Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012

A TORRE EIFFEL

FICAMOS A PENSAR .....

 

publicado por luzdequeijas às 12:51
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Domingo, 26 de Agosto de 2012

RESPOSTA AO LÍDER DA OPOSIÇÃO

SOBRE OS SACRÍFICIOS FUTUROS QUE ESPERAM O NOSSO POVO. É POR ISSO QUE UM GOVERNO NÃO PODE SER ESBANJADOR E INCOMPETENTE PORQUE..... " POBRE NÃO É O QUE TEM POUCO, MAS SIM O QUE NECESSITA INFINITAMENTE MUITO, E DESEJA, E DESEJA MAIS E MAIS".

 

http://www.youtube.com/watch?v=zsOGZKRVqHQ

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:09
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ESTADO VENDE AO ESTADO (2005)

A Parpública, holding do Estado, através da sua participada, Estamo, foi o melhor comprador de imóveis do Estado, sendo que este é o seu melhor accionista (com 32,72%). Desde 2005 as entidades públicas venderam imóveis no valor de 1,4 mil milhões de euros, ficando nos cofres do Estado 1,28 mil milhões, segundo dados da Direcção-Geral de tesouraria e Finanças, revelados ontem pelo Expresso. Este jogo financeiro tem como objectivo ajudar o Estado a vender imóveis, através da Estamo, e a conseguir receita para melhorar as contas Públicas.

 

CM Economia 26-08-2012 

publicado por luzdequeijas às 16:17
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ESTADO NA MAMA

O Estado tem funções sociais importantes. Uma sociedade pensar viver delas é uma tragédia. No entanto, é o que se vê: os artistas reclamam investimentos públicos para estimular a criatividade; os banqueiros dedicam os recursos financeiros ao serviço do endividamento do Estado porque a dependência e promiscuidade os tornam mais poderosos; os carenciados só pensam em subsídios que lhes estabilizem a sobrevivência; os empresários guerreiam-se para produzir para o Estado, porque é o cliente que garante maiores lucros sem nenhum risco.

Por:João Vaz, Redactor Principal

publicado por luzdequeijas às 16:09
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Quinta-feira, 23 de Agosto de 2012

O DESEJO E A REALIDADE

Num artigo de opinião do Correio da Manhã (23-08-2012) podemos ler uma opinião do ex-ministro PS Rui Pereira referindo o empobrecimento em curso e alguns indicadores publicados ultimamente. Também a diferença entre os nossos desejos e as realidades possíveis

“ (…) Temos de reconhecer que o "processo de empobrecimento em curso" está a decorrer com celeridade, mas sem fim à vista. Por que anunciou, então, Passos Coelho (falando como líder partidário, mas pressupondo o cargo de Estado) o início do fim da crise? Decerto pretendeu insuflar otimismo num país cada vez mais deprimido e, provavelmente, já terá sido contagiado por um fenómeno característico dos pequenos grupos radicais, que acaba por atingir os partidos do "arco da governabilidade" nas horas mais difíceis – confundir os desejos com a realidade. (…)”.

Em boa verdade um primeiro-ministro que agarra num país como Portugal, na situação de bancarrota e anemicamente de rastos, pouco mais pode fazer do que tentar com “mentiras piedosas”, dar alguma esperança ao povo, enquanto isso, vai descobrindo algum dinheiro para ir pagando as volumosas e repetitivas dívidas de Portugal, daqui decorrendo a celeridade do processo de empobrecimento em curso (não só em Portugal). Não podemos porém esquecer, que os preocupantes indicadores, como seja o desemprego 15%, não está muito acima da herança deixada 12%, mesmo sem tomar em consideração a paragem que as desastrosas PPP tiveram que ter e o desemprego originado. Num país que já detinha o maior índice/km2 de autoestradas na União Europeia fizeram-se obras que levaram Portugal à calamidade que enfrentamos. Também o PIB sofreu os mesmos efeitos negativos, pois, sem uma economia produtiva a paragem das PPP e outras obras estatais, congelaram o seu crescimento, de si agravado pelas dificuldades de financiamento das pequenas e médias empresas, também sobrecarregadas com elevados impostos para que o Estado faça frente ao pagamento das dívidas deixadas! Apesar desses factos as exportações tiveram um crescimento assinalável! Do que não restam dúvidas é que teremos de enfrentar um célere empobrecimento, dada a luta que enfrentamos contra duas crises, a nossa, originada pelas políticas erradas dos últimos anos e a do mundo inteiro, que ciclicamente faz das suas!

De facto, o mundo está em crise e mudança acelerada, empobrecimento também, sendo esta uma boa altura para todos nós mudarmos de atitudes nos nossos comportamentos a todos os níveis, até na seriedade como se escrevem os artigos de opinião e, com isso, podermos ajudar os outros a compreender a realidade nua e crua e o tamanho possível para os nossos desejos.

 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 12:33
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Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012

A SITUAÇÃO É GRAVE

Vivemos num mundo de perfeita desinformação, pior, de estímulo dos maus instintos e egocentrismos! A própria imprensa de referência não passa disto. Para não falarmos nas televisões, cujos conteúdos se aproximam às vezes, perigosamente, do jornalismo tabloide. Neste momento, já quase todos os médios entraram neste jogo absurdo.

Isto, logo num momento em que o país mais precisava do total apoio da comunicação social, para levar por diante uma verdadeira revolução nas mentalidades dominantes e destas à generalidade da nossa população.

O país debate-se com gravíssimos problemas, sendo talvez o maior de todos erguer um mundo empresarial que não temos e sem ele nunca teremos uma economia produtiva e competitiva à escala mundial. Quando falamos de um mundo empresarial, nele não estamos só a englobar os ditos empresários. Este complexo mundo de hoje comporta também os trabalhadores, a educação escolar, o mundo cultural e acima de tudo a educação moral e cívica.

Tal revolução nunca chegará a bom porto com a mentalidade dos atuais sindicatos, da atual e degenerada classe política e da frívola comunicação social que temos. Em todas estas variáveis existentes na economia e sociedade, será preciso inculcar a realidade da economia vigente no mundo de hoje, e fazer esquecer os tempos das lutas da classe operária de outros tempos. Temos uma elite de funcionários públicos nos transportes, na saúde, no ensino etc., sempre motivada para greves altamente prejudiciais, que esquece os desempregados, os que não têm salário e emprego garantido como eles, mos que são estes trabalhadores, com elevados impostos, que lhes asseguram tais privilégios!

Será preciso que todos compreendam que alguém tem de assegurar o financiamento da economia de bens transacionáveis que traz riqueza aos países e que, sem ela, surgirá a morte lenta para todos. Sem ela não haverá Estado Social sustentável. E para trás ficaram os dias em que se acreditava poder o Estado cumprir esta espinhosa e impossível missão.

Voltando à nossa economia (ao pouco que resta dela) que está sem financiamento garantido, restarão duas hipóteses:

a)   Financiamento bancário (cada vez mais difícil e caro)

b)  Financiamento próprio (dos seus acionistas)

c)   Financiamento Estatal (chegou ao fim e as dívidas sobram para pagar até ao final deste século)

No primeiro caso, será sempre preciso suportar juros altíssimos e empréstimos difíceis que tornam a competitividade dos produtos produzidos problemática, e no segundo caso, torna-se necessário criar confiança nos acionistas para correrem sérios riscos e não optarem pelos depósitos bancários do seu dinheiro, ainda seguros e apetecíveis! A terceira hipótese, financiamento estatal, tornou-se irreal.

Os empresários conhecem este grave problema, os economistas também, então quem o vai explicar a toda a restante sociedade envolvida nesta problemática altamente perigosa para todos nós? Mudar é preciso, e a começar pela abastada classe política que temos e se arrasta em inusitadas lutas de grupos. O inimigo será hoje o capital sem pátria e a imparável competitividade que ameaçam uma sobrevivência humana e digna para toda a gente.     

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:41
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PROJETOS DE INTERESSE NACIONAL

Projetos PIN (Projetos de Potencial Interesse Nacional)

 
 
 

O que são projetos PIN?

São reconhecidos como PIN os projetos que, sendo susceptíveis de adequada sustentabilidade ambiental e territorial:

  • Representem um investimento global superior a 25 milhões de euros;
  • Apresentem um impacte positivo em pelo menos quatro dos seguintes domínios:
    • Produção de bens e serviços transacionáveis, de carácter inovador e em mercados com potencial de crescimento;
    • Efeitos de arrastamento em catividades a montante ou a jusante, particularmente nas pequenas e médias empresas;
    • Interação e cooperação com entidades do sistema científico e tecnológico;
    • Criação e ou qualificação de emprego;
    • Inserção em estratégias de desenvolvimento regional ou contribuição para a dinamização económica de regiões com menor grau de desenvolvimento;
    • Balanço económico externo;
    • Eficiência energética e ou favorecimento de fontes de energia renováveis.

Podem, ainda, ser reconhecidos como PIN projetos de valor igual ou inferior a 25 milhões de euros desde que tenham uma forte componente de investigação e desenvolvimento (I&D), de inovação aplicada ou de manifesto interesse ambiental e que se integrem nos domínios acima definidos.

Os projetos PIN beneficiam do procedimento especial de acompanhamento.

O seu reconhecimento como projetos PIN fica dependente da apresentação de requerimento pelos interessados, nos termos definidos pelo Despacho Conjunto nº 606/2005, de 22 de Agosto.

Para este efeito foi criada a comissão de avaliação e acompanhamento dos projetos PIN que é composta por representantes dos seguintes serviços e organismos:

  • Agência Portuguesa para o Investimento, que coordena;
  • Direcção-Geral da Empresa;
  • Direcção-Geral do Turismo;
  • Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano;
  • Instituto do Ambiente;
  • Instituto da Conservação da Natureza.

Para obter informação adicional deverá contactar a Agência Portuguesa para o Investimento que disponibiliza no seu “site” os modelos dos documentos a serem utilizados neste processo.

 

 

Nota: É impressionante o modo desabrido como o PS ignora, antigos e novos dirigentes, “assobiando” para o lado perante o estado de falência em que deixaram, PORTUGAL! É impressionante como afrontam um governo com um ano de uma existência e de uma situação nacional de penúria para pagar dívidas caídas de todo o lado! Com uma economia inexistente (o Estado faliu), têm a coragem de vir a público pedir medidas, ao governo em funções há um ano, no domínio económico, e nada dizer ao país sobre o seu PROJETO PIN! Quanto nele foi investido? Qual o retorno para PORTUGAL em termos económicos e de emprego? Tudo devidamente comprovado e sem margens para dúvidas. PORTUGAL precisa de um órgão, acima dos governos e em contínuo, que aprove ou faça aprovar na AR tais projetos de interesse nacional e os acompanhe e informe o país em permanência, do modo como é gasto o seu dinheiro, que é de todos. “Assobiar” para o lado brincando com os impostos pagos pelo povo, não, três vezes não.

publicado por luzdequeijas às 12:44
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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012

MORAL DUVIDOSA ...

 

QUANTOS POLÍTICOS E BOYS TÊM EMPREGOS (?) EM DUPLICADO; TRIPLICADO ETC. ? ACUMULANDO COM FUNÇÕES PÚBLICAS E REFORMAS GANHAS EM DEZ ANOS!

 

 

" ( .... ) O Estado também tem compromissos assumidos, por exemplo, com os reformados que durante uma vida confiaram nessa instituição entregando-lhe, por um lado, mensalmente uma parte do seu ordenado e prescindindo, por outro lado, de receber outra parcela de forma a que a entidade patronal contribuísse para a constituição da sua reforma. E o que fez o Estado desses compromissos? Teve de os abandonar, dada a situação financeira a que conduziu o país".  

 

Manuela Ferreira Leite  

publicado por luzdequeijas às 14:27
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MILHARES ACUMULAM! PORQUÊ SÓ O PR?

Vencimento

Cavaco opta por pensões e evita 10% de corte no salário

por LÍLIA BERNARDES<input ... >27 janeiro 2011<input ... >

Cavaco opta por pensões e evita 10% de corte no salário
 

Presidente da República abdica do salário enquanto Chefe do Estado, mas opta pelos dez mil euros mensais da reforma.

Aníbal Cavaco Silva decidiu prescindir do seu vencimento enquanto Presidente da República, no valor de 6523 euros - resultado de um corte de 5% em 2010, mais um corte de 10% em 2011, decisão incluída nas medidas de austeridade para a função pública -, para passar a auferir as suas pensões, que totalizam cerca de dez mil euros mensais, 140 mil euros/ano.

A decisão do PR foi anunciada através de um comunicado de apenas três linhas emitido pelo Palácio de Belém e onde se cita "a legislação aprovada pela Assembleia da República". O comunicado referia-se à lei do Orçamento do Estado para 2011, que o obriga à escolha entre o vencimento de PR e a receita mensal das duas pensões, que até aqui podia acumular.

Cavaco optou pelas reformas: uma pensão como reformado do Banco de Portugal e outra da Caixa Geral de Aposentações, por ter sido professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa.

Segundo a declaração de rendimentos entregue pelo PR no Tribunal Constitucional, em Dezembro passado, e relativa a 2009, verifica-se que Cavaco Silva recebeu nesse ano 142 375,70 euros por trabalho dependente (Presidência) e 140 601,81 euros de pensões (Banco de Portugal e Universidade Nova). A diferença no vencimento de PR tem a ver com um salário mensal, que antes das medidas de austeridade era de 7630 euros, mais despesas de representação (que podem chegar aos 2962 euros).

À primeira vista, parece que o Chefe do Estado perde receita ao optar pela segunda hipótese, as pensões. Mas não: as reformas, apesar de congeladas, não são objecto de qualquer tipo de redução salarial - no seu caso os 10% previstos para 2011, somados aos 5% de 2010. Ou seja, passou de um vencimento de cerca de 7630 euros brutos para, com o corte de 5%, ganhar 7249 mil euros. Com o novo corte, agora de 10%, o ordenado de Cavaco Silva seria de 6523 euros. Em vez de perder mais de 1100 euros, o PR opta pelas suas pensões, que segundo a Lusa e a sua declaração de rendimentos que o DN consultou, se situa mesmo nos dez mil euros mensais

publicado por luzdequeijas às 14:14
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PARA REFLEXÃO

Texto de Fernando Dacosta.

 

Para reflexão, se ainda temos tempo para isso!!!

Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta- acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”. O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.

publicado por luzdequeijas às 12:32
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ALTO RISCO

Em ‘O Início de Um Mundo’, Jean-Claude Guillebaud alerta para o facto de caminharmos para um encontro para o qual a História não nos tinha preparado e refere a emergência de uma modernidade radicalmente "outra", sublinhando que a chegada progressiva das sociedades humanas a uma modernidade económica, demográfica, tecnológica, cultural, as aproxima irresistivelmente umas das outras, mas coincide com um "momento" de alto risco.

Todas as alterações profundas a que estamos a assistir e que nos vão obrigar a mudar de paradigma ou são de facto reconvertidas ou o risco da convulsão é imenso (e escrevo-o com o à vontade de o ter referido há tanto tempo). Uma oportunidade para a Organização Mundial do Comércio se coordenar de vez com a Organização Mundial do Trabalho e para que estas dificuldades surjam como uma oportunidade de regeneração do sistema, quer a nível internacional quer a nível interno. A nível interno os sinais negativos multiplicam-se numa podridão doentia.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público emitiu um comunicado onde afirma que nos últimos tempos (e sublinha que mais uma vez) o Ministério Público e os seus magistrados têm sido alvo das habituais e recorrentes campanhas que acontecem sempre que estão em causa processos ou investigações delicadas em função das matérias ou dos visados. O Sindicato receia ainda uma "intimidação real" na investigação. Ora, isto é para levar a sério. O caso Freeport – qualificado pelo Presidente da República como assunto de Estado – tem de ter um fim tão rápido quanto transparente. A bem de todos nós e das instituições. Sem bodes expiatórios que ninguém ‘conhece’ nem convenientes prescrições. Seria insustentável outra crise institucional e provocaria várias implosões, como é evidente.

Significativamente o general Ramalho Eanes denunciou um clima de medo crónico de criticar, em Portugal. O ex-presidente da República é, tal como o actual Presidente, das escassíssimas figuras referenciais da Política Portuguesa cujos actos têm sido testemunha disso mesmo (actos, não meras palavras). É, por isso, para levar muito a sério.

É inaceitável que a vida de uma comunidade supostamente democrática, no início do século XXI, esteja condicionada pelo medo.

As sociedades que caem em caldos de cultura de medos ou que são condicionáveis são sociedades cujo estado de saúde é de alto risco.

Paula Teixeira da Cruz



publicado por luzdequeijas às 12:24
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Sábado, 18 de Agosto de 2012

UM PRESIDENTE DIFERENTE

Ficheiro:North Façade White House.JPG

 

Fachada Norte da Casa Branca, residência oficial e principal local de trabalho do Presidente

 

HARRY TRUMAN foi um tipo diferente como presidente. Provavelmente tomou tantas ou mais decisões em relação à história dos EUA como as que tomaram os 42 presidentes que o precederam.

Uma medida da grandeza talvez permaneça para sempre: trata-se do que fez DEPOIS de deixar a Casa Branca.

A única propriedade que tinha quando faleceu era uma casa na qual morava, que se encontrava na localidade de Independence, Missouri. Sua esposa a havia herdado de seus pais e, fora os anos em que moraram na Casa Branca, foi onde viveram durante toda a vida.
Quando se retirou da vida oficial em 1952, todos os seus proventos consistiam numa pensão do Exército de $ 13.507 por ano. Ao saber disto, e Congresso que ele custeava seus próprios selos de correio, o HARRY TRUMAN foi um tipo diferente como presidente. Provavelmente tomou tantas ou mais decisões em relação à história dos EUA como as que tomaram os 42 presidentes que o precederam.

Uma medida da grandeza talvez permaneça para sempre: trata-se do que fez DEPOIS de deixar a Casa Branca.

A única propriedade que tinha quando faleceu era uma casa na qual morava, que se encontrava na localidade de Independence, Missouri. Sua esposa a havia herdado de seus pais e, fora os anos em que moraram na Casa Branca, foi onde viveram durante toda a vida.
Quando se retirou da vida oficial em 1952, todos seus ingressos consistiam numa pensão do Exército de $ 13.507 por ano. Ao saber que ele custeava os seus próprios selos de correio, o Congresso outorgou-lhe um complemento e mais tarde, uma pensão retroativa de $ 25.000 anuais.

Depois da posse do presidente Eisenhower, Truman e sua esposa voltaram a seu lar no Missouri dirigindo o seu próprio carro... Sem a companhia dos Serviços Secretos.
Quando lhe ofereciam postos corporativos com grandes salários, rejeitava-os dizendo:

“Vocês não me querem a mim, o que querem é a figura do Presidente, e essa não me pertence. Pertence ao povo norte-americano e não está a venda...”.

Ainda depois, quando em 6 de Maio de 1971 o Congresso estava se a preparar para lhe outorgar a Medalha de Honra no seu 87° aniversário, recusou-se a aceitá-la, escrevendo-lhes:

“Não considero que tenha feito nada para merecer esse reconhecimento, venha ele do Congresso ou de qualquer outra parte”.

Como Presidente pagou todos os seus gastos de viagens e comida com o seu próprio dinheiro.  

Este homem singular escreveu:

“As minhas vocações na vida sempre foram ser pianista numa casa de “putas” ou ser político. E para falar a verdade, não existe grande diferença entre as duas!”.

 

ESPAÇO GÓTICO: HARRY TRUMAN: um estranho no ninho

 

 

Nota Final: Desde a adoção da Constituição, quarenta e quatro indivíduos foram eleitos ou sucedidos ao cargo de Presidente, servindo um total de cinquenta e seis mandatos de quatro anos. Grover Cleveland serviu dois mandatos não-consecutivos e é contado como ambos o 22º e o 24º presidente. Por causa disto, todos os presidentes após o 23º têm sua listagem oficial acrescida de uma unidade. Dos indivíduos eleitos presidentes, quatro vieram a falecer no cargo por causas naturais, um renunciou e quatro foram assassinados. O primeiro presidente foi George Washington, o qual empossou o cargo em 1789 após uma votação unânime do Colégio Eleitoral. William Henry Harrison foi o presidente com o mandato mais curto, vindo a falecer 30 dias após sua posse. Durante doze anos, Franklin Delano Roosevelt teve o mandato mais longo, e foi o único presidente a servir por mais de dois mandatos. O presidente atual é Barack Hussein Obama II; ele empossou o cargo em 20 de janeiro de 2009.

publicado por luzdequeijas às 12:13
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Sexta-feira, 17 de Agosto de 2012

PORQUÊ VILA?

Queijas, Vila - Lei n.º 56/2001

 

 

A freguesia de Queijas evoluiu, em poucos anos, de pequeno aglomerado e dormitório para uma área urbana em expansão, na qual a edificação de novos equipamentos estava a trazer a qualidade esperada. Nesta perspectiva começou, quase colectivamente a sonhar em ser Vila, o que só foi possível graças ao dinamismo e desenvolvimento de que foi alvo nos últimos anos (2001).

Com efeito, os novos equipamentos e entre eles a construção sequencial da Escola Básica n.3, Escola C+S Professor Noronha Feio e, agora o novo Mercado, com o Posto da GNR, vieram trazer a esta localidade uma nova coerência e uma nova forma de vida.

Empresas a instalarem-se na freguesia, um Hotel, a nova Igreja de S. Miguel Arcanjo e o Centro Social.

O urbanismo em expansão crescente, com qualidade, e longe dos índices de ocupação dos bairros de betão.

O pioneirismo na recolha selectiva de lixo, os novos arruamentos e reforço da iluminação pública são outros benefícios bem visíveis, coroados pela notável obra da Fonte escultória e cibernética de São Miguel Arcanjo, que transformou a rotunda de Queijas num portal de grande simbolismo e impacto visual e também pela estátua cheia de beleza da Madre Maria Clara.

Se a tudo isto somarmos o êxito alcançado no realojamento, temos então, um conjunto de razões de sobra para que a população da Freguesia esteja agora ao melhor nível do Concelho a que justamente pertence, razão pela qual a elevação de Queijas a vila, não era mais do que o reconhecimento e corolário do nosso desenvolvimento.

Em entrevista a um órgão de comunicação social, o Presidente da Junta, António Reis Luz, afirmou:

 

minha convicção que Queijas tem um futuro risonho"  (2001)

publicado por luzdequeijas às 23:13
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O NOSSO PADROEIRO

S. Miguel Arcanjo - Padroeiro de Queijas

A Câmara Municipal de Oeiras mandou construir um monumento em homenagem a São Miguel Arcanjo, e que foi  colocado em Queijas, na rotunda de entrada na vila.

Embora de origem muito recente, São Miguel é reconhecido pela população como o Padroeiro daquela localidade. Reza a história que, em Queijas, e na época em que ainda não existia o Centro Paroquial, as missas eram então realizadas numa garagem onde se encontrava uma imagem deste santo.

O monumento a São Miguel Arcanjo tem 5 metros de altura, sendo composto por uma estátua de São Miguel policroma, revestida de mármore branco de Estremoz para as vestes, rosa creme para a cabeça e braços, amarelo para a cabeleira. Quanto às asas da imagem, estas têm cerca de 3.5 metros de altura, sendo aplicadas em duas colunas de betão igualmente revestidas a mármore. O monumento inclui um dragão em mármore verde de Viana, com a dimensão de, aproximadamente, 12 metros.

A simbologia do conjunto representa o santo "Príncipe dos Anjos e vencedor de Lúcifer", tendo junto a si o diabo representado pelo dragão.

Prevê-se que a cerimónia de inauguração deste monumento ocorra no dia 28 do corrente mês, dia do Padroeiro de Queijas.

A marca dos tempos modernos fica, assim,  presente logo à entrada de Queijas. A Fonte Escultórica e Cibernética de S. Miguel Arcanjo transformou-se no grande símbolo da localidade. A grandeza e impacto visual do monumento implantado na rotunda de entrada no lugar têm implícita uma mensagem de boas-vindas - Queijas recebe de braços abertos, os braços de S. Miguel Arcanjo, padroeiro da povoação, ali retractado na imponente obra do escultor Francisco Simões

publicado por luzdequeijas às 23:10
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PORTUGAL E O MAR

Da crónica de João Quadros no Negócio On-Line:

 "Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE)
> demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo
> Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores
> portugueses."
>
> Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta
> semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos
> supermercados parecem uns "jogos sem fronteiras" de pescado e marisco.
> Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico:
>
> Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia,
> sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea
> do Haiti... Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais
> viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do
> Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que
> fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso,
> tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como
> é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.
>
> Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de
> pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter
> inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a
> chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz
> na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é
> desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais
> quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
>
> Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém
> interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras...
> fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A
> minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num
> supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras.
> Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
>
> Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo
> marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo
> marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria
> quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e
> rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há
> nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
>
> Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.
>
publicado por luzdequeijas às 19:11
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O ZÉ POVINHO DE HOJE

Rafael Bordalo Pinheiro, vai a caminho de dois séculos, sentiu absoluta necessidade de criar uma “figura” bem representativa do português comum.

Ficou tal figura conhecida até aos nossos dias por Zé Povinho.

De calças remendadas e botas rotas, é a eterna vítima dos partidos apesar de ir dando a vitória ora a um, ora a outro.

O sucesso obtido foi tão grande que Bordalo acabou por recriar no barro, em tinteiros, cinzeiros e apitos, a figura símbolo do povo português, lado a lado com a inseparável Maria da Paciência, velha alfacinha alcoviteira.

Desde então é o “Zé Povinho, que motivado única e simplesmente pelo interesse comunitário, trabalha em prol das suas actividades, sejam elas religiosas, profanas ou culturais.

É o Zé Povinho que sem estudos e diplomas, após um dia de trabalho árduo vai à igreja e ao clube para reunir, planear e organizar procissões, festas etc.

Entretanto vai-nos dizendo: “ aguento como posso, e quando as coisas me irritam, encho-me de força, de tal forma que já me quiseram chamar Maria da Fonte. Mas eu acho que sou apenas eu - o POVO.” 

 

Figura em cerâmica retratando o Zé Povinho, por Rafael Bordalo Pinheiro

 

O meu nome é Zé Povinho, pois então! “Represento, na perfeição, todas as características do nosso povo sejam elas boas ou más.”

 

Após o 25 de Abril ajustou-se, mantendo velhos hábitos, em vez de os corrigir, permitindo que novas injustiças e novas albardas surgissem cobertas com um fino verniz de democracia.

 

Hoje, o Zé Povinho é menos analfabeto, mas perdeu algumas qualidades estimáveis como a simplicidade e a naturalidade de outrora, bem como algumas raízes culturais importantes, adquirindo novos costumes pouco recomendáveis. Mas enche páginas na Internet. Por lá o ficámos a conhecer melhor e por lá o pudemos divulgar.Quanto a valores foi-os perdendo e hoje se puder dá uma "facadinha" no melhor amigo sem olhar para trás

 

De algum tempo a esta parte, os mais "vivaços", vegetam dentro daquilo a que todos chamam de "SISTEMA".Na verdade, ninguém sabe explicar o que isto é, mas dá jeito falar nele, para dar a perceber aos outros, que se é muito entendido!

 

Hoje, também representa do povo aquilo que ele tem de pior e só isso. A mentira, a denúncia, a traição, o oportunismo etc., etc. Votou à esquerda para mandar e ficar rico com pouco trabalho, mas lixou-se..... Votou à direita mas sem esquecer a sua esquerda e voltou a lixar-se.....! Hoje, já não sabe para onde se virar e ainda vai acabar no "ZÉ POVINHO" de antigamente. Simples, bom e muito honesto, o que não evita que o dito "SISTEMA" o venha a denunciar como "amigo do alheio" para dar cobertura aos verdadeiros "amigos do alheio" !

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:08
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RELEMBRANDO

O SUSTENTO DA FAMÍLIA
 

"Só 8 mil militantes do PS pagam quotas!!!

 

A duas semanas das eleições directas para eleger o líder do Partido Socialista (2009) , o número de militantes com quotas em dia é estranhamente baixo: apenas 8 mil num universo de 116 mil militantes".  Expresso 2009

 

PS: Há por aí tanto analista político, qual a razão por que não opinam sobre este e muitos outros factos reais e decisivos no comportamento político dos cidadãos? Por que razão nos massacram com tanta banalidade, todos os dias e horas, e não chamam a atenção dos portugueses para tantas coisas óbvias e importantes para o seu total esclarecimento político?

Com um mês decorrido sobre as legislativas (encontrado um PM para 4 anos) ,e um pouco mais para as eleições do líder do PS eleito, com tanto "foguetório e despesas mediáticas", afinal por quantos votos foi Sócrates eleito nesse acto eleitoral partidário? Quantos militantes nele votaram para dar continuidade aos seus próprios privilégios políticos e pessoais?

Quanto tempo de antena se queimou? Quanta propaganda? Qual a representatividade deste acto, face aos milhões de eleitores deste país?

Cento e oito mil militantes não tinham as quotas pagas porquê? Por que não acreditavam na bondade desta vitória eleitoral? Então, e as suas convicções políticas? 

Com tantos "boys" bem colocados e tanto diploma "oferecido", não haveria alguns euros no bolso dos militantes para dignificar o partido que iria governar Portugal?

É esta política que está a arrasar Portugal! Os partidos, provavelmente, têm além dos 108 mil sem pagar quotas, muitos outros milhares de "militantes" que nem constam dos cadernos eleitorais, nem pagam quotas, só recebem benesses! Tudo isto, envolto em grande falta de transparência e muito oportunismo. No fundo, é este o lixo do país e não aquilo que o povo ganha com o seu labor diário para sustentar a sua família e um colossal défice das contas do Estado, mal governado!

publicado por luzdequeijas às 18:31
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A CRENÇA NOS VALORES DESAPARECIDOS

Continuaram a querer um «Homem Novo», à semelhança do produto da clonagem. Todos iguais e moldados à sua vontade. Porém, uns acabam sempre por ser mais iguais que outros. No fundo, todos diferentes. Queriam o Homem, produto de um ensino dirigido pelo Estado sem interferência da família.

Aquilo que veio e ainda bem, foi uma crença nos valores, sendo a família o maior de todos eles. Aquilo que veio foi gente que não queria ignorar o seu passado, nem os seus antepassados.

Somos aquilo que somos, e com muito orgulho, a eles o devemos.   

O mundo precisa sempre de um projecto. Atrás de um virá sempre outro projecto, todos erguidos por homens de boa vontade. O mundo precisa de acção, transparência e de medidas corajosas. No caminho escolhido, a confiança e auto – estima, virão com elas. O respeito por todos, também.

Que fique bem entendido:

  • Não se está defendendo um sistema orientado de cima para baixo, nem exactamente o seu contrário. Defende-se uma perfeita interligação entre essas duas realidades, posta em prática, com muita dignidade e respeito.
  • Não se defende uma ditadura de uma maioria, nem o aniquilamento das elites. Defende-se, novamente, o respeito mútuo entre dois saberes que se não podem substituir.
  • Defende-se, por último, que se saiba articular tudo isto, sem perda da capacidade de decisão, em tempo oportuno. E total transparência.

 

Na política mundial sempre existirão pessoas sérias! Competentes também. Mas nos últimos anos e na sua grande maioria, os homens honestos e competentes, há muito saíram, dos partidos e da política.

Até porque se não saíssem, seriam empurrados.

Nesse período negro da democracia, ficaram, e cada vez eram mais, os oportunistas e incompetentes que se serviram e estavam ao serviço de interesses inconfessáveis, mas que não eram os da população!

Se fossem, o mundo e o país, não estariam na situação em que se encontram.

publicado por luzdequeijas às 18:24
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RECORDANDO

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA VIDA

 

A Sociedade civil move-se e faz mover uma amálgama de ações coletivas voluntárias à volta de muitos interesses, propósitos e valores.

Deveria ser ela o motor impulsionador de toda a vida na sociedade e o pulsar de qualquer país, recolhendo os políticos nela, a chama e as coordenadas de toda a sua ação governativa.

Só deste modo conseguiriam os governantes cumprir os objetivos da “ Democracia Representativa” que os guindou às rédeas do poder, poder esse delegado sempre em nome da vontade popular devidamente esclarecida por eles, relativamente às variáveis em jogo para cada momento e a cada acção a pôr em prática.

Muitos foram os reputados estudiosos que até hoje, identificaram o papel da sociedade civil numa ordem democrática como vital e, por tal, recomendam para com ela o diálogo e respeito, permanentes.

Há quem tenha medo desse diálogo e em nome de um poder de decisão indispensável na governação, dizem, opte por fechar os olhos e decidir convictamente sozinho, mesmo nas medidas mais complexas e decisivas para sociedades seculares como a nossa.

Alguns desses políticos até argumentam com a não eleição destas organizações, como se o voto lhes desse inteira liberdade de decisão!

Outros até chamam a este tipo de reflexão e opinião, discursos “ catastróficos”, “ profecias da desgraça” ou “ becos sem saída”. Talvez sejam?

Mas na verdade, porém, os inúmeros erros de governação arredam alguns países da respeitabilidade internacional e mergulham o seu povo no limiar da pobreza. Apeados do poder, tais governantes, acabam por sentir o seu futuro garantido com reformas principescas ou empregos muitíssimo bem pagos.

Os altos prejuízos provocados à nação ficam “ sem pai ” e os pesados sacrifícios sobram para o povo!

O tal que não sabe o que diz ou o que se deve fazer....

É certo que a atitude das pessoas, muitas vezes, não é a melhor, mas é resultado do exemplo e do “ laisser faire” contínuo dos políticos, que não souberam moldar o povo noutra educação e noutra cultura.

O melhor exemplo disto, teremos nós no famigerado monstro do défice das finanças públicas que, alguns nele atolados até ao pescoço, ainda acabam por reclamar para eles, louvores pelo seu emagrecimento.

Outro exemplo da falta de legitimidade democrática pode ser encontrado no escândalo do BCP, entidade privada, na qual o governo, através dos votos conferidos pela sua participação neste banco privado e na CGD e EDP, nomeia para ele um seu comissário político!

Não constituiria melhor exemplo se o governo alienasse a sua participação n BCP e, com esse montante, pagasse atempadamente aos seus fornecedores? Era um bonito exemplo para o País.

Por este caminho já não teria a tentação de interferir no domínio que só à sociedade civil deve caber.

Afinal quem foi que permitiu que a situação chegasse a este ponto? Não terá sido o mesmo governo através dos responsáveis que nomeou para a CMVM, Banco de Portugal e Entidades Reguladoras, o maior responsável? Então, onde estão esses responsáveis ou o acompanhamento atempado que o caso já deveria ter tido?

Esta é a prova de que a nossa Sociedade Civil é fraca, sem grupos económicos fortes e todos existem na dependência do poder governamental.

Enquanto assim for, Portugal não descolará tão cedo da cauda dos países mais atrasados da UE. Todavia, não será por culpa daqueles que, com custos próprios, não se cansam de alertar. Não é deles que vem a desmotivação ao País que estamos a ser, mas sim daqueles que querem continuar a acender a lareira soprando num pequeno fogacho mal aceso. Num bocado de carvão humedecido, em lugar de se municiarem com acendalhas apropriadas e de boa qualidade, iguais em valor aos verdadeiros princípios da Democracia Representativa. 

Depois, seria só ver a chama e o calor (leia-se a motivação, a ética e o desenvolvimento) a aumentarem trazendo de volta ao povo o bem-estar que merece.

Somos pobres, porque nos falta atitude perante os princípios básicos da vida e isso, muito por culpa dos políticos que temos, na ação governativa!

 

 

publicado por luzdequeijas às 18:07
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MUNDO ANTIGO

 

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo:

1 - As Pirâmides do Egipto
2 - As Muralhas e os Jardins Suspensos da Babilónia
3 - O Mausoléu de Helicarnasso (ou o Túmulo de Máusolo em Éfeso)
4 - A Estátua de Zeus, de Fídias
5 - O Templo de Artemisa (ou Diana)

 

 


6 - O Colosso de Rodes
7 - O Farol de Alexandria

publicado por luzdequeijas às 14:12
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Terça-feira, 14 de Agosto de 2012

JAMOR

 

Ao lado deste rio nunca deixou de estar a povoação de Linda - a - Pastora, que ninguém terá descrito tão bem como Almeida Garrett no seu livro "Romanceiro" III;

 

Ponte sobre o Rio Jamor

 

" Já me eram familiares aqueles sítios; mas posso dizer que não os conheci bem e como eles são deveras, senão quando, haverá hoje três anos, ali fui um dia primeiro de Maio.

Fui, como de maravilha em maravilha, por todos os pontos que tenho nomeado; mas chegando à ribeira do JAMOR, parei extasiado no meio de sua ponte, porque a várzea que daí se estende, recurvando-se pela direita para Carnaxide, e os montes que a abrigam em redor, estava tudo de uma beleza que verdadeiramente fascinava. O trigo verde e viçoso ondeava com a viração desde as veigas que rega o JAMOR, até aos altos onde velejam centenares de moinhos. Árvores grandes e belas, como rara vez se encontram nesta província dendoclasta, rodeavam melancolicamente, no mais fundo do vale, a velha mansão do Rodízio. E lá, em perspectiva, no fundo do quadro, uma aldeia Suíça com suas casinhas brancas, suas ruas em socalcos, seu presbitério ornado de um ramalhete de faias; grandes massas de basalto negro pelo meio de tudo isto, parreirais, jardinzitos quase PÊNCIS, e uma graça, uma simplicidade alpina, um sabor de campo, um cheiro de montanha, como é difícil de encontrar tão perto de uma grande capital.

O lugarejo é bem conhecido de nome e fama, chama-se Linda - a - Pastora Porquê? Não sei. Têm - me jurado antiquários de «meia tigela» que o seu nome verdadeiro é NINHA- a - Pastora. Mas enquanto não achar algum de «tigela inteira» que me saiba dar razão por que se havia de chamar assim, meio em português meio em castelhano, um ALDEOTE de ao pé de Lisboa hei - de chamar-lhe eu, como os seus habitantes e toda a gente diz: Linda - a - Pastora.

 

publicado por luzdequeijas às 17:17
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ELSE ALTHAUSSE

 

Else Althausse

ABCzinho

Dirigido por Manuel de Oliveira Ramos e José Cottinelli Telmo, foi publicado, em Lisboa, entre Outubro de 1921 e Dezembro de 1925, sendo considerado um dos mais importantes jornais infantis portugueses. Produzido totalmente por autores nacionais, contam-se entre os seus colaboradores o próprio José Cottinelli Telmo, António Cardoso Lopes, Amélia Cândida Pae da Vida, Rocha Vieira e Else Althausse.

ABCzinho: histórias, bonecos, construções, n.º 1, 15 de Outubro de 1921, BNP.
publicado por luzdequeijas às 16:56
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ERMIDA DE SÃO SEBASTIÃO

ASSOCIAÇÃO LUSO-HANSEÁTICA 

Hein Semke e a Ermida de São Sebastião em Cascais

Por José d'Encarnação *

Todo um ambiente de recolhimento profundo e sóbrio. Sente-se - filtrado por minúscula janela - o marulhar da ondulação. Logo à esquerda de quem entra, a escada de corrimão em madeira trabalhada com motivos vegetais dá para o coro, suportado por quatro colunas. À nossa frente, convidativos para uma prece, 24 bancos (12 de cada lado do corredor central), de espaldar elegante. Chão de ladrilho cor de tijolo; lambril de azulejo seiscentista, profusamente geométrico, em toda a volta. Em quatro painéis, a vida do mártir S. Sebastião...

Antes, porém, de nos debruçarmos sobre a vida do orago, voltemos ao alpendre e admiremos o baixo-relevo que, sobre peanha de lioz rósea bojardada, representa Cristo crucificado, ladeado de seis figuras femininas com túnica e véu, três de cada lado, hieráticas. A meio, na parte inferior, uma criança, como que delas recebe a bênção, numa imposição de mãos...

Diz a placa identificativa que é obra de Hein Semke. 1899, a data do seu nascimento, em Hamburgo. Conheci Hein Semke na década de 70. Dele guardo a imagem de uma figura quase ascética e os catálogos das três exposições que fez na galeria da Junta de Turismo: "A alegria de viver" (Julho/Agosto 1977), "Em busca de mim" (Setembro 1978), "50 anos de escultura" (Abril 1983). É seguramente desta exposição que veio, como legado ao Museu dos Condes de Castro Guimarães, o referido baixo-relevo, que aí figura como "Crucificado" (1937). E foi por iniciativa da conservadora, Dra. Maria José Rego de Sousa, que ali foi exposto.

À morte de sua mãe, em 1909, Hein - ao invés dos seus sete irmãos, entregues a familiares - dá entrada no internato. Um dia, resolve servir aos colegas a comida destinada ao vigilante e recebe severo castigo. Decerto isso marcou a sua existência, bem como o facto de, após a desmobilização da I Grande Guerra, ter visto um dos seus colegas de fábrica ter sido triturado por uma máquina. Instalou-se, no ano de 1932, em Linda-a-Pastora, de que diz ser "então uma pequena aldeia tipicamente portuguesa". Priva com Almada Negreiros, Sarah Afonso, Mário Eloy, Vieira da Silva, Arlindo Vicente… E há quem o considere, com Jorge Barradas, um dos responsáveis pelo renascimento da cerâmica em Portugal. O "Crucificado", em boa hora exposto no alpendre da ermida de S. Sebastião, é, pois, um símbolo: também os braços pregados numa cruz, em sofrimento, são bálsamo de feridas profundas… Não haveria melhor introdução para se ver, nos painéis, em azul, a vida de São Sebastião.


* Professor catedrático na Universidade de Coimbra, com residência em Cascais, onde se encontra a Ermida de S. Sebastião, mesmo ao pé do Museu dos Condes de Castro Guimarães. José d'Encarnação é autor de vários livros e de inúmeros artigos, alguns deles publicados na nossa revista. Neste caso, trata-se da primeira parte de um artigo já publicado no "Jornal da Região" a 30 de Junho de 2004.

publicado por luzdequeijas às 11:39
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A CASA DE HEIN SEMKE

 

A sua casa de Linda-a-Pastora foi centro de convívio de intelectuais e artistas (nos anos 30: Almada Negreiros, Sarah Afonso, Mário Eloy, Luís de Montalvor, Carlos Parreira, João Gaspar Simões, Manuel da Silveira, António Varela, Jorge Segurado, Diogo de Macedo, o Dr. Oliveira Martins (médico dos artistas), Abel Manta e família, António Ferro, Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes; nos anos 40: Carlos Queiroz, Bernardo Marques, o casal Cunha Leão, Vitor Falcão, José Osório de Oliveira, Manuel Valadares, Manuel Mendes, Mário Chicó, Dário Mendes e Aquilino Ribeiro - companheiros do café a "Brasileira do Chiado").

 

 

Hein Semke - Plaque


Plaque

1962
Glazed clay with copper wire
37.5 x 37.5 cm
MNAz invº C-6

Museu Nacional do Azulejo - room 15

 

Hein Semke nasceu em Hamburgo em 1899 e viveu e trabalhou em Linda-a-Pastora e Lisboa de 1932 a 1995. Escultor de sensibilidade expressionista, foi, também, um dos grandes renovadores da cerâmica em Portugal. Este volume reúne, a par de uma biografia, um conjunto de textos seus e sobre ele publicados e uma série de imagens que ilustram a sua produção - escultura, cerâmica, gravura, pintura, livros de artista, etc. - ao longo dos anos. Agora bastante aumentado, constitui, como José-Augusto França referiu na edição de 1989, «uma documentação que importa considerar para a história».

publicado por luzdequeijas às 11:16
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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2012

UMA PASTORA

 

 

 

 

Outro fontanário, outros tempos.....

 

Neste lugar que serviu de inspiração a vários poetas, como uma espécie de retiro espiritual, surge associada uma outra figura, tão ou mais poética, tão ou mais romântica.
A jovem pastora é retractada com seu rebanho nos azulejos de outro fontanário, situado ao lado da avenida Tomás Ribeiro, em Linda - a - Pastora.

Hoje alindado, feito jardinzinho e em simultâneo miradouro, e que também vai servindo de local para descanso de gente mais cansada ou pensativa.

Sobre esta pastorinha consta um bonito poema da autoria de Jorge Verde, irmão do conceituado Cesário Verde, dedicado a esta figura que merece o carinho desta população;

 

Há na Terra uma Pastora

Que está sempre olhando o mar,

Não é morena nem loira

E é branca como o luar.

 

Chamamos linda a pastora

Que os dias passa a cismar

Numa encosta encantadora

Que de longe olha p' ra o mar.                                       

 

Determinados autores apontam, contudo, designações como NINHA PASTORA e Linda Pastora, que poderão estar na base do termo Linda - a - Pastora, podendo aqueles referirem-se à proximidade do RYO NINHA (século XIV), sendo que o termo "NINHA", de origem céltica, se encontra associado aos "lugares altos ou na sua vizinhança".

 

publicado por luzdequeijas às 17:51
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CESÁRIO VERDE

RUÍNAS DA CASA DE CESÁRIO VERDE

 

 

2.3.05




Completaram-se, na passada sexta-feira, 150 anos sobre o nascimento de Cesário Verde.
Prolongarei a evocação pelos próximos dias. Hoje fica aqui uma fotografia, tirada nos anos 40, onde surgem Carlos Queirós, Hein Semke e Bernardo Marques, junto à ruína da casa que pertenceu à família de Cesário, em Linda-a-Pastora.
A imagem foi copiada do n.º 31 de Colóquio / Letras - Maio de 1976
publicado por luzdequeijas às 15:36
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A SENHORA DA ROCHA E OS MALHADOS

A Rocha teve uma Maria da Fonte

 

No meio de tanto fervor pela Senhora Aparecida, começa a correr o boato de ter sido ela a divina anunciadora da queda da Constituição, proclamada, mas aborrecida para muitos.

O rei D. João VI vivia atemorizado, tanto no paço real como na rua, e a grande maioria dos crentes desejavam acreditar em alguma coisa muito forte que travasse os jacobinos.

 

A ordem de mandar a Imagem Aparecida para a Sé de Lisboa, local onde deveriam ir prestar-lhe a sua devoção, provocou enorme revolta. Uns números superiores a mil pessoas juntaram-se no Sítio da Rocha. Homens e mulheres em armas, repeliam o Juiz de Oeiras, as forças da ordem e o Intendente da polícia.

Por nada queriam deixar partir a Santa e o povo propunha-se desafiar até o exército.

O general Sepúlveda, herói do movimento constitucional, é mandado acalmar os rebeldes em fúria.

Da Cruz Quebrada, resolveu seguir, sem o seu esquadrão e somente acompanhado do seu ajudante, o alferes marquês de Fronteira.

Apearam-se, então, no adro da igreja de Carnaxide, na qual estava guardada em recato a Imagem da Senhora.

O juiz de fora estava fortemente guardado por um contingente de infantaria, quando se começou a ouvir um coro de vaias. Eram as mulheres quem mais protestava e como o general as tentasse acalmar, levou duas bofetadas da mão forte de uma mulher indignada. O sangue escorria do nariz do homem que havia feito a revolta do Porto e foi no meio desta enorme confusão, que a custo, a Imagem iniciou a sua caminhada para a Sé de Lisboa.

 

A Senhora da Rocha e os «Malhados».

Os acontecimentos da Aparição da Imagenzinha na Rocha, coincidiam com o inicio das actividades liberais em Portugal. D. Miguel e as infantas, iam regularmente venerar a Imagem no altar onde fora colocada. Constava que os jacobinos, vendo na Imagem a política, ficavam encolerizados.

As visitas à Imagem, assim como as ofertas que lhe faziam, não paravam de aumentar, dando azo a vingança contra os constitucionais.

Os "vintistas" chamavam de «megera» à senhora rainha e haviam de entaipar com pedras e cal o local da Aparição, o que mais irritava os simples devotos.

Portugal vivia com alvoroço, as lutas entre os dois irmãos, D. Pedro e D. Miguel.

D. João VI iria morrer e os boatos propalavam que poderia ter sido envenenado, tudo isto agravado com a morte que se seguiu, do seu amigo e cirurgião, de nome Aguiar.

D. Miguel, foi mandado regressar do seu exílio em Viena de Áustria, para subir ao trono.

Este jovem rei ao fazer o caminho entre Queluz e Paço de Arcos, onde ia encontrar-se com uma bonita jovem, ficou debaixo do carro que o transportava, por se terem partido os eixos numa curva em Caxias.

Com tantas preces em seu auxílio, depressa ficaria bom da perna.

As mulas que o puxavam eram pretas e brancas e os seus amigos, logo acusaram os animais de liberalismo!

A partir daí, os amigos de D. Pedro IV, ficaram conhecidos pela alcunha dos malhados.

publicado por luzdequeijas às 15:17
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CASA DE CESÁRIO VERDE

 

 

Casa de Cesário Verde 
Casa de Cesário Verde 
 
LINDA A PASTORA

 
publicado por luzdequeijas às 12:56
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CHAFARIZ DE LINDA A PASTORA

 

 

 

Chafariz 
Chafariz 
Linda-a-Pastora 
Queijas 
Tema: Lugares 
publicado por luzdequeijas às 12:52
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O SACRISTÃO DA FREGUESIA

D. Branca de Gonta Colaço

 

Filha de Tomás Ribeiro, aceitou a presidência das Festas da Rocha no seu primeiro centenário em 1922.

Artista de fina sensibilidade na arte da palavra escrita e falada, deixou vários trabalhos sobre o Santuário da Rocha, e dele de parceria com o Dr. Tito VESPASIANO, deixou-nos o primeiro opúsculo - monografia.

Publicou trabalhos de muito valor, como as cartas de Camilo a seu pai (120), "Poetas d'Ontem" e "À Margem das Crónicas", com bastantes referências ao Sítio da Rocha.

De entre as suas poesias, leiamos esta de 1917, dita:

 

Oração a Nossa Senhora da Rocha por alma de M. Da M.

Ele era o sacristão da freguesia

no tempo em que meu PAE....                                

(Doce passado!)                                         

Apadrinhava quanto baptizado

De gente pobre lá da terra havia.

Tantas vezes o altar iluminado

Vi pelas luzes que ele lhe acendia!

Mas quando se perdeu a Monarquia

de tudo renegou ! Fez-se "avançado"!....

...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...

Morreu HONTEM.

-Senhora Aparecida!

Em nome da saudade enternecida

que é toda a minha infância para mim,

Dai-lhe ingresso nas CÉLICAS bonanças,

- Pela porta das bem-aventuranças,

- Atendendo ao seu péssimo latim.....

....   ....   ....   ....  ....  ....  ....  ....  ....  ....

Aqui ao Santuário trouxe eufóricas as duas filhinhas, encantadoras meninas angelicamente de branco por dentro e por fora, à solene primeira comunhão em 1915.

 

Obras publicadas

Branca de Gonta Colaço deixou um volumoso legado literário, em boa parte disperso por periódicos, sendo autora, entre muitas outras obras, das seguintes:

 

  • Cartas de Camillo Castello Branco a Thomaz Ribeiro, com um prefácio de Branca de Gonta Colaço, Portugália, Lisboa, 1922; obra reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Tondela, 2001.
  • Memórias da Marqueza de Rio Maior, compiladas por Branca de Gonta Colaço, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1930.
  • Memórias da linha de Cascais, em co-autoria com Maria Archer (1899-1982), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1943; reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Oeiras, 1999 (ISBN 972-637-066-3).
  • Ecos do atentado (poemas) in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • A Sua Alteza o Príncipe Real (poema dedicado à memória do Príncipe Luís Filipe), in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • Memórias da Marquesa de Rio Maior: Bemposta – Subserra, pref. de Maria Filomena Mónica, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 2005 (ISBN 972-8645-25-2).
  • Matinas, 1907 (poesia);
  • Canção do Meio Dia, 1912 (poesia);
  • Hora da Sesta, 1918 (poesia);
  • Últimas Canções, 1926 (poesia);
  • Auto dos faroleiros, 1921 (teatro, levada à cena no Teatro Nacional);
  • Comédia da Vida(teatro, em colaboração com Aura Abranches);
  • Porque Sim…(teatro);
  • Poetas de Ontem, 1915 (prosa);
  • À Margem da Crónica, 1917 (prosa);
  • Últimas Canções, 1926;
  • Abençoada a Hora em que Nasci (publicada postumamente), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1945.

 

publicado por luzdequeijas às 12:38
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UM FONTANÁRIO, OUTROS TEMPOS

 

 

neste lugar que serviu de inspiração a vários poetas, como uma espécie de retiro espiritual, surge associada uma outra figura, tão ou mais poética, tão ou mais romântica.
A jovem pastora é retractada com seu rebanho nos azulejos de outro fontanário, situado ao lado da avenida Tomás Ribeiro, em Linda - a - Pastora.

Hoje alindado, feito jardinzinho e em simultâneo miradoiro, e que também vai servindo de local para descanso de gente mais cansada ou pensativa.

Sobre esta pastorinha consta um bonito poema da autoria de Jorge Verde, irmão do conceituado Cesáreo Verde, dedicado a esta figura que merece o carinho desta população;

 

Há na Terra uma Pastora

Que está sempre olhando o mar,

Não é morena nem loira

E é branca como o luar.

 

Chamamos linda a pastora

Que os dias passa a cismar

Numa encosta encantadora

Que de longe olha p' ra o mar.                                        

 

Determinados autores apontam, contudo, designações como Ninha Pastora e Linda Pastora, que poderão estar na base do termo Linda - a - Pastora, podendo aqueles referirem-se à proximidade do Ryo Ninha (século XIV), sendo que o termo "ninha", de origem céltica, se encontra associado aos "lugares altos ou na sua vizinhança".

 

publicado por luzdequeijas às 12:28
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Domingo, 12 de Agosto de 2012

GORDURAS GUARDADAS NO RABO

O TAL MONSTRO

ACORDA, POVO! ESTAS, SIM, É QUE SÃO AS GORDURAS QUE TÊM DE SER
ELIMINADAS ! O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE,
PARA ALIMENTAR TODA ESTA GENTE !

Aqui vai a razão pela qual os países do norte da Europa estão a ficar

cansados de subsidiar os países do Sul.

 
VELO - Como ocorre nos ovinos selvagens ou pouco aperfeiçoados, o velo do Karakul adulto tem a particularidade de apresentar pêlos grossos e lã fina entremeados. Também gorduras no rabo! 

 

 

 

 

 

Mais número, menos número .......


Governo Português

3 governos no continente e ilhas

333 deputados no continente e ilhas

308 câmaras e outras tantas Assembleias Municipais

 

Quantos deputados municipais (?)


4259 freguesias e outras tantas Assembleias de Freguesia

 

Quantos deputados de freguesia (?)


1770 vereadores

30000 carros

40000 (?) fundações e associações  .... !!!

 

(?) Empresas Municipais, quantas chefias (?)



(?) assessores em Belém

1284 serviços e institutos públicos

 

DEZENAS DE OBSERVATÓRIOS

 

É da distribuição destes (tachos) que resulta o "poder de muitos políticos" ! E a pobreza deste país!

 

Para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados
equivalentes à Alemanha, teria de reduzir em mais de 50% !





publicado por luzdequeijas às 18:31
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O PROBLEMA DAS GORDURAS

 

OVELHA KARAKUL

 

MUITOS FIZERAM O MESMO ANTES DA CRISE CHEGAR. HOJE ESTÃO PARA DURAR OU COM ÓPTIMAS REFORMAS! 

 

CARACTERÍSTICAS DESTES ANIMAIS

As condições adversas sob as quais evoluiu a raça Karakul, deram a estes animais força e longividade. 

 

  

  

 Se tiverem acesso a uma alta disponibilidade de forragens, são capazes de armazenar energia, principalmente através de sua cauda gorda, para sobreviverem a períodos subseqüentes de falta de alimentos, situação em

que outras raças não aguentariam.

publicado por luzdequeijas às 18:16
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Sábado, 11 de Agosto de 2012

DESEMPREGO É FALTA DE GORDURA !

http://expresso.sapo.pt/nao-basta-cortar-na-gordura-do-estado-para-reduzir-despesa=f670871

 

 

CLIQUE ACIMA

 

Não basta cortar na gordura do Estado para reduzir despesa

O comentário de João Silvestre, jornalista do Expresso, no Jornal de Economia da SIC. Em análise os cortes na despesa, a estratégia orçamental portuguesa e o novo conselheiro económico de Obama.



 

publicado por luzdequeijas às 15:46
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Sexta-feira, 10 de Agosto de 2012

OS DEMÓNIOS DAS ASSOCIAÇÕES

O ESTADO E A SOCIEDADE CIVIL
 

Considerando que a “CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA” é um “livro sagrado” para os portugueses, façamos disso um ponto de partida entre o que ela estipula e aquilo que se passa no nosso dia a dia:

 

Artigo 46.º

Liberdade de associação

1.     Os cidadãos têm liberdade de, livremente e sem dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência e os respectivos fins não sejam contrários à lei penal.

 

2   As associações prosseguem livremente os seus fins sem interferência das autoridades públicas e não podem ser dissolvidas pelo Estado ou suspensas das suas actividades senão nos casos previstos na lei e mediante decisão judicial.

 

 

3.   Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela. Aqui temos um caso simples de uma simples associação que, numa dada freguesia dos arredores de Lisboa foi coagida, com as restantes forças vivas da sua jurisdição autárquica a pertencer à Comissão Social local, sendo, até, comum ser a Junta de Freguesia a coordenar os trabalhos e a subordinar todas as actividades destas instituições privadas  aos seus desígnios! De resto, tudo isto é tido como normal pelo país inteiro, tendo até, como força impulsionadora, alguma coisa a ver com a política de concessão de alguns  míseros subsídios!

 

Nesta perspectiva política,como pode haver em PORTUGAL uma SOCIEDADE CIVIL forte e impulsionadora das actividades económicas e sociais em todo o país? Existe sim, uma SOCIEDADE CIVIL de mão estendida e sem vigor ou qualquer influência! Também, sem a mínima possibilidade de ser uma força fiscalizadora da actividade política reinante no país!



publicado por luzdequeijas às 19:18
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TUDO MENOS DEMOCRACIA

A RELAÇÃO ENTRE AS ASSOCIAÇÕES E O ESTADO

Eixo 6 - Tensões e Interacções entre as Associações e o estado (local e nacional)

1. A importância estratégica das associações – ou, pelo menos, da sua grande maioria - resulta de diferentes factos.
Em primeiro lugar, por surgirem como formas organizadas de Democracia Participativa – produzindo-a e ou promovendo-a e, nesse sentido, como um esteio para o desenvolvimento e sustentabilidade da Democracia Plena.
Em segundo lugar, por se constituírem, com frequência, como instrumentos de concretização e promoção de interesses, aspirações, pontos de vista ou mesmo apenas afectos de sectores da sociedade, tornando-se, assim, factores de conscientização e/ou de reivindicações legitimas.
Em terceiro lugar, porque muitas delas – a sua grande maioria – desempenha funções sociais que as tornam promotoras de “bem público” que o Estado não assegura ou assegura mal.
Em quarto lugar, porque representam, também em grande número, um contributo da sociedade civil para a produção de riqueza por recurso, nomeadamente, a formas alternativas de desenvolvimento económico portadoras de futuro e de esperança, (o que, em tempos de crise, assume particular relevância).
A estes factos, acresce a circunstância de constituírem já hoje um volumoso mercado de trabalho, contribuindo assim para o combate ao flagelo do desemprego.

2. Apesar desta importância social, económica e política das associações, os poderes mostram-se em grande medida indiferentes quanto à sua viabilidade e sustentabilidade.

 Contando com elas para o desenvolvimento de actividades que não estão em condições de assumir, encaram-nas como co-financiadores exigindo-lhes que assumam parte substantiva das despesas inerentes às várias iniciativas: de forma explícita (requerendo o co-financiamento dos projectos) ou implícita (rejeitando despesas de funcionamento).
 Defendendo formalmente a igualdade de oportunidades no acesso aos financiamentos, privilegiam algumas com base em impressões ou numa política clientelista.
 Sem a preocupação de as viabilizar enquanto formas organizadas de Democracia Participativa, escudam-se, para as não apoiar, na ideia de que não podem alimentar subsídio-dependências (e haverá algo de maior dependência do que a Democracia Representativa?).
 Incapazes de ver o facto de as associações pressuporem militância e voluntariado, sujeitam-nas a regras de prestação de contas ou a regras de contratualização que pura e simplesmente negam o valor da solidariedade que as alimenta.
 A maioria dos programas de financiamento (mesmo os teoricamente concebidos em intenção à sociedade civil) destinam-se, na verdade, a financiar o Estado ou os seus serviços, estando além disso muitos deles sujeitos a regras (a “critérios” de elegibilidade) que, de facto, transformam as associações beneficiárias em meros agentes de execução e aplicação de políticas definidas a montante (retirando as estas a possibilidade de promoverem as suas próprias iniciativas).
 Há serviços que tardam a pagar o que lhes cabe (ou aquilo a que se comprometem) obrigando as associações a avançar com despesas, muitas vezes bem para além dos seus recursos.
 Não há reconhecimento de estatuto da dirigente ou activista associativo que permita a participação em iniciativas, em tempo laboral.

3. Sem recursos próprios, sujeitas a jogos de influência que com frequência as preterem, as associações encontram-se, assim, na sua grande maioria, numa situação de profunda crise, à beira da rotura e da inviabilidade, pese embora a riqueza e criatividade das actividades que animam, ou o número de pessoas que dependem do que elas fazem.

Na raiz desta crise estão sem dúvida:
 A recusa do Estado em viabilizar a sustentabilidade de formas organizadas de Democracia Participativa, colocando esta em desigualdade face à Democracia Representativa.
 A tendência do Estado para “empresarializar” as associações.
 O peso das opções político-partidárias nos apoios concedidos.

4. Neste contexto algumas questões ganham pertinência. Por exemplo:
 A que princípios devem obedecer os financiamentos para se assegurar, por um lado, equidade de tratamento e, por outro, um contributo para a sustentabilidade das associações?
 Que práticas se deveriam esperar do Poder Local no seu relacionamento com as associações e a sociedade civil?
 Como caracterizar (e que reconfigurações se desejam para) estruturas como a Rede Social ou Conselho Municipal de Educação?
 Que direitos deve possuir o activista associativo nomeadamente no emprego?
 A que requisitos devem obedecer as associações para ter financiamentos?
 Que alternativas aos subsídios?

Rui d’Espiney (ICE), Outubro de 2010.
publicado por luzdequeijas às 12:34
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Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012

O POETA E A SUA TERRA

Na realidade, José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, a 25 de Fevereiro de 1855, segundo filho de José Anastácio Verde e Maria da Piedade dos Santos.
Tinha Cesário Verde apenas dois anos quando a família optou pelo refúgio numa quinta situada em Linda-a-Pastora, na sequência de uma epidemia de peste que grassava em Lisboa.

A casa da quinta integrava, então, uma capela que logo foi transformada, primeiro em armazém e, depois, em casa de banho. Em 1870, José Anastácio Verde, já na posse total da propriedade, procedeu a alterações de adaptação às suas necessidades.  
É aí que o pequeno José Joaquim passa a sua infância, na companhia da irmã, um ano mais nova, e de outros dois irmãos, nascidos entretanto. Ao longo desse período, a preparação escolar de Cesário Verde foi feita em Lisboa, indo o poeta diariamente a pé, dali até à Cruz Quebrada, onde tomava o americano para a capital.
Um incêndio ocorrido em 1919, destruiu grande parte da mansão, incluindo a biblioteca, perdendo-se, irremediavelmente, o espólio do poeta. As chamas também consumiram os desenhos e os quadros do grande pintor que foi Domingos António de Sequeira, que ornavam a casa ( o artista fora casado com Maria Benedita Vitória Verde, filha de Manuel Baptista Verde , bisavô de Cesáreo).

Com o interior profundamente alterado, subsistem, dos seus tempos áureos, em anexo, a casa de acondicionamento da fruta, o pequeno campanário da primitiva capela, as rústicas argolas de ferro para prender os animais, o relógio de sol e algumas estátuas.

 

O poeta sofre o primeiro grande revés da sua vida, quando, em 1872, depois de uma longa luta contra a terrível tuberculose, a sua irmã Maria Julia acaba por sucumbir à doença. Com apenas 19 anos de idade.

É em Linda - a - Pastora que ele vai tentar amenizar a sua dor.

Os anos passados na aldeia terão deixado marcas profundas e indeléveis, de tal forma que manteve durante toda a vida uma íntima e marcada lembrança dos tempos em que viveu na companhia constante da natureza e do campo. Enquanto acompanhava a exploração agrícola que seu pai fazia na quinta, Cesário Verde desenvolvia um espírito observador e atento aos pormenores do meio ambiente.
Passados poucos anos, era o próprio quem orientava os negócios relacionados com a exploração da quinta, sempre estimado pelos empregados, a quem chegava a suspender o trabalho, para que pudessem ter "uns dedos de conversa com ele".

Com 16 anos, começou a trabalhar numa loja de ferragens e quinquilharias que seu pai possuía em Lisboa. Nesse tempo, a família já só vivia na quinta durante a Primavera e o Verão.
Dirigia a loja do pai quando começou a publicar poesias em jornais, mal recebidas pela generalidade da classe literária, que por certo não compreendia como podia um agricultor ser poeta...
Em 1878 regressa a Linda-a-Pastora, publicando "Noitada", "Em Petiz", "Manhãs Brumosas" e "Cristalizações".

A maldição - Conta João Pinto de Figueiredo que a profanação do espaço sagrado da capela gerou a crença de que , como castigo, uma terrível maldição marcaria a propriedade dos Verdes em Linda - a - Pastora. Assim, ao longo dos anos, têm-se assinalado " desgraças múltiplas e sucessivas - incêndios devastadores, doenças inesperadas, mortes repentinas". Mas, agora, normalizadas as relações com a igreja, a paz deve ter regressado ao sítio.... 

 

Já muito debilitado pela doença que o atormentava, Cesário Verde procurou no campo as forças e a vitalidade perdidas, identificando-se com os trabalhadores da quinta, realçando a majestade do esforço físico que já não tinha. Na Primavera de 1886 muda-se para Caneças, a conselho médico.

A tosse começa a atormentá-lo. A dor no peito é uma constante. A doença apanha-o, e trava com ele uma luta que acaba por vencer quando o poeta tinha 31 anos. Estávamos no ano de 1886.

As sua últimas palavras recolhidas pelo único filho sobrevivente do Sr. Anastácio Verde foram : " Não quero nada, deixa-me dormir".

No Verão, tinha-se transferido para o Paço do Lumiar, onde veio a falecer, vítima dessa tuberculose. Uma vida curta que deixará marcas profundas em muitos, que depois dele o chamaram de mestre, tal como o fez Fernando Pessoa.

publicado por luzdequeijas às 15:28
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PORTUGAL

O SEU RUMO ERA A LUZ


Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!

Pátria - Guerra Junqueiro

 

publicado por luzdequeijas às 15:24
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A MALDIÇÃO

 

A maldição - Conta João Pinto de Figueiredo que a profanação do espaço sagrado da capela gerou a crença de que, como castigo, uma terrível maldição marcaria a propriedade dos Verdes em Linda - a - Pastora. Assim, ao longo dos anos, têm-se assinalado " desgraças múltiplas e sucessivas - incêndios devastadores, doenças inesperadas, mortes repentinas". Mas, agora, normalizadas as relações com a igreja, a paz deve ter regressado ao sítio. 

 

Já muito debilitado pela doença que o atormentava, Cesário Verde procurou no campo as forças e a vitalidade perdidas, identificando-se com os trabalhadores da quinta, realçando a majestade do esforço físico que já não tinha. Na Primavera de 1886 muda-se para Caneças, a conselho médico.

A tosse começa a atormentá-lo. A dor no peito é uma constante. A doença apanha-o, e trava com ele uma luta que acaba por vencer quando o poeta tinha 31 anos. Estávamos no ano de 1886.

As suas últimas palavras recolhidas pelo único filho sobrevivente do Sr. Anastácio Verde foram: " Não quero nada, deixa-me dormir".

No Verão, tinha-se transferido para o Paço do Lumiar, onde veio a falecer, vítima dessa tuberculose. Uma vida curta que deixará marcas profundas em muitos, que depois dele o chamaram de mestre, tal como o fez Fernando Pessoa.

publicado por luzdequeijas às 15:19
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AS TERTÚLIAS

Outros homens da cultura, estão para sempre ligados a Linda a Pastora, como seja o próprio irmão de Cesáreo Verde, de seu nome Jorge Verde, que também foi poeta.

Além do caso de Almeida Garrett, já atrás abordado, teremos de referir o nome de Manuel Pinheiro Chagas, figura das mais ilustres do século XIX, lente do Curso Superior de Letras, Par do Reino, ministro, brilhante parlamentar e jornalista, e reconhecido escritor, autor da famosa obra Morgadinha de Val-Flor, vinha frequentemente a Linda a Pastora, de visita à Casa dos Verdes, pois era sogro de Jorge Verde.

 

Natural de Linda - a - Pastora, Silvério Martins foi discípulo, em Mafra, do estatuário Alexandre Giusti. Foi apreciável barrista e entalhador, vindo a falecer em 1795. Concebeu alguns presépios que se foram lamentavelmente perdendo mas, na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, em Linda - a - Velha, ainda podemos apreciar um estimado baixo-relevo, em barro pintado, de grandes dimensões, representando a caminhada de Cristo para o Calvário, e as imagens de S. Sebastião ( datada de 1781) e de Santo Amaro ( já danificada). Os casos apresentados são um exemplo que nos permite ajuizar da extensão e do apreço em que era tida a mensagem do presépio, sua grande arte, a atravessar toda a sociedade, desde o nível palaciano ao conventual, desembocando no popular.

 

O notável artista alemão Hein Semke, falecido em 1995, viveu em Linda - a - Pastora e trouxe à vida artística portuguesa uma modernidade expressionista. O que muita gente ignora é que entre 1924 e 1944, em Linda - a - Pastora, houve um fascinante foco cultural, artístico e literário, desenvolvido por alemães lá residentes, no qual Semke se integrou nos anos 30.

A irradiação desse circulo cultural e espiritual atraiu outros estrangeiros e até artistas, jornalistas e intelectuais portugueses que o frequentaram.

Através de Teresa Balté, companheira de Semke desde 1967 e que sobre ele escreveu e organizou o livro Hein Semke - A Coragem de Ser Rosto, editado em 1984 pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda e que procedeu a uma paciente e devotada busca das suas obras dispersas ou esquecidas e ao seu inventário, soube-se dessa "atalaia" de letras e artes, publicada na revista MVSEV, do Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, no seu número 15 (II série) em 1972, sob o título Else Althausse , o Génio Famoso de Linda - a - Pastora..

Embora não assinado, as suas trinta e tal sugestivas páginas, que recomendamos, foram escritas pelo marido de Else, o português Henrique Westenfeld .

Else foi uma artista plástica alemã que trouxe para Portugal o então chamado " Estilo Novo" e foi precursora das artes gráficas modernas. Trabalhou como ilustradora da revista ABC e do seu suplemento infantil, o ABCzinho.

O seu espólio encontra-se no Museu Soares dos Reis e nele há uma aguarela da capela de Valejas e um desenho à pena inspirado no cemitério de Carnaxide.

Um dos fulcros dessa actividade cultural situava-se na Casa da Marta, de Marta Ziegler, que viera para Portugal depois da Primeira Grande Guerra, foi enfermeira da Cruz Vermelha, trabalhou com o professor Carlos Santos e era apelidada de "Menina Marta", pelos habitantes de Linda - a - Pastora, aos quais facultava delicadamente serviços de enfermagem gratuitos. 

Os mais idosos lembram-se ainda bem dela. Morava no actual Beco Manuel Pereira Azevedo, n.º 2, para onde Hein Semke se transferiu quando foi viver com ela.



publicado por luzdequeijas às 11:42
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Segunda-feira, 6 de Agosto de 2012

TEMPO DE MUDANÇA

 

Outros países já fizeram este caminho e optaram por uma rede de serviço público de educação em que todas as escolas públicas são contratualizadas e sujeitas a um regime de equidade. Assim, dando dois exemplos, na Holanda 70% do ensino público é não-estatal e na Suécia o ensino público não-estatal passou a representar 30% em poucos anos. Nestes casos há transparência e uma monitorização clara na avaliação das escolas e sempre que existem duas ofertas educativas públicas com qualidade, opta-se por manter os dois projectos, dando aos pais a possibilidade de escolha e gerando-se ganhos de eficiência.

 

É por isso muito importante que os jornalistas reclamem transparência, rigor nos dados e serenidade na avaliação. Assim evitaremos que se fechem boas escolas, sem racionalidade educativa, sem racionalidade social, sem racionalidade económica e contra a vontade dos pais. Assim determinaremos a origem de custos do nosso sistema educativo. 

Para saber mais
Escolas com contrato de associação e transparência no debate
A morte de um conceito de serviço público
Uma proposta
 
ProfBlog
 
publicado por luzdequeijas às 19:11
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Domingo, 5 de Agosto de 2012

GIGANTISMO ESTATAL

“OS CONTRATOS DE ASSOCIAÇÃO”

 

Serão muitas as causas para a existência em PORTUGAL deste pernicioso “Gigantismo”. Contudo, todas elas concorreram muito, para a situação de “bancarrota” que vivemos. Porém, torna-se estranho porque escapam algumas atividades económicas a este “pesadelo estatal”, como sejam, as parcerias público privadas, na construção de autoestradas, barragens, escolas etc.! Nas nossas escolas nada foi alterado de há 30 anos a esta parte! Ou melhor, crescem cada vez mais as escolas do ensino público, sem se saber o que se passa com a qualidade do mesmo! As particulares, com contrato de associação, diminuem!

Será que a Holanda com 70% das escolas no domínio dos “contratos de associação”, está errada? Ou que os países escandinavos também estão errados quando usam o “cheque ensino”. PORTUGAL prefere ver um professor na volta à França, ou nos jogos olímpicos de Londres, a denegrir o nosso país, em lugar de lhe entregarem uma escola para ele gerir e mostrar que sabe ser professor!  

publicado por luzdequeijas às 15:50
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CONTRATOS DE ASSOCIAÇÃO

 

O que são contratos de associação?

São contratos assinados pelo ME com escolas de gestão privada, através dos quais o ME se compromete a pagar o serviço educativo que estas prestam – em montante equivalente ao custo por aluno no ensino estatal - de modo a que os alunos abrangidos pelo contrato possam frequentar a escola gratuitamente.

O que são escolas com contratos de associação?

São escolas que assinaram um contrato de associação com o ME. São escolas públicas pois, ao abrigo desse contrato, os alunos podem frequentar a escola gratuitamente e a escola não pode recusar a frequência de alunos da sua área de implantação.

Quando surgiram os contratos de associação?

Em Portugal os contratos de associação existem há cerca de 30 anos, quando o Estado, não tendo a capacidade de proporcionar o ensino a todo os jovens, recorreu à iniciativa privada que assumiu um papel extremamente relevando, criando condições físicas, estruturais e pedagógicas que proporcionam a Educação de um vasto número de crianças e jovens.

Porque existem contratos de associação?

Os contratos de associação são um dos instrumentos possíveis para que o serviço público de educação não seja inteiramente prestado por escolas estatais. De facto, ao Estado compete garantir o direito à educação, o que não significa, nem implica, que o serviço público de educação se deva restringir às escolas estatais.

Os contratos de associação são uma particularidade portuguesa?

Não. Vários países têm contratos de associação ou instrumentos equivalentes. No que concerne à despesa pública com contratos de associação, Portugal está mesmo abaixo da média da OCDE. Na Holanda, por exemplo, 70% do ensino é prestado por escolas com contrato de associação.

As escolas com contrato de associação são escolas públicas?

Sim. As escolas com contrato de associação integram a rede de serviço público de educação. O princípio da gratuitidade que aí vigora é o mesmo que nas escolas estatais. Estas escolas não cobram propinas, recebem os alunos da sua área de implantação sem restrições e os alunos carenciados que as frequentam beneficiam de todos os direitos da ação social escolar.

Todas as escolas privadas são públicas?

Não, apenas as escolas privadas com contrato de associação são escolas públicas. As escolas privadas sem contrato de associação não são obrigadas a receber os alunos da sua área de implantação e podem cobrar propinas, por isso não são públicas.

Todas as escolas do Estado são públicas?

Não, as escolas estatais que cobram propinas e não estão obrigadas a receber os alunos da sua área de implantação, como o Colégio militar e o Colégio de Odivelas, não são escolas públicas.

Quantas são as escolas com contrato de associação?

Existem 93 escolas com contrato de associação, abrangendo 53 mil alunos. Nalguns casos toda a escola está abrangida pelo contrato de associação, noutros casos o contrato abrange apenas alguns ciclos de ensino e/ou turmas.

Onde se situam as escolas com contrato de associação ? 

As escolas com contrato de associação estão espalhadas de Norte a Sul do país, com exceção do Algarve e especial incidência na Região Centro. Localizam-se sobretudo em concelhos de pequena e média dimensão, e em zonas de carência económica.

As escolas com contrato de associação são empresas?

As escolas com contrato de associação podem ter fins lucrativos (empresas) ou não.

Como é determinado o montante a pagar pelo contrato de associação?

Nos termos da lei, as escolas com contrato de associação deveriam receber um montante por aluno igual ao custo de manutenção e funcionamento por aluno das escolas estatais de nível e grau equivalente. Todavia, a prática seguida tem sido a atribuição de um montante calculado a partir dos custos com o pessoal docente acrescidos de uma percentagem sobre esse custo para as restantes despesas de funcionamento e investimento.

Por que razão as escolas com contrato de associação estão em risco de fechar?

Devido às alterações legislativas impostas unilateralmente pelo ME.

Quais as alterações legislativas impostas?

As alterações legislativas impostas incidem sobretudo em dois aspetos: (1) diminuição do montante por turma e alteração da respectiva fórmula de cálculo; (2) diminuição do número de turmas abrangidas pelos contratos de associação.

Qual a justificação apresentada pelo ME para a diminuição do montante a pagar por turma?

Na atual crise financeira, contudo, o corte nos contratos de associação é muitíssimo superior ao corte orçamental a aplicar às escolas estatais, sobretudo porque este incide OS CONTRATOS DE ASSOCIAÇÃO.

Os custos com pessoal docente são iguais em todas as escolas com contrato de associação?

Não. As escolas com professores com mais tempo de serviço, são escolas com custos mais elevados, porque estes professores têm níveis de remuneração diferentes.

Qual o custo por aluno nas escolas estatais?

Não se sabe. A Ministra da Educação e o Secretário de Estado da Educação lançaram mais do que um número para a Comunicação Social, sem nunca o justificarem. Acresce que a despesa está dispersa por várias instituições (ex. administração central, autarquias, Parque Escolar, etc). Já durante este processo, o PS chumbou na Comissão Permanente de Educação e Ciência a proposta de criação de um grupo de trabalho para apuramento deste custo.

O custo por aluno abrangido pelo contrato de associação é superior ao custo por aluno nas escolas estatais?

Não se sabe, uma vez que não é conhecido o custo por aluno nas escolas estatais. Já o custo por alunos nas escolas com contrato de associação é conhecido e calculado de forma transparente, abrangendo custos de funcionamento, pessoal e investimento.

Está em causa a qualidade do serviço prestado pelas escolas com contrato de associação?

Não foi apresentado qualquer estudo acerca da qualidade das escolas com contrato de associação e das escolas estatais com vagas por preencher.

As escolas com contrato de associação estão em risco de encerrar?

Sim. A conjugação da diminuição do número de turmas com a alteração no montante de financiamento e respectiva fórmula de cálculo, coloca-as em risco

 

publicado por luzdequeijas às 15:41
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