Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

GUERRA CONTRA AS MULHERES

O regime talibã mergulhou o país num estado brutal de “apartheid” do género, no qual as mulheres e as meninas foram destituídas de todos os seus direitos humanos básicos. As mulheres nem os olhos podem mostrar, ou sequer falar. As meninas não podem ir às escolas, as professoras são proibidas de trabalhar, dão aulas secretas a pequenos grupos. Há ainda mulheres que se pintam, secretamente, pois a maquilhagem também é proibida. Uma mulher que foi executada, estava ajoelhada, completamente envolta no seu xador azul claro, lamentava-se e implorava, quando um miliciano se aproximou vagarosa e displicentemente pelas suas costas, encostou o cano do seu fuzil à sua cabeça e atirou. Vê-se a bala cravando-se no chão e um jorro de massa encefálica.

 

publicado por luzdequeijas às 16:17
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BUDAS GIGANTES DESTRUIDOS

A milícia talibã já atacou os Budas com tanques, lança-chamas e armas automáticas. Explosivos foram colocados em vários pontos para a destruição total das suas esculturas, que medem 55 e 38 metros de altura.

 

 

 

A destruição das obras do budismo pré-islâmico começou três dias depois de dada a ordem por Mohamede Omar, o chefe supremo dos talibãs. Ele entende que as estátuas são anti-islâmicas. As duas maiores estátuas de Buda no mundo, erguidas no século V no Afeganistão e consideradas património da Humanidade, foram destruídas pelos talibãs, empenhados em acabar com todas as esculturas antropomórficas no país, afirmou o embaixador da Grécia no Paquistão, Dimitrios Loundras, presidente da Sociedade Internacional para a Conservação da Cultura Afegã.

publicado por luzdequeijas às 16:12
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INVASÃO DOS BÁRBAROS

A invasão dos bárbaros provocou uma rutura na marcha da história do Médio Oriente

 

O Médio Oriente vinha sendo, deste modo, a fonte de civilizações brilhantes e sucessivas havia 40 séculos. Hordas sinistras de bárbaros saíram do centro da Ásia e semearam a destruição durante oito séculos nas terras luminosas do Médio Oriente: Genghis - khan e seus tártaros, Tamerião e os mongóis, Osman e os seus turcomanos. A crueldade desses tiranos estendia-se aos animais e às coisas inanimadas. Por onde passavam destruíam as ovelhas e as árvores. Na Mesopotâmia, demoliram os canais de irrigação. É difícil de compreender por que razão ou misteriosa sabedoria foi desencadeado em terras de gente tão humana e civilizada uma tão feroz barbaridade?

O império otomano governou a maior parte dos territórios árabes desde 1560. A Inglaterra teve uma aliança com os otomanos durante a maior parte do século XIX. Em 1899 o Kuwait tornou-se um protetorado britânico. Os otomanos aliaram-se aos alemães durante a primeira guerra mundial e por isso a Inglaterra, a França e a Rússia concordaram secretamente em Maio de 1916 em repartir as terras do antigo império Otomano. Por esta mesma altura a Inglaterra decidiu apoiar uma revolta árabe chefiada por Hussein, xerife de Meca e xeque do clã Hashemita, para derrubar o poder otomano e criar um Estado árabe independente, com a promessa de que todas as terras entre o Egipto, o Irão e a Turquia pertenciam a esse Estado. Depois da primeira Grande Guerra o território de Hussein foi repartido e foram formados Estados independentes. A Liga das Nações deu mandatos à França para governar o Líbano e a Síria, e à Inglaterra para governar a Palestina e a Mesopotâmia. Londres fez dos filhos de Hussein reis do Iraque e da Jordânia. A Síria e o Líbano tornaram-se independentes depois da segunda Guerra Mundial. Os protetorados britânicos, como o Kuwait, conseguiram o mesmo depois de 1960. Sob a égide inglesa é proclamado em 13 de Maio de 1948 o Estado de Israel. Um golpe militar derrubou a monarquia iraquiana em 1958. Em Abril de 1979 é proclamada a Republica Islâmica do Irão, depois da queda do Xá Reza Palevi e do regresso do líder carismático Aiatola Khomeini. Decorridos que são oito séculos muito se tem passado na região do Médio Oriente e muito se irá ainda passar.

publicado por luzdequeijas às 16:07
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A BABILÓNIA

A Babilónia foi a primeira do mundo a pôr a alegria de viver acima da glória militar.

Babilónia capital, como Paris, era um centro de cultura internacional. E como Paris era um centro de diletantismo e divertimento. A mulher babilónia era a mais emancipada do Oriente. A poligamia era proibida mas a concubinagem era legal. E para além das leis, a mulher mandava no coração dos homens. Os célebres jardins suspensos da Babilónia, foram erguidos por Nabucodonosor para consolar as suas amigas. Vénus a mais querida das deusas babilónicas, era representada sob a forma de uma mulher em pé sobre dois leões. A força submetida à beleza. Uma frase resume a História do Médio Oriente até final do século XII: Um desfile de civilizações.

Em 1500 anos (cerca de 4500 a 3000 a.C.) os homens do vale entre o Tigre e o Eufrates e os do vale do Nilo, inventaram a roda e os transportes rodados, aprenderam a trabalhar o linho, construíram barcos à vela, descobriram os números, inventaram a escrita, aprenderam a irrigar as terras de cultura, criaram as primeiras cidades e revelaram o seu talento para as artes.

publicado por luzdequeijas às 16:00
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CIVILIZAÇÃO EGIPCÍA

A civilização egípcia floresceu durante mais de três milénios no vale do Nilo, dispersando-se pelas terras que o rio, extenso e impetuoso, tornava ciclicamente férteis. Venerado como um Deus que tudo dava e a quem tudo se agradecia, o Nilo Azul foi, assim, razão de existência para um povo que se iria mostrar inteligente e activo, ao ponto de erguer e estabilizar uma cultura que a História regista como a mais duradoira da Antiguidade. A decadência do mundo egípcio começa no século VII a.C., com o assalto das hordas assírias e, mais tarde, dos Persas. O Egipto torna-se por último uma província da Roma vencedora.

publicado por luzdequeijas às 15:59
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MÉDIO ORIENTE

Também já vimos que foi nesta área do Golfo que nasceram das mais influentes religiões do mundo

Constatámos igualmente ser o Médio Oriente, uma das zonas que apresenta maior instabilidade política e social, sendo inclusive, aquela onde se desenrolaram nos últimos tempos mais guerras. O conflito entre israelitas e árabes, tornou-se latente há muitas dezenas de anos, sem fim à vista. É nesta zona que atuam muitos dos grupos de guerrilheiros organizados e conhecidos em todo o mundo. Logo nesta região que é das que apresenta maior densidade populacional. Naturalmente que existirão razões históricas na origem de todos estes factos, motivo pelo qual valerá a pena relembrá-los. As zonas onde se desenvolveram as primeiras civilizações históricas, apresentam uma baixa latitude nas suas terras, de clima seco e muito quente, onde os desertos ocupam lugar importante, deixando apenas como regiões favoráveis à fixação do homem as duas únicas grandes planícies (Egipto e Mesopotâmia), cuja fertilidade se devia à enchente dos seus rios: Nilo, Tigre e Eufrates.

publicado por luzdequeijas às 15:55
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MANDALAS ALQUÍMICAS DE LUZ

 

Mandalas Cósmicas

 

Salve Filho da Luz! Seja bem-vindo neste espaço sagrado dos Mestres da Grande Fraternidade Branca Universal!

Convido você a caminharmos juntos em Beleza através das belas imagens das Mandalas Alquímicas de Luz. Desejo que a Arte das dimensões superiores harmonize agora seu dia, sua vida!

Este trabalho é dedicado para o Bem Maior de todos os Seres! Que todos os Seres tenham uma nova e perfeita percepção, que todos os seres já se sintam felizes, que todos os seres sejam livres e encontrem a paz que já existe em seus corações!

 

Rosana Costa Szalanski

de mandalas: as de culto, as de meditação e as terapêuticas. Elas
se diferenciam em função do seu uso e finalidade, mas também segundo o estado de consciência

em nós a ordem e a harmonia no lugar do caos.

publicado por luzdequeijas às 15:05
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O APANHADOR DE SONHOS

 

 

 

O “Dream Catcher” também conhecido como filtro ou teia do sonho são mandalas de cura que fazem parte da cultura nativa americana por gerações, e é uma ótima lembrança para quem visita o Canadá.

Os nativos americanos sempre acreditaram que o ar da noite é cheio de sonhos bons e ruins. O apanhador de sonhos, quando pairava sobre ou perto da cama balançando livremente no ar capturava os sonhos quando eles passavam.

Os bons sonhos passavam através da mandala, deslizando para baixo até às penas tão gentilmente que muitas vezes a pessoa adormecida não sabia que ela estava sonhando.

Os sonhos ruins ou pesadelos ficavam presos na teia do meio do circulo e eram apagados com o primeiro raio de sol do novo dia.

Devemos sempre lembrar que estes “objetos” não são simples objetos decorativos para as tribos americanas, eles são considerados instrumentos de poder por serem medicinais.

publicado por luzdequeijas às 14:53
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NA MÃO DE DEUS

 

Na Mão de Deus Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.

Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.

Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,

Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!

Antero de Quental, in "Sonetos"

 

 

publicado por luzdequeijas às 14:35
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A CRUZ DE MALTA

 A Cruz de Malta é o símbolo principal de Saint Germain, ela simboliza a união das energias cósmicas e telúricas, a sintonia da Terra e do Céu. O homem de braços abertos entregando-se ao Universo e à Vida com Fé e Determinação. A Cruz de Malta tem o poder de ampliar e manifestar novas irradiaçõesao seu redor onde é utilizada, já que carrega o estigma da Chama Violeta que tem o poder de transmutar,acelerar e manifestar. É o símbolo da Liberdade dos limites e das manifestação de nossos ideais na Luz.

 

 

 

Sente-se confortavelmente, respire a Luz Violeta, sinta que você é Luz, inspire e expire, sentindo a energia transmutadora da luz Violeta ocupar todos os espaços de seu corpo.

Visualize sob a planta de seus dois pés uma Grande Cruz de Malta envolvida na Chama Violeta, faça o mesmo a seguir com o seu chakra cardíaco e seu chakra coronário.

Sinta a Cruz de Malta nos três pontos que pulsam e vibram em total harmonia com o universo.

Agora os três pontos se expandem cada vez mais envolvendo você e e tudo a sua volta, tente expandir esta energia para a sua família, amigos, casa, cidade, país e todo o Planeta Terra.

Visualize a sua frente Sete Portais da Chama Violeta que se abrem e você passa por todos eles trazendo mais Luz à sua vida.

Respire profundamente e repita mentalmente:

 

EU SOU LUZ, EU SOU PAZ, EU SOU AMOR

 

EU SOU A MANIFESTAÇÃO

 

AQUI E AGORA

 

publicado por luzdequeijas às 14:04
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2012

POPULAÇÃO DA TERRA

Ultrapassa em muito as 6 000 milhões de almas. O crescimento populacional aumenta a um ritmo impressionantemente progressivo. É certo que ele varia segundo as regiões, e porque as condições para o povoamento não se oferecem igualmente repartidas, a densidade populacional é também muito variável. Algumas zonas são praticamente desabitadas: as regiões polares, os desertos de África, da Ásia Central, da Austrália, da América, as grandes florestas, os altos cumes. Outras são fortemente povoadas: as zonas industriais da Europa e dos Estados Unidos, os deltas e as planícies da Ásia do Sudeste, e os arquipélagos japoneses e malaio. 

De qualquer maneira as estimativas oficiais apontam para uma população mundial, em 2050, da ordem dos 9 000 milhões de pessoas.

 

publicado por luzdequeijas às 19:18
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FONTES RENOVÁVEIS

Hoje, a Ásia é o maior continente produtor de energia (34% do total), seguida da América (31,1%) e da Europa (25,6%). A América do Norte é o maior consumidor, principalmente os Estados Unidos que consomem mais de um terço do total produzido. A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 mega toneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provavelmente de fontes não renováveis – carvão, gás natural e petróleo. As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos, as de gás natural, um pouco mais de cem anos, as reservas de carvão aproximadamente 200 anos. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis, aquelas que se podem renovar espontaneamente (água, sol e vento) ou por medidas de conservação (vegetação) – são responsáveis apenas por 13,8% do total produzido. As Fontes de Energia Alternativas conhecidas são neste momento as seguintes:

Eólicas, Geotérmica, Solar e Biomassa, ou ainda outras fontes alternativas podem merecer análise como as marés, ondas, xisto, Fissão Nuclear (é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois menores e mais leves). Todas com vantagens e desvantagens, mas ainda num estado de aproveitamento bastante incipiente. A nível mundial é muito mais correto falar de petróleo, dentro das causa económicas, do que vagamente da economia mundial. Em boa verdade esta depende em absoluto das fontes de energia e, no caso, o petróleo domina maioritariamente a realidade económica mundial. As alternativas de que falámos aparecem como tal, de forma muito incerta, empurrando as estratégias mundiais de todos os países, muito mais no sentido de garantirem o consumo do petróleo enquanto ele existir, do que para as áreas da investigação e desenvolvimento de outros tipos de energia.

Das causas apontadas para os conflitos mundiais e locais, a economia e as religiões, a maioria das vezes elas não aparecem isoladamente, mas sim, entrelaçadas. Será caso para dizer de mãos dadas. Justificam-se mutuamente e são habilmente manobradas ao serviço das ditas estratégias das grandes potências mundiais. Como poderia o Homem sobreviver sem os recursos mundiais do seu planeta? Ele que à terra e ao mar arranca, numa labuta de sempre e para sempre, os produtos de que precisa para se alimentar, viver e confeccionar toda a sorte de utensílios de que necessita. Ele que, na constante tentativa de viver numa sociedade cada vez mais rica e mais confortável, lhe tem sabido dispensar um ritmo impressionante de progresso, e que já se volta, ambicioso, para os espaços siderais. A economia mundial tem, pois, os seus alicerces nos recursos naturais, tanto no estado primitivo como na forma final conseguida através das operações levadas a cabo pelo Homem para os tornar utilizáveis. Será o caso dos recursos que se extraem do solo e do subsolo e de que os minerais metálicos e os combustíveis são os exemplos mais marcantes. Por seu turno, é o mundo dos seres vivos – animais ou vegetais – o manancial primário dos recursos naturais. O Homem explora-o e desenvolve-o desde o seu aparecimento na face da Terra – pescando e caçando, criando animais domésticos, abatendo árvores, cultivando o solo.

publicado por luzdequeijas às 19:13
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UMA DEPENDÊNCIA QUE É UMA FRAGILIDADE

 

Exatamente por essa razão, alguns economistas defendem que se deve avançar com planos de investigação e desenvolvimento de energias alternativas. Tendo em vista este caminho será conveniente ter bem presente as seguintes Leis da Termodinâmica:

 

Primeira Lei: Princípio da Conservação da Energia: “ A energia não pode ser criada nem destruída, somente transformada”.

 

Segunda Lei: Lei da Entropia: “ A entropia – grau de desordem – de um sistema fechado aumenta continuamente”

 

O termo energia vem do grego - "energueia" – e, conforme a sua formulação é quase sinónimo de trabalho. Para fins científicos e genéricos, a definição mais usual trata a energia como a capacidade de produzir trabalho.

Desde sempre o Homem dispôs somente de energia da sua própria força muscular e da tração animal, do calor da lenha e da captação do movimento das águas e dos ventos. A invenção da máquina a vapor há trezentos anos e a utilização do petróleo a partir do século XIX, possibilitaram novas condições e qualidade de vida, mas criaram também novas situações económicas, sociais e ambientais na busca dessa energia. Apesar disso, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com melhor padrão de vida, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia.

publicado por luzdequeijas às 18:53
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A "JIHAD" PETROLÍFERA

Segundo Duncan, é do interesse vital dos cinco países produtores do Médio Oriente um controlo apertado da torneira do crude ao longo dos próximos vinte e cinco anos. Os seus interesses de longo prazo (40 a 50 anos no século XXI) não são compatíveis com as pressões dos países importadores desenvolvidos que querem mais e mais milhões de barris por dia colocados no mercado e a um preço barato.

O Médio Oriente vai transformar-se, por isso, numa região escaldante no presente século (XXI). Uma «guerra santa» prolongada à volta do petróleo, com diversos episódios, não deve ser excluída dos cenários. A maldição do “ouro negro”, raro e essencial para os países industrializados, o petróleo surge associado à instabilidade militar, não só no Médio Oriente como no resto do mundo.

Olhando atentamente no mapa, a verdade é que a dicotomia zona de conflito/petróleo repete-se muitas vezes. Com a exceção do Mar do Norte – onde o petróleo é explorado pelo Reino Unido e pela Noruega e dos Estados Unidos, a maioria das reservas está localizada em áreas instáveis ou potencialmente complicadas. Já que neste caso os problemas não se limitam somente ao Médio Oriente.

Mais ao norte, no Mar Cáspio, numa extensão de território dividido entre a Rússia e algumas repúblicas da ex. - URSS, fica uma das reservas mais importantes do mundo. Nas previsões de muitos analistas, por volta de 2010, sairão dali muitos milhões de barris de petróleo por dia. No entanto as expectativas na extracção de crude, são tão grandes como o risco de conflito político e militar. ÁREAS DE influência muçulmana no seu passado, estas antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, Turquemenistão, Uzbequistão) são permeáveis ao fundamentalismo islâmico, sendo, por isso, provável que usem o petróleo como arma para pressionar o Ocidente. Nesta altura já assistimos naquela zona, ao conflito entre a Chechénia e a Rússia, só aparentemente gerado por um referendo. Luta-se em nome de um nacionalismo, mas também por questões de estratégia económica. O território Checheno é fundamental para a passagem dos oleodutos que trazem o petróleo do Mar Cáspio.

publicado por luzdequeijas às 18:46
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INSTABILIDADE DERIVADA DO PETRÓLEO

Ainda em zonas de influência islâmica mas no Norte de África, não do Médio Oriente, existe outro dos grandes produtores de petróleo e gás natural do mundo: Argélia. Vive-se aqui uma instabilidade acentuada desde que, em 1992, as eleições legislativas ganhas pelos fundamentalistas islâmicos foram anuladas.

Devido à recusa em aceitar o poder nas mãos do partido islâmico, em pouco tempo, aquela era a mais próspera das nações do Norte de África passou a ser um país em guerra constante. Bastante vulnerável aos ataques do GIA (grupo Integrista Islâmico), a Argélia é, neste momento, uma ameaça para todo o Mediterrâneo e um enorme problema de difícil solução. A estabilidade política no Argélia é importantíssima para toda a União Europeia, na medida em que vem daí o gás natural, a principal alternativa de que dispõe relativamente ao consumo de petróleo. Se a norte a instabilidade é muita, no centro e no sul do continente africano a situação não é mais otimista. Entre conflitos étnicos e guerras de poder, ficam duas importantes reservas de petróleo: Angola e a Nigéria.

Em Angola, a guerra da independência durou quase 30 anos e decerto irá ter continuidade no enclave de Cabinda, região muito rica em crude. A morte de Jonas Savimbi, acalmou os conflitos, mas a paz em África apresenta, de forma constante, grande incerteza. A Nigéria, situada entre os 13 maiores exploradores, é conhecida pelos conflitos étnicos e religiosos. Na zona do delta do Níger, onde se fez a extração de petróleo, as empresas americanas anunciaram a suspensão das operações de extração dada a insegurança na área.

Segundo a “Human Rigths Watch”, o petróleo é a principal razão para inúmeros atentados aos direitos humanos naquela zona. A organização referencia execuções sumárias sem culpa formada e perseguições. Ainda em África, a grande aposta parece ser a extração no mar entre São Tomé e Príncipe e a Nigéria. Tal como, a Oriente, as grandes esperanças estão nos milhões de barris de petróleo que irão sair do mar de Timor Leste, país que, até 1999, viveu a ocupação Indonésia com a complacência da Austrália. Naturalmente por causa do Petróleo.

publicado por luzdequeijas às 18:42
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PRESSÃO SOBRE O CONSUMO

No continente americano, além dos Estados Unidos e do Canadá (em menor escala), a grande produção faz-se entre o México e a Venezuela, num eixo que inclui algumas das ilhas das Caraíbas, como Trinidad and Tobago. Também por estas paragens, como noutras partes do mundo onde o petróleo abunda, a instabilidade política, a grande diferença de classes e a corrupção marcam o dia-a-dia dos países e das populações. Terá ainda sido por causa do petróleo que os venezuelanos saíram à rua em Caracas, para pedir a Chávez que deixasse o poder. A empresa Petróleos da Venezuela foi a origem da greve de dois que parou o país. Apesar deste cenário de incerteza política nos países onde estão situadas as reservas de petróleo, a verdade é que as necessidades deste produto por parte dos países mais industrializados, vão continuar a crescer nos próximos 20 anos, sobretudo nos Estados Unidos. O Ocidente apresenta claramente grande fragilidade neste domínio. Estima-se que o consumo dos Estados Unidos seja em 2020 superior em mais de 10,3 milhões de barris àquele que teve em 1999, consideram-se também que a sua produção (das maiores do mundo) se irá manter. O que indica que a maior economia do mundo – que é também o maior consumidor de petróleo (19,9 milhões de barris por dia) – continuará dependente do exterior e das tensões nas áreas de extração, importando mais de metade do petróleo que consome. As estimativas de petróleo para 2020 mostram, no entanto, que o crescimento da procura irá aumentar por todo o mundo. Seja em África, na América latina, na Ásia, na Europa de Leste e na Europa Ocidental. Embora, no que respeita à União Europeia, o crescimento previsto seja menor. Tão industrializada como os estados Unidos, a redução na procura europeia pretende-se alcançar com a aposta no gás natural e no gasoduto do Norte de África. O petróleo ficará essencialmente para o sector dos transportes. A certeza é que a pressão sobre o consumo do petróleo irá aumentar nos próximos anos, mantendo-se como principal fonte de energia dos países industrializados.

publicado por luzdequeijas às 18:34
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DATAS A RETER

2006 - Pico da produção mundial de petróleo

2008 – Inversão da relação entre OPEP e produtores de petróleo não - OPEP

2025 – Domínio dos 5 países do Golfo dentro da OPEP

2040 – Produção mundial de petróleo caiu em 60% em relação ao pico de 2006 e os países do Golfo produzem 92% da produção de petróleo!

Por este estudo, oficialmente credenciado, a produção mundial de petróleo atingirá um pico mundial histórico em 2006, altura a partir da qual deverá entrar num período de desaceleração de 2,5% ao ano, caindo em 60% até 2040. A liderança absoluta da OPEP – e, por arrastamento, do ouro negro – será progressivamente localizada no Médio Oriente.

publicado por luzdequeijas às 18:25
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REDENÇÃO PELA CRUZ

Mas que sentido tem o mal no mundo? Conseguiu o homem, mediante o pecado, frustrar o plano divino da criação? Conseguiu o próprio mal prejudicar o poder divino? Tudo isto se explica num segundo dogma da revelação cristã, o dogma da redenção operada por Cristo. Segundo este dogma, o Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade divina, assume natureza humana, precisamente para reparar o pecado original e, por conseguinte, as suas consequências naturais. Deus precisava de uma reparação infinita, que unicamente Deus podia dar. Sendo, porém, o homem que a devia pagar, entende-se como o Verbo de Deus, que Cristo assuma a natureza humana.

Para a Redenção, teria sido suficiente o mínimo acto expiatório de Cristo, pois esse acto teria um valor infinito, devido à sua dignidade. Contudo, Ele sacrifica-se até à morte na Cruz. Fez isto para dar toda a glória possível, à infinita majestade de Deus no reino do mal e da dor proveniente do pecado; é, pois, a glória de Deus o fim último de toda a atividade divina.

publicado por luzdequeijas às 18:19
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O PECADO ORIGINAL

Acredita-se que o Homem teria participado – com uma natureza, extraordinariamente dotada – da vida de Deus, teria gozado de uma espécie de deificação, não por direito, mas por graça. Todavia – devido a uma culpa de orgulho contra Deus, cometida pelo primeiro homem, Adão, do qual pela natureza humana, devia descender toda a humanidade. Teria, assim, o homem perdido toda a harmonia e dignidade sobrenatural, juntamente com os dons conexos. Por estes motivos existem uma espécie de enfermidades e um enfraquecimento espiritual e físico no ser humano, desde o nosso nascimento, e que deve, por conseguinte, ser herdado. Basta lembrar como pela lei da hereditariedade se podem transmitir doenças físicas e morais: deficiências que não dependem dos indivíduos.

publicado por luzdequeijas às 18:15
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2012

UMA NOITE DE PESADELO!

Numa noite de 2003

 

Estás bem sentado? Precisas de muita coragem! O mundo que eu visionei em sonhos (pesadelos), sobre o ano 2020, está ingovernável! Incontrolável. Insubmisso. O futuro em 2020 é caótico!

Dezassete anos depois desse visionamento (2003), o mundo é um território tomado pela insegurança e pela desordem! Vive-se num caos global! Parece que ninguém manda, parece que todos são livres, mas, é uma liberdade sem lei e sem ordem, é um total caos. Não há fronteiras, não há polícia, nem esquadras, nem juízes onde ir denunciar os roubos e as tropelias, de toda a ordem, que sofre um cidadão qualquer. Também não há bancos, nem cheques, nem cartões de crédito, nem hospitais, nem transportes ou igrejas a funcionar. Não funcionam ministérios, nem registos públicos, nem correios, nem telefones. Os funerais são realizados, na íntegra, pela família e amigos, quando os há! Há voluntários a abrir valas comuns, para onde os sem-abrigo e sem amigos, são despejados! Existe um ativo comércio de rua onde só dinheiro vivo, tem aceitação. Tudo, o mais, se processa no comércio de troca na rua. Os preços todos os dias sobem, sem critério. Assim, temos uma amostra da situação catastrófica que se vive por todo o lado. Há de facto liberdade de cada um fazer o que lhe apetecer, mas o resultado é uma incaracterística liberdade, que faz as pessoas sentirem-se aterradas e desamparadas. É normal ver toda a gente receosa e com a alma encolhida, caminhando nas ruas apinhadas e sem ninguém comunicar com ninguém! Por todo o lado aparecem locais, edifícios e outras instalações, literalmente saqueadas. Quem são os saqueadores? Gente que tudo perdeu. A começar pelo seu emprego. O vandalismo é normal e já nem causa revolta! Está generalizado. A primeira reação perante o despertar desta situação, foi cavalgada pelo ódio contra os aparentes causadores de tudo isto. Datam daí as brutais destruições. Tudo foi destruído num ápice, até as fábricas onde trabalhavam, mas que já não davam pão! Ainda se compreende que tenham roubado comida, vestuário ou tudo aquilo que pudesse ser usado ou vendido. Mas não se compreende que tivessem destruído as máquinas e as fábricas, as creches e as escolas! Qual a explicação para tudo isto?

Sem policiamento, mesmo com trânsito diminuto, como não haveria de haver buzinadelas e engarrafamentos? Um pandemónio diário! Cada condutor marcha por onde lhe apetece, a circulação rodoviária só melhora porque o número de viaturas vai diminuindo, em consequência dos acidentes e da falta de combustível e assistência. Mesmo nesta confusão, ainda vai aparecendo quem de apito na boca, se arme em polícia sinaleiro! Em muitos bairros, as pessoas angustiadas pela permanente insegurança, organizam-se em grupos de vigilância. Também o fazem para a limpeza do lixo acumulado. Tudo o que possa arder é queimado e os voluntários vão-se aquecendo. O mau cheiro chega a ser pestilento. As maiores dificuldades de que sofrem as populações mundiais, são a falta de luz e água potável. O “precioso líquido”, só corre nas torneiras duas horas por dia. Os poços secaram, ou então, a sua água está poluída. A falta de água corrente, está já a provocar um impacto negativo na saúde das populações, principalmente nas crianças. De acordo com a Unicef, nos últimos anos, o número de casos de crianças com diarreia, aumentou significativamente e multiplicam-se os casos de malnutrição. Os ataques às condutas de água ainda operacionais, são constantes para a sua captação oportunista. É a guerra contra a sede. Os campos estão por cultivar e em total abandono! Os apagões são constantes e chegam a durar dias. Nestes casos, as pessoas ficam sem defesa contra o frio e para cozinhar! Torna-se impossível cozinhar e tomar banho! Em noites muito quentes as pessoas vêm para rua procurar uma réstia de fresco. Chegam a trazer os seus colchões e dormir ao relento. As ruas e as estradas estão completamente esburacadas. Não há matéria-prima para reconstruí-las. Nem tecnologia! As redes de transportes públicos deixaram de funcionar com regularidade, passam quando passam. Os autocarros vão encostando, por falta de tudo. A Agricultura atingiu os níveis mais baixos de sempre. Nos mercados, as bancas estão quase vazias. Os pomares e hortas, com alguma coisa que apanhar, são assaltados e vandalizados. Aos poucos vão-se tornando um matagal. As cidades, aos poucos vão perdendo habitantes e ficando desertas. Muitas pessoas e muitas famílias, preferem o regresso aos campos, Onde ainda possuem uma casa de família e lhe resta algum respeito e ordem. Não há, por falta de condições naturais, meios de procurar um emprego. Ninguém se arrisca a investir e, desse modo. os desempregados vagueiam pelas ruas. O mundo regrediu aos seus piores tempos. Arrastado pela escassez de tudo, mas principalmente de água potável e combustível. Os avisos das Nações Unidas não foram escutados em tempo útil.



publicado por luzdequeijas às 16:07
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AINDA O PESADELO

Os países ricos foram-se defendendo da crise, com dinheiro para obtenção de petróleo e matérias-primas. Foram aumentando os preços dos produtos transformados, cobrando-se neles a crescente subida da energia, já fora do alcance da grande maioria dos países. Sucumbiram, uns atrás dos outros. Por último, ia deixando de haver compradores. O impacto da crise espalhou-se pelo mundo inteiro. Os países que tinham oferecido luta à crise, também acabaram por cair. A crise quando nasce é para todos. A sociedade civil foi outra coisa a desaparecer. Os hospitais acabaram por fechar, por falta de medicamentos e outros materiais necessários. Também por falta de eletricidade e água. Operar nestas condições era uma lotaria, e de resto já não havia pagamento de vencimentos e muitos médicos receavam os assaltos permanentes! O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Unicef e o Programa Alimentar Mundial (PAM), estão paralisados. As organizações humanitárias internacionais perderam toda a possibilidade de uma atuação mínima, por falta de meios e de alguma ordem mundial. Multiplicaram-se as organizações de malfeitores. As organizações terroristas, que lutam sempre contra o poder, desapareceram gradualmente. Não havia poder ou, era incipiente. As populações mundiais deixaram de dar qualquer crédito aos atos eleitorais, nos poucos que persistissem na sua realização. Os partidos políticos foram das primeiras coisas a desaparecer. Tinham tido um largo quinhão nesta miséria! Extinguiram-se, pura e simplesmente. A democracia em tais circunstâncias, deixou de fazer sentido. Aliás, talvez nunca tivesse feito! Sempre foi um logro para os humildes. Agora havia pessoas nalguns cargos por nomeação de políticos, que se iam arrastando nos lugares. Nomeações para amigos, como, aliás, também aconteciam na democracia.

publicado por luzdequeijas às 16:00
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DESSALINIZAÇÃO DA ÁGUA DO MAR

! Os procedimentos de dessalinização identificados são muitos, e correspondem a técnicas muito diversas, mas, sem embargo, podem dividir-se em dois grupos:

 

Grupo 1 – A água muda de estado no decurso do tratamento.

>Passando por uma fase gasosa (destilação)

>Procedimento por compressão de gases

>Procedimento térmico de múltiplo efeito

>Procedimento térmico “multiflash5”

>Passando por uma fase sólida

>Congelamento

>Formação de hidratos (procedimento em fase de laboratório)

 

Grupo 2- A água não muda de estado no decurso do tratamento, (procedimento com membranas)

>Eletrodiálise

>Osmose inversa

publicado por luzdequeijas às 15:02
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SOLUÇÕES POSSÍVEIS

Nos próximos tempos, não serão de desprezar incrementos de técnica simples, tais como a recolha intensiva de água da chuva. Instalação de calhas nos telhados de forma a captar a água das chuvas, conduzidas seguidamente para grandes reservatórios debaixo da terra, etc.. Este bem, tão precioso, tem que passar a ser gerido de outro modo mais consciente. Também o transporte de icebergs, desde a

 

 

 

Antártida até zonas do mundo altamente carenciadas. Ainda, usando o calor das centrais térmicas no seu degelo. Um projecto em fase de estudo e desenvolvimento pretende a descoberta de uma simples bio-pílula, obtida com base numa enzima, que despolui um lago ou um rio, sem prejudicar a pouca vida orgânida, que ainda lhe tenha restado. A própria água do consumo pode ser recuperada neste sistema! A grande aposta para este gravíssimo problema, a escassez de água potável, parece ser unicamente resolvido com o processo de “Dessalinização da Água” do mar. As enormes reservas de água do mar e as águas salobras de várias procedências, perante a situação, catastrófica iminente em vários países, justificam os grandes investimentos necessários para se conseguir a sua transformação em água potável. As experiências já feitas, além de muito dispendiosas, ainda não alcançaram os objectivos desejados! Os procedimentos de dessalinização identificados são muitos e correspondem a técnicas muito diversas.

publicado por luzdequeijas às 14:43
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A LUTA CONTRA A FALTA DE ÁGUA

 

No decorrer do III Fórum Mundial da Água, realizado no Japão, mais de dez mil representantes de 160 países, apresentaram-se, e muitos trouxeram soluções concretas para os problemas que atingem perto de dois mil milhões de pessoas, em todo o mundo. Noutra cimeira, a do G8, a realizar em França, este problema será igualmente abordado. A crise mundial da água será um dos maiores desafios do século XXI! Noutra Cimeira Mundial, sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, a comunidade internacional decidiu reduzir para metade o número de pessoas que não têm acesso a água potável, até 2015, equivalente a 1,4 mil milhões de pessoas. Existe também o problema daquelas que não possuem quaisquer condições sanitárias e de salubridade, cujos números apontam para cerca de 2,3 mil milhões de pessoas. O grande drama consiste no facto de no momento em que se fazem grandes esforços, técnicos e financeiros, para dotar muitas pessoas de condições de acesso a água potável, saneamento e salubridade, a escassez do ”ouro azul” e o aumento acelerado da população mundial, atirarem o mundo para uma situação pior do que aquela que existe neste momento! Assim, prevê-se que, em 2025, 50 por cento da população mundial não terá acesso a água potável, contra os 30 por cento que atualmente sofrem esse problema! Dois relatórios das Nações Unidas, apresentam-nos um panorama desolador. Em alguns países chega mesmo a ser desesperada. As suas reservas de água potável começam a desaparecer a um ritmo vertiginoso. Alguns destes assuntos, estão também a ser investigados pelos altos responsáveis das organizações mundiais, como as alterações climáticas, as novas tecnologias de irrigação, etc. Embora havendo consenso geral de que a crise de água constitui de facto um grave problema para resolver e que se torna muito urgente agir de maneira a fazer-lhe frente. O certo é que as medidas necessárias para enfrentar tal desafio estão constantemente envoltas em grande controvérsia.

publicado por luzdequeijas às 13:53
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UM GRANDE PROBLEMA MUNDIAL

Com tanta água, pode parecer insensato falar em crise de abastecimento. Mas é exatamente para esse risco que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem apontando, há pelo menos trinta anos. A perspetival é a de que, na próxima década, a crise de abastecimento atinja proporções inéditas, com a procura superando a oferta anual de 9 mil km3. A década passada foi toda dedicada a estudos da água e 1998 foi o Ano Internacional dos Oceanos, o reservatório de 97,5% dos 1,5 biliões de km3 da água da Terra. A água salgada, representa mais de 97%, das reservas mundiais, que são abundantes, embora não disponíveis quando e onde queremos e na forma desejada. De tais reservas, quase dois por cento, está na forma de gelo. A água cobre 70% da superfície terrestre! Mas é bom que nos convençamos que a maior parte dessa água, não oferece condições para consumo. Igualmente os recursos fluviais, estão divididos de forma não proporcional: mais de 40% dos rios e lagos estão concentrados em seis países: Brasil, Rússia, Canadá, EUA, China e Índia. Muitas outras zonas da Terra, dispõem de poucos recursos hídricos. A distribuição da água ao longo do ano, também apresenta enorme variabilidade. Esse facto faz com que existam épocas secas!

publicado por luzdequeijas às 12:58
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TÍTULO EM CAUSA

Ministro da Defesa contra título «abusivo» da Lusa

Aguiar-Branco pediu apreciação de notícia pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social

Por: tvi24  |  29- 10- 2012  9: 55

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) anunciou no domingo que vai solicitar à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a apreciação de uma notícia da Lusa sobre o discurso de José Pedro Aguiar-Branco no Dia do Exército.

Em causa está o título «Ministro da Defesa acusa comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa» de uma notícia distribuída pela Lusa no domingo à tarde, depois do discurso de Aguiar-Branco nas comemorações do Dia do Exército, nas Caldas da Rainha.

Em comunicado, o MDN considerou que o título da notícia resulta de uma «interpretação totalmente abusiva e descabida» do discurso do ministro (… )

 

publicado por luzdequeijas às 12:29
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Domingo, 28 de Outubro de 2012

AS PESSOAS E OS POLÍTICOS

Vejamos o que pensam os portugueses dos nossos partidos políticos e da Assembleia da República. Os resultados das sondagens de opinião pública mostram a sensibilidade que as pessoas têm e que anda perto da realidade, quando muito pecando por defeito.

 

 “OS PARTIDOS políticos e a Assembleia da República são as instituições em que os portugueses menos confiam, ainda menos do que nas seguradoras, revela um estudo sobre a imagem dos serviços públicos encomendado pelo Ministério da Reforma do Estado.

Dados que o Ministério de Alberto Martins interpreta como “ preocupante do ponto de vista da qualidade da democracia”. E novos “motivos de preocupação com a saúde do sistema político“ são encontrados quando se avalia o nível de identificação com os partidos: “ Para 53,7 % dos inquiridos não há nenhum partido político do qual cada um se sinta próximo “ . Nesta sondagem realizada pelo Centro de Sondagens da Católica ainda se conclui que as Forças Armadas, a comunicação social e a banca são, em contra partida, as instituições que mais merecem a confiança dos inquiridos “ .                      

 

 Expresso 05 Outubro 2001

publicado por luzdequeijas às 19:09
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UMA QUESTÃO POLÍTICA

 

 “Se poucos erros palmares existiram durante o “ cavaquismo “ , o principal foi sem dúvida o modo como o centro-direita se despojou da  sua influência nos média e vendeu aos seus adversários internos e externos a corda com que seria enforcado .

 

Se a SIC e a TVI, criadas com a bênção do consulado social-democrata foram os canais televisivos mais implacáveis com os governos de Cavaco, já a criação do “ Império da Lusomundo “ , redundou num genuíno Alcácer – Quibir já que a direcção e linha redactorial dominantes dos diários do grupo foram oferecidas de bandeja pelo coronel Silva às sinecuras socialistas do jornalismo .

 

A vitória do PSD nas últimas eleições, a qual se fez paradoxalmente contra a própria imprensa dominante, não foi, todavia, acompanhada por uma estratégia certeira para a comunicação social, pois um sector da liderança ainda acredita que “ la donna e mobile “ e que se pode vir a inclinar ainda para o seu lado.

 

A reacção da linha dominante da imprensa nos primeiros “ cem dias “ da actual coligação esmaece todas essas ilusões.

 

Para quem não queira ver, o “ estado de graça “ governativo foi morto à nascença por uma “fatwa “ dos fazedores de opinião; o primeiro-ministro foi reduzido ao estatuto de um fantasma; Manuela Ferreira Leite foi transformada na « bruxa malvada do Oeste » ; Morais Sarmento transmutado no “Calvin” do Executivo ; o Governo foi crismado de inepto e trapalhão; os críticos internos do PSD foram brindados com um palco público de luxo; e o “ Bloco de Esquerda “ erigido a consciência colectiva.

Importa, pois, que o PSD entenda, uma vez por todas, o que Portas já entendeu.

 Ou o centro-direita decide lutar no terreno da comunicação social pelo espaço próprio a quem em termos de representatividade democrática tem direito, apoiando quem deve apoiar, ou será a sobredita “ comunicação social das causas “ a acabar com o centro-direita.                                                     

No tempo presente, a comunicação social de massas encontra-se maioritariamente privatizada e os grupos e interesses económicos que a possuem estão desde há muito acomodados ao “ pacto tácito “ de não influírem na linha editorial, contanto que a sua influência comunicativa no campo económico fique garantida. 

No seu entendimento foi sempre preferível manter uma orientação de esquerda na imprensa que controlam, para agradar aos imprevisíveis socialistas, estejam eles no Governo ou na oposição, já que os partidos do centro-direita “ estão no bolso “ e constituem um parceiro tácito e adquirido quando alcançam o poder.

Importará talvez que a coligação no poder, eventualmente através de um exemplo que faça doer, relembre a uma certa plutocracia descuidada e pouco grata que nada está verdadeiramente adquirido e que não existem valsas dançadas senão a dois.”

                                        INDEPENDENTE 12 Julho 2002

 

publicado por luzdequeijas às 18:44
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O CHAVÃO

 

NEOLIBERAL transformou-se num insulto ideológico. Quem insulta fica satisfeito, quem é insultado não percebe o que lhe chamaram.

 

“ HÁ UMA FORMA PREFERENCIAL de atacar o processo de reformas que o Governo procura levar a cabo. Por um lado, usa- se o chavão «neoliberal». Serve para diminuir a dimensão social das reformas e para apoucar o adversário político. Por outro lado, invoca-se a globalização. A globalização é apresentada como a culpada do sentido reformista que está a ser seguido e as reformas são más porque o Governo «aderiu» à globalização. Neste âmbito usa- se ainda o subargumento de que os sacrifícios que estão a ser pedidos apenas se justificam por causa das exigências da União Europeia, relativamente ao nosso défice. É o efeito global à escala regional. Vamos por partes. O chavão neoliberal quer dizer tudo e não quer dizer nada. É usado a torto e a direito, quase sempre quando quem o usa não sabe o que dizer sobre a medida concreta que está a criticar. Na cultura política actual há uma lei : quem não sabe como atacar um adversário político chama-lhe neoliberal (...) A questão merece algum cuidado porque o chavão tem repercussões no imaginário colectivo. Soa a insensibilidade social, redesperta medos de desprotecção numa sociedade muito concorrencial, simboliza um mundo árido, de pequenas grandes conquistas e oportunidades, é certo, mas sem ideal.

O melhor combate a este chavão é, em primeiro lugar, forçar quem o utiliza a explicá-lo. Sempre que alguém chama neoliberal a alguém deve ser obrigado a explicar o que quer dizer. É certo que meterá os pés pelas mãos, ou, na melhor das hipóteses, dará uma explicação redonda, ela própria um chorrilho de chavões.

 

Em segundo lugar, o combate ao chavão deve ser feito no terreno específico de cada reforma. A abstracção e a generalidade são as ambientes propícias para o chavão. A discussão do racional de cada reforma é a asfixia do chavão.       

 

A lógica predadora da globalização é a outra dimensão do ataque. No fundo, diz-se, a globalização é um produto do tal neoliberalismo, não fosse o neoliberalismo não haveria globalização, ou haveria uma outra globalização, boa e não má. Este ponto é muito sensível, uma vez que a globalização tem vindo a agudizar o ritmo e a tensão concorrenciais no mundo e os seus efeitos na vida das pessoas e nas relações entre povos não podem deixar de merecer um enfoque privilegiadamente social e humanista. O problema, no entanto, é outro: as reformas em curso em Portugal não são, no essencial, provocadas pela globalização, mas sim pelos mais sãos princípios de convivência em sociedade (evitar o desperdício público respeitar os cidadãos que pagam impostos, criar um ambiente favorável à produtividade de todos e não apenas dos mais esforçados ou combativos, exigir qualidade nos sistemas sociais, exigir dos nossos jovens, respeitar o direito de propriedade no caso do arrendamento, etc.). Portugal está a fazer um caminho em que se atrasou demasiado. Portugal tem um problema consigo mesmo que está a resolver.

 

Por outro lado, é certo que o ambiente exigente em que estamos inseridos, ao querer partilhar o destino e as regras do jogo com as nações mais avançadas do mundo, sublinha a necessidade de reformas. Só que seria uma insensatez, estando o mundo como está e não esperando a Europa por nós, não nos adaptarmos à lógica das coisas.

 

Faz sentido lutar por uma globalização mais humana, claro que faz, mas não faz de todo sentido esconder a cabeça debaixo da areia e não fazer as mudanças que nos permitem enfrentar a circunstância – global, concorrencial – tal qual ela é.

 

Não há aqui qualquer fatalismo, apenas bom senso. Lutar por um mundo melhor, certamente; agarrarmo-nos fora de tempo a um mundo irreal que não existe, de modo nenhum.

 

                                                                         Expresso 10 Agosto 2002

publicado por luzdequeijas às 18:27
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OBJECTIVO ESTRATÉGICO DO GOVERNO

 

Podemos definir o objectivo estratégico do Governo como sendo o de promover, realizar e influenciar numa sociedade as necessárias mudanças que permitam de uma forma consolidada e sustentada maximizar o nível e qualidade de vida dos cidadãos. Devemos ainda acrescentar que para alcançar este desafio o Governo deve procurar melhorar significativamente a qualificação, a cultura e a atitude dos cidadãos e criar um ambiente estimulante e de inovação em que estes, individual e colectivamente maior valor acrescentem em geral. Mas é também importante que numa situação como aquela em que o nosso país se encontra, com múltiplos desafios, o Governo defina quais são as três ou quatro prioridades estratégicas em que aposta, relativamente às quais não irá faltar e que são por todos os seus membros assumidas.

 

Neste contexto era importante que o Governo prestasse atenção prioritária aos seguintes projectos de mudança:

  1. 1.    Redefinir o papel do Estado e reestruturá-lo.
  2. 2.    Apostar na concorrência e abandonar os proteccionismos regulando adequadamente os mercados e afirmando a independência face aos vários lóbis e corporações.
  3. 3.    Reformar o sistema fiscal, moralizá-lo e não permitir a fraude e a evasão fiscal, seja na definição do âmbito do seu papel e actividade, seja na organização e forma de trabalhar.

O Estado precisa de uma verdadeira revolução e ruptura com o passado, seja na definição do âmbito do seu papel e actividade, seja na organização e forma de trabalhar.” (.)

 

Expresso 27 Abril 2002

publicado por luzdequeijas às 16:08
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“ SEDES DE RENOVAÇÂO “

 

“Naquele quarto andar da Duque de Palmela repetem-se as cabeças grisalhas, parcas em cabelos e certezas de um Portugal melhor. Mesmo assim, ali estão, como noutros tempos, dispostos a estudarem o pântano e sobre ele descobrirem uma réstia de fertilidade. Foi na passada terça-feira à noite que a Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social – voltou a organizar um debate desta vez sobre “ A situação política e económica nacional após as eleições autárquicas “ . Na mesa, António Barreto, Pedro Ferraz da Costa, e Rui Manchete, moderados por Rui Vilar. Entre todos alguns traços comuns, a geração, a participação cívica, e uma certa lucidez que o desencanto , o humor e a inteligência favorecem . Sem grandes descobertas ou ideias luminosas a aflorarem todos se interrogavam: Que resposta para tamanha paralisia? “ Encontrar gente muito mais nova “ alguém entretanto acrescentou: “ É difícil que os partidos o façam “ .

Depois da perda do Ultramar, o País ainda não encontrou uma mística, um rumo, alguma coisa não preenchida com a sucedânea da Integração Europeia. O que fazer? Esgotado o tempo do debate, uma voz firme ouve-se no fim da sala. Uma mulher. De talvez 40 anos, pede para falar. Apresenta-se Sofia Galvão, advogada, ali pela primeira vez porque se inscreveu na Sedes. Entre outras considerações... Prossegue:” Há um problema de captação de elites porque os partidos não querem fazê-lo. Querem manter a mediocridade em que se movem. As elites terão de vir de outras formas de apuramento como seja de organizações que a sociedade civil impõe à política. Como a Sedes “.

 

O INDEPENDENTE 21-12-2001

publicado por luzdequeijas às 16:05
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FRASES ASSASSINAS

As teorias de como ser oposição política e o “modus faciendi” da grande maioria dos nossos políticos, assumem um contraste impressionante.

Certos políticos, sem espaço em qualquer governo, sempre ficam a questionar-se: Como fazer oposição? E lançam-se na pior opção a esta pergunta de fácil resposta, mas, de difícil execução.

Ser oposição é fiscalizar o governo. Ser oposição é propor alternativas ao governo.É ainda, ajudar o governo a governar melhor, a bem de todos nós.Só desta maneira se prestigia a classe polítíca.

De forma alguma, ser oposição será mentir ou colocar as lutas partidárias (dentro ou fora dos partidos) acima do real interesse geral do País e dos seus cidadãos. De modo nenhum ser oposição será dizer aquilo que se sabe ir o povo gostar de ouvir. De modo algum, alguém faz uma verdadeira oposição se o fizer pensando nos votos que obtém, com aquilo que diz. Para tudo há limites, para fazer oposição ou greves também existem limites, que dentro ou fora da Constituição, terão de ser os limites da decência, da educação e da verdade.Também do respeito pelos outros.

 

Olhemos alguns casos do dia-a-dia, sem olhar aos autores:

1 - “ O primeiro-ministro é uma pessoa impreparada. Não sabe o que é governar, não sabe o que é o Estado”.

2 – “O PS está à espera de que este governo dê cabo do resto (para chegar ao poder) não mexendo uma palha”.

3 – “ Digo com franqueza: preferia uma dona de casa no lugar do ministro das finanças”.

 

Frases deste tipo são aos milhares e em nenhuma se diz como resolver a imensidão de problemas que temos pela frente! A comunicação social adora este tipo de “tricas” e o povo, que detesta os nossos políticos, de cada vez que vota escolhe sempre pior e de forma mais injusta!  

A classe política tem de ser exemplar para não perder a sua legitimidade. 





 

 

publicado por luzdequeijas às 15:14
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A OPOSIÇÃO E O SEU PAPEL

Reveste-se de grande relevância e atualidade qualquer estudo que aborde a função, os limites de atuação, a eficácia e os instrumentos de tutela pertinentes à oposição política [01]. Pois o fato é que, subjacente à própria noção conceitual de direito de oposição, encontram-se a necessidade de se conferir efetiva proteção aos direitos das minorias, a imprescindibilidade de se exercer uma real fiscalização a incidir sobre os detentores do poder político (dada à máxima de Montesquieu no sentido de que todo aquele que dispõe de poder tem a tendência natural de dele abusar), a importância de se garantir a possibilidade de alternância no poder e, ainda, o imperativo absoluto de se garantir que o Estado respeite e preserve, de maneira plena e integral, os direitos fundamentais dos cidadãos.

Daí a plena importância de se estudar, nos diversos sistemas, a abrangência e a proteção conferidas ao direito de oposição, devendo-se ressaltar, ainda, que se é certo que a mera presença do fator opositório não basta, por si só, para conferir o atributo democrático a determinado regime, não é menos exato que a oposição é um elemento imprescindível (não obstante não seja exclusivo) na composição da fórmula democrática.

Deve-se destacar, ainda, que a consagração do direito de oposição política insere-se num contexto maior de reconhecimento de outros direitos, também eles revestidos de inquestionável fundamentalidade, e integrantes daquilo que se pode denominar de "estatuto constitucional da oposição", como o são os direitos à liberdade de opinião, à liberdade de associação e à livre manifestação do pensamento (valendo referir, neste ponto, que a livre manifestação do pensamento pressupõe, além da viabilidade da expressão de opiniões sem censura prévia ou sem represálias desproporcionais [02], a existência de canais adequados e propícios à livre circulação das ideias, pois, no conceito de liberdade de manifestação do pensamento, inclui-se, também, o direito de influenciar e de convencer os demais membros da sociedade a respeito de determinado assunto [03]).

 

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/13145/a-oposicao-e-seu-papel-no-cenario-da-representacao-politica#ixzz2AawYVVrM

publicado por luzdequeijas às 12:37
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OPOSIÇÃO AO MULTIPARDIRAMISMO

Multipartidarismo e bipartidarismo engendram estruturas absolutamente diversas. O two parties system tende a fazer da oposição uma verdadeira instituição. À divisão das tarefas entre Governo e oposição corresponde uma distinção igualmente precisa dos órgãos entre partido majoritário e partido minoritário: a coincidência entre ambos resulta numa real separação dos poderes, no sentido técnico dado pelos juristas a esses termos. Na Inglaterra, a atribuição ao chefe do partido minoritário de um ordenado pago pelo Estado e do título oficial de ‘líder da oposição ao Governo de Sua Majestade’ confere, realmente, à oposição, a qualidade de função pública. Em regime multipartidário, repugna-lhe essa forma institucional porque os seus limites relativamente ao Governo não são claros. Certos Governos apóiam-se em maiorias de reserva, voltando-se para a direita a fim de fazer adotar umas medidas, para a esquerda para que se aprovem outros projetos; toda distinção, então, se apaga entre Governo e oposição. Mesmo quando o primeiro se apóia em uma maioria mais claramente delimitada, esta não é tão nítida nem tão estável quanto em regime dualista; indivíduos ou pequenos grupos passam, alternativamente, para cada lado da linha de demarcação; não cessam de armar intrigas para modificar ou inverter as alianças. Enfim, a oposição é composta de elementos heterogêneos, muitas vezes até mais heterogêneos que os da maioria; é mais fácil entender-se contra uma política que a favor de uma política; é até possível juntar-se na oposição sem acordo verdadeiro algum, como acontece em casos de ‘conjunção de extremos’ [17]. Nenhum órgão verdadeiro assume mais, aqui, a função de oposição.

Em regime bipartidário, a oposição unificada vem a ser, entretanto, uma oposição moderada: as próprias condições da luta política, que implicam certa alternância entre os partidos, e a possibilidade para a oposição atual de assumir, sozinha, um dia, as responsabilidades do poder preservam-na de demagogia exagerada, que poderia virar-se contra ela; a orientação centrista do combate eleitoral funciona no mesmo sentido. Ao contrário, a oposição tende à demagogia natural, em regime multipartidário, por força de um mecanismo inverso: não tendo que recear ser encostados à parede, os partidos oposicionistas podem entregar-se a críticas e a promessas desmedidas. A própria direção da luta eleitoral, que leva a lutar contra a vizinha mais imediata, leva, por outro lado, a que haja laços cada vez maiores entre oposicionistas e um domínio dos extremos. Mas essa oposição violenta é uma oposição confusa. A diversidade dos partidos que a assume e as suas rivalidades recíprocas impedem a formação, ante a oposição pública, de opções nítidas que lhe permitam manifestar sua vontade. O fato de a linha de demarcação ser, às vezes, difícil de traçar entre a oposição e o Governo e a existência freqüente de duas oposições, situadas nos extremos, aumentam mais essa confusão. Ao contrário, em regime bipartidário, a oposição mantém-se clara, apesar de sua moderação; com isso quer-se dizer que a opinião pública pode compreender exatamente a diferença entre o ponto de vista do partido majoritário e do minoritário, e escolher com conhecimento de causa. Nos debates parlamentares, como nas campanhas eleitorais, enfrentam-se duas grandes soluções, simplificadas sem dúvida e esquematizadas, mas que permitem uma orientação nítida dos deputados e dos cidadãos. Essa clareza da oposição parece constituir um elemento essencial da sua eficácia, ao mesmo tempo em que da solidez do regime democrático.

Em regime multipartidário, a confusão aumenta pelo fato de que cumpre distinguir uma oposição externa, exercida pelos partidos minoritários, e uma oposição interna, entre os próprios partidos de maioria. As decisões governamentais resultam de um compromisso entre partidos associados no poder [18]; mas cada um deles reserva para si o direito de defender o seu ponto de vista próprio perante os militantes e de criticar, portanto, o compromisso governamental, atirando em cima dos aliados a responsabilidade das suas deficiências [19]; cada um dos associados governamentais faz oposição ao seu próprio governo (...) Por conseguinte, a oposição interna será tanto mais fácil e tanto mais eficaz quanto mais coerente e mais autenticamente revolucionária for a doutrina do partido..."

Afirma, ainda, Maurice Duverger, que não apenas o número de partidos exerce influência sobre a forma e o modo em que é exercido o direito de oposição. Este seria condicionado, também, pelas "alianças, dimensões e estruturas internas" dos partidos, de modo que "um partido que exprime uma só classe social, relativamente homogênea, pode tomar atitude mais franca e mais rigorosa que um partido que exprime várias classes de interesses divergentes ou uma classe heterogênea" [20].

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/13145/a-oposicao-e-seu-papel-no-cenario-da-representacao-politica#ixzz2AawYVVrM

publicado por luzdequeijas às 12:32
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OPOSIÇÃO A PARTIDO ÚNICO

Em regime de partido único, não existe oposição externa (...). A verdadeira oposição, em sistema de partido único, encontra-se dentro do próprio partido, revestindo a forma de frações dissidentes, de tendências minoritárias, que criticam o governo com mais ou menos liberdade, nas reuniões do partido (...). De outro lado, o Partido Comunista Russo de então, desenvolveu um sistema de oposição interna assaz original, sob a forma de ‘autocrítica’: os membros e os dirigentes do partido, em todos os escalões, são, constantemente, convidados a fazer, eles próprios, a crítica dos seus atos e a perceber as suas próprias deficiências. Para falar a verdade, essa técnica relaciona-se mais com a confissão pública do que com a função de oposição; tem por fim não tanto encarnar uma resistência ao regime, quanto vence-la (...).

 

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/13145/a-oposicao-e-seu-papel-no-cenario-da-representacao-politica#ixzz2AawYVVrM

publicado por luzdequeijas às 12:20
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Sexta-feira, 26 de Outubro de 2012

Divorciados do Mar

 

A ligação de Portugal ao mar é algo de muito sentimental e intrínseco da alma lusa. Rodeados por ele , seria improvável que esta ligação não existisse! É uma odisseia tão gloriosa, a nossa vivência com o mar, que só se estranha como foi possível a um país tão pequeno, consegui-la. Os descobrimento e tudo aquilo que levámos ao mundo! Depois, ainda foi bonito  ver os nossos barcos, cargueiros e paquetes, a cruzarem os mares e unirem o Portugal de aquém e além mar. Ou mesmo a nossa credível industria de construção naval que pediu meças ao mundo mais entendido no ramo.
Infelizmente, perdemos o domínio do mar quando julgámos ter descoberto a liberdade A revolução "libertadora" dos cravos  esqueceu-se que Portugal e o seu povo não podem existir divorciados do mar.
 
Ignorar o mar ? Nunca !
 
A nossa aderência à CEE foi por nós e pelos revolucionários de Abril muito mal entendida. As ajudas que nos chegaram em catadupa para renovar a nossa economia, objectivavam o seu crescimento e modernização. Em época de “vacas gordas“ foi por todos entendido que o melhor seria abater os barcos e meter o dinheiro no banco ou no estrangeiro! Os trabalhadores, esses, seriam reformados, prematuramente, pela Segurança Social e passariam o resto da vida entre o banco do jardim e a taberna!
 
Agora, estamos chegados aos últimos tostões da enorme herança fascista e europeia. Reza a história que consumimos demais e produzimos de menos! Os governos foram fracos e os valores perderam-se na voragem do tempo que passou. O dinheiro também. Ficaram imensas dividas ! E agora?
Teremos de redobrar esforços e sacrifícios para construir um futuro que nos roubaram. Continuar a investir em auto-estradas com dinheiro emprestado? Não. Ninguém tem o direito de nos insultar e agredir com anúncios de investimento público e partecerias publico-privadas . Com eles arrancaram-nos a pele e as entranhas da alma portuguesa.
 
Auto-estradas sim, mas pelo mar. Ruas e ruelas também. Que nos conduzam a novas fontes de energia, de alimentação, de transporte e de inovação. Procurando no mar imenso aquilo que ele encerra e tanto nos está a faltar. O que necessitamos só pode lá estar. Vamos encontrá-lo com muito esforço. Antes, também foi assim !
Aproximemos de nós o fundo do mar. Replantar o fundo do mar já não é utopia. As plataformas continentais podem ser quintas. Até este momento, entre as 40 mil espécies de animais marinhos recenseadas, os investigadores encontraram 15.717 peixes diferentes. Estudem-se e aproveitem-se as correntes oceânicas e a sua influência, que tanto nos ajudaram nos Descobrimentos. As marés e ondas,  a sua energia também. Proteja-se o equilíbrio dos recursos pesqueiros, em toda a nossa Zona Económica Exclusiva ( ZEE ), a maior da Europa. Desenvolva-se a aquacultura, que representa hoje 43% do peixe consumido em todo o mundo. Trave-se forte luta contra a degradação do meio marinho. Reabilite-se e acarinhe-se a digna classe dos pescadores. Protejam-se rios e estuários, visando a sua sustentabilidade económica e ambiental. Sem perder de vista a pesca artesanal. Invista-se nos nossos portos de alta qualidade natural e edificada!
 
 Fazer tudo isto é um importantíssimo investimento. É garantir o pão de cada dia aos portugueses e encontrar valiosos recursos naturais que temos à mão, mas não à vista. A futura geração saberá agradecer. O betão já não dá pão, tira-o da nossa boca ! Caminhos inovadores são a solução.
O plano técnológico e a investigação, são comuns no universo e devem servir esta nobre causa, que é de todos.
publicado por luzdequeijas às 16:53
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DOMINÁMOS O MAR

 A navegação no Atlântico exigia um novo tipo de embarcação. O sonho dos descobrimentos, levou D. Henrique e os seus homens à concepção, nos estaleiros, daquilo a que chamaram de caravela. Houve a preocupação de que ela fosse rápida, leve e fácil de manobrar. Robusta também. A finalidade era que ela enfrentasse o mar alto e as piores condições atmosféricas. Ao mesmo tempo deveria ser pequena, de modo a poder navegar junto ao litoral. Estava também preparada para navegar com ventos contrários, além de ser espaçosa para poder carregar suprimentos em longas viagens. Oferecia ainda boa estabilidade não exigindo tripulações numerosas.

Podia chegar a terra em praias, mesmo perigosas, ou navegar em mares calmos. As mais antigas caravelas utilizavam apenas velas quadradas, fáceis de manejar, mas sem adaptabilidade quando enfrentava ventos fortes. Aos poucos foi feita a combinação com velas redondas e latinas (triangulares ) , que aproveitavam qualquer direcção do vento, a mais leve brisa. Enfrentavam os ventos fortes, podendo até navegar contra eles. Traduziu-se esta prática num grande avanço relativamente aos conhecimentos náuticos da época.
O sigilo foi sempre protegendo as invenções operadas na construção e navegação das nossas caravelas.  Assim, a caravela que foi utilizada em Portugal desde 1442 foi concebida a pensar exclusivamente nos Descobrimentos. A técnica desenvolvida pelos portugueses foi um êxito mundial . 
A ligação de Portugal ao mar é algo de muito sentimental e intrínseco da alma lusa . Rodeados por ele , seria improvável que esta ligação não existisse ! É uma odisseia tão gloriosa, a nossa vivência com o mar, que só se estranha como foi possível a um país tão pequeno, consegui-la. Os descobrimento e tudo aquilo que levámos ao mundo ! Depois, ainda foi bonito  ver os nossos barcos, cargueiros e paquetes, a cruzarem os mares e unirem o Portugal de aquém e além mar. Ou mesmo a nossa credível industria de construção naval que pediu meças ao mundo mais entendido no ramo.
 
publicado por luzdequeijas às 11:49
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UMA RIQUEZA

A circulação global das águas dos oceanos

 

Sabe-se que a água dos oceanos não se mantém parada, que circula em torno do globo num ciclo que pode durar até mil anos! As águas quentes tropicais do Atlântico deslocam-se à superfície para o Pólo Norte, onde arrefecem. O arrefecimento aumenta a sua densidade, pelo que elas descem em profundidade. Assim, forma-se uma corrente submarina em direcção ao Antárctico. As águas sobem à superfície no Oceano Índico e no Pacífico, devido ao afastamento das águas superficiais da costa oriental dos continentes, um fenómeno resultante da circulação superficial dos oceanos. Deste modo, passam a correr à superfície, voltando para o Atlântico pela força do vento. A circulação superficial dos oceanos corre segundo padrões de ventos globais. A cada lado do Equador, em todas as bacias oceânicas, existem duas correntes circulando para oeste a norte e a sul. A água transportada deste modo aquece, e quando embate na costa oriental dos continentes, flui para as latitudes mais elevadas, onde arrefece por contacto com as águas polares. Estas águas voltam a descer para o Equador seguindo a costa ocidental dos continentes para sul, completando o ciclo. Estas correntes circulares transportam calor dos trópicos para os pólos, contribuindo para a amenização do clima. Era difícil absorver os muitos conceitos estudados, e que favorecem a solução de muitas actividades económicas iniciadas. O respeito por estes conhecimentos, permitiu uma nova concepção das pescas, logo, permitiu, por inteiro, satisfazer uma das formas de alimentação do Homem. Claro, que estamos a falar dos imensos recursos do mar. O levantamento dos hábitos de cada uma das espécies, está muito ligado à temperatura das águas e às correntes marítimas. Através do visionamento, pudemos ver a produção da pesca mundial, em larga escala, e com custo mínimo de captura. Nesse visionamento, vimos a produção de Pargo e Dourada, feita em pleno mar. Em menos de dez anos, os empresários da aquacultura, conseguiram o domínio da produção destes peixes tão apreciados. Foram criadas várias quintas aquáticas, em todo o litoral, especialmente no mediterrâneo. Nesta actividade, a produção começa com a recolha dos ovos. São colocados por “genitores” (peixes adultos), que são geralmente peixes selvagens capturados no mar e depois adaptados ao cativeiro. Com as espécies migratórias e de alto mar, as técnicas são as mesmas, mas em grandes tanques flutuantes e em rede, que acompanham as correntes marítimas. Os mercados abastecedores oferecem grande variedade e quantidade de consumo a preços acessíveis. As algas tiveram uma expansão idêntica à dos peixes, num cultivo incrementado pelo Homem. Têm hoje, procura para diversas finalidades: alimentação, medicina, cosmética, etc. Um dos factores mais importantes para o sucesso do cultivo de peixe é a utilização de alimento natural (fito plâncton), principalmente nos estados iniciais de desenvolvimento dos organismos aquáticos. O alimento vivo, devido ao seu conteúdo em ácidos essenciais, é a melhor opção para a nutrição inicial das larvas. Apesar dos esforços para substituir totalmente o alimento vivo por dietas artificiais, os aquicultores ainda são dependentes da produção e do emprego de microrganismos para a alimentação de certas espécies de peixes. Pois, em geral, o alimento artificial não supre as necessidades nutricionais dos peixes. Além disso, os custos das rações são elevados.

publicado por luzdequeijas às 11:43
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UM MUNDO À NOSSA ESPERA (?)

AQUACULTURA 

A RIQUEZA DO MAR

CRIAÇÃO RACIONAL DE PEIXES

Exemplos não faltam

 

Breve Resumo do Projecto Sagres

Com o PROJECTO SAGRES, o OMEVA pretende integrar o Cultivo de Mexilhão com a Engorda de outros bivalves, principalmente a Ostra. Pretendemos adoptar uma tecnologia recente e inovadora em Portugal, mas já com provas dadas em outros países, tais como a Noruega. Este tipo de integração permite-nos introduzir o Policultivo/Poliengorda de Bivalves numa mesma área, utilizando a mesma embarcação e a mesma maquinaria. Além das vantagens deste tipo de sistema, que incidem principalmente na redução dos custos de produção, nomeadamente em mão-de-obra, a produção de várias espécies de bivalves, no sistema integrado, dá-nos também uma maior flexibilidade face ao mercado, que neste momento é de grande procura

publicado por luzdequeijas às 11:27
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Quinta-feira, 25 de Outubro de 2012

O ENVELHECIMENTO ACTIVO

Ele chegará acompanhado, mas chegará em breve!

 

É desta grande vontade nascida de uma opinião pública, antecipadamente esclarecida e criada num maior respeito pela imparcialidade e verdade, escrupulosas, que deve nascer e nasce mesmo, um “PODER” indestrutível.

 

O poder da razão, da verdade e do serviço à sociedade.

 

De mãos dadas com este Poder, terão de andar códigos de honra aceites por toda a gente, tais como, total transparência e entrega.A “FAMÍLIA” deverá estar sempre consagrada como a instituição mais sagrada da sociedade. Qualquer “sociedade civil” não pode prescindir de um Conselho Nacional da Família”, eleito de forma inquestionável. Assim, todas as famílias participarão de forma indirecta, das tomadas de decisão políticas, porque todas essas decisões com carácter genérico, serão submetidas a tal Conselho Nacional.

 

Seguem-se-lhe os “IDOSOS” e as “CRIANÇAS”.

 

A sociedade obriga-se a acompanhar os idosos (mais de 65 anos), até ao fim da sua vida, garantindo-lhe toda a dignidade. Ninguém é obrigado a reformar-se, salvo se disso fizer petição. Se o não fizer, poderá optar por várias prestações de serviço público local, à sua escolha. Ao seu dispor, haverá um elenco de tarefas de reputado interesse social. Estar ocupado faz parte da sua dignidade de vida. Também o Conselho Nacional de Idosos se pronunciará sobre todas as decisões genéricas tomadas politicamente neste domínio.O banco do jardim como objetivo diário, não favorece um envelhecimento condigno e humano.

 

Às crianças será garantida, toda a protecção e cuidados educativos. Os legítimos interesses das crianças, serão defendidos por um “Conselho Nacional de Pais”, que devem dar pareceres sobre as tomadas de decisões genéricas e políticas que forem tomadas no país.

 

Ninguém será descriminado por pertencer a franjas da sociedade com hábitos intrínsecos, mas fora dos procedimentos comuns. Contudo, quaisquer medidas ditas”fracturantes” têm de ser tomadas sem agressão às maiorias. A constituição garante absoluto respeito por todo o ser “individual”, mas tem de privilegiar o interesse colectivo.

 

 

publicado por luzdequeijas às 22:41
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DE BOM A MAU ALUNO DA UE

Alguém Fez Crescer Portugal

 

Entretanto (Governos de Guterres) todo o funcionalismo público havia sido contemplado com o ganho de um nível na tabela salarial reportado a um ano de retroactividade, ficando com ganhos salariais superiores aos dos trabalhadores da actividade privada, que, com os seus trabalhadores, pagam os impostos para a manutenção da Administração Pública !

Dentro da União Europeia, no último período em análise, passámos de Bom a Mau Aluno e a exemplo nada recomendável para os países do leste que tiveram ultimamente entrada nesta organização, conforme recomendações expressas da própria UE.

É ponto assente que muitas foram as oportunidades da UE desperdiçadas ingloriamente por incompetência ou seriedade de processos. Podíamos e devíamos estar junto dos países da frente, e infelizmente já fomos ultrapassados pela maioria dos novos aderentes .

É hoje ponto assente que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham.

A geração mais antiga ( nascida de 1930 a 1945 ) foi demasiado “castigada” com o desvio da actividade económica portuguesa para a área dos serviços ( 69% do PIB ), não dispondo o país de recursos humanos para este efeito, por inadequação do sistema de ensino e erros da revolução. Mas ainda foi ela ( a geração de ouro) que suportou estoicamente, não só os desvarios da dita revolução, como os níveis de produção conseguidos, mesmo sendo insuficientes.

publicado por luzdequeijas às 17:18
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O RECURSO AO FMI

O “Apertar do cinto” obrigado pelo FMI, numa situação de quase ruptura das finanças públicas (1983-5) foi o toque a rebate.

Ajustamentos muito dolorosos foram impostos ao povo em 1983, com o FMI a impor medidas duríssimas e Ernâni Lopes a concretizá-las (envolvendo impostos retroactivos, por exemplo). Em 1983-85, com Mário Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo depauperadas e com empréstimos do FMI.

publicado por luzdequeijas às 17:11
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BAIXA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE

O país vinha de vários anos de desmantelamento das estruturas produtivas que tinha, e considerando toda a falta de autoridade, a nível geral, e a desregrada actuação dos sindicatos e organizações políticas, com constantes reivindicações e greves, mais as contínuas manifestações políticas, a produtividade teria que ser necessariamente muito baixa, com estas e outras causas.

O mérito era um conceito fascista e, assim, o melhor era alinhar pela produtividade mais baixa.

Na análise crítica da produtividade em Portugal, que deveria ter sido equacionada logo a seguir ao acto revolucionário, é de salientar que a mesma não depende essencialmente só do comportamento dos trabalhadores, embora também seja condicionada pela sua capacidade técnica e profissional e o seu nível de instrução e educação, mas, as causas mais relevantes baseiam-se na natureza das estruturas económicas (tecnologia, produtos e serviços, organização, estratégia, gestão geral e dos recursos humanos, etc.). Se em vez de militares a revolução ( mudança) tivesse sido conduzida por civis abalizados identificados e enquadrados na política e na estratégia nacionais, definidas em tal contexto. Dessa forma tudo teria sido  diferente, bem diferente,  e  baseado em concertação estratégica contratualizada, na qual a formação técnica e profissional, desde os empresários aos operários, fossem inspiradas por uma correcta e esclarecida  visão cultural das nossas capacidades competitivas e das medidas necessárias ao seu aproveitamento.

Muito teria que ser mudado, pois, em muitos aspectos retrocedemos, e muito, sendo o mais importante naquele momento a saúde das nossas finanças públicas.

publicado por luzdequeijas às 17:08
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ECONOMIA PORTUGUESA DE 1974 A 1985

O fim do Império colonial, em 1974, constituiu uma das mais radicais transformações económicas que Portugal conheceu desde a sua independência em 1143. Toda a economia num curto espaço de tempo, fica sem os enormes mercados coloniais à sombra dos quais tinha vivido desde o século XV. Os principais grupos económicos são primeiro desmantelados e depois nacionalizados. O desemprego não pára de crescer, agravado por cerca de um milhão de "retornados" das ex-colónias e depois por vagas de imigrantes clandestinos e refugiados das guerras.

Apesar desta complexa situação, todos os indicadores sociais melhoraram. Registou-se inclusive uma melhoria muito significativa no rendimento e nas condições de vida da população. Todavia não era sustentado e iríamos pagá-lo muito caro. Vivemos acima das nossas posses!

publicado por luzdequeijas às 17:05
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CAMARATE

Foi outro capítulo negro da história pós 25 de Abril. A 3 de Janeiro de 1980, o Presidente Ramalho Eanes chamou Sá Carneiro (19/7/1934 - 4/12/1980) para Primeiro Ministro, sucedendo a Maria de Lurdes Pintassilgo.

A 4 de Dezembro de 1980, o pequeno avião Cessna 421 A em que seguia despenhou-se em Camarate, nos subúrbios de Lisboa, depois de descolar do aeroporto de Lisboa rumo ao Porto, matando os dois pilotos, Sá Carneiro, o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa e respectivas esposas. A versão oficial (mantida durante quase 3 décadas de estranhas investigações) foi que se tratara de um acidente, por falha no avião, apesar de existirem evidências (vestígios de explosivos nas pernas do piloto) que apontavam para crime.
Em 2005, novo inquérito leva a concluir que Sá Carneiro tinha sido de facto vitimado por uma bomba colocada no avião.

publicado por luzdequeijas às 17:02
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O SONHO DE SÁ CARNEIRO II

Como a carreira política de Sá Carneiro, infelizmente, terminou nesse fatídico dia 04 de Dezembro de 1980, não é possível saber-se se ao certo como pretendia ele concretizar o seu sonho, nem como utilizaria o seu desejo “Um Presidente, um Primeiro-ministro e uma maioria, ao serviço da Pátria que ele amava.

Uma coisa, todos os portugueses sabem; outros conseguiram este desígnio e com ele e uma grande paixão pelas ideologias de esquerda, levaram por diversas vezes o país a vergonhosas “bancarrotas”. De resto, Sá Carneiro foi um homem muito mais apegado à pátria e aos portugueses e muito menos de mente fixa em partidos ou ideologias!

Uma certeza, todos podem ter dele; dentro dos contornos do seu sonho, jamais poderia caber o desejo de receber um país no estado em que as tropas do seu partido, receberam em 2011 Portugal! Mesmo com os três poderes alcançados, isto não se deseja a ninguém.

Em 1995, o País elegeu Guterres que não tardou a enganar-se ao fazer contas... Parece que isto da má matemática já faz parte do património genético português... Depois dumas eleições autárquicas que não reduziam a legitimidade do seu governo, surpreendentemente Guterres demitiu-se afirmando que o fazia para que o país não entrasse num pântano democrático. Afinal, talvez Sá Carneiro tivesse razão ao sonhar com estabilidade governativa!

Depois de um breve período com o PSD no poder, outro presidente da República demite um governo em funções há três meses e convoca eleições!

Um governo demitido, dificilmente ganharia eleições e assim, temos de novo o PS no governo com um Presidente da República PS.

O povo português tem sido pródigo nas opções de esquerda, vejamos como em Junho de 2011 deixou o país, a um Passos Coelho, sem maioria absoluta: Um País em bancarrota, entregue aos desígnios da Troika e a um acordo sem margem para desvios, com um partido (PS) apostado em fazer oposição demagógica e que nem uma sequer ideia apresenta para ajudar o governo a remediar o legado que recebeu e se pode definir como segue:

Por cada euro produzido no País, há uma dívida de 4,3 euros nas mãos dos credores. Entre empresas públicas e privadas, Estado e famílias, Portugal deve um total de 726 mil milhões de euros, um montante que representa 432% da riqueza produzida. Em números redondos, a dívida do País é equivalente ao valor de quase dez empréstimos da troica a Portugal.

Nunca Portugal caiu tão baixo, a oposição e a comunicação social com uma visão da política e da economia de feição esquerdista, flagelam o primeiro-ministro, constantemente, como culpado de tudo isto. O povo é sempre contra quem não lhe fala de facilidades, antes lhe impõe austeridade! Haverá outro caminho? Alguns falam em negociar mais tempo para pagar a dívida! Com um euro produzido a custar 4,3 euros, mais tempo é cavar mais ainda uma dívida já brutal.

Sá Carneiro tinha razão no seu sonho e Passos Coelho já percebeu isso lamentando-se num profundo desabafo:

"Se algum dia tiver de perder umas eleições para salvar os País, que se lixem as eleições. O que interessa é Portugal."



publicado por luzdequeijas às 16:07
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O SONHO DE SÁ CARNEIRO I (?)

Dívida supera 432% da riqueza gerada no País

 

Por cada euro produzido há 4,3 euros de dívida total no país.

 

Por: Diana Ramos - Junho de 2011

 

 Por cada euro gerado no País, há uma dívida de 4,3 euros nas mãos dos credores. Entre empresas públicas e privadas, Estado e famílias, Portugal deve um total de 726 mil milhões de euros, um montante que representa 432% da riqueza produzida. Em números redondos, a dívida do País é equivalente ao valor de quase dez empréstimos da troica a Portugal.

Segundo dados do Banco de Portugal, no final de Junho a dívida oficial das administrações públicas de Portugal – o montante oficialmente contabilizado por Bruxelas – ascendia a 198,1 mil milhões de euros, um valor que corresponde a 117,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem ter em conta os parâmetros exclusivamente utilizados pelas entidades europeias, a percentagem sobe já para os 137% da riqueza produzida. Mais: quando adicionados os encargos financeiros das empresas públicas cujas contas não entram no défice, a dívida das administrações públicas dispara para 148,2%.

Olhando também para o sector privado, as dívidas das empresas atingiram os 182,6% no final do semestre, enquanto as dos particulares valem 101,2% do PIB.

Recorde-se que Portugal está obrigado pelo Tratado de Maastricht a não ultrapassar os 60% do PIB no que toca à dívida que pode contrair junto de terceiros, mas desde meados de 2004 que tem vindo a ultrapassar essa fasquia. Nos últimos anos, o agravamento tornou-se ainda mais visível.

Segundo o boletim do Banco de Portugal, a subida da dívida das administrações públicas em Portugal é justificada pelos empréstimos recebidos no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a que o País está sujeito – já recebeu 54,5 mil milhões dos 78 mil milhões cedidos pela troika. Só no segundo trimestre, aquela dívida cresceu 7,7 mil milhões, à conta da subida dos encargos do Estado Central.

No final de Agosto, os montantes em dívida continuavam a crescer: a dívida pública contabilizada por Bruxelas situava-se já nos 198,8 mil milhões, enquanto a dívida consolidada atingia os 221,5 mil milhões.

publicado por luzdequeijas às 13:00
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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2012

O EXEMPLO DA CHINA

Dizem os nossos entendidos, que em Portugal por cada euro produzido, o país gasta 4,3 euros! Empregando dinheiro captado em dívida externa criada a juros impossíveis, e produzindo a custos muito altos incompatíveis com a competitividade internacional, esta incongruência nem admira. Será que mais valeria deixarmos de trabalhar?

Salvo opinião mais credível, actualmente, a palavra crescimento parece ser a panaceia para todos os males. Como simples mortal pensante, não posso dispensar a minha própria opinião, salvo em presença de provas iniludíveis de realizações concretas, no campo económico, no nosso país. Em boa verdade isso não tem acontecido em Portugal nos últimos 15 a 25 anos. Houve quem promovesse o "consumo desenfreado" na procura do "crescimento". Tal não resultou e só conseguimos com isso aumentar o défice das contas públicas e da nosa dívida externa! A partir daí, passámos a correr atrás do défice e ele a fugir de nós! Nunca corrigimos o dito "défice", nem nunca promovemos a nossa produção interna! A dívida externa foi disparando!

As coisas mais insignificantes à venda vinham do estrangeiro, eram importadas! A situação foi-se agravando e a nossa economia cada vez foi produzindo menos bens transaccionáveis e mais "obras públicas" (país da Europa com mais auto-estradas por Km2). O anterior governo atingiu o cúmulo nesta matéria com as absurdas "parcerias público privadas"!

 

A nível internacional assistimos ao despontar dos países emergentes, baseados em longas jornadas de trabalho diário e mão de obra barata. Como se isso não chegasse, o mundo concedeu à China condições ímpares de actuação no mercado mundial.Fronteiras abertas, concorrência desleal para com o comércio nacional e venda única de produtos "made in China", com retorno dos proventos à sua origem, sem valor acrescentado para os países hospitaleiros! Nem em mão de obra, sequer!

É aqui que cabe perguntar, porque não se aprofunda a União Europeia no sentido de dispensar idêntico tratamento aos países em grandes dificuldades? Portugal e Grécia! Sabe-se que a falência destes pode arrastar a falência da própria União Europeia e o fim do sonho Europa Unida!

O reequilíbrio da UE e dos países em dificuldades, passa por importar menos e exportar mais e tombem por as suas populações sentirem na própria pele os erros daqueles que elegem. Passa por importar menos e consumir mais produtos nacionais! Nunca passará por soluções unicamente financeiras!

Ainda assim, temos estado a falar dentro de uma visão meramente de "curto prazo". Pois, pensando em médio / longo prazo as soluções terão forçosamente de ser outras. Não esquecer que o crescimento arrasta em si mais consumo de bens em risco de exauetão (petróleo, água, metais, etc.) e seria muito melhor apontar "baterias" para termos que viver com crescimento e défice tipo "zero". E começarmos a pensar em ajustar comportamentos sociais para uma nova economia sustentável. Também para novos conceitos de emprego mais moldáveis a estas novas realidades que em breve surgirão no domínio do trabalho.

publicado por luzdequeijas às 22:49
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ESTE MUNDO FALIU

Saibamos rapidamente encontrar outro que nos entenda, e que nós o entendamos e respeitemos, como a um Deus que ele é!

O actual modelo de crescimento está falido! Percebe-se que não há solução para uma crise que ninguém saberá dizer se é económico-financeira, social ou ambiental. Nenhum político sabe ao certo qual o caminho a seguir, nem quais as soluções para tantos problemas aparentemente insolúveis, que se entrecruzam, e apresentam novos comportamentos e atitudes muitas vezes contraditórias!

O consumo levado ao extremo, que torna as pessoas dependentes dele e insaciáveis, acaba num gerador de desperdício e lixo. Conduz as populações ao actual clima de medo, mesmo pânico, e a um profundo sentimento de estarem à beira de um tenebroso abismo. As velhas sereias do socialismo ou comunismo, a nada conduzem, e isso, o povo já sente. Talvez que o caminho passe por mais, muito mais, humanismo e segurança nos mínimos de bem-estar necessários à vida, mas sempre, sem que nunca cada cidadão abdique da sua liberdade e responsabilidade, individuais. Aquilo que melhor parece encaixar nesta sensação de estar perdido neste mundo, no qual visionamos pessoas, multidões, mas não uma mão amiga, tudo aponta para que seja um novo tipo de economia sustentável. Sempre amiga do ambiente e dos mais fracos, mas sem veleidades de fazer dos humanos seres clonados e gastadores inveterados.

Os dons de cada um ao serviço dos que mais precisam, numa atitude confiante no poder do Homem em transformar as coisas sempre que as coisas não servirem os seus fins, tudo com enorme respeito e admiração pelo mundo em que vivemos. Não, isto não é demagogia nem utopia, seguramente que foi para esta atitude que nós viemos ao mundo e não para ver quem tem mais, e por essa razão é mais importante. Um mundo melhor está ali, mesmo à mão, mas o Homem tem de se converter e se não o conseguir por si próprio, irá tê-lo, fruto de muito sofrimento. Pleno emprego no futuro só com uma profunda alteração nos costumes e atitudes humanas.  A mudança vale a pena, na condição de não mais "regresarmos aos mercados" para consumirmos, consumirmos sem respeito pelo equílibrio das contas que são de todos nós.  

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:23
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AGITAÇÃO DE RUA

Portas faz discurso pelo "acordo social" e contra "agitação" de rua e "greves sistemáticas"

 

JORNAL DE NOTÍCIAS

 

Publicado em 2011-07-01

 
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, encerrou esta sexta-feira o debate do Programa do Governo com um discurso a favor do "acordo social" e contra a "agitação" de rua e eventuais "greves sistemáticas".

Numa alusão aos protestos que têm acontecido na Grécia, com episódios de violência, Paulo Portas declarou: "Quando os portugueses vêem as imagens de desesperança e de instabilidade que nos chegam às vezes de outros países da Zona Euro certamente que há um bom senso geral que não recomenda imitações". ( ... )

publicado por luzdequeijas às 14:59
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O DINHEIRO DO POVO

Aeroporto de Beja, vazio um ano depois

13 de Abril, 2012
 
O aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros, cumpre hoje um ano, mas está aquém das expectativas da população local, enquanto a ANA aposta na indústria aeronáutica e espera mais tráfego de passageiros a partir de 2017.

Desde que começou a operar, a 13 de Abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, e até ao passado dia 31 de Março, o aeroporto de Beja processou 2.568 passageiros e 104 movimentos de aviões de operações charter e voos privados e executivos.

 

 

 

Empresa do aeroporto de Beja extinta até ao final deste mês

 

Lusa 04 Set, 2012, 19:35

 

 

A assembleia-geral da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) aprovou hoje todas as decisões para a extinção até final deste mês da empresa, que acumulou 1,1 milhões de euros de prejuízos desde o início do processo.

 

publicado por luzdequeijas às 14:50
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CRIMES SEM PUNIÇÃO

 

Um dos muitos possíveis exemplos é o caso de José Barradas,  um duro que combateu como “ comando “ na Guerra Colonial e aderiu, na primeira hora, às FP – 25 revelando-se um dos mais ferozes operacionais deste movimento terrorista fundado em 1980 por Otelo.

Mas ao fim de três anos de assaltos a bancos e atentados, aceitou colaborar com a polícia Judiciária e entregou os antigos companheiros. Mais tarde foi atraído a uma emboscada na Costa da Caparica e abatido a rajadas de metralhadora à frente da mulher e da filha!

Ninguém foi julgado pelo crime. 

 

O 25 de Abril antecipou, de alguns anos, a vinda da democracia portuguesa, mas tem de ser condenado:


1-  Pela anarquia destrutiva que manteve durante vários anos,  provocando o aparecimento de organizações criminosas militares como as famigeradas FP-25 (que cometeram roubos à mão armada, atentados, assassínios), pelo desastrado Gonçalvismo, pelas ondas de nacionalização de Bancos, expropriações de empresas particulares e multinacionais, ocupações de herdades e casas e embaixadas, assaltos e roubos de bens privados, prisões injustas de empresários e «reaccionários», nacionalização e uso abusivo e ditatorial dos meios de comunicação, também por exemplo pelo terrorismo do MDLP e da FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira ), fundada em 1975  e extinta em 1979.

2 - Porque, durante o PREC, e parafraseando Spínola « ... sob a bandeira de uma falsa liberdade, estiveram preparando novas formas de escravidão», referindo-se às manobras sub-reptícias das forças da Esquerda tentando tomar o poder.

 

3- Porque, na altura da tomada de posse do 1º Governo Constitucional o país estava de rastos, com «...ânimos exaltados, desemprego crescente, estagnação económica com a indústria e a agricultura moribundas, inflação descontrolada, debandada dos quadros e dos capitais, aumento desordenado das despesas públicas, colocação das clientelas, recurso constante ao crédito externo ...» 


4- Pela ênfase exagerada dado ao direito à liberdade individual que, esticada ao máximo, levou à ruptura do bom senso e à prostituição de valores aceitáveis de ética e civismo; pelo excesso de liberdade, irresponsável, dada às crianças que adquiriram direitos e regalias de adultos sem contrapartida de deveres; pela perda de autoridade dos professores e das escolas; pela ideia que os salários podem subir sem que sejam compensados por um aumento de produtividade, etc.


5- Pela catástrofe de Timor e pela apressada independência dada às colónias, de uma maneira não transparente, sem consultar as respectivas populações, com o resultado que se viu: Instabilidade política, fome, regresso às doenças, guerra civil, e um nacionalismo desnecessariamente exacerbado, que só aos governantes beneficiou, e lançou esses novos estados numa situação antidemocrática, de pobreza e guerra como nunca tinham conhecido sob o domínio «fascista» português.


O 25 de Abril, que merece ser comemorado, não será tanto o de 1974 mas, quando muito, o de 1976, ano em que se realizaram as primeiras eleições, mais ou menos, livres. O turbilhão dos dois anos que se seguiram ao 25 de Abril provam que afinal não havia uma frente comum de oposição ao governo «fascista», mas sim uma multiplicidade de interesses políticos antagónicos.

 

publicado por luzdequeijas às 14:24
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AS ORGANIZAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS

 

 Ao nível militar, os militares não largavam a política nem o país, não trabalhavam nem deixavam trabalhar !

 

- A Esquerda Militar conhecida por Gonçalvista - formada por um leque de oficiais que queriam a revolução, mas com ideias e projectos diferentes, alguns dos quais mais

radicais do que o próprio PCP.


- A Esquerda Militar Populista - centrada na figura carismática de Otelo, que queria um processo revolucionário basista e desconfiava dos métodos e tentativas de domínio do PCP.

Os Militares Moderados desejavam travar ao mesmo tempo as duas esquerdas revolucionárias, mas também o processo contra-revolucionário que, segundo eles, era a outra face da mesma moeda. A organização militar ia-se degradando e estava completamente à deriva sem unidade de comando. Os SUV ( Soldados Unidos Vencerão) encapuzados eram o sinal mais baixo dessa realidade. Estes comités revolucionários de soldados eram o sinal do estado em que os militares ( capitães de Abril ) deixaram o país e as forças militares.

 

-          As Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987. Mataram 18 pessoas, em atentados a tiro e a bomba e em confrontos com a polícia durante roubos a bancos e tentativas de fuga. O julgamento dos seus crimes foi incompleto, por prescrição do processo judicial. A figura mais conhecida vinculada às FP 25 foi Otelo Saraiva de Carvalho o “ Operacional do 25 de Abril” .

 

-          O PCP tinha um plano?

 

É bom notar que esse partido estava no VI Governo, embora em posição minoritária.  Apesar disso dispunha e incentivava um quadro pré-insurreccional mas é de admitir que não tivesse em mente nem um levantamento nem um golpe militar clássico. No mínimo a pressão deveria conduzir a uma recomposição à esquerda do VI Governo e a uma recuperação de posições nos órgãos militares da Revolução.

   

    -       PRP e as Brigadas Revolucionárias

             Eram muito mobilizadores, mobilizavam muita gente na rua para  acções revolucionárias!

 

-          Para a constituição dos Conselhos Revolucionários que se formaram aí pelas rádios, pelas empresas. Constituíram comissões de trabalhadores, de moradores. Nessa altura, houve logo tentativas de unidade, estiveram sempre em contacto- embora difícil- com os trotskistas e com os maoístas, com os que vieram a dar a UDP. E sempre em ligação com o MES.

 

-          PCTP/MRPP

 

Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganizativo do Partido do    Proletariado.

"Partido de tendência maoísta, fundado em Setembro de 1970. Tendo o Bandeira Vermelha , como órgão teórico a partir de 1970 e o Luta Popular como órgão de massas a partir de 1971. Muito activo, nos anos anteriores ao 25 de Abril sobretudo nos meios estudantis de Lisboa, manteve intensa actividade durante os anos de 1974 e 1975, contando nessa altura nas suas fileiras com algumas destacadas figuras da cena política actual. Em 1976 mudou o nome para Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses e passou a usar a sigla PCTP/MRPP.

 

Várias outras organizações e partidos apareceram e desapareceram à direita e à esquerda.

publicado por luzdequeijas às 14:18
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VERÃO QUENTE DE 75

O 25 de Novembro de 1975 e o «Verão Quente»

Pára-quedistas de Tancos pedem a demissão do chefe do Estado-Maior da Força Aérea. O Conselho da Revolução responde com a dissolução da Escola de Pára-quedistas (entretanto, os 123 oficiais que lá estavam já a tinham abandonado). Então dá-se o esperado golpe militar das esquerdas a 25/11/1975, quando os pára-quedistas saem de Tancos, e rapidamente ocupam as bases aéreas de Monte Real e do Montijo e o Quartel-general da Força Aérea, em Monsanto, recebendo o apoio da Polícia Militar de Belém e do Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS).

Elementos militares ligados ao Grupo dos Nove, comandados por Ramalho Eanes reagem e subjugam os revoltosos, com baixas de ambos os lados.

Tinha-se acabado de ultrapassar as dificuldades do «Verão Quente». As forças armadas, ao longo destes 6 governos, actuaram como uma força destabilizadora, e foi só a partir desta revolta falhada que termina a tentativa de implantação de um regime comunista, pela força, em Portugal, e se começa a notar uma viragem para o centro e uma tendência para a estabilidade.

O que foi o MDLP (Movimento Democrático para a Libertação de Portugal)?

Há muito que a direita militar estava em pé de guerra. Entre Outubro e Novembro, aliás, os golpes eram anunciados e desmentidos quase diariamente. Fervilhavam boatos de golpes e contra-golpes, num clima de insegurança que desestabilizava a sociedade civil, mas sobretudo os meios militares incapazes de assimilar tantas contradições.

Algumas opiniões: «Alpoim Calvão, um oficial da Marinha que se tornou lendário pela ousadia das suas actuações no teatro da guerra colonial, fundou, a seguir ao 11 de Março, o MDLP, que teve como bandeira o general Spínola.

Calvão afirma que, na origem deste movimento aglutinador das forças da direita e da extrema-direita durante o PREC, esteve o PS, porque o MDLP resultou de um pedido de ajuda do PS aos spinolistas, a seguir ao 28 de Setembro, para que se criasse, na área militar, uma força que se opusesse ao PCP.


Depois do 25 de Novembro, o MDLP auto-extinguiu-se, porque a democracia foi restaurada, garante o seu criador e líder. Mas o ódio de Alpoim Calvão ao PCP não desapareceu [...] em Portugal vivia-se uma espécie de ressaca do "Verão quente". Continuavam os atentados. E foi este ano, de 1976, que maior contributo deu para as acções de terrorismo que ocorreram em Portugal entre Outubro de 1974 e Fevereiro de 1977. Um relatório da Polícia Judiciária
Militar regista 453 acções terroristas. E algumas foram da maior gravidade.


Em Abril de 1976 foi assassinado o padre Maximiano de Sousa. Semanas depois, rebentou uma bomba na embaixada de Cuba e morreram dois funcionários diplomáticos. A 1 de Maio explodiu um carro armadilhado junto à sede do PCP, na Avenida da Liberdade, e morreu um jovem que ia a passar. Em S. Martinho do Campo, Santo Tirso, foi morta uma mulher, Rosinda Teixeira, também na sequência da detonação de uma carga explosiva» «... principais organizações da contra-revolução em Portugal. O ELP (Exército de Libertação Português), fundado pelo antigo subdirector da PIDE Barbieri Cardoso, lançou panfletos e foi acusado de pegar fogo a matas e pinhais. Mais importante politicamente foi o MDLP (Movimento Democrático de Libertação de Portugal), que estivera para se chamar Frente de Salvação Nacional, nome recusado pelo seu mentor, Spínola. A certa altura, garantia ter mil homens armados prontos para entrar em Portugal. Depois de ter sido denunciado pelo jornalista Gunter Walraff, que se fizera passar por traficante de armas, o MDLP perdeu a pouca importância política que tinha. Entre outros movimentos com a mesma conotação política, conta-se a Maria da Fonte, do editor Paradela de Abreu, com ligações à Igreja, a partir do arcebispado de Braga.»

publicado por luzdequeijas às 14:10
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6.º GOVERNO PROVISÓRIO

O 6º e último Governo Provisório

Toma posse a 19/9/1975, com Pinheiro de Azevedo por Primeiro Ministro, e um elenco governamental de tendência Socialista.

Quer o povo, quer o exército, estavam fortemente divididos entre dois ideais: o de Esquerda e o da moderação social. Como resultado, nunca «o povo unido jamais será vencido» esteve tão desunido, intolerante e agressivo, e à beira de uma guerra civil.

As estações de rádio, nas mãos da Esquerda, difundem continuamente mensagens clamando por uma revolução popular. Portugal é varrido por uma onda de violência sem procedentes, incluindo um assalto à Embaixada de Espanha que é saqueada e incendiada, a ocupação da Rádio Renascença, um cerco ao Parlamento que durou 2 dias, manifestações de soldados e dos SUVES (Soldados Unidos Vencerão), etc. Concede-se a independência às Províncias Ultramarinas.

publicado por luzdequeijas às 14:06
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5.º GOVERNO PROVISÓRIO

Realizam-se eleições a 25 de Abril de 1975 mas o Presidente da República não aceita os resultados eleitorais em que o PS (37,9 % de votos) e o PPD (26,4 % de votos) são os grandes vencedores.

No Conselho da Revolução surgem divergências evidenciadas no «Documento dos Nove», (Grupo de oficiais de tendência moderada pertencente ao MFA  e liderado pelo major Melo Antunes) cujos autores recebem o apoio da maioria dos oficiais das forças armadas e até (espantoso!) de Otelo Saraiva de Carvalho, um radical de tendência de esquerda, comandante das forças operacionais do COPCON. Este documento condenava o gonçalvismo e propunha o estabelecimento de uma política socialista. O MFA toma a decisão inédita de demitir os oficiais gonçalvistas do Conselho da Revolução, incluindo o próprio Vasco Gonçalves. Cai assim o 5º Governo Provisório.

publicado por luzdequeijas às 13:59
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O 4.º GOVERNO PROVISÓRIO

A seguir a este golpe falhado forma-se o Conselho da Revolução, que substitui a Junta de Salvação Nacional, e entra-se no 4º Governo Provisório, ainda tendo como Primeiro Ministro, Vasco Gonçalves.

A instabilidade social e política continua, com vários partidos digladiando-se pelo poder, com golpes e contra golpes políticos em que se fizeram, e se desfizeram, muitas alianças. Os socialistas e os comunistas, as duas pedras fundamentais do 25 de Abril, deixaram de se entender. Houve confrontos físicos entre os seus partidários, com uns impedindo os outros de realizarem manifestações, e ficou famoso o caso «República», o jornal da oposição da época salazarista.
Após a Revolução dos Cravos, os trabalhadores pró-comunistas apoderaram-se do jornal cuja direcção era socialista, originando um conflito que levou ao fecho das instalações, e que só foi solucionado pondo um militar como director do jornal e permitindo que os trabalhadores reocupassem as suas posições. O PS consegue organizar um comício em Lisboa em que pede a demissão de Vasco Gonçalves. Grupos da Direita incendeiam sedes do PC, da UDP e do MDC/CDE. 


publicado por luzdequeijas às 13:24
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O GONÇALVISMO

O 3º Governo Provisório  -  O 11 de Março de 1975 --- 

 

Mais uma vez, abusivamente, o MFA, escolhe o general Costa Gomes para substituir Spínola, mantendo Vasco Gonçalves como Primeiro Ministro. Entra-se no 3º Governo Provisório conhecido por «Gonçalvismo», um governo de ditadura militar, apoiado pelo Partido Comunista e militares da esquerda.

Entrou-se num período conturbado de expropriações, prisões, controlo total dos meios de comunicação e  aceleração das negociações para a independência das colónias, com a cumplicidade  soviética e cubana, que ocupam o espaço deixado por Portugal.

A 31 de Dezembro de 1974 é confirmada a decisão, tomada a 15 de Outubro, de Portugal reconhecer a soberania da União Indiana sobre os antigos territórios portugueses na Índia.

Spínola desiludido com a situação e, ao saber (boatos intencionais?) que a esquerda comunista estaria a elaborar uma «Matança da Páscoa», para eliminarem cerca de 500 personagens (civis, políticos, e militares incluindo ele mesmo), e que eram considerados opositores do PREC (Processo Revolucionário em curso), tentou uma revolução a 11 de Março de 1975, cujo malogro o obrigou a exilar-se inicialmente no Brasil e de que resultou a criação do MDLP, descrito mais abaixo.

O malogro foi devido ou a uma má organização militar da revolta ou, muito provavelmente, por esta ter sido provocada por uma manobra sub-reptícia de agitadores das esquerda, para terem um pretexto para avançarem em força com as desastradas políticas Gonçalvistas de nacionalizações.

Regressando anos depois a Portugal, foi promovido a marechal do Exército e, em Dezembro de 1981 é nomeado chanceler das Antigas Ordens Militares, pelo então Presidente Mário Soares. Nascera a 11 de Abril de 1910, em Estremoz, no Alto Alentejo, e faleceu  a 13 de Agosto de 1996 em Lisboa.

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Terça-feira, 23 de Outubro de 2012

REFLEXOS DA EMIGRAÇÃO

                                        

Diversas consequências podemos assinalar em relação à emigração portuguesa: entre elas, salientamos o processo de crescimento urbano e industrial, sobretudo na faixa centro e norte litoral do território e o aumento dos movimentos da população com destino aos principais centros urbanos agravando, desta forma, o processo de desertificação do interior que se tem vindo a acentuar no decurso das últimas décadas.

Para além destes aspetos, registamos o aumento do comércio, em particular com o exterior, o desenvolvimento do turismo e das atividades terciárias em particular na periferia dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. No seu conjunto estas transformações contribuíram para gerar novas oportunidades de emprego, para o aumento do P.N.B. do país e para uma melhoria significativa do nível de vida da sua população. Contudo, não bastaram para estancar o fenómeno emigratório português que registou, durante o terceiro quartel do século XX uma das fases de maior expansão com destino quer à Europa quer mesmo ao continente americano

publicado por luzdequeijas às 19:36
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CAUSAS E CARATERÍSTICAS DA EMIGRAÇÃO

Razões várias, dos tempos mais remotos à atualidade, justificam a ocorrência, entre nós, deste fenómeno. Importa assinalar a exiguidade e a "míngua dos meios de subsistência", responsáveis pelo "êxodo" de emigrantes isolados e de famílias inteiras, hoje radicadas nos diversos países de imigração. Igualmente importa assinalar as circunstâncias de natureza política que as determinaram associadas a perseguições de natureza política, à falta de liberdade expressão, à guerra nas antigas colónias e às práticas sociais dominantes que levaram à fuga de muitos jovens, antes ou durante o cumprimento do serviço militar.

Em relação aos traços dominantes deste fenómeno, o incremento da emigração para a Europa conhecida entre nós no decurso dos anos sessenta e setenta, embora tendo contribuído para enfraquecer o movimento transoceânico, acompanhou a tendência global da emigração intraeuropeia registada igualmente noutros países europeus durante a segunda metade do século XX. Por isso verificamos o seu grande incremento e expansão em todas as regiões do território, facto que se verificou em simultâneo com outras modificações globais que afetaram a sociedade portuguesa.

Em relação à sua extensão no território, notamos que a importância destas saídas foi bastante acentuada nas regiões densamente povoadas do norte e do centro do país, assim como nas Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira. Da mesma forma, este fenómeno afetou as regiões do Minho, de Trás-os-Montes e da Beira-Alta, de onde partiram os maiores contingentes de emigrantes não só em direção ao Brasil mas também, já durante a segunda metade do século XX, para os países industrializados da Europa Ocidental: França, Alemanha; Luxemburgo e mais recentemente para a Suíça. Isso o comprova as cerca de um milhão de saídas oficiais registadas no período compreendido entre meados dos anos cinquenta e os finais dos anos oitenta do século XX oriundas dos distritos de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Braga, de Aveiro, de Viseu e de Leiria, para referir apenas as mais importantes.

A dimensão deste fenómeno nas suas vertentes: emigração legal e emigração clandestina e sua expressão em todos os estratos etários da população, sobretudo na população jovem e adulta, confirma a sua antiguidade e as raízes históricas deste movimento. Por isso alguns autores reconhecem tratar-se de uma "constante estrutural" da sociedade portuguesa associado à "míngua das condições de subsistência" relacionadas com as más condições de vida da população, com a estrutura fundiária e com as pressões demográficas decorrentes do declínio das antigas civilizações agrárias da Europa mediterrânica.

Estas, as principais razões da evolução deste fenómeno que conduziu ao "êxodo" de emigrantes isolados e de famílias inteiras, hoje radicadas em diversos países de imigração. Estas condições facilitaram a repulsão demográfica e a exclusão social que favoreceram os movimentos migratórios com destino à França e à Alemanha, ao Luxemburgo, à Suíça e a outros destinos europeus, como anteriormente haviam promovido a emigração para o Brasil, o "Eldorado" português, para os EUA ou mesmo para outros destinos mais longínquos do continente americano.

Outrora constituída por mão de obra essencialmente masculina, a divulgação das saídas para a Europa e o consequente reagrupamento familiar que a partir da segunda metade da década de sessenta se começou a acentuar, está bem expressa não só na maior importância dos indivíduos do sexo feminino - 40% em 1966; 40,8% em 1967 e 53,5% em 1968 - mas ainda na estrutura etária das saídas legais. No seu conjunto, estas referem uma parcela significativa de indivíduos com idade inferior a 14 anos. Trata-se de uma emigração adulta, sobretudo masculina, pouco especializada e letrada. Contudo hoje em dia esta corrente é constituída por jovens e adultos com maior escolarização e formação profissional.

Do mesmo modo podemos assinalar a importância da emigração familiar quer na sua componente transoceânica como europeia, facto que abona a favor do seu carácter mais duradouro e permanente que se tem vindo a acentuar.

publicado por luzdequeijas às 19:33
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CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS

 

 São inegáveis os danos que os insetos/pragas causam à agricultura. A monocultura e o uso indiscriminado de produtos químicos - defensivos agrícolas - eliminam os inimigos naturais que existem em culturas diversificadas, provocando o desequilíbrio ecológico nas áreas de plantio, gerando condições propícias para o aparecimento de pragas além de aumentar a sua resistência.

Os microrganismos patogénicos aos insetos/pragas são adequados à redução específicas, enquanto que os predadores naturais e insetos benéficos são preservados ou podem se desenvolver, estabelecendo o equilíbrio natural. Portanto, os inseticidas microbiológicos são considerados como uma forma alternativa de controle de pragas.

Entre esses podem ser mencionados:

-   fungos - cigarrilha da folha da cana-de-açúcar;

-   vírus - granulose da broca da cana-de-açúcar; lagarta da laranja;

-   parasitas moscas: broca da cana-de-açúcar; vespas:  broca da cana-de-açúcar;

-   bactérias: toxinas - lagarta do algodão e legumes, moscas domésticas e bicheiras. moscas azuis e verdes, moscas das frutas

publicado por luzdequeijas às 19:14
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FIXAÇÃO DE NITROGÉNIO

 

O nitrogénio, sendo um dos nutrientes fundamentais para as plantas, participa da composição das moléculas de proteína e clorofila, além de desempenhar uma função chave no processo de divisão celular. Assim, uma adequada nutrição em nitrogénio é fundamental para o crescimento vigoroso das plantas.

Uma das possibilidades de fornecimento de nitrogénio às plantas é através da fixação biológica, por microrganismos, utilizando o nitrogénio existente no ar.

Esses fixadores de nitrogénio, denominados inoculantes, podem ser usados em leguminosas, gramíneas, florestas, ambientes aquáticos, etc.

publicado por luzdequeijas às 19:09
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CULTURA DE TECIDOS

 Informações dão como ciência, que a seleção e reprodução de plantas superiores por métodos convencionais têm sido utilizados desde os tempos antigos considerando a necessidade de produzir quantidades crescentes de alimentos e matérias primas para a indústria.

Uma das áreas mais promissoras na Biotecnologia é a da cultura de tecidos. É uma área já antiga, datando dos anos 20, mas que só alcançou progressos razoáveis a partir do fim da década de 60.

Nos tecidos e células cultivadas “in vitro” pode-se introduzir alterações  por ação de agentes físicos ou químicos com maior eficiência do que em plantas inteiras. Assim, as taxas de alterações podem ser grandemente aumentadas e, a partir dessas culturas, pode-se conseguir a regeneração de plantas com características diferentes. Existe também a possibilidade de fusão de células com características diferentes, possibilitando ou novos tipos de combinação, ou combinação de material genético de células provenientes de espécies muitas vezes diferentes. Uma das vantagens é que através dessa técnica pode-se gerar um grande número de material clonado em curto espaço de tempo e em ambientes reduzidos, sendo ainda indicada para a eliminação de doenças.

publicado por luzdequeijas às 19:04
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TRANGÉNICOS

Mas o que são os transgénicos? Os transgénicos são organismos geneticamente modificados. Um organismo geneticamente modificado é um organismo no qual lhe é incorporado um ou mais genes que lhe são estranhos, provenientes de outro com o objectivo de obter certas características.
Novos e estranhos alimentos vão aparecendo a pouco e pouco por todo o lado. Os efeitos deste tipo de alimentos não são conhecidos por completo. Será mesmo necessária esta intromissão na mãe natureza? Se no século XX os problemas colocados na sociedade de consumo estavam mais a um nível social, económico e até mesmo cultural, no século XXI avizinha-se um século preocupante em que não só permanecem os problemas vividos no século XX, como não se conhecem as consequências no amanhã das experiências de hoje.
Se no final do século XX a sociedade de consumo necessita de um consumo em massa para fazer face à produção em massa, o século XXI, além disso, precisa de uma grande consciência por parte do cidadão –consumidor  perante fenómenos como os alimentos trangénicos. A produção em massa é hoje um fenómeno civilizacional . A produção em massa é hoje um dado irreversível da sociedade industrial erguida sobre a revolução da ciência e da técnica contemporâneas. Os organismos geneticamente modificados são hoje também um fenómeno fruto da revolução tecnológica e do desenvolvimento científico. Como pessoas humanas, como cidadãos e como consumidores devemos estar conscientes deste fenómeno. Com esta manipulação da essência da vida não continuaremos a ser vítimas dos nossos próprios progressos, colocando em risco bens tão valiosos como o da nossa saúde física ?

 

publicado por luzdequeijas às 18:03
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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012

NÃO ANDA LONGE DA VERDADE

HOJE às 16:49

Medina Carreira diz que em Portugal só se ganham eleições com mentiras

O antigo ministro das Finanças, Medina Carreira, considerou hoje que em Portugal “só se ganham eleições com mentiras” e que o problema nas contas públicas portuguesas não se vai resolver com receita de impostos.

“Em Portugal não se pode governar com base num programa eleitoral verdadeiramente, só se ganham eleições com mentiras. Mentiras que vêm escondidas em duzentas ou trezentas páginas que ninguém lê”, afirmou o antigo governante numa conferência sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2013 organizada pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira (RFF), que decorreu em Lisboa.

Na conferência sobre a parte fiscal do orçamento, Henrique Medina Ferreira - um dos ministros das Finanças dos governos liderados por Mário Soares – considerou ainda que não será com a receita de impostos que se resolverá o problema.

“Nós não vamos resolver o problema com impostos. Em [19]60 e [19]70 os impostos correspondiam grosso modo às despesas. A partir de [19]80 verifica-se que as colunas amarelas [impostos] são sempre mais pequenas que as lilases [despesa]. (…) Isto demonstra que não era preciso grandes análises, nem grandes divagações”, afirmou Medina Carreira durante a sua apresentação na conferência.

O governante considerou ainda que a “cruzada para as contas públicas está destinada a um grande fracasso”, e que “tentar arrumar a casa à custa das despesas de capital e outras despesas correntes” está destinado ao fracasso, demonstrando gráficos onde estas despesas apresentam uma expressão diminuta face às despesas com pessoal e com prestações sociais do Estado.

Diário Digital com Lusa

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Diário Digital

 

publicado por luzdequeijas às 19:38
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Sexta-feira, 19 de Outubro de 2012

A CRUZ DE LORENA

                     

 

 

 

A cruz de dupla barra é a cruz de Godofredo de Lorena, príncipe de Lorena, que a colocou no seu estandarte ao conquistar Jerusalém no ano de 1099. A partir daí converteu-se no símbolo das cruzadas.  

A notícia da queda de Jerusalém e o apelo de Urbano II atingiram profundamente os anseios populares, reforçados pela pregação de Pedro, o eremita. Alguns milhares de despojados de toda a espécie dirigiram-se à Terra Santa, sob a liderança do místico Pedro sem nenhum preparo, formando uma verdadeira “Cruzada dos Mendigos”. A fome levou os primeiros cruzados ao roubo e ao massacre das populações que encontraram pelo caminho. Apesar da ajuda fornecida pelo império bizantino foram dizimados pelos turcos. A Cruzada dos Mendigos foi totalmente destruída ao chegar à Ásia Menor.

publicado por luzdequeijas às 18:28
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AS SETE LEIS HERMÉTICAS

As sete principais leis herméticas baseiam- se nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Kabbalah, que em hebraico, significa receção.

Lei do Mentalismo

"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)

O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter o seu ser na divina consciência.

A matéria é como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

publicado por luzdequeijas às 12:54
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LEI DA CORRESPONDÊNCIA

"O que está em cima é como o que está em baixo. E o que está em baixo é como o que está em cima"(O Caibalion)

A perspetival muda de acordo com o referencial. A perspetival da Terra normalmente impede- nos de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos apercebemos do imenso macrocosmo à nossa volta.

O princípio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.

publicado por luzdequeijas às 12:53
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LEI DA VIBRAÇÃO

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".

No universo todo o movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com o seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.

Todos os objectos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

 

publicado por luzdequeijas às 12:48
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Quinta-feira, 18 de Outubro de 2012

LEI DA CAUSA E EFEITO

"Toda causa tem o seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei". Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenómeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.

Esse princípio é um dos mais polémicos, pois também implica no facto de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

publicado por luzdequeijas às 19:30
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LEI DO GÉNERO

"O Género está em tudo: tudo tem os seus princípios Masculino e Feminino, o género manifesta - se em todos os planos da criação".

Os princípios de atracão e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do género físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses géneros.

Existe uma energia recetiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois polos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

publicado por luzdequeijas às 19:29
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LEI DO RITMO

 

"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem as suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".

Pode - se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos movem-se em círculos.

É a expansão até chegar ao ponto máximo, e depois que atingir a sua maior força, torna - se massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque a sua complementaridade.

publicado por luzdequeijas às 19:28
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LEI DA POLARIDADE

 

Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos tocam - se. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados" (O Caibalion)

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O Pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.

O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

publicado por luzdequeijas às 19:25
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O SANTO GRAAL

 Pensava-se também que os Templários eram os detentores daquele que, para a maioria, seria a maior e mais estimada relíquia Cristã, o Santo Graal - o cálice que Jesus Cristo usou na última ceia.
Esta Ordem foi criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa. A Ordem dos Templários, cujo nome completo era “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico. Inicialmente as suas funções cingiam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das Cruzadas, e referiam-se à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados. Com a conquista de Jerusalém pela primeira cruzada e o surgimento de um reino cristão, nove cavaleiros que dela participaram pediram autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se conduziam. Balduíno II, autorizou que os estábulos do antigo Templo de Salomão em Jerusalém, lhes servisse de sede. Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e o seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em consequência do local da sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da ordem, “Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão” ou “Cavaleiros Templários”. Segundo a lenda, nos primeiros nove anos de existência estes Cavaleiros dedicaram-se a escavações feitas na sua sede. Também se conta que teriam encontrado documentos e tesouros que os tornaram poderosos, nomeadamente o Santo Graal, o cálice onde foi recolhido o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que foi usado na última ceia.
publicado por luzdequeijas às 18:42
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DESATAR NÓS É CONÔSCO

Outra descoberta lusa: o nó, medida marítima

A unidade de velocidade marítima usada ainda hoje – o nó – foi inventada pelos portugueses, com base num método engenhoso. Os nós originais, eram dados numa corda, a distâncias equivalentes ao comprimento do casco de um navio. Em alto-mar amarrava-se a corda a um barquinho, que era lançado ao mar. Um marinheiro ficava na amurada, com uma ampulheta na mão. Como não tinha velas, o barquinho ficava parado enquanto o navio se afastava e a corda ia se desenrolando. Pelo número de nós era possível saber a distância percorrida com relação à miniatura. A ampulheta informava o tempo gasto no percurso. A medida, chamada até hoje nó marítimo, corresponde a 1,8 quilómetro, por hora.

publicado por luzdequeijas às 16:39
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AMIGOS POR INTERESSE

Amigos por Interesse

 

 Levantam ferro, abandonam Calecute, rumam para Cochim. Recebe-os o rei, mas receoso, por causa do incidente da nau dos elefantes. O Capitão-mor dá-lhe as devidas explicações, recompensas e desculpas. Consegue ganhar a sua confiança. Aliás, o reizinho deseja emancipar-se de Calecute. Aliar-se aos inimigos do Samorim vai ao encontro do seu desejo. Por sua influência, e pelos mesmos motivos, os portugueses estabelecem ainda relações amigáveis com os reinos de Coulão e Cananor. Em Cochim e Craganor, em vinte dias carregam as naus com pimenta e outras drogas. Rumam depois para Cananor a completar a carga com gengibre. Levando a bordo embaixadores desses reinos que amigos se dizem de Portugal, abalam da Índia a 16 de Janeiro de 1501.

Ao sul de Melinde mais um desastre: afunda-se outra nau. E o Capitão-mor, enquanto medita em todas estas maldições; enquanto esconjura todo este Inferno, saudades sente da inocência daquele povo de Vera Cruz...

publicado por luzdequeijas às 16:08
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GANÂNCIA É SÓ GANÂNCIA

 

Tença Tardia

 

Ao receber tença tardia, Cabral teme pelos índios do Brasil.

 

Campos de Santarém, à beira-Tejo, dos lados da ribeira dois cavaleiros avançam sobre Pedro Álvares Cabral. Um deles é seu vassalo, reconhece-o. O outro, pelo trajar, será escudeiro d’el-rei D. Manuel I. Apeiam-se, saúdam. Cabral responde com gentileza. El-rei manda-lhe recado, que vá ao Paço. É homem esquecido há muito pela Corte. Qual o motivo de tal convite?

Assopra o escudeiro que El-rei pretenderá atribuir-lhe tença anual.

Tença? Agora, em 1515, quando os seus feitos datam de 1500? Passados quinze anos, por que se lembra hoje El-rei de si?

Mais vale tarde do que nunca, diz-lhe o escudeiro. Será prémio pela sua descoberta da Terra de Vera Cruz. Martim Afonso de Sousa, da capitania de S. Vicente, escreveu carta a El-rei louvando a muita riqueza que nela parece haver.

Pedro Álvares Cabral despede-os, vão-se. Prefere ficar sozinho a remoer.

A muita riqueza que nela parece haver... Cobiça, é só cobiça... E quando dessa terra houverem novas, cobiçosas hão-de ser outras nações. Mas nem a portuguesa, nem as outras, irão atentar na sua riqueza-mor, qual seja a inocência do povo que ali vive em estado natural. De inocência deslumbrada, como poderia ele desenlear-se depois das malícias do Samorim?

Perdeu 6 das 13 naves. El-rei não gostou. Mas quando, dos seus navios, muita especiaria despejou para os armazéns da Ribeira, logo El-rei olvidou o desastre de Cabral. Ganância, é só ganância...

publicado por luzdequeijas às 15:50
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NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM

 

Requiem - Em 1518 Pedro Álvares Cabral recebe segunda tença pela sua descoberta da Terra de Vera Cruz que muito proveito está dando à Coroa. Morrerá talvez em 1520. Será sepultado em Santarém, dentro da Igreja da Graça. Campa rasa.

Para prosseguir nos descobrimentos era necessária uma revisão completa da ciência da navegação. O processo antigo da navegação de cabotagem, realizada próximo à costa e orientando-se pelos pontos de referência ao longo dela, fora adequado às viagens num mar interior como o Mediterrâneo. As viagens costeiras do Atlântico eram impraticáveis devido aos ventos e às correntes. Os pilotos de D. Henrique precisavam aprender a internar-se num mar imenso, dias e semanas seguidos, sem se deixarem perder entre o céu e o mar.

A resposta a esse problema estava escrita nos céus. Os navegantes precisavam aprender a determinar a posição da sua “casca de noz” no espaço marítimo. A bússola, o astrolábio e o quadrante já eram conhecidos. D. Henrique, com os matemáticos e astrónomos reunidos à sua volta, estudou como esses instrumentos poderiam ser aperfeiçoados, simplificados e adaptados à navegação marítima.

Muito se tem dito e escrito a respeito da Escola de Pilotos de Sagres. A verdade é que D. Henrique não fundou uma escola regular, mas a sua corte parecia um congresso de técnicos em sessão permanente. O Infante, enquanto viveu, juntou homens de ciências à sua roda e nunca lhe foi difícil atraí-los. Ele trabalhava até altas horas com uma companhia cosmopolita de físicos e de cosmógrafos. Um dos seus principais colaboradores foi o célebre Jaime de Maiorca, judeu convertido ao catolicismo.

Ele reuniu no promontório de Sagres, na parte mais ocidental de Portugal, “lá onde acaba a terra e começa o mar” (Camões, Os Lusíadas, 54), os maiores especialistas em navegação, cartografia, astronomia, geografia e construção naval.

publicado por luzdequeijas às 15:43
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O CABO BOJADOR

O Bojador é referido na Mensagem de Fernando Pessoa com os célebres versos:


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!


Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

 

publicado por luzdequeijas às 15:34
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CACELA VELHA

 

 

Vista de Cacela Velha

 

 

A praia deserta no sotavento algarvio que obriga atravessia de barco pela ria Formosa é, para a jornalista e cronista Inês Meneses, o lugar onde o verão se cumpre em todo o seu esplendor e que teme ver destruído pelo turismo

Inês nunca aprendeu a nadar. Nem nas águas frias da praia de Mindelo, junto a Vila do Conde, nem nas águas cálidas e claras da praia de Cacela Velha, no sotavento algarvio. A sua relação com o mar faz-se mais de histórias impressivas - que, segundo ela, "dariam um bom livro e de pequenos prazeres que o tempo ajudou a idealizar" - do que de braçadas vigorosas ou mergulhos por entre as ondas.

As praias da infância (e da vida) da jornalista contam-se nos areais, nas imagens "trágicas"das viúvas dos pescadores recolhendo sargaço, numa mala de palha azul perdida por uma desconhecida que durante muito tempo lhe povoou os sonhos: "Era uma mala que tinha lá dentro tudo o que uma miúda podia sonhar, batons, um frasco de perfume etc. Os meus pais guardaram a mala à espera que a dona viesse reclamá-la e, de vez em quando, eu ia lá espreitar os objetos...", conta. "Ainda hoje penso a quem pertenceria aquela mala."

A praia de Cacela Velha, junto a Vila Real de Santo António, "deserta" mas mais "cosmopolita", tornou-se com o tempo a praia da vida de Inês. "É aquela que eu sinto como a minha praia e aquela que eu queria criar com a minha filha aqueles rituais que dão sentido à nossa história pessoal."

Inês Menezes 

publicado por luzdequeijas às 14:56
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BONS NEGÓCIOS

 
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Scut custam 1,5 milhões por dia

Economia Publicado por Correio da Manhã 18/10-2012 @ 07:00

As receitas das portagens nas sete ex-Scuts e das concessões do Norte e Grande Lisboa não chegam para as despesas. A diferença entre os encargos e as receitas atinge 284 milhões de euros, ou seja, representam um custo diário de cerca de 1,5 milhões de euros, de acordo com um relatório elaborado pela Estradas de Portugal referente ao primeiro semestre deste ano.

publicado por luzdequeijas às 12:39
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O 1.º ALVO DAS TRAPALHADAS

Pedro Santana Lopes queixa-se amiúde de uma palavra maldita que ficou colada à imagem do seu Governo e que, em circunstâncias idênticas, não vê aplicada ao Executivo de José Sócrates: trapalhadas. As trapalhadas de uns não desculpam as trapalhadas de outros. Mas não há dúvida de que os socialistas têm sido férteis em decisões mal explicadas, mal negociadas e mal executadas que muitas vezes resultam em nada. A aplicação de portagens nas SCUT é a mais recente dessas trapalhadas.

Sócrates não é o criador das SCUT, mas foi sempre um defensor estrénuo e fez delas uma sua bandeira. Esse sistema milagroso que tem permitido circular em certas autoestradas sem que os utilizadores paguem portagens foi criado por João Cravinho no tempo de António Guterres. Era o melhor de dois mundos: o Governo mostrava obra ao país das autoestradas e a conta, paga com os impostos de todos, incluindo os que nunca as utilizariam, passava para os governos seguintes. Neste ponto, Santana tem razões de queixa e autoridade porque o seu Governo quis desativar em tempo útil a bomba-relógio que as SCUT representavam para os cofres do Estado e foi Sócrates que a ignorou. Não imaginava que ela iria rebentar-lhe nas mãos.

Esqueceu-se, entretanto, de que já não tem maioria absoluta. E acreditou que o PSD, amarrado ao princípio do utilizador-pagador, acabaria por ir atrás do que o Governo decidisse. Enganou-se. Em vez de ir a reboque do Governo, o PSD foi a reboque de potenciais eleitores, com um Rui Rio incendiário a cavalgar a "revolta" do Norte - quem diria? - e a bancada parlamentar a bloquear um famoso chip, afinal idêntico à muito celebrada Via Verde. Sem ele, pura e simplesmente não haverá portagens. E, nesse caso, tremam os contribuintes porque alguém vai pagar os milhões que faltam se as SCUT ficarem como estão.

Fernando Madrinha - Expresso

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/trapalhadas=f591319#ixzz29eHQF1DP

publicado por luzdequeijas às 12:28
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TRAPALHADAS OCASIONAIS

http://www.youtube.com/watch?v=m9508kI-Kx0 trapalhadas ocasionais

 

Clique acima

 

Trapalhadas Profissionais

 

Uma qualquer trapalhada é coisa da qual ninguém se livra. De uma pequena trapalhada profissional, também não. Agora quando se trata de fazer das trapalhadas o nosso dia-a-dia e ganha pão, algo vai mal, muito mal mesmo:

Vejamos alguns exemplos da nossa comunicação social:

1 - "Dar tempo de antena a uma mulher desesperada, como deram, que quase apelava a uma insurreição contra os homens de fato e gravata, chamando-lhes de gatunos para cima, é mnão ter noção de nada!" Vitor Rainho

2 - "Independentemente da mudança de lugar e do caricato episódio da bandeira ter sido erguida ao contrário - nunca vi tantas almas preocupadas com um símbolo que quae fizeram desaparecer dos locais públicos!" Vitor Rainho 

3 - " Que se lixem as eleições"

Esta expressão que é um desabafo de quem quer pôr o País acima de tudo, foi transformado numa trapalhada nacional!

Esta comunicação social que nos presenteia todos os dias com "trapalhadas forjadas", içadas como bandeira de um bom profissionalismo, é responsável por muita da falta de respeito que corroi este País!

publicado por luzdequeijas às 11:46
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TRAPALHADAS AMIGAS

Trapalhadas

Teixeira dos Santos, 20 de Março: «Eu acho que Portugal está numa situação delicada que dificilmente poderá suportar aumentos da sua dívida pública para acudir à Grécia»

José Sócrates, 25 de Março: «“Todos [os países da Zona Euro] participarão” na ajuda, incluindo Portugal».

O ministro das Finanças está tão descredibilizado que nem o seu PM lhe liga.
E quanto vai custar aos contribuintes portugueses ajudarem a pagar os desmandos gregos a que agora o PM se comprometeu? (como se já não bastassem o descalabro da responsabilidade destes dois).

 

BLASFÉMIAS

publicado por luzdequeijas às 11:39
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012

PÁTIO DA GALÉ

 Praça do Comércio é uma referência iluminista maior entre as congéneres europeias do século XVIII. Desenhado por Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, o projecto foi aprovado pelo Marquês de Pombal, após o terramoto de 1755.


O Pátio da Galé ocupa a área onde se situavam o Paço Real e a Casa da Índia. 
Respeitando a componente patrimonial e histórica do edificado, a intervenção reflecte, em simultâneo, a imagem inovadora e vanguardista associada a Lisboa.

O Pátio da Galé, agora reabilitado, disponibiliza a Sala do Risco - galeria para exposições e eventos -, dois restaurantes, uma geladaria, a Lisbon Shop,  loja de produtos de merchandising de Lisboa, e um Posto de Turismo.  

O Restaurante Terreiro do Paço apresenta confort food de inspiração portuguesa e mediterrânica e o Aura Restaurante + lounge café aposta na cozinha portuguesa contemporânea, enquanto a Geladaria Paço d´Água oferece gelados confeccionados artesanalmente. 

Para além da sede do Turismo de Lisboa, no Pátio da Galé encontram-se ainda o Canal Lisboa e a sede da Modalisboa.


O Peixe em Lisboa, actividades do Festival dos Oceanos e a Modalisboa são alguns dos eventos que decorrerão no novo Pátio da Galé.

 



Para mais informações envie email para atl@visitlisboa.com

publicado por luzdequeijas às 20:56
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2.ª DÉCADA DO SÉCULO XX

Portugal na 2.ª Década do século XX

Ao contrário da Europa que, talvez por acção do Plano Marshall, entrou no desenvolvimento impressionante cinco anos após o fim da 2.ª Grande Guerra, em Portugal as coisas foram bem diferentes.

O Estado Novo preocupado em manter a unidade nacional não descurou o desenvolvimento nas ex-colónias, nomeadamente em Angola e Moçambique. Aos olhos dos portugueses o desenvolvimento fora da metrópole até parecia ser superior ao que se registava nesta.

Contudo a guerra mobilizava milhares de jovens, dois, três, quatro anos, que faziam falta à produção do país e outros acabavam por emigrar para fugir desta situação.

As consequências de tudo isto foram a emigração acentuada, principalmente à procura de empregos que aqui eram escassos e de baixo salário, inclusive, a caminho do Portugal africano.

Paris chegou a ser considerada a terceiro cidade portuguesa com milhares de portugueses a viver em condições indignas nos famigerados “bidonville”.

Do ponto de vista das finanças nacionais respirava-se saúde com os cofres do Banco de Portugal bem recheados de reservas, principalmente em ouro. Portugal chegou a ter das maiores reservas mundiais. As remessas dos milhares de emigrantes davam bom contributo para esta abundância.

Todavia, a democracia instalada por quase toda a Europa, tardava em chegar ao nosso país o que vinha dificultando a nossa entrada na Comunidade Económica Europeia ( 25-03-1957 )  e mais à frente a conjunção dos efeitos do 25 de Abril, da descolonização, do primeiro choque petrolífero (1973-74) e da crise internacional subsequente gerou, na década de setenta, uma situação económica caracterizada por níveis elevados de inflação e de desemprego, recessão ou taxas moderadas no crescimento real do produto. Entre 1970 e 1974, a taxa de inflação aumentou de 6,4 por cento para 25,1 por cento, e depois de 1978, mesmo com a intervenção do Fundo Monetário Internacional, a taxa de inflação mantinha-se acima dos 20 por cento e a taxa de desemprego continuava a crescer.

A partir dos anos 50 do último século, os países chamados industrializados na sequência do grande desenvolvimento tecnológico entram numa produção espantosa, surgindo as famosas multinacionais. São elas que na procura de mão de obra barata invadem os países nessas condições como o nosso, mas de qualquer modo fazem chegar os seus produtos a todo o mundo.

Chegam a Portugal instalando-se principalmente na periferia das grandes cidades. É assim que os trabalhadores do interior abandonam as terras, as suas casas e os seus hábitos de vida e rumam em busca do emprego para sustento da família que tinham ou esperavam vir a ter. Ao menos, tais multinacionais, trouxeram para muitos trabalhadores qualificações técnicas de assinalar.

Os bairros de barracas, além de degradantes, eram uma vergonha para uma sociedade e um país dito europeu !

Este fenómeno de chegada de gente às grandes cidades arrasta, em si, um grande desenvolvimento da construção civil na qual muitas dessas pessoas irão trabalhar, deixando a enxada. A agricultura havia entrada em crise.

Por exemplo Lisboa e Porto continua a cresceram desordenadamente, submergindo a ritmo avassalador as zonas verdes das vizinhanças, transformando pacatas aldeias  em cidades-dormitórios, multiplicando-se para além dos planos de urbanização, levando os problemas da cidade aonde o campo era verde e fértil, sem um mínimo aceitável de estruturas de base, de orientação -  sequer de fiscalização.

Aconteceu um pouco por todos os lados por onde a cidade tendia a expandir-se.

Igualmente a muitos jovens do interior, de ambos os sexos, já com cursos secundários, acontecia o mesmo. Em conformidade com os proventos do trabalho, uns iriam habitar modestos apartamentos na periferia das grandes cidades, outros em desespero faziam uma barraca de madeira num qualquer terreno e sem o mínimo de condições aí iriam passar anos com a família anos a fio.

É certo que o custo de vida era barato antes do 25 de Abril de 1974, um café custava 14 tostões e o jornal apenas um escudo. Um automóvel novinho em folha chegava aos 65 contos ( 300.euros! ) e caro mesmo só a gasolina que, na altura, cifrava-se nos sete escudos.

Barato ficava também uma ida ao cinema: apenas cinco escudos. O bilhete mais caro chegava à quantia de 7$50. O mesmo custava tomar um bom pequeno-almoço no café da esquina, com direito a sumo de laranja e croissant com fiambre. Já fumar era vício que ficava barato. Um maço de SG Gigante custava 6$50.

Os professores recebiam no final do mês cerca de três contos e quinhentos. Mas um docente efectivo podia chegar aos sete contos por mês. Uma quantia razoável, se pensarmos que o aluguer de uma casa nova custava cerca de dois contos.

publicado por luzdequeijas às 16:58
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AS GUERRAS COLONIAIS

Guerra Colonial de Portugal

 

Em Março de 1961 no norte de Angola inúmeros portugueses são barbaramente assassinados por um levantamento de quicongos. Esta chacina levará Salazar a reagir - Para Angola rapidamente e em força. Defensor de uma política colonialista, Salazar alimenta as fileiras da guerra colonial com o propósito da manutenção da unidade territorial das províncias ultramarinas sob a bandeira portuguesa. Pratica uma política de isolacionismo internacional sob o lema Orgulhosamente sós, quando a comunidade internacional promove a agenda da Descolonização em África, levando Portugal a um menor avanço cultural e económico.

Entre 1961 e 1974, Portugal protagonizou uma guerra colonial, que se iniciou para combater os movimentos de independência que surgiram nas colónias de Angola, Moçambique e Guiné.

O Portugal do Estado Novo não queria perder o seu império colonial e por isso são abertas várias frentes de guerra - Angola em na Guiné em 1963 e Moçambique em 1964 - para impedir a independência dos países africanos que mantinham guerras de guerrilhas com esse fim.

São mandados sucessivos, e cada vez maiores, contingentes de soldados para o continente africano. Em África, a guerra fazia-se no mato, enfrentando os movimentos armados independentistas.

A guerra colonial portuguesa foi alvo de severas críticas, dentro e fora do país. Era um motivo de descontentamento para a população, que via os seus filhos morrerem numa guerra que não tinha fim, e as condições de vida a piorar com o esforço financeiro para sustentar o conflito.

No entanto, o regime de Salazar, e depois de Marcelo Caetano, continuava surdo às oposições internas e às pressões internacionais. Portugal mantinha-se "orgulhosamente só".

A guerra colonial acabou em 1974, com a revolução do 25 de Abril. A própria revolução foi fruto do descontentamento de alguns sectores das Forças Armadas com o prolongar interminável de uma guerra que parecia estar condenada à derrota.

Grosso modo, Portugal, com 10 milhões de habitantes, fez um esforço de guerra em África cerca de nove vezes superior ao dos EUA, no Vietname, com os seus 250 milhões de habitantes. Portugal mobilizou para a guerra colonial mais de 800 mil jovens, teve 8 mil mortos, 112.205 feridos e doentes, 4 mil deficientes físicos e estima-se que cerca de 100 mil doentes de stress de guerra. 40% do OE destinava-se á Defesa. A isto há que acrescentar a sangria de milhão e meio de emigrantes entre 60 e 74.

publicado por luzdequeijas às 15:42
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RESCALDO DA NEUTRALIDADE

 

A posição de neutralidade permitiu a Portugal que nos anos de 1941, 1942, 1943 as exportações ultrapassassem as importações, facto que não se verificava há dezenas de anos, e que até à actualidade ainda não se verificou. Esta hábil gestão da neutralidade trouxe-lhe, no final da guerra, os benefícios da paz sem ter de pagar o preço da guerra. Portugal foi uma das poucas zonas de paz num mundo a "ferro e fogo", serviu de refúgio a muitas pessoas de várias proveniências. Um desses refugiados foi o arménio Calouste Gulbenkian, que permaneceu no país tendo legado uma das mais importantes instituições ao serviço da cultura em Portugal. Esta situação económica conseguiu também atenuar os problemas provocados pela Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e pela própria Segunda Guerra Mundial, que trouxeram problemas de escassez de géneros (Portugal era deficitário quanto a alimentos) e a inflação que disparou.

Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança politica.

publicado por luzdequeijas às 15:33
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AS GUERRAS MUNDIAIS

Oliveira Salazar assumira a pasta dos negócios estrangeiros desde a Guerra Civil Espanhola. Com a Segunda Guerra Mundial o imperativo do governo de Salazar é manter a neutralidade. Próximo ideologicamente do Eixo, o regime português escuda-se nisso e também na aliança com a Inglaterra para manter uma política de neutralidade. Esta assentava num esforço de não afrontamento a qualquer dos lados em beligerância.

Primeiramente, uma intensa actividade diplomática junto de Franco tenta evitar que a Espanha se alie à Alemanha e à Itália (caso em que previsivelmente os países do Eixo com a Espanha olhariam a ocupação de Portugal como meio de controlar o Atlântico e fechar o Mediterrâneo, o que desviaria o teatro da guerra para a Península Ibérica).

Com a Espanha fora da guerra, a estratégia de neutralidade é um imperativo da diplomacia por forma a não provocar a hostilidade nos beligerantes e Salazar não tolerou desvios dos diplomatas que arriscassem a sua política externa. Quando o cônsul português, Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus concedeu vistos em grande quantidade a judeus em fuga aos nazis, ignorando instruções do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Salazar foi implacável com ele e demitiu-o.

 

publicado por luzdequeijas às 15:30
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O ESTADO NOVO

 

Em 1932 era publicado o projecto de uma nova Constituição que seria aprovada em 1933. Com esta constituição, Salazar cria o Estado Novo, uma ditadura civil, anti-liberal, anticomunista e anti-parlamentar que se orienta segundos os princípios da tradição: Deus, Pátria, Família, Autoridade, Hierarquia, Moralidade, Paz Social e Austeridade. Toda a vida económica e social do país estava organizada em corporações - era também um Estado Corporativo. Portugal afirmava-se como "um Estado pluricontinental e multirracial" - assentava-se sobre os pilares de uma política colonialista. Durante o Estado Novo, os Presidentes da República tinham funções meramente cerimoniais. O detentor real do poder era o Presidente do Conselho dos Ministros e era ele que dirigia os destinos de Portugal.

Salazar e Franco

Na Guerra Civil Espanhola, deflagrada em julho de 1936, Salazar declara apoio a Franco e cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa.

Em 8 de Setembro de 1936, teve lugar em Lisboa a Revolta dos Marinheiros, também conhecida como Motim dos Barcos do Tejo, a mais aparatosa acção levada a cabo durante a Guerra Civil de Espanha contra a ditadura portuguesa.

A acção foi desencadeada pela Organização Revolucionária da Armada (ORA), estrutura criada em 1932 para agrupar as células do Partido Comunista Português (PCP) da Marinha. A organização editava um mensário intitulado O Marinheiro Vermelho.

Os marinheiros comunistas sublevaram as tripulações dos navios de guerra Dão, Bartolomeu Dias e Afonso de Albuquerque, procurando sair com eles da Barra do Tejo. Após uma intensa troca de tiros, que causou a morte de 10 marinheiros, a revolta fracassou e os sublevados foram presos.

publicado por luzdequeijas às 15:25
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GOVERNAÇÃO DE SÓCRATES

O Primeiro Ministro José Sócrates

 

Mesmo beneficiando das alterações aprovadas pela EU no sentido do crónico défice português poder baixar aos valores recomendados em três anos, continua com imensas dificuldades em controlar o monstro.

O primeiro-ministro sabe bem que voltar a "aproximar Portugal do nível de vida dos países mais desenvolvidos da Europa", objectivo que definiu na intervenção de Natal do ano passado, depende menos dele e da sua equipa do que da sociedade portuguesa e da própria Europa. Por muito optimismo que se queira imprimir à sociedade, há estruturas que não se consegue mudar nem em duas legislaturas.

O Presidente Cavaco Silva, seu companheiro e cúmplice nas actuais reformas, enfrentou essas dificuldades nos seus dez anos de Governo. As mudanças que dependiam da actuação legislativa, como foram a reestruturação do sector financeiro, a privatização e a desregulamentação da economia, concretizaram-se. Aquelas que estavam nas mãos da sociedade, como a qualificação educativa e profissional de cada um e a organização mais produtiva das empresas e do Estado, falharam. E é destas que depende hoje, como nunca, o desenvolvimento do País. E é nestas que estão hoje centradas as actuações do Governo de José Sócrates.

Todos sabemos que a situação que se vive em Portugal não é fácil. Podemos estar condenados a ser uma das regiões mais pobres da União Europeia. Pior do que isso, ainda não estamos fora do perigoso caminho do retrocesso, de acabar pior do que começámos esta legislatura.

publicado por luzdequeijas às 14:46
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O DÉFICE E A MUDANÇA

O Boletim da Primavera da Comissão Europeia revela que o desequilíbrio nas contas públicas, em 2009, pode chegar aos 6,5 por cento, um valor que só é ultrapassado pelos números de 1994, quando o défice chegou aos 7,3 por cento. O Governo, no entanto, é mais otimista e estima que o défice não vá além dos 5,9 por cento, este ano.

O novo Governo minoritário de José Sócrates reinicia, assim, funções com a dupla tarefa de consolidar as contas públicas e, ao mesmo tempo, escolher o momento certo para começar a retirar os estímulos à economia, uma das razões pelas quais o desequilíbrio nas contas públicas terá mais do que duplicado em 2009.

José Sócrates demitiu-se (Março de 2011). O seu caminho já era muito estreito. Ironia do destino: foi ele que decidiu o momento da queda do seu governo. Num momento mais favorável para o PS do que para o PSD.

Ao senhor que se segue, abriam-se dois caminhos:

 1 - Continuar a reduzir o défice sem mexer nas precárias estruturas do País e mantendo Portugal na estagnação.

 2 – Avançar com a redução do défice e com as profundas e necessárias reformas do Estado e da Economia portuguesa.

Passos Coelho escolheu a segunda, pois reduzir somente o défice pouco resolve sem pôr a funcionar um País que coma aquilo que produz sem criar dívida externa, e a nossa já está no limite da sobrevivência de qualquer povo!

Todavia, esta é uma tarefa ciclópica somente possível com absoluta unidade nacional. O País não está consciente da necessidade dessa unidade e a nossa comunicação social não quer, ou não sabe, cumprir a sua missão sem viver de “casos” artificiais, que ela própria cria, e sem publicitar diariamente o que de pior vai acontecendo no país, puxando o moral da população sempre para baixo. Assim, é impossível governar. O inimigo é sempre o Governo. Depressa se esquece, ou ignora, o estado em um primeiro ministro recebeu esse País!

A mensagem da austeridade poderia passar junto da população em simultâneo com a esperança da sua transitoriedade? Podia. mas com todos a puxar para o mesmo lado. não estamos em tempo de dialética estéril! As reformas profundas mexem com muitos interesses e muita gente! Os boicotes atiram com pessoas para a rua na ânsia de paralisarem as reformas que lhe trazem algum prejuízo. Os partidos da esquerda vivem do passado e daquilo que está a destruir a Grécia (anarquia), sem serem capazes de se sentarem à mesa a fim de exporem a saída que defendem, se é que a têm alguma.

A complexidade das reformas, soma centenas de variáveis com comportamentos nunca antes experimentados. A salvação da pátria está no unir de mãos em torno das imensas dificuldades, sempre a par de um diálogo muito transparente, não só do primeiro-ministro, mas de todos com todos. Aqueles que continuam a pensar no partido quando um Portugal de novecentos séculos definha e pode morrer, esses, o melhor que tinham a fazer era emigrarem. Para os que aceitem este desafio, a cada dia que passa, sentirão mais, que vale a pena uma mudança radical nos nossos comportamentos. O coletivo vale muito mais que o individual e já passámos por outros momentos tão difíceis como este.

 

 

 



publicado por luzdequeijas às 13:02
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Terça-feira, 16 de Outubro de 2012

DÉFICE 2013

ESTIMATIVA

Défice real deste ano é de 7% em vez de 5%

15.10.2012 20:52

  

 

publicado por luzdequeijas às 17:40
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DÉFICE 2011

Online24 > Economia e Finanças >

 

Défice Público 2011

 

O défice público ou défice orçamental de Portugal em 2011 foi de 4,2%. Quanto à dívida pública, atingiu no final de 2011 os 107,8%. Para 2012 o Governo estima um défice de 4,5%.

As medidas de austeridade preconizadas no Orçamento de Estado 2011 tinham como objetivo assegurar a descida do défice para 5.9 por cento do PIB em 2011.

As medidas de austeridade lançadas pelo Governo para 2011, que incluem cortes nos salários da função pública, aumento de impostos e redução de benefícios fiscais, vão ter um forte impacto sobre os consumidores que deverão diminuir os seus gastos e fazer o consumo privado recuar 0,9% em 2011, depois de um crescimento de 1,5% em 2010.

A Comissão Europeia prevê um desequilíbrio das contas públicas de 8,5 por cento do PIB em 2010 e de 7,9 por cento em 2011. Já a Zona Euro irá registar um crescimento de 1,4%, em 2011.

Atualizado em 30/03/2012 às 17:14

 

publicado por luzdequeijas às 17:32
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DÉFICE 2010

INE revê défice de 2010 para 9,1% do PIB

INE reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do PIB.

17:45 Sábado, 23 de abril de 2011
 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).

"Nos termos dos regulamentos da União Europeia, em 22 de abril [sexta-feira], o INE enviou ao Eurostat uma revisão da primeira notificação de 2011 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE). A revisão efetuada determinou um aumento da necessidade de financiamento e da dívida das Administrações Públicas, respetivamente, em 0,5 e em 0,6 pontos percentuais do PIB em relação aos valores apurados para 2010 na notificação inicial", revela o INE em comunicado.

No final de março o défice orçamental de 2010 havia sido atualizado para 8,6%.

O nível de dívida pública de 2010 foi agora também afetado, subindo de 92,4 para 93 por cento do PIB. A dívida pública terá atingido os 160.470,1 milhões de euros contra os 159.469,1 milhões de euros de março.

 

 


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ine-reve-defice-de-2010-para-91-do-pib=f645173#ixzz29Tnqi3nC

publicado por luzdequeijas às 17:21
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O QUE É DÍVIDA PÚBLICA

 

O conceito de dívida pública está relacionado com o conceito de défice orçamental. Aliás, é em parte devido aos défices orçamentais que existe dívida pública.
Imaginemos o caso de um Estado que, num determinado ano, gasta 140 unidades monetárias, mas recebe apenas 100 unidades em impostos. Feitas as contas no final do exercício, há um défice de 40 unidades que alguém terá que pagar.

Como não tem receitas suficientes, o Estado recorre ao crédito através da emissão de títulos de dívida designados por obrigações de dívida pública. Na prática, o que o Estado faz é pedir dinheiro emprestado em troca do pagamento periódico de uma taxa de juro até à maturidade do empréstimo, data em que devolverá também o dinheiro emprestado. É uma mecânica ligeiramente diferente dos créditos concedidos aos particulares, mas traduz-se no mesmo: uma dívida. Só que neste caso é pública porque foi o Estado que a contraiu. Na prática, pode-se dizer que a dívida pública é todo o dinheiro que o Estado deve a terceiros.

Não é necessariamente mau que o Estado tenha dívidas. O crédito é uma fonte de crescimento económico se for gerido com prudência. Senão, vejamos: para financiar o défice, o Estado emite dívida a 10 anos, por exemplo, e até lá paga apenas juros. Se a economia crescer a uma taxa superior à paga pelo empréstimo, este país não terá dificuldades em pagar a sua dívida. No entanto, num país já endividado e com fraco crescimento económico, os encargos com juros podem comprometer o crescimento da economia e o pagamento da dívida.

Foi o que temeram os investidores em relação a Portugal, quando verificaram que a dívida do país havia subido a pique na última década (50,4%, 2001 - 92,4%, 2010), devido a défices orçamentais sistemáticos, e a economia apenas tinha crescido menos de 1% por ano. Muitos deixaram de emprestar dinheiro ao país e outros passaram a exigir taxas de juro incomportáveis, com receio que Portugal não gerasse rendimento para pagar a dívida, e o país teve de pedir ajuda financeira para evitar a falência.

O valor da dívida pública é medido em percentagem do PIB.

 B - A -BES

 
publicado por luzdequeijas às 15:28
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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2012

A RAZÃO DE SER DA AUSTERIDADE

A NOSSA CASSANDRA SABIA DISTO
 

Antes da “Austeridade” já o País estava destruído! Estamos a tentar colocar as contas públicas no máximo com um défice dentro dos 3%, como prometemos fazer no dia em que entrámos para a União Europeia! Esquecemo-nos dos compromissos, só nunca nos esquecemos de receber e gastar (mal) as ajudas financeiras. O que assusta, é como vamos pagar a dívida pública, que é 120% do PIB, é só fazer as contas!

Mais, a despesa das PPP dos últimos dez anos, que se vão vencendo por muitos mais anos!

“As derrapagens dos vários défices anuais, já custaram 77 mil milhões de euros!”

Nos últimos dez anos, o Estado português gastou mais 77 mil milhões de euros do que devia e a dívida disparou.

Os défices orçamentais acumulados pelo Estado desde 2006 até este ano já totalizam 52,5 mil milhões de euros, segundo dados da Deloitte, o que perfaz uma média do desvio das contas públicas de quase 5% do PIB anual neste período. Apesar de diversas medidas extraordinárias para mascarar o défice real junto da Comissão Europeia ou da troika, nos últimos anos, a realidade é que a “fartura” do buraco nas contas do Estado é a principal razão para a subida da dívida pública portuguesa, que está hoje a atingir o limite do sustentável e irá ultrapassar os 120 % do PIB já em 2013.

Cada vez que o Estado regista um défice (gastou maios do que recebeu) este tem de ser financiado com o recurso à dívida. A tendência do desvio nas contas do Estado tem acelerado nos últimos anos. Entre 2001 e 2005, os sucessivos défices resultaram numa dívida acumulada de 24,5 mil milhões de euros, refere a Deloitte. Na última década, os diversos executivos gastaram mais de 77 mil milhões de euros do que deviam. Um valor que é responsável por quase metade da dívida atual do país (180 mil milhões de euros). O Governo já anunciou que vai centrar-se no corte de despesa em 2014, uma redução que será feita sobretudo nas prestações com pessoal, duas componentes que representam mais de metade da despesa do Estado."

L. G. - SOL       

publicado por luzdequeijas às 20:11
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A CAMPANHA NOS AÇORES

 

Os dois possíveis vencedores destas eleições REGIONAIS, teriam de fazer o apelo ao voto por razões diferentes:

«Digam: é preciso ir votar.

Por que votar é um dever, mas, acima de tudo, para corrigir aquilo que achamos que está mal! E para castigar os culpados.

E, depois de os convencerem a votar, era preciso sensibilizá-los para o seguinte: há muitos votos possíveis nestas eleições, mas só dois têm significado de mudança!

 

1-    Para castigar quem nos está a impor a austeridade, votar PS.

O PSD aceitou governar debaixo da pior situação que o País já viveu na sua longa história e numa situação de bancarrota (salvo pelo empréstimo da Troika) e uma divida para pagar em condições assinadas pelo PS! Delas não se pode afastar nem abandonar os compromissos do país.

 

2-    Para castigar quem nos meteu nisto, votar PSD.

O PS, que já tinha deixado outra situação similar, quando Guterres eleito, deixou as rédeas do poder e abandonou o governo dizendo: O País está num pântano. Era fácil para o PS com a ajuda de muita comunicação social e gente importante a fazer declaração “inflamadas na manhã das eleições, desviar as atenções do eleitorado contra a austeridade que, eles próprios, causaram ao país!

 

UM EXEMPLO DA HISTÓRIA BRASILEIRA

 

A execução de Tiradentes e sua exposição pública do seu corpo

 

O povo, cego de desespêro, liquida o mais próximo que encontrar pela frente ou, o mais pobre e desprotegido, deixando inocentes os verdadeiros cauisadores do seu sofrimento. A DEMOCRACIA TEM muitos defeitos traduzidos, no pága o justo pelo pecador." 

 

 

 

Tiradentes esquartejado (Pedro Américo, 1893).

 

Tiradentes, o conjurado de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento, sendo a sentença executada publicamente a 21 de abril de 1792 no Campo da Lampadosa. Outros inconfidentes haviam sido condenados à morte, mas tiveram as suas penas reduzidas para degredo, na segunda sentença. A casa onde ele viveu foi destruída.

 

Nota – Nas próximas eleições autárquicas, vai haver mais “Tiradentes condenados à morte”, ou seja PSD condenado e o PS pronto para voltar ao poder e provocar mais "bancarrotas"a PORTUGAL.
 

publicado por luzdequeijas às 17:45
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EMIGRAÇÃO

A situação presente

Pode considerar-se que a situação na década de 90 da emigração portuguesa decorre do conjunto dos factores condicionantes a seguir indicados.

  a) No tocante a Portugal, considerado como país de origem de emigrantes:

Não existem, no momento presente para os cidadãos portugueses, quaisquer limitações legais ao direito de se ausentarem do país, qualquer que seja o período previsto dessa ausência; as limitações que porventura existam decorrem apenas das leis e regulamentações em vigor no país de destino.

No que respeita ao panorama económico, o nível de desenvolvimento do país tem vindo, embora lentamente, a melhorar nas últimas décadas e, sobretudo, nos anos mais recentes, após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia (1986). No entanto, essa melhoria genérica dos padrões de vida dos portugueses não os tocou a todos de igual modo, verificando-se uma crise geral no mercado laboral relacionado com a agricultura e com as indústrias extractivas, quanto ao sector primário; e em diversas actividades industriais que, devido à obsolescência de métodos, de técnicas e/ou de equipamentos, conjugada com o aumento da competitividade internacional, se encontram em situação de crise, quando não de falência.

Deste conjunto de circunstâncias resultam situações de desemprego cujo índice, embora um pouco mais baixo do que o dos outros países Comunitários, não deixa de ser preocupante.

Significa isso, em síntese, que continua a existir uma força de repulsão capaz de motivar a tendência para a procura de mercados de trabalho exteriores mais favoráveis.

publicado por luzdequeijas às 16:34
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CONTROLO BIOLÓGICO DAS PRAGAS

Controle Biológico de Pragas

São inegáveis os danos que os insectos/pragas causam à agricultura. A monocultura e o uso indiscriminado de produtos químicos - defensivos agrícolas - eliminam os inimigos naturais que existem em culturas diversificadas, provocando o desequilíbrio ecológico nas áreas de plantio, gerando condições propícias para o aparecimento de pragas além de aumentar a sua resistência.

Os microrganismos patogénicos aos insectos/pragas são adequados à redução específicas, enquanto que os predadores naturais e insectos benéficos são preservados ou podem se desenvolver, estabelecendo o equilíbrio natural. Portanto, os insecticidas microbiológicos são considerados como uma forma alternativa de controle de pragas.

Entre esses podem ser mencionados:

-   fungos - cigarrilha da folha da cana-de-açúcar;

-   vírus - granulose da broca da cana-de-açúcar; lagarta da laranja;

-   parasitas moscas: broca da cana-de-açúcar; vespas:  broca da cana-de-açúcar;

-   bactérias: toxinas - lagarta do algodão e legumes, moscas domésticas e bicheiras. moscas azuis e verdes, moscas das frutas

publicado por luzdequeijas às 16:29
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