% do total de 4 732 421 (entregues)

Ano 2013 – 2731 – 0,11% do total de 5 085 271 (entregues)

Conclusão lógica: Aumentou o número de declarações entregues, mas diminuiu o número de declarações superiores a 250 mil euros/ano! Portanto ou houve fuga ao pagamento (pouco provável) ou diminuiu o número efetivo de ricos! Para aqueles que dizem; “os ricos que paguem a crise”, as coisas não estão nada famosas para tal!

3 – O Reino Unido é o país com mais multimilionários por habitante: são 104 com uma fortuna acumulada de 370 mil milhões de euros!

Certamente que pagam os seus impostos de acordo com a lei. Só que no Reino Unido para onde estão a ir os nossos licenciados, não consta que haja bancarrota ou mesmo crise!

Afinal parece que quantos mais multimilionários existirem, melhor se vive num país.

Com a campanha das europeias a decorrer, nenhum líder (principalmente um) explica como Portugal chegou aqui! Aquilo que anda a dizer é que o primeiro-ministro mente aos portugueses, correndo o risco de se esquecer de algum que tenha mentido muitíssimo mais! 

publicado por luzdequeijas às 19:36
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A OLIVEIRA

 

 

«A oliveira é a árvore de Jerusalém, do Médio Oriente... O símbolo dos Templários era uma folha de oliveira.

Em 1129 Hugo de Payns fez introduzir no concílio de Troyes a regra da nova ordem, emancipando-se, assim, do patriarcado de Jerusalém. Grandes doações permitem à nova ordem criar uma rede de comendas no ocidente, cujas receitas são enviadas para o oriente, tal como muitos homens livres (nobres ou não) que pronunciam os três votos (obediência, pobreza e castidade) e partem para a Terra Santa para defende-la do infiel.

O processo dos Templários (1307-14) simboliza a afirmação da política do estado moderno face ao poder da igreja. Em 1312 a coroa francesa, na pessoa do rei Filipe IV, o Belo, principal opositor dos Templários, leva o papa Clemente V a abolir a Ordem do Templo, mas sem a julgar ou condenar, no concílio de Viena.

Em 1307 são acusados de renegar Cristo, práticas mágicas, e práticas sexuais devassas, as clássicas acusações contra heréticos, prenunciando o seu fim. A reação dos Templários é inútil e a fogueira é o castigo para 54 membros em Paris, talvez em 1310.

Os seus bens são atribuídos á ordem do Hospital ou passaram para a coroa francesa. O mestre da Ordem, Jacques de Mollay, após uma conduta hesitante por parte das autoridades inicialmente, termina na fogueira em 18 de Março de 1314.

publicado por luzdequeijas às 12:51
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A REVOLTA

                                              

Estátua de Pelágio das Astúrias

 

Antes de 750, os soldados berberes, que se acantonavam nas terras mais ao norte, revoltaram-se contra os árabes: estes eram pouco numerosos e chamaram tropas sírias, que dominaram a revolta. Em 718Pelágio, chefe dos Visigodos, aproveita a desorganização muçulmana e dá inicio a um processo de reconquista dos territórios hispânicos, que iria durar cerca de oito séculos.

Não se sabe muito sobre Pelágio: o nome não é gótico: os autores de pequenas crónicas escritas pelo fim do século IX e no X procuram relacioná-lo com os antigos reis visigodos, para estabelecerem uma relação entre os guerrilheiros montanheses e a «restauração» do Cristianismo em Espanha. Um escritor árabe coevo diz que se tratava de um galego. Um historiador moderno supõe que seria um servo que se conseguiu impor aos companheiros no período de crise que seguiu a queda da monarquia; um outro considera-o um nativo das Astúrias; outros autores consideram que Pelágio era duque da Cantábria, parente, segundo a tradição, do rei Rodrigo.

Pelágio seria então o chefe daquele heroico grupo de godos que escaparam à dominação árabe da Península, refugiados nas montanhas quase inacessíveis das Astúrias. O domínio muçulmano na Península levava os guerreiros cristãos a porfiadas pelejas, cada um querendo «gizar» um reino para si.

É em 722 que ocorre a primeira grande vitória dos Cristãos contra os mouros, ocorrendo a Batalha de Covadonga; dá-se assim a derrota dos muçulmanos. Alexandre Herculano considera que o ardil de guerra que deu a vitória a Pelágio tem muito de comum com aquele que Viriato pusera por vezes em prática, cerca de novecentos anos antes: ainda que muito a custo, os cavaleiros enviados em cilada para a floresta à esquerda das gargantas de Covadonga, puderam chegar aí sem serem sentidos pelos árabes. Aquando da aproximação dos árabes, os cristãos recuaram e os primeiros, atribuindo ao temor esta fuga simulada, precipitaram-se em sua direção. Pouco a pouco, o duque da Cantábria atraiu-os para a entrada da gruta de Covadonga. Ao som da trombeta de Pelágio, do cimo dos rochedos surgiram guerreiros que dizimaram os africanos e os renegados godos com tiros e lançando rochedos.

Na batalha de Auseba foram vingados os valentes que pereceram nas margens do Chrysus, pela morte de vinte mil sarracenos.

 

publicado por luzdequeijas às 12:35
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A ABADIA DE NOSSA SENHORA DO MONTE DE SIÃO

Plantard tinha várias razões para escolher o nome "Priorado de Sião" para a sua organização. O seu fascínio pelo esoterista Paul Lecour, fundador do movimento Atlantis, fizera-o entusiasmar-se pela sugestão de Lecour, que recomendara que a juventude cristã francesa rejuvenescesse os ideais da Cavalaria, fundando "priorados" regionais. Perto da casa de Plantard, em Annemasse, ficava a colina do Monte-Sião, o que explica que Plantard chamasse ao seu priorado o "Priorado de Sião". Mas Plantard sabia que, escolhendo este nome, também ganharia a vantagem de poder aproveitar a história de organizações mais antigas.

Plantard escolhe datar a fundação do seu Priorado de Sião em 1099, na Terra Santa, porque se inspirara na Abadia de Nossa Senhora do Monte Sião, uma congregação monacal do século XI. Diz o investigador francês Pierre Jarnac que a Abadia de Nossa Senhora de Monte Sião, fundada em Jerusalém por Godofredo de Bulhão em 1099, tinha a sua residência de S. Leonardo na cidade de S. João de Acre. Em 1149, aquando do regresso da Cruzada, o rei Luís VII trouxe consigo alguns monges da Abadia do Monte Sião, que se fixaram no priorado de Saint-Samson de Orleães, propriedade da casa de Jerusalém. Esta doação foi confirmada pelo Papa Adriano em 1158. Contudo, na Terra Santa, a Abadia subsistiria por pouco mais de um século, porque uma acta de 1281 dá conta da existência de apenas dois religiosos de coro, que passariam a apenas um, em 1289. Adão, falecido no início de 1291, foi o último abade da Abadia de Nossa Senhora do Monte Sião em S. Leonardo de Acre. Neste ano, os Muçulmanos tomaram Acre aos Cruzados, o que deixou os religiosos de Monte Sião numa situação frágil. Os últimos monges que restava na Abadia mudaram-se para a Sicília, a convite do conde Roger e da sua mulher, a princesa Adelásia, ficando a residir em Saint-Esprit, perto de Catalanizetta.

Na história desta pequena abadia, nada existe que a relacione com Maria Madalena ou com os Templários, conforme tem sido sugerido pela recente literatura sensacionalista. Plantard simplesmente resgatou alguns dados da história desta pequena abadia para tentar dar mais consistência histórica à sua criação.

publicado por luzdequeijas às 12:32
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A ESCOLA DE PITÁGORAS

Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas as coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e fogo.

Assim, Pitágoras e os pitagóricos investigaram as relações matemáticas e descobriram vários fundamentos da física e da matemática.

 

 

O pentagrama era o símbolo da Escola Pitagórica.

 

O símbolo utilizado pela escola era o pentagrama, que, como descobriu Pitágoras, possui algumas propriedades interessantes. Um pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular; pelas intersecções dos segmentos desta diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é proporcional ao original exatamente pela razão áurea.

Pitágoras descobriu em que proporções uma corda deve ser dividida para a obtenção das notas musicais, , mi, etc. Descobriu ainda que frações simples das notas, tocadas juntamente com a nota original, produzem sons agradáveis. Já as frações mais complicadas, tocadas com a nota original, produzem sons desagradáveis.

O seu nome está ligado principalmente ao importante teorema que afirma: Em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Além disto, os pitagóricos acreditavam na esfericidade da Terra e dos corpos celestes, e na rotação da Terra, com o que explicavam a alternância de dias e noites.

A escola pitagórica era conectada com conceções esotéricas e a moral pitagórica enfatizava o conceito de harmonia, práticas ascéticas e defendia a metempsicose.

Durante o século IV a.C., verificou-se, no mundo grego, uma revivescência da vida religiosa. Segundo alguns historiadores, um dos fatores que concorreram para esse fenómeno foi a linha política adotada pelos tiranos: para garantir seu papel de líderes populares e para enfraquecer a antiga aristocracia, os tiranos favoreciam a expansão de cultos populares ou estrangeiros.

De entre estes cultos, um teve enorme difusão: o Orfismo (de Orfeu), originário da Trácia, e que era uma religião essencialmente esotérica. Os seguidores desta doutrina acreditavam na imortalidade da alma, ou seja, enquanto o corpo se degenerava, a sua alma migrava para outro corpo, por várias vezes, a fim de efetivar a sua purificação. Dionísio guiaria este ciclo de reencarnações, podendo ajudar o homem a libertar-se dele.

Pitágoras seguia uma doutrina diferente. Teria chegado à conceção de que todas as coisas são números e o processo de libertação da alma seria resultante de um esforço basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma unidade harmónica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os valores das grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2, etc., mas dos valores que eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa manifestaria externamente a sua estrutura numérica, sendo esta coisa o que é por causa deste valor.

publicado por luzdequeijas às 12:23
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Domingo, 11 de Maio de 2014

A DEMOCRACIA QUE TEMOS

 

É lugar-comum dizer-se que sem partidos não há democracia, mas o inverso também é verdadeiro.

Os nossos partidos do poder (PS/PSD), cuja existência custa aos portugueses uma soma incomportável das suas parcas possibilidades financeiras, são avessos a falar de si e, quando o fazem, avançam números com pouca credibilidade como seja:

 

PS “dixit“; O número de militantes do PS ronda os 73 mil. No entanto, o número de militantes com direito a voto para o congresso deverá ser substancialmente menor. Só votam aqueles que pagarem as quotas.

 

PSD “dixit”; O número de militantes do PSD, em 2007, segundo fontes partidárias não ultrapassaria os 60 mil, contudo apenas 50% votaram nas eleições diretas (o número, provável, de militantes do PSD). 

 

O partido do atual governo (2008), tentou que todos os partidos fizessem prova de terem pelo menos 5.000 militantes devidamente identificados, tendo com isso levantado uma autêntica revolução. Isto da parte dos mesmo que querem a abolição do segredo bancário para todos os cidadãos e não enjeitam em devassar a sua vida privada.

Ora, considerando um total nacional de mais de oito milhões de votantes, temos dentro do PS e PSD, no melhor dos casos, um total de 133 000 militantes, sendo que metade não vota. Dos que votam, a maioria deles votam com quotas pagas pelos caciques.

Haja a coragem de radiografar os partidos e fazer um levantamento do perfil dos seus militantes e depressa se vai concluir que na sua grande maioria votam em quem lhes mandam votar, a troco de milhares de pequenos favores. A sua capacidade e entendimento do votar é muito limitada e as carências são inúmeros.

A discussão política dos problemas reais do país passa ao lado da vida interna dos partidos que, perdem todo o tempo digladiando-se entre facões e encontrando dentro do partido os seus maiores inimigos. As sinergias estão arredias, pior, o objetivo nacional é completamente arredado e dá lugar a guerras constantes que paralisam toda a estrutura partidária.

Apetece perguntar, como podem surgir dentro de um universo de votantes inferior a 0.01% do total nacional de votantes, os melhores servidores para o país?

O resto imenso dos portugueses, não contam? Porém, sempre serão 99,99 %!

Nem seriam precisas, tantas, explicações, para se perceber que, com honrosas exceções, o partido e o país ficam entregues aos caciques partidários que manipulam a maioria dos militantes. As exceções dentro dos militantes, vão sendo marginalizadas, até saírem por livre vontade.

Como podem os partidos deter tanto poder?

Será que qualquer líder partidário pode ser o melhor primeiro-ministro para Portugal?

Só com muita sorte. E se isso for possível estará ele como candidato preparado para tal, perdido que andou em tanta luta para conquistar o poder e manter o partido unido ? Afastado ou nunca empossado na gestão de qualquer grande empresa! Sem nunca ter participado em qualquer governo, nem sequer como secretário de Estado. Com habilitações de qualidade duvidosa!

Hoje, o objetivo de um líder partidário é governar o país e não o partido.

Não esquecer que o atual primeiro-ministro já falhou a maioria das promessas que fez em campanha! A realidade que encontrou no país era outra e ele desconhecia-a.

Mesmo assim como está a vida económica de Portugal, e a crise da educação, saúde e justiça? Como vamos solucionar o desemprego e a reforma do Estado. Estará o tão apregoado Plano Tecnológico a servir a economia, para além da entrega gratuita de computadores?

Será a profusa distribuição de diplomas do 12.º ano o melhor caminho para a educação se pusermos de fora as estatísticas?

Como ficou a tão contestada avaliação dos professores?

Porque vão milhares de portugueses a Cuba ser operados se tudo vai bem? A expensas das autarquias?

Muito, muito mais se poderia perguntar e dizer calando as loas publicitárias de alguma média e do próprio governo.

O povo já fez a sua parte apertando o cinto para equilibrar as finanças públicas e enfrentar o custo de vida e o desemprego!

Por fim, não é mais possível acreditar que o melhor primeiro-ministro de um país tenha que sair de dentro de um partido. Outro caminho terá de ser encontrado e deixar para os líderes partidários o difícil papel de apoiar e ajudar a descobrir o melhor primeiro-ministro na sociedade civil, com provas dadas.

publicado por luzdequeijas às 19:24
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Sábado, 10 de Maio de 2014

ESOTERISMO

Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões que buscam desvendar o seu sentido oculto. O esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser "vulgarizados", sendo comunicados a um pequeno número de discípulos escolhidos.

Segundo Blavatsky, criadora da moderna Teosofia, o termo "esotérico" refere-se ao que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". Designa o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao exotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua "decoração". Também segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela chamou de "Religião-Verdade".

Um sentido popular do termo é de afirmação ou conhecimento enigmático e impenetrável. Hoje em dia o termo é mais ligado ao misticismo, ou seja, à busca de supostas verdades e leis últimas que regem todo o universo, porém ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural.

Muitas doutrinas espiritualistas são também chamadas esotéricas.

publicado por luzdequeijas às 21:26
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ASPECTOS DA CONSTRUÇÃO DOS TEMPLOS

 

O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano do seu reinado segundo o plano arquitetónico transmitido por Davi, seu pai (1Reis 6:1; Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos ( 1 Reis 6:37,38).

Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os para o Líbano em equipas de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 entre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Reis 5:15; 9:20, 21; 2Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Reis 5:16; 9:22, 23)

O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Reis 6:20; 2Crónicas 3:8)                                                       

 

Inspiração para os Templos dos Templários e outros.

 

Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Reis 6:15, 18, 21, 22, 29)

Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.

Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Catividade Babilónica na história judaica.

Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus da Captividade Babilónica, foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão.

publicado por luzdequeijas às 21:12
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A MONDA NO RIBATEJO

 

Muitas são as modalidades laborais que a agricultura requer até à colheita do fruto, tais como:

sementeiras, monda, apanha do grão, vindimas, poda, ceifa, apanha da azeitona, etc.

Por agora, basta que nos concentremos na famosa monda ribatejana. O trabalho da monda consistia no arranque das  ervas nocivas às sementeiras. Tais ervas infestantes foram, tradicionalmente, combatidas com a monda manual. Nalguns casos de monda, porém, tudo era diferente como no caso do arroz, no qual a monda se fazia com água pelo joelho, às vezes mesmo por cima dele.

 

A expansão da cultura do arroz teve lugar por volta de 1909, após se ter elaborado um conjunto de regras para a preparação dos terrenos e da gestão da água, proporcionando assim, o cultivo de diferentes variedades de arroz. 

Daí as mondadeiras andarem descalças e trazerem as suas saias puxadas bem acima. Passar todo o diaem meio metro de água já fazia parte do quotidiano destas mulheres. O que atemorizava as mondadeiras era quando havia olheirões, zonas do canteiro onde a terra era menos consistente e, ao pisá-la, o corpo se enterrava pelo lodo adentro, ficando-se às vezes com água até ao peito. E, depois havia os bichos que se agarravam às pernas, e por isso se usavam os canos. Ainda agora, trinta anos passados sobre os tempos em que andavam nos canteiros, as mondadeiras se arrepiam ao falar deste exército de impiedosos inimigos que permanentemente lhes ameaçavam as pernas e os pés. Mas as mondadeiras estão vivas e falam com muita saudade de um tempo, cada vez mais distante, que já não sabem bem se foi bom ou mau. Porque era dura a vida e pesada a labuta. Porque abundava o trabalho e se contava sempre com a alegria e o conforto do rancho acompanhante. Tratava-se de gente trabalhadora, mas muito explorada. Consta sobre destes trabalhadores que faziam mondas no Ribatejo, (homens e mulheres), que vinham de outras terras, como alugados para um trabalho duro, de sol a sol, e de fraco pagamento, mais conhecidos pelo nome de gaibéus. Trinta anos passados sobre os tempos em que as mondadeiras andavam nos canteiros, as mondas evoluíram bastante no sentido da monda mecânica e até da monda térmica.   

 

publicado por luzdequeijas às 16:08
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2014

LEI DO RITMO

 

 "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem as suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".

Pode - se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos movem-se em círculos.

 

É a expansão até chegar ao ponto máximo, e depois que atingir a sua maior força, torna - se massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque a sua complementaridade.

publicado por luzdequeijas às 18:59
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LEI DA POLARIDADE

 

Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos tocam - se. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados" (O Caibalion)

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa.

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Tudo se torna idêntico em natureza. O Pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.

O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

publicado por luzdequeijas às 18:54
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Quinta-feira, 8 de Maio de 2014

O FRACASSO E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

 

 Cruzado voltando para casa.

 

A queda de Ptolomeu, em 1291, marcou o fim das Cruzadas. Deste modo terminavam as Cruzadas no oriente. Alguns grupos ainda partiram para continuar, mas nunca mais se gerou entusiasmo nem foram preparadas grandes expedições. Rapidamente os poucos territórios que restavam seriam reconquistados pelos muçulmanos. Diversas razões contribuíram para o fracasso das Cruzadas, entre elas: os europeus eram minoria, no meio de uma população geralmente hostil; a opressão para com a  população nativa fez com que o domínio fosse cada vez mais difícil; as diversas lutas entre os próprios cristãos contribuíram para enfraquecê-los enormemente. Todas, excepto a pacífica Sexta Cruzada (1228-1229), foram prejudicadas pela cobiça e brutalidade; judeus e cristãos na Europa foram massacrados por turbas armadas no seu caminho para a Terra Santa. O papado era incapaz de controlar as imensas forças à sua disposição. No entanto, os cruzados atraíram líderes como Ricardo I e Luís IX, afectaram enormemente a cavalaria europeia e, durante séculos, a sua literatura. Enquanto aprofundavam a hostilidade entre o cristianismo e o islão, as Cruzadas também estimularam os contactos económicos e culturais para benefício permanente da civilização europeia. O comércio entre a Europa e a Ásia Menor aumentou consideravelmente e a Europa conheceu novos produtos, em especial, o açúcar e o algodão. Os contactos culturais que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente tiveram um efeito estimulante no conhecimento ocidental e, até certo ponto, prepararam o caminho para o Renascimento.

 

publicado por luzdequeijas às 18:31
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A CAVALARIA

A decadência do Império Romano do Ocidente vai ocorrendo em meados do século V. A legião romana por estes tempos caracterizava-se pela forma como se batia, em filas cerradas e muito compactas. Como organização militar acompanha a decadência do seu Império. Em termos de alguma eficácia é a cavalaria que continuará a assegurar a defesa desse Império.

Mesmo assim e apesar de uma mudança para o rural, a decadência atinge em cheio as cidades que entram em desorganização contínua, na Europa Ocidental. Por via desta nova situação, começa a emergir como poder a Igreja Católica de Roma, vista como representante no mundo do poder divino, onde aplicava as suas leis. A Santa Sé com o apoio das armas arbitrava em nome de Deus, todavia casos houve em que se viu obrigada a defender as classes mais desfavorecidas contra a brutalidade proibindo aos cavaleiros o uso da violência gratuita, fazendo apelo à “guerra Justa”, ou seja a guerra teria que ser decretada por uma autoridade legítima. Para alcançar estes objectivos a Igreja não hesitava em deitar mão da “ excomunhão” com efeitos devastadores sobre os privilégios da realeza e nobreza.

Apesar disso a aristocracia militar conduz o feudalismo e implanta uma nova ordem social onde as pessoas sentem, aparte alguns excessos, mais segurança e apoio. Em 1095 o papa Urbano II no concílio de Clermont incita os cavaleiros à guerra para libertar Jerusalém, ocupada “injustamente” pelo Islão.

O guerreiro torna-se num cavaleiro cristão que une à sua força e entusiasmo a humildade e princípios cristãos. Acaba, assim, de nascer o movimento que ficará conhecido como as Cruzadas do Oriente.

publicado por luzdequeijas às 11:40
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Terça-feira, 6 de Maio de 2014

PRIMÓRDIOS DO CINEMA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A invenção da fotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos decisivos para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no campo da antropologia visual.

O cinema existe graças à invenção do cinematógrafo, inventado pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de dezembro de 1895, na cave do Grand Café, em Paris, realizaram os dois engenhosos irmãos a primeira exibição pública e paga da arte do cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada (os primeiros rolos de película tinham apenas quinze metros de comprimento).

 

Trem na Estação Ciotat

 

Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e e "A chegada do trem à Estação Ciotat", , cujos títulos exprimem bem o seu conteúdo. Apesar de também existirem notícias de projeções um pouco anteriores, de outros inventores (como os irmãos Max e Emil Skladanowsky  na Alemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela grande maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se a partir de então pela França, por toda a Europa e Estados Unidos, por intermédio de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière para captar imagens pelo mundo afora.

publicado por luzdequeijas às 17:40
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Segunda-feira, 5 de Maio de 2014

SAÍDA LIMPA

 

Todo o ouro que está nos cofres do Banco de Portugal são 382,5 toneladas serviriam para garantir 28% das necessidades de financiamento do País, em 2013 e 2014, aponta um relatório do World Gold Council (WGC). As nossas reservas são as 14.ªs maiores do mundo as maiores em percentagem das divisas que compõem as reservas e as segundas maiores em percentagem do PIB mas a sua utilização está muito limitada. Mesmo que Portugal pudesse vender em bloco todo o seu ouro e não pode, a contabilidade pública nacional continuaria longe de um estado saudável. Estamos a falar de cerca de 15 mil milhões de euros em comparação com uma dívida pública próxima dos 190 mil milhões de euros.

Qual a quantidade de ouro existente nos cofres do Banco de Portugal?

Existem 382,5 toneladas de ouro, com um valor aproximado de 14,7 mil milhões de euros, à cotação atual, que é de 1 711 euros por onça troy (cerca de 38,7 milhões de euros por tonelada de ouro).

Diz-se que as nossas reservas são as maiores do mundo. É verdade?

Sim e não. São, efetivamente, as maiores do mundo em percentagem das reservas de divisas do País. Ou seja, este metal é o preferido pelo Estado português para investir o seu dinheiro: mais de 90 por cento. Outros Estados preferem diversificar mais as aplicações.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/o-que-pode-o-ouro-fazer-pela-divida-portuguesa=f694715#ixzz30sFjwsxu

 

1 - A primeira vez que o FMI "aterrou na Portela", como ilustrou o cantor José Mário Branco numa das suas obras mais emblemáticas, justamente chamada "FMI", foi em 1977, quando Ramalho Eanes era Presidente da República e Mário Soares era primeiro-ministro do primeiro Governo Constitucional. Então, com uma taxa de desemprego superior a 7%, bens racionados, inflação crescente, conflitualidade política e o escudo desvalorizado, o FMI interveio pela primeira vez desde que Portugal aderiu à instituição, em 1960.Na bagagem trouxe "pacotes" que se traduziram em redução de salários e subida de impostos, entre outras medidas.

 

2 - Em 1983, Mário Soares era novamente primeiro-ministro, desta vez à frente do governo do Bloco Central, com o PPD-PSD de Mota Pinto.

Com o desemprego acima dos 11 % e uma dívida externa galopante devido à subida das taxas de juro internacionais, o FMI emprestou 750 milhões de dólares e novamente impôs cortes nos salários da Função Pública, aumentos de preços, travão ao investimento público e cortes nos subsídios de Natal, entre outras medidas.

3 - O Fundo Monetário Internacional já se manifestou "pronto para ajudar" Portugal (2011), se a ajuda vier a ser solicitada, disse hoje à Lusa (2011-04-06) fonte oficial da instituição financeira internacional.

 

Quem será o futuro primeiro-ministro a pedir nova ajuda do FMI, depois da saída LIMPA em 2014?

publicado por luzdequeijas às 21:30
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A APANHA DA AZEITONA NO RIBATEJO

Novembro é no ano, um mês que funciona como charneira dos ritmos do tempo, é nele que cai a folha. Um mês profundo, dado a introspeções em torno da lareira que se começou a acender com os troncos velhos de azinho, sobro ou oliveira, que há-de assar umas castanhas e dar pretexto a uma boa pinga.

Novembro deverá ser sempre o mês da apanha da azeitona. E neste ritual, que é intenso, recolhem-se todas as expetativas agrícolas que se foram interiorizando ao longo do ano.

Em terras da borda-d’água, nos campos da Golegã, Riachos, Azinhaga, Cardiga até aos olivais de Santarém, a safra da azeitona trazia até à beira do Tejo ranchos de gente pobre e precisada de todo o país, a quem os ribatejanos alcunhavam das formas mais diversas. Os bimbos, os gaibéus, os ratinhos e barrões, vindos das aldeias humildes das Beiras. Quer para a apanha da azeitona quer para a limpeza das oliveiras. Uns chegavam às estações da CP de Mato de Miranda, Riachos e Vale de Figueira, outros em camionetas alugadas ou em galeras, onde traziam todos os recursos que iam necessitar nas duras jornadas que os esperavam nos olivais. O Ribatejo tinha bastante gente ligada à lavoura, às sementeiras, às mondas e às colheitas. Mas a apanha da azeitona era uma labuta diferente, pelas exigências gigantes da safra e pelo facto de a recolha do fruto quase bíblico dever ser feita num espaço de tempo limitado para que fosse intacto para o lagar e dele sair um fio de azeite tão imaculado quanto possível. 

publicado por luzdequeijas às 15:52
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OS GAIBÉUS E OS BARRÕES

 

Por isso era necessário recorrer a mão-de-obra disponível noutras províncias, que não fosse onerosa e que estivesse disposta ao calvário de algumas semanas fora das suas terras. Não era fácil a vida destes ranchos, constituídos sobretudo por mulheres, moças ainda, alguns homens que se juntavam, e a alguma distância o capataz, entre o despotismo e um certo espírito patriarcal. Viviam em pavilhões desmedidos, os “quartéis”, onde se acoitavam enroscados às velhas mantas trazidas de longe e deitadas sobre um chão cuja dureza procuravam matar com algum feno. O frio servia para unir os corpos uns aos outros, não importava que fosse homem ou mulher, ou que tivessem ou não alguma coisa entre si. Num canto desses casarões saía o calor e o fumo de uma lareira, que escaldava os caldeirões e as panelas de ferro negro e humanizava um pouco o ambiente húmido e gelado das noites. Pouco durava este desconforto amenizado nestas “casas da malta” cedidas pelos donos dos hectares e dos milhares de oliveiras que a seguir deviam percorrer ramo a ramo, varejando-os ou ripando-os à mão. Com a madrugada, antes ainda de o sol o fazer, era preciso acordar e ir ganhar a jorna que se paga como a uma purga. Pelo caminho, que ainda pode durar, soltam-se quadras para acordar a disposição e atenuar a sonolência.

“Oliveiras, oliveiras/ Ao longe são olivais/ Quem dá confiança a homens/ Sempre fica dando ais”.

Cantavam, quase sempre só elas, os homens eram mais parcos nas palavras, ouviam ou ouviam-nas sempre, mas nada lhes dizia:

“Corri a terra à volta/ Oliveiras e olivais/ Para ver se te esquecia/ Cada vez me lembras mais”.

Chegados aos olivais, estendem-se os panais onde a azeitona há-de cair, varejam-se as ramadas, sobem-se e descem-se as escadas. As jovens no chão vão apanhando a chuva da azeitona caída das árvores e vão enchendo os sacos e os cestos com que irão fazer as muitas “fangas” ou “sutas”, que no final mediriam a eficácia do seu trabalho, e que seriam puxados por bois para o lagar e transformarem-se no ouro do azeite. Néctar precioso, que até devoções mágicas conseguiu e, para quem acredita, resulta mesmo:

“Azeite dourado/ Nasceste sem ser semeado/ A virtude que Deus te deu/ Tira o mal que a este deu”. (Segue-se o Pai Nosso e a Ave-Maria.)

Ao meio dia e no fim da etapa, come-se de uma bacia comum o que a disposição e a humanidade do patrão-lavrador permitem. Decerto uns feijões e couves, almeirão, bacalhau que se pôs a assar, o imprescindível toucinho ou umas sardinhas. Com bondade já, o chouriço, umas badanas rijas. Os ranchos traziam sempre o harmónio, que tanto designava o instrumento como o homem que o tocava. Era indispensável na animação da comunidade, e muitas vezes atraiam os rapazes das aldeias vizinhas que procuravam testar a disponibilidade das “barroas”, sobretudo as mais simpáticas e atraentes, mesmo que tivessem de conseguir o consentimento do bailarico com uma garrafa de aguardente dada ao capataz. Era o consolo possível das tarefas árduas e das noites de desconforto. No final, tudo era pago numa jorna minguada, mas mesmo assim agradecida antes de partirem para as Beiras, a Estremadura, o Alentejo ou mais longe.

“Acabámos, acabámos/ Mas não de morrer agora/ Acabámos a azeitona/ Amanhã vamos embora”.

O olival é também, no Ribatejo, um dos sinais da nossa indefinição, de não se saber para onde se vai, ou, pior ainda, de se ir para onde vai o vento. Na apanha, os espargais, a charneca ou o bairro da província enchiam-se de uma vida simples mas plena. Havia unidades e marcas prestigiadas como a Fábrica Torrejana de Azeites, a Oliveira da Serra. Hoje encontramos sinais de que a galega, cordovil ou verdeal, e o azeite delas, voltaram ao coração dos ribatejanos, mas entretanto esvaziaram-se as aldeias de quem se lhes pudesse dedicar.

 

publicado por luzdequeijas às 15:48
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Domingo, 4 de Maio de 2014

OS QUATRO ELEMENTOS

 

Os Quatro Elementos são: Água, Ar, Terra e Fogo. São objecto de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica.

A origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia, entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.

No entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde encontramos, na China, a Teoria dos Cinco Elementos. Estes são, na verdade, elementos subtis, ou melhor, estados de mutação da matéria-energia.

Os escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente também via os elementos como forças subtis que se manifestariam através de transformações recíprocas. Esta forma de ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria naquela época.

A astrologia, quando usada para estudar aspectos médicos das doenças, investigava se a pessoa era do tipo sanguíneo (ar), fleumático (água), colérico (fogo) ou bilioso (terra, também chamado nervoso). A cada um desses biótipos corresponde, de acordo com a medicina antroposófica, o seguinte órgão:

  • Colérico: coração
  • Fleumático: fígado
  • Sanguíneo: rins
  • Bilioso: pulmões

Cada um desses tipos teria então um órgão indicativo de seu estado de relativa saúde ou doença, e durante determinada estação do ano estaria mais propenso a desequilíbrios

publicado por luzdequeijas às 17:48
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MAGIA

Magia (não confundir com mágica ou truque) antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, é uma forma de ocultismo que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza. A magia tem características ritualísticas e cerimoniaisque visam entrar em contato com os aspectos ocultos do Universo e daDivindade. A etimologia da palavra Magia, provém da Língua Persamagus oumagi, que significa sábio. Da palavra "magi" também surgiram outras tais como "magister", "magista", "magistério", "magistral", "magno", etc. Também pode significar algo que exerce fascínio, num sentido moderno, como por exemplo quando se fala da magia do cinema.

Wiquipédia

publicado por luzdequeijas às 17:44
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O HOMEM INTEGRAL

 

O Homem tem uma constituição Septenária ou seja, é um ser marcado pelo número7, como de resto toda a Natureza, e é composto por sete corpos ou princípios.

O sete subdivide-se em duas formas geométricas: o quadrado e o triângulo. O quadrado representa os quatro elementos que no homem constituem a sua personalidade e o triângulo está relacionado com a sua parte espiritual ou seja o seu Ser.

O Ser Humano é complexo e, se repararmos bem, podemos e devemos distinguir nele:
1. O corpo físico que todos conhecem;
2. O molde e as causas dirigentes da geração e formação desse corpo físico, bem como a vitalidade que o anima e mantém coeso;
3. Os desejos, emoções, afectos e sentimentos pessoais;
4. Os pensamentos e a capacidade analítica a partir dos dados observados e das coisas sentidas;
5. Uma inteligência criadora, que funciona em termos abarcantes e sem ser comandada, de fora para dentro, pelos fenómenos e pelas reacções que estes suscitam, antes se lhes sobrepondo, num domínio de liberdade (por isso se diferenciando do tipo de pensamento imediatamente antes considerado);
6. Capacidade intuitiva, i.e., de uma sabedoria íntima, real e essencial, adveniente do contacto directo com o âmago dos seres e das situações, o que só pode ser concomitante de um Amor inegoísta, forte, lúcido e que não se confina à própria pessoa e ao que lhe está próximo (distingue
- se, assim, dos afectos atrás referidos);
7. Uma latente Vontade incondicionada de Bem, que se pode manifestar somente quando nenhuma mácula de egoísmo ou separatividade existe, visto ser uníssona com o grande Plano Divino, com o extraordinário Propósito Inteligente que subjaz a todo o Universo.

E, antes e depois de tudo, É (e, ao Ser, pode expressar-se sob todas as formas que vimos enumerando).

É perfeitamente visível perceber a matemática da Natureza na repetição do 7; nos dias da semana, nas cores do arco-íris, nas 7 ondas, nas sete saias, nos 7 pecados mortais, as sete colinas de Lisboa, os sete Dons do Espírito Santo, as sete partidas do Mundo, etc.  

publicado por luzdequeijas às 17:38
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TEXTOS HERMÉTICOS

Os escritos Herméticos são uma colecção de 18 obras Gregas, e as principais são Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, as quais são tradicionalmente atribuídas a Hermes Trismegistus. Estes escritos contêm os aspectos teóricos e filosóficos do Hermetismo no seu aspecto teosófico. O período bizantino é marcado por uma outra colecção de obras herméticas, que também são relacionadas ao Hermes Trismegistus, e contêm uma tradição hermética popular a qual é composta essencialmente por escritos relacionados à astrologia, magia e Alquimia. Esta versão popular encontra sustentação ou base nos diálogos Herméticos, apesar dele se distanciar da magia.

A prática da magia entretanto não está distante das praticas realizadas no antigo Egipto, a qual em uma última análise é a fonte de todos os diálogos herméticos, pois o Hermetismo lá floresceu, e portanto estabelece uma conexão entre as duas tradições Hermeticas: filosófica e magia.

O livro Caibalion foi escrito no final do sec. XIX por três Iniciados que registaram as Sete Leis do Hermetismo. Não é um livro oriundo da era pré-cristã como se supõe.

publicado por luzdequeijas às 17:35
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TEXTOS JIDEUS

O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah "Livro da criação". Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI. A sua origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o lêem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica) e o Midrash.

Outra obra muito importante dentro do misticismo judeu é o Bahir ("iluminação"), também conhecido como "O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana". Com aproximadamente 12.000 palavras. Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I. Historiadores mostraram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.

O trabalho mais importante do misticismo judeu é o Zohar ( "Esplendor"). Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah, escrito em aramaico. A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II. No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu. Célebre historiador e estudante da Cabala, Gershom Scholem mostrou que o próprio de Leon era o autor do Zohar. Entre as suas provas, uma era que o texto usava a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII, e que o autor não tinha um conhecimento exacto de Israel. O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sefer Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.

publicado por luzdequeijas às 17:30
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Sábado, 3 de Maio de 2014

NEUTRALIDADE PORTUGUESA

Rescaldo da neutralidade portuguesa

A posição de neutralidade permitiu a Portugal que nos anos de 1941, 1942, 1943 as exportações ultrapassassem as importações, facto que não se verificava há dezenas de anos, e que até à actualidade ainda não se verificou (salvo em 2012/13). Esta hábil gestão da neutralidade trouxe-lhe, no final da guerra, os benefícios da paz sem ter de pagar o preço da guerra. Portugal foi uma das poucas zonas de paz num mundo a "ferro e fogo", serviu de refúgio a muitas pessoas de várias proveniências. Um desses refugiados foi o arménio Calouste Gulbenkian, que permaneceu no país tendo legado uma das mais importantes instituições ao serviço da cultura em Portugal. Esta situação económica conseguiu também atenuar os problemas provocados pela Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e pela própria Segunda Guerra Mundial, que trouxeram problemas de escassez de géneros (Portugal era deficitário quanto a alimentos) e a inflação que disparou.

Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança politica.

publicado por luzdequeijas às 21:32
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SEMPRE OS CORTES NA REFORMA

A exoneração de Aristides

Salazar deu instruções explícitas aos seus embaixadores para que limitassem a concessão de vistos a pessoas que pretendiam fugir da França, quando esta foi invadida pela Alemanha. No Verão de 1940, milhares de pessoas em fuga, muitas delas judeus que receavam pela sua vida caso caíssem nas mãos dos nazis, dirigem-se às embaixadas e postos consulares portugueses em França, suplicando pelo direito a um visto de entrada no país. Contrariando as instruções de Salazar, Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus, concedeu esses vistos em grandes números. Salazar viria a demitir Aristides, retirando-lhe os direitos à totalidade da pensão de reforma, acabando o ex-cônsul por passar o final da sua vida na miséria em Portugal. Da mesma forma viria Salazar a agir com o embaixador de Portugal em Londres, Armindo Monteiro, por haver manifestado publicamente uma posição anglófila.

 

publicado por luzdequeijas às 21:07
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Sexta-feira, 2 de Maio de 2014

LEI DA CAUSA E EFEITO

"Toda causa tem o seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".

Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenómeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.

Esse princípio é um dos mais polémicos, pois também implica no facto de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como Karma.

publicado por luzdequeijas às 19:39
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PREVENDO O FUTURO

Um pequeno número de Cabalistas tentou predizer acontecimentos pela cabala. A palavra passou a ser usada como referência às ciências secretas em geral, à arte mística, ou ao mistério.

Depois disso, a palavra cabala veio a significar uma associação secreta de uns poucos indivíduos que buscam obter posição e poder por meio de práticas astuciosas.

Outros termos que originalmente se referiam a associações religiosas mas que passaram a referir-se, de alguma forma, a comportamentos perigosos e suspeitos incluem fanático, assassino, e brutamontes.

publicado por luzdequeijas às 19:30
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DUALIDADE CABALÍSTICA

O sistema dualístico de poderes divinos bons e maus, o qual provêm do Zoroastrismo, pode ser encontrado no Gnosticismo; tendo influenciado a cosmologia da antiga Cabala antes de ela ter atingido a idade média. Assim é o conceito em torno da árvore cabalística (árvore da vida), onde o lado direito é fonte de luz e pureza, e o esquerdo é fonte de escuridão e impureza, encontrado entre os Gnósticos. O facto também é que as Kelippot  as "cascas"( primevas de impureza), as quais são tão proeminentes na Cabala medieval, são encontradas nos velhos encantamentos babilónicos, é evidência a favor da antiguidade da maioria das ideias cabalísticas.

publicado por luzdequeijas às 19:10
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A CABALA

 

Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é um sistema religioso filosófico que reivindica o discernimento da natureza divina. Kabbalah QBLH) é uma palavra em hebreu que significa receção.

Origem da "Cabala" é uma doutrina esotérica que diz respeito a Deus e ao Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e preservada apenas por alguns privilegiados.

As formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofianeoplatónica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo. Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sefer Yetzirah, ou Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII. Porém o mais antigo monumento literário sobre a cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a ideia de que o mundo é a emanação de Deus.

Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o "baale ha-kabbalah-kabbalah" "possuidores ou mestres da Cabala ". Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como "maskilim"  "o iniciado". Do décimo terceiro século para frente ramificou-se numa literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.

Grande parte das formas de Cabala ensina que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contém um sentido escondido; e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.

Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XX e usam outros termos para se referirem aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII. Outros estudiosos veem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes. Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso desta forma, e sentem também que é apropriado o uso do termo Cabala referindo-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O Judaísmo ortodoxo discorda com ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a ideia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.

Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.

publicado por luzdequeijas às 18:46
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Quinta-feira, 1 de Maio de 2014

REVOLTA MAIS QUE JUSTA

Para: Presidente da República

PETIÇÃO 
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Resumo. Os cidadãos aposentados não são “gorduras do Estado”. Não são, sequer, “despesa” que o governo teria de cortar para não sobrecarregar, ainda mais, os impostos dos portugueses que trabalham. É o Estado que está em dívida para com os aposentados que lhe confiaram, durante a sua vida activa, com as suas quotizações mensais, as receitas destinadas ao pagamento das suas pensões de aposentação. Compete ao governo, no exercício das suas competências administrativas, tomar as providências necessárias ao respeito por este contrato legal do Estado com os aposentados. Mas o governo, em vez disso, pretende confiscar, novamente, parte das pensões que lhes são devidas. Por isso, se vem pedir uma intervenção qualificada, nos termos abaixo indicados, do Presidente da República que, no seu acto de posse, jurou «defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa» (art.127º, 3º). 
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publicado por luzdequeijas às 18:54
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REFORMADOS E DESEMPREGADOS

Segundo Marco Aurélio Weissheimer o governo espanhol anunciou (2009) a redução de 5% dos salários dos funcionários públicos, o congelamento de salários e o corte de investimentos públicos para enfrentar a crise económica que afeta o país.

"Não podemos viver mais tempo acima das nossas possibilidades". Foi assim que o novo primeiro-ministro francês defendeu o maior corte (50 mil milhões) de que há memória nos gastos do Estado francês. Até para quem não esteja por dentro das realidades financeiras, económicas e políticas dos países, percebe que há aqui qualquer coisa que não joga, no caso PORTUGUÊS !

 

Enquanto isto em Espanha e França, em Portugal havia aumentos de 2,9%, em ano de eleições (2009)! Ainda cá, o Banco de Portugal devolve pensões com juro de 4%! A decisão do Tribunal foi fundamentada no facto de os “Bancos Centrais” estarem proibidos de realizar operações de financiamento do Estado, invocando o princípio da independência. O regulador concordou e não vai recorrer.

CM 05~02-2014

Miguel Cadilhe diz o seguinte sobre os Pensionistas: Porque é que as televisões nada dizem sobre isto?

Têm medo dos seus 'patrões'?
Recebem 'ordens específicas' para nada dizerem que contrarie a 'versão oficial' do Governo?
Então, onde estão a 'ética jornalística e a liberdade de imprensa' que tanto dizem defender?

Há uma “injustiça de bradar aos céus” para com os pensionistas – disse Cadilhe. O antigo ministra das Finanças Miguel Cadilhe afirmou, terça-feira, que está a ser cometida uma “injustiça de bradar aos céus” sobre os pensionistas portugueses, que têm um direito equiparado a um título de dívida sobre o Estado.“Quanto aos pensionistas, atenção, há aí uma injustiça de bradar aos céus. Porque os pensionistas que estão no regime contributivo, isto é, que passaram a sua vida ativa a contribuir, têm um verdadeiro direito sobre a República.São titulares de uma espécie de divida pública da República” - disse Miguel Cadilhe durante um debate com o conselheiro de Estado Vítor Bento, no Palácio da Bolsa, no Porto.

O antigo ministro das Finanças do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (PSD), questionou como pode o Estado cumprir “toda a dívida pública perante os credores externos e internos, mas perante os pensionistas não cumprir essa outra espécie de dívida pública que advém de eles terem contribuído toda a vida”.

“Contribuíram não para pagar despesas públicas, mas para assegurar a sua previdência”, disse Miguel Cadilhe,

 “Um dia num ano futuro, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o fator determinante do produto; quando tiverem ajoelhado todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maleáveis para fugir ao inferno do desespero, ENTÃO A CRISE TERÁ TERMINADO.

publicado por luzdequeijas às 14:36
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