Sábado, 30 de Abril de 2011

O ALIBI ....

O álibi

por MANUEL MARIA CARRILHO

Ao ver as reportagens do Congresso do PS, a pergunta que mais frequentemente me ocorreu foi como é que os Portugueses, na angustiante situação que vivemos, olhariam para aquele espectáculo.
Um espectáculo que exibia uma incómoda exuberância de meios ao mesmo tempo que revelava uma montagem atenta ao mais ínfimo pormenor (com música, abraços e lágrimas). Mas de onde, na verdade, não brotava uma só ideia, uma só preocupação com o País, uma só proposta para o futuro...
Onde, pelo contrário, era bem visível a obsessão com o poder e a preocupação em bajular o líder no seu bunker, seguindo um guião e repetindo "ad nauseam" um só argumento, com uma disciplina de fazer inveja ao PCP!...
Ter-se-á atingido aqui o lúgubre apogeu do "socialismo moderno", esse híbrido socrático que ficará na história por ter esvaziado o Partido Socialista de quase todos os seus valores patrimoniais e diferenciadores, reduzidos agora a um mero videoclip.
Como na história ficará também a indigência intelectual e o perfil ético de tantos "senadores" do PS que subiram ao palco para - com completo conhecimento de causa sobre o gravíssimo estado do País - acenar cinicamente aos militantes e aos Portugueses, por puro e interessado calculismo político.
O Congresso assumiu a estratégia de Sócrates que é, há muito, clara: ignorar os factos e sacudir as responsabilidades. Inventando uma boa história, que seja simples, que hipnotize as pessoas e, sobretudo que as dispense de olhar para os últimos seis anos de governação, para os números do desemprego, do défice, da dívida ou da recessão. Ou de pensar nas incontornáveis consequências de tudo isto no nosso futuro. Eis o marketing político no seu estado mais puro, e mais perverso.
Esta história começou a ser preparada logo em Janeiro, quando era por demais evidente o que se iria passar com o nosso endividamento e com as nossas finanças públicas. Sócrates lançou então o slogan "Defender Portugal", insinuando subliminarmente que os adversários do PS só podiam ser adversários de Portugal.
Montado o cenário, faltava apontar os vilões. Primeiro, o inimigo externo, e para isso diabolizou-se o FMI, qual dragão que paira ameaçadoramente sobre as nossas cabeças, e contra o qual o herói luta com denodo. Um pouco mais tarde, com o chumbo do PEC IV, estava encontrado o inimigo interno. Um inimigo que "tira o tapete" ao nosso herói, exactamente quando este "ia salvar Portugal". Ferido, o herói não sai de cena. Ei-lo que se reergue, determinado, para mais uma batalha. Desce o pano, e agenda-se o segundo acto para dia 5 de Junho.
Há que reconhecer: tudo isto foi muito bem planeado, teatralizado e concretizado, de modo a que esta fábula funcione não só como um álibi para Sócrates mas, também, como uma "cassete" de campanha.
Montada a história, trata-se agora de repeti-la. É como se todos os dirigentes socialistas passassem a falar pelo teleponto do próprio Sócrates, como se todos tivessem esse teleponto dentro da própria cabeça - e isso, como vimos, funciona, pelo menos em mundos como o da "bolha" do Congresso de Matosinhos.
A força da história avalia-se pelo modo como deforma os factos e maquilha a realidade. Em Matosinhos, ela foi muito eficaz para esconder aquilo que na verdade mais perturba os socialistas: esta é a terceira vez que o FMI é chamado a intervir em Portugal, e, sendo verdade que veio sempre a pedido de governos liderados pelo PS, esta é a primeira vez em que vem devido a erros de governação do próprio PS.
Isto nunca tinha, de facto, acontecido: em 1977/78 o FMI veio por causa dos "excessos" revolucionários, e em 1983/84 para corrigir os deslizes do governo de direita, da Aliança Democrática. Em ambas as situações o PS apareceu, com a coragem de Mário Soares, a corrigir os erros de governações anteriores e a defender o interesse nacional. Desta vez é diferente: o FMI é chamado a Portugal justamente devido à acção de um governo do PS, dirigido pelo seu secretário-geral.
Para grandes males, grandes desculpas? É o que parece. Esta história inventada pelos conselheiros de Sócrates vai fazendo o seu caminho. Espalha-se com mais desenvoltura que um programa eleitoral, e consegue fazer com que muita gente, sem dar por isso, acredite no inacreditável: num dia o nosso primeiro-ministro estava "quase a conseguir salvar-nos", e no dia seguinte o chumbo do PEC IV abriu um buraco de 80 mil milhões de euros...
Não consigo conformar-me com este modo de "fazer política". Sofro, como milhares de socialistas, e certamente muitos mais portugueses, com este tipo de comportamento que joga no "vale tudo" para permanecer no poder. Ao arrepio de todos os valores, ignorando as mais elementares regras da ética, transformando a política num mero exercício de propaganda que se avalia por um único resultado: continuar no poder.
O Partido Socialista ficou reduzido ao álibi de Sócrates. Um secretário-geral que deu sem dúvida provas como candidato eficaz, mas que também já as deu como governante medíocre, conduzindo o País à bancarrota e à mais grave crise que o País já conheceu desde o 25 de Abril de 1974.
Foi com estes dados que o PS saiu do Congresso, à espera de um milagre eleitoral no próximo dia 5 de Junho. Mário Soares falava prudentemente, aqui no DN de anteontem, no risco de um duche gelado que entretanto o PS corre. Mas mesmo que tal não aconteça, não haja ilusões: ganhe ou perca, no dia seguinte às eleições este PS do álibi vai estar como estava na véspera - com uma mão-cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Talvez, finalmente, a olhar para o abismo onde nos conduziu. E quanto a Portugal, o que será de nós?

publicado por luzdequeijas às 21:17
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É ISTO QUE OS ARRUACEIROS

PRETENDEM ESCONDER, COM OS ATAQUES SEM SENTIDO NEM DECORO, AO PRINCIPAL OPOSITOR E LEAL COLABORADOR NESTA DESAGRAÇA dos PECs.

 

GRÁFICOS QUE ILUSTRAM A SITUAÇÃO ACTUAL DA REPÚBLICA:

 

1) A média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos

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Fonte: Santos Pereira (2011)


 

2) A dívida pública é a maior dos últimos 160 anos


 

Dívida pública portuguesa em % do PIB, 1850-2010

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Fonte: Santos Pereira (2011)


 

3) A dívida externa é, no mínimo, a maior dos últimos 120 anos (desde que o país declarou uma bancarrota parcial em 1892)


 

Dívida externa bruta em % do PIB, 1999-2010

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Fonte: Santos Pereira (2011)
 

4) O desemprego é, no mínimo, o maior dos últimos 80 anos. Temos 610 mil desempregados, dos quais 300 mil são de longa duração


 

Taxa de desemprego em Portugal, 1932-2010

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Fonte: Santos Pereira (2011)


 

5) Voltámos à divergência económica com a Europa, após décadas de convergência


 

PIB per capita português em % do PIB per capita da Europa Avançada 

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Fonte: Santos Pereira e Lains (2010)


 

6) Vivemos actualmente a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos


 

Emigração portuguesa (milhares de pessoas), 1850-2008


 

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Fonte: Santos Pereira (2010)


 

7) Temos a taxa de poupança mais baixa dos últimos 50 anos


 

Taxa de poupança bruta, 1960-2010

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Fonte: AMECO, Santos Pereira (2011)

 

publicado por luzdequeijas às 21:09
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POLÍTICOS ARRUACEIROS

COM JOSÉ SÓCRATES SEMPRE ESCONDIDO, SÃO VÁRIOS OS ARRUACEIROS, QUE INSULTAM OS SEUS OPOSITORES SEM O MÍNIMO RESPEITO POR NADA, NEM NINGUÉM! É UMA GRANDE FALTA DE DIGNIDADE, COM O ÚNICO INTUITO DE ESCONDEREM A PÉSSIMA GOVERNAÇÃO DEIXADA AO PAÍS E AOS PORTUGUESES! CHEGA DE TANTA FALTA DE DECORO!

 

 

Congresso do PS assobia delegação do PSD
 
10 de Abril, 2011Por Susete Francisco
 
Os representantes do PSD no congresso do PS foram assobiados pelos militantes socialistas. Quando Almeida Santos, presidente do partido, anunciou a presença na sala da Exponor de Luís Menezes, Marco António Costa e Miguel Relvas ? E sobretudo à menção do nome do secretário-geral dos sociais-democratas, ouviram-se algumas palmas, mas estas foram imediatamente abafadas por um coro de assobios.

Perante o visível desconforto de Almeida Santos - que ainda há poucos momentos tinha lembrado que os socialistas recebem bem os seus convidados - parte da plateia acabou por reagir em sentido contrário, calando os assobios com uma sonora salva de palmas.

susete.francisco@sol.pt

 

publicado por luzdequeijas às 19:03
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MAIS UMA CONSEQUÊNCIA DO PEC IV

Mercado laboral

Desemprego jovem em Portugal já vai nos 21%


 
Desemprego jovem em Portugal já vai nos 21%

Portugal é o quinto país da UE com maior taxa de desemprego

 

O desemprego dos jovens com menos de 25 anos atingiu em Portugal, no mês de Fevereiro, uma taxa de 21%, acima dos 20,6% da média dos 27 da União Europeia, revelou ontem o Eurostat, o departamento de estatística da UE. Há um ano a taxa era de 19,2%.

Os dados do Eurostat indicam ainda que a taxa de desemprego total em Portugal se manteve inalterada nos 10,3%, face a Janeiro, mas, quando comparados com os valores de Fevereiro de 2008, a subida é de 1,5%.

Um fenómeno que afecta mais o universo feminino que o masculino, com a taxa de desemprego entre as mulheres a manter a tendência crescente e a atingir já os 10,9%. Em Fevereiro de 2009, a taxa era de 9,6%. Os homens, por seu turno, têm ainda uma taxa de desemprego mais baixa, 9,7%, mas foram os que sofreram um agravamento maior no último ano, da ordem dos 1,7 pontos percentuais.

O desemprego português é o quinto mais elevado no conjunto da União Europeia, que conta com 23,019 milhões de desempregados. No topo do ran-king está Chipre, com 21,7%, seguido da Espanha (19%), Eslováquia (14,2%), Irlanda (13,2%) e Hungria (11%). A Áustria, com 5%, e a Holanda, com 4%, são os menos afectados. Ao nível dos jovens, as taxas mais elevadas são as da Letónia (41,3%) e Espanha (40,7%).

O número de desempregados que se inscrevem nos centros de emprego por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho após frequentarem acções de formação profissional mais do que duplicou todos os me-ses desde Dezembro, revelou, por seu lado, o Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP). Nos últimos três meses foram 12 640 pessoas que invocaram estes motivos, contra os 5859 verificados em igual período de 2009.

publicado por luzdequeijas às 18:58
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PUBLICITAR O ESTADO SOCIAL

É PURA FANTASIA E ILUSIONISMO "FOLEIRO"

 

SERÁ DA CRISE ? NÃO, .... FOI O CHUMBO DO PEC IV!

Saúde custa 25 milhões de euros/dia. Sempre a aumentar!

O total das receitas do IRS não chega para pagar os cuidados dos portugueses que recorrem ao SNS.

publicado por luzdequeijas às 18:45
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O TEMPO DA CORAGEM

O mundo vem, mais recentemente, apresentando grandes ciclos históricos centenares. Quando tomou posse, o Governo de Sócrates beneficiou de um “estado de graça” que não encontra paralelo nos tempos mais recentes. As primeiras medidas de austeridade, bem como aquelas que visavam pôr fim a privilégios relativos, foram aplaudidas com uma inusitada unanimidade. Nunca se viu tanto “ Marketing Político” nem tanta “compreensão” da comunicação social !

Porém, o mundo vem de trás. Ele é impiedoso no abrir e fechar ciclos económicos e sociais. Em 1776 começara o «laissez faire» com Adam Smith. Com a crise de 1873, Smith foi posto de lado e emergiu o "Estado do Bem Estar". Durou uns cem anos, até às fracturas mundiais provocadas pelo abandono do padrão-ouro em 1971 e a crise do petróleo em 1973. O crude, de facto, virou o ouro-negro ! Nos últimos cem anos houve um desenvolvimento, impressionante, todo ele baseado na utilização do petróleo ! Muito boa gente se foi interrogando; que será do mundo quando ele acabar?
A escalada dos seus preços antecipa, em muito, a sua prevista escassez. Ainda existe, mas começa a está fora do alcance de muitas economias dos países europeus. Da nossa acima de tudo ! O aumento do seu consumo, originado pelo forte crescimento das “economias emergentes”, só não causou já o pânico, devido ao euro, fortemente valorizado em relação ao dólar. Por esta razão não será de estranhar o clima de pânico e revolta que se respira por todo o lado, em Portugal. Subidas sem controlo! Tudo aponta para uma subida especulativa e injusta. Dezoito aumentos só em 2008, sufocam !
A situação é insustentável ! Lamentos de rua, cafés, famílias e principalmente na net, onde se incita a movimentos de contestação gigantescos. Ninguém pode ficar indiferente, nem deixar de sentir raiva de alguém ou de alguma coisa. Primeiramente todos esses sentimentos tinham destinatários certos, companhias petrolíferas e “ Autoridade da Concorrência ”. Recentemente, com mais informação disponível, os maus humores têm de ser desviados para outro lado, sem contudo desculpabilizar os anteriores.
Vamos então tentar compreender e ser mais justos, começando por analisar o que pagamos no preço dos combustíveis :
Gasolina – um litro 1,436 euros. Os seus custos desdobrados são :
----- crude 29 % - margem de refinação 6 % - logística 7 % ISPP 42 % - IVA 17 %.Num litro vai para o Estado 59 % do seu preço. Dois impostos em simultâneo! Mais os lucros anuais, fabulosos, das companhias do Estado !
Entretanto, o barril de petróleo sobe todos os dias (2008), mas em dólares, na moeda europeia custa cerca de 75 euros, o mesmo de há três anos ! O valor que o Estado encaixa no consumo total dos combustíveis, num ano, é uma soma fabulosa ! O monstro engole tudo e fica à espera de mais! É insaciável ! Não se diga que é para baixar o défice. O argumento está estafado e não pega. Tem sido muito mal contado. Entretanto quem vive perto da raia de Espanha é lá que se abastece, porque será ?
Era sabido que quem ganhasse as legislativas de 2005, teria que enfrentar, de vez, este problema e muitos outros. Era imperioso fazer muitas REFORMAS, para salvar o País e o Estado Social. Reforma da Justiça, Ensino, Saúde, etc.Quanto à Reforma da Função Pública, este governo atirou-se a ela mas da forma mais desastrada que se podia imaginar! Virando a opinião pública contra os trabalhadores ! Nisso foram apoiados pelos média.
Os primeiros foram os juizes com os seus dois meses de férias . Entretanto queimavam–se na praça pública aqueles que tinham grandes reformas ! Até um ministro deste governo! Era a pura demagogia, aproveitando-se do sentimento de revolta do povo. Se assim não é, veja-se quantas reformas milionárias continuam a ser concedidas ! Com um batalhão de trabalhadores feridos no seu amor próprio tiveram de conter o poder na rua ! Como? Cedendo. Em tudo!
O País ficou mais pobre, ainda, e as “Reformas” ficaram por fazer. Provavelmente até depois das próximas eleições legislativas. Depois é “ gato a bofe” ! O que sobrou de tudo isto foi uma enorme perda de confiança política e a total desmotivação dos portugueses. Será possível que estes não percebam que nos últimos 13 anos o partido socialista esteve no comando do país 10 ? E que não estiveram mais, porque o partido da rosa abandonou os portugueses à sua sorte, deixando convicções e paixões pelo caminho?
A subida especulativa dos combustíveis não tem de facto solução. A crise agravou a situação!
A descida dos impostos deixaria o monstro com a barriga um pouco vazia e de muito mau humor! A despesa ao fim de quase 4 anos, pouco ou nada desceu! O mercado liberalizado para os preços descerem através da concorrência, por artes mágicas, só produziu aumentos em série ! A cura é conhecida “ Menos Estado, Melhor Estado “ . Que fique a lição aos portugueses. Vem aí um novo ciclo  histórico, económico e social! Para o primeiro-ministro a culpa é do chumbo do PEC IV! E diz isto sem se rir nem corar!
António Reis Luz
 
 
 



 
publicado por luzdequeijas às 18:22
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O NOSSO PORTUGAL

(CRESPÚSCULO. NOVEMBRO. PELA ENCOSTA FRIA E DESNUDADA VAI ANDANDO ESFARRAPADO E EXANGUE, UM POBREZINHO TRISTE, ARRIMADO AO BORDÃO).

 

Guerra Junqueiro

publicado por luzdequeijas às 18:13
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ESTA É A MALDIÇÃO DA IGUALDADE

30 de Abril, 2011
 
O presidente da SONAE, Belmiro de Azevedo, afirmou hoje em Tróia que o «país precisa de pessoas competentes» e lamentou que os políticos mais capazes estejam escondidos.

«Política já temos em excesso. Agora precisamos é de pessoas competentes. E para mim, pessoas competentes podem ser chineses, angolanos, americanos. Os políticos portugueses competentes estão escondidos», disse.

O presidente do grupo Sonae falava aos jornalistas na inauguração do novo Centro de Eventos Aqualuz de Tróia, um novo espaço que vai complementar a oferta turística do empreendimento turístico de Tróia, principalmente na área de negócios.

Belmiro de Azevedo lamentou o comportamento dos principais dirigentes políticos portugueses, deixando claro que o grupo Sonae continua a investir em Portugal porque procura alhear-se desses comportamentos.

«Nós continuamos a investir porque ignoramos os políticos. Nós precisamos é de pessoas competentes e sérias, sobretudo na política. Os grandes políticos foram aqueles a seguir ao 25 de Abril - 100 pessoas - de alta qualidade, de comportamento ético impecável. Agora o que temos é espectáculo da rádio, da televisão e dos jornais», adiantou.

«Toda a gente dizia mal e agora toda a gente concorda que só pessoas de fora é que vêm pôr ordem nas contas portuguesas», acrescentou o responsável da Sonae, ao ser confrontado com as dificuldades de entendimento entre as principais forças políticas portuguesas.

Questionado pelos jornalistas, Belmiro de Azevedo mostrou-se também decepcionado com a perspectiva de Portugal vir a perder a candidatura à organização da Ryder Cup de 2018 (competição de golfe entre norte-americanos e europeus), decisão que deverá ser conhecida no próximo mês de Maio.

«Conheço isso mal. Era muito desejado, havia hipótese, mas o que ouvi dizer é que há um bocado de desânimo, provocado por uma conotação negativa com a desordem em Portugal. Esse tipo de eventos não gosta de torneios que estão razoavelmente desordenados», disse Belmiro de Azevedo.

O presidente da Câmara de Grândola, Carlos Beato, também se mostrou algo pessimista quanto à possibilidade de Portugal ser o País escolhido para a organização daquele que é considerado o terceiro evento desportivo a nível mundial.

«Estávamos muito bem colocados, o nosso projecto era muito bom, a localização era muito boa, o enquadramento ambiental também, mas quando o comissário europeu para os assuntos económicos vem dizer ao mundo que, ou a Finlândia viabiliza o empréstimo a Portugal ou é a bancarrota (.), nós temos de ser realistas e perceber que se estivéssemos no lugar de quem decide, iríamos pensar, não três mas trinta vezes», disse.

Na cerimónia, o administrador da Sonae, Rui Ávila, salientou que, com a inauguração do novo Centro de Eventos, o grupo de Belmiro de Azevedo considera que estão cumpridos todos os compromissos assumidos com o governo português.

Lusa/SOL

 

 

PS:

A DEMOCRACIA CONDUZ-NOS À SERVIDÃO DOS INCOMPETENTES?

 

 

 

TOQUEVILLE TINHA RAZÃO!

 

publicado por luzdequeijas às 18:01
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A POLÍTICA BATE NO FUNDO

Terça-feira, 13 de Outubro de 2009
 

Quando se diz que a política bateu no fundo , sobre ela , que mais se poderá dizer ? As cumplicidades são numerosíssimas , as teias são espantosamente grandes , os interesses em jogo de uma complexidade impressionante, e fazer com que tudo isto corra sem grandes « broncas » , é tarefa quase impossível . Mas vão-no fazendo !

 

Teremos de concluir deste modo, pois não se vislumbra um só sinal tranquilizador de que as coisas poderão estar a caminho de melhorias. Sem se perceber bem a origem do mal , o país afunda-se a pouco e pouco num atoleiro . Os sinais são inúmeros e vêm de toda a parte : do universo do futebol, do mundo da política, da relação dos portugueses com a televisão. E dela própria. A mediocridade banalizou-se , tornou-se normal. O mau gosto alastra. A honra das pessoas perdeu valor e qualidade . Ninguém pode saber, com toda a sinceridade , a maneira de mudar este estado de coisas. Não se sente que haja energia suficiente para inverter tal situação. Há uma espécie de entropia instituída, de conformismo e facilitismo, que puxa o país para baixo. Sempre para baixo !
Perderam-se as referências . Já não se identifica a mediocridade , o mau e o bom gosto misturam-se , confunde-se a esperteza com a falta de carácter , a ambição com o oportunismo. Portugal afunda-se num enorme lodaçal. A salvação já não é colectiva nem é individual, é fugir. Emigrar para retemperar forças. A mente ocupada esquece facilmente as agruras da vida , mesmo as mais penosas. Assim, o contacto com a realidade do país que temos torna-se mais difícil. A maioria das pessoas quereriam ser optimistas, até para criar uma onda de alto astral. Mas não dá . Tudo piora quando se houve ou lê, alguém responsável afirmar : “bons resultados para a nossa economia, o PIB cresceu 0,1 %”. Meu Deus, parece que vivemos num país de atrasados mentais ou que nos querem fazer passar por isso ! Falar claro e honestamente, sem medo de dizer  ( mesmo a Hugo Chaves ), que a economia está estagnada. Ou pior, estagnada no fio da navalha!
Vejamos o que pensam os portugueses dos nossos partidos políticos e da Assembleia da República. Os últimos resultados das sondagens de opinião pública ( 2001 ) mostram a sensibilidade que as pessoas têm e que anda perto da realidade , quando muito pecando por defeito ; hoje este tipo de sondagem não aparece publicado e se aparecer ninguém acredita nela! A manipulação é prática corrente. Percebe-se pelas contradições. Até a nossa participação nos Jogos Olímpicos foi anunciada como um grande êxito ! Como é possível ?
“ OS PARTIDOS políticos e a Assembleia da República são as instituições em que os portugueses menos confiam , ainda menos do que nas seguradoras , revela um estudo sobre a imagem dos serviços públicos encomendado pelo governo. Dados que o Ministério ( Alberto Martins ) do governo socialista ( 2001 ) interpreta como preocupante do ponto de vista da qualidade da democracia . Entretanto as coisas só pioraram! E novos motivos de preocupação com a saúde do sistema político são encontrados quando se avalia o nível de identificação com os partidos : Para 53,7 % dos inquiridos não há nenhum partido político do qual cada um se sinta próximo . Nesta sondagem realizada pelo Centro de Sondagens da Católica ainda se conclui que as Forças Armadas , a comunicação social e a banca são , em contra partida , as instituições que mais merecem a confiança dos inquiridos “ . Em ordem decrescente os resultados foram : Forças Armadas 2.36% , Comunicação Social 2.34% , Banca 2.17% , Ordens Profissionais 2.13% , Administração Publica 2.11% , Patronato 2.08% , Tribunais 1.98%, Sindicatos 1.95% , Grupos Económicos 1.89% , Seguradoras 1.88% , Assembleia da Republica 1.86% , Partidos Políticos 1. 49%!
A credibilidade atingiu um nível tão baixo entre os portugueses , que alguma coisa tem que ser feita . Será que os mais altos responsáveis da nação não se apercebem disto?

 

A realidade é sobejamente conhecida, mas os responsáveis de todos os quadrantes, mais não têm feito do que, como em gíria se diz , “assobiar para o lado” . Um regresso muito desejado a uma sociedade mais transparente, mais humana e com predomínio da dignidade pessoal, pode estar em perigo.
António Reis Luz


 

publicado por luzdequeijas às 15:29
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OS SONHOS DÃO NISTO!

Os comboios de levitação magnética ao contrário dos habituais comboios não têm rodas, eixos, transmissão e linhas aéreas. As rodas e os carris da via férrea são substituídos por um sistema electromagnético capaz de suportar o peso do comboio sem qualquer contacto físico.  Eles não rodam, flutuam!

 

 Levitação por repulsão magnética

 

 

 A levitação por repulsão magnética é principalmente utilizada nos protótipos japoneses e baseia-se na utilização de bobinas supercondutoras capazes de criar fortes campos magnéticos. Estas bobinas localizadas no interior do comboio (tendo uma refrigeração especial) induzem nas bobinas encontradas nos trilhos uma corrente eléctrica, que por sua vez gera um campo magnético induzido e contrário ao que lhe foi aplicado. Proporcionando assim a  levitação do comboio pela força de repulsão magnética, entre o trilho e a bobina supercondutora.

publicado por luzdequeijas às 12:40
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O DIA DA SOGRA

Você já pensou num presente, mandar flores ou simplesmente dar um abraço e os parabéns à sua sogra?
O relacionamento com ela não está tão bem? Então o Dia da Sogra é uma excelente oportunidade para demonstrar grandiosidade de espírito e dar o primeiro passo na busca da reconciliação. Afinal, ela é a mãe de seu cônjuge e avó de seus filhos.

O bom relacionamento nora, sogra e filho-marido, ou, genro, sogra e filha-esposa, é muito importante. Vale a pena. E a felicidade, com a bênção de Deus, fará de todos pessoas que contribuem para bem desempenhar o papel que lhes foi reservado na existência. Antes de serem sogras são mães e o amor de mãe prevalece.

Na generalidade ser mãe encerra um dos maiores privilégios do mundo. A mãe sofre, acarinha, cuida, amamenta e até, dá a sua própria vida pelas vidas que trouxe ao mundo. As mães têm o respeito geral da população, mais do que isso, a sua idolatria. Então, como pode a mesma mulher que é mãe, ao ser sogra ser tão subestimada e enxovalhada na sua posição de sogra. Haverá, certamente, muitas explicações para esse anátema, mas nenhuma delas poderá transformar o ser maravilhoso de uma mesma mãe, numa sogra repelente? Provavelmente a condição humana de todos, mesmo dentro de uma mesma família, elabora esta mudança, assaz injusta. O mundo está repleto de injustiças, mas muitas vezes, também o amor de mãe fala mais alto.

António Reis Luz 

publicado por luzdequeijas às 12:17
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DEPENDÊNCIA E FRAGILIDADE

Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008
 

Uma dependência que é também uma fragilidade.   Exactamente por essa razão , alguns economistas defendem que se deve avançar com planos de investigação e desenvolvimento de energias alternativas. Tendo em vista este caminho será conveniente ter bem presente as seguintes Leis da Termodinâmica :

 
“ A energia não pode ser criada nem destruída, somente transformada”
        Primeira lei : Princípio da Conservação de Energia
 
A entropia – grau de desordem – de um sistema fechado aumenta continuamente”           
       Segunda lei : Lei da Entropia
 
O termo energia vem do grego- “energéia” – e, conforme a sua formulação é quase sinónimo de trabalho. Para fins científicos e genéricos, a definição mais usual trata a energia como a capacidade de produzir trabalho. Desde sempre o Homem dispôs somente da energia da sua própria força muscular e da tracção animal, do calor da lenha e da captação do movimento das águas e dos ventos. A invenção da máquina a vapor há trezentos anos e a utilização do petróleo a partir do século XIX possibilitaram novas condições e qualidade de vida, mas criaram também novas situações económicas, sociais e ambientais na busca dessa energia.
Apesar disso, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia eléctrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com melhor padrão de vida, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia.
Hoje, a Ásia é o maior continente produtor de energia (34% do total), seguida da América (31,1%) e da Europa (25,6%). A América do Norte é o maior consumidor, principalmente os Estados Unidos que consomem mais de um terço do total produzido.
A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 megatoneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provenientes de fontes não renováveiscarvão, gás natural e petróleo.
As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos, as de gás natural, um pouco mais de cem anos; as reservas de carvão aproximadamente 200 anos. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis, aquelas que se podem renovar espontaneamente ( água, sol e vento ) ou por medidas de conservação ( vegetação) - são responsáveis apenas por 13,8% do total produzido    
As Fontes de Energia Alternativas conhecidas são neste momento as seguintes:
Eólica. Geotérmica, Solar, Biomassa,ou ainda outras fontes alternativas podem merecer análise como as marés, ondas, xisto, fissão nuclear. Todas com vantagens e desvantagens, mas ainda num estado de aproveitamento bastante incipiente.   
A nível mundial é muito mais correcto falar de petróleo, dentro das causas económicas, do que vagamente da economia mundial. Em boa verdade esta depende em absoluto das fontes de energia e, no caso, o petróleo domina maioritariamente a realidade económica mundial.
As alternativas de que falámos aparecem como tal, de forma muito incerta, empurrando as estratégias mundiais de todos os países, muito mais no sentido de garantirem o consumo do petróleo enquanto ele existir, do que para as áreas da investigação e desenvolvimento de outros tipos de energia.
 
Das causas apontadas para a origem dos conflitos mundiais e locais, a economia e as religiões, a maioria das vezes elas não aparecem isoladamente, mas sim, entrelaçadas. Será caso para dizer de mãos dadas.
Justificam-se mutuamente e são habilmente manobradas ao serviço das ditas estratégias das grandes potências mundiais.
Como poderia o Homem sobreviver sem os recursos naturais do seu planeta ? Ele que à terra e ao mar arranca, numa labuta de sempre e para sempre, os produtos de que precisa para se alimentar, vestir e confeccionar toda a sorte de utensílios de que necessita. Ele que, na constante tentativa de viver numa sociedade cada vez mais rica e mais confortável, lhe tem sabido dispensar um ritmo impressionante de progresso, e que já se volta, ambicioso, para os espaços siderais.
 
A economia mundial tem, pois, os seus alicerces nos recursos naturais, tanto no estado primitivo como na forma final conseguida através das operações levadas a cabo pelo Homem, para os tornar utilizáveis.
Será o caso dos recursos que se extraem do solo e do subsolo e de que os minerais metálicos e os combustíveis são os exemplos mais marcantes. Por seu turno, é o mundo dos seres vivos - animais ou vegetais – o manancial primário dos recursos naturais. O Homem explora-o e desenvolve-o desde o seu aparecimento na face da Terra – pescando e caçando, criando animais domésticos, abatendo árvores, cultivando o solo.  Abril de 2002
 

publicado por luzdequeijas às 18:52

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ENTROPIA GERA PORCARIA

FRASE DO DIA

Eu normalmente faço um grande esforço para ter bom senso

 
 

Sobre Cavaco Silva, Presidente da República - CM

 

Conentário: O sr. Presidente da Pepública goza da consideração da maioria da população deste pobre país. É reconhecidamente competente em matérias de economia e finanças, é trabalhador e honrado q. b. Todavia, não é um "ESTADISTA", porque lhe falta o "Golpe de Asa", que se atinge com certa dose de "nonsense", muita experiência empresarial e muitos rasgos de coragem! Alguns dons naturais, também. Nem sempre se pode, ou deve, ser sempre previsível.

 

Talvez porque não verse matérias da área de engenharia, e por isso não domina certos conceitos que são vitais para a vida de um país ou de uma família, tais como, o da palavra ENTROPIA (grau de desordem – de um sistema fechado aumenta continuamente”). Nunca seria eu a explicar aos portugueses as consequências terríveis desta lei da energia, hoje generalizada. Tentarei uma sua abordagem muito simples descrevendo-a com uma exemplificação: " Tudo começa com alguém que se acomoda e deixa ir ficando na sua casa o lixo que deveria ser entregue aos serviços camarários. Os dias passam, as semanas também e até os meses. Um belo dia a pessoa mete a chave de casa na fechadura para entrar. Empurra a porta e não consegue abri-la. Fica espantado e percebe que já não consegue entrar na sua própria casa e vai dormir para casa de um bom amigo!

 

É esta a situação a que chegou PORTUGAL! É tanta a "porcaria" que já não conseguimos viver no país que nos viu nascer. A solução é vir alguém com muita personalidade e carácter para cortar a direito, sempre e sempre pondo os bons costumes morais à frente dos arranjos de convenìência. Alguém que não pactue com o "lixo e a porcaria". Só assim Portugal pode recuperar do lamaçal material e moral em que se encontra.

António reis Luz 



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LIXO ACUMULADO EM CASA

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008
 
Ideal Olímpico

Tradicionalmente, costuma-se afirmar que os primeiros Jogos Olímpicos foram realizados naGrécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos, tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeirae a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais e crianças. Os gregos faziam uma oração no templo de Zeuspara que as competições fossem justas. Pierre de Coubertin foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e estadunidenses, propondo-se a melhorar os sistemas de educação. Nas melhorias que visionava estava incluída a promoção da educação para o desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento pessoal dos jovens.

Actualmente, os atletas prometem, no juramento, honra, boa vontade e desportivismo. "O importante não é vencer, mas competir. Com dignidade." Esse era o lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin.
A primeira edição das Olimpíadas modernas foi marcada para a primavera de 1896, em Atenas . A principal luta do Barão de Coubertin foi impedir a presença de atletas profissionais nas disputas. Pierre de Frédy gastou praticamente toda a sua fortuna para colocar em prática o sonho da Olimpíada. Morreu pobre e isolado, em 1937, em Genebra, na Suíça. Como forma de reconhecimento, o seu coração foi transportado para Olímpia   ( Grécia), onde repousa até hoje num mausoléu. O seu corpo repousa em Lausane, na Suíça. A manifestação do ideal olímpico, através do equilíbrio mente, corpo e espírito, valoriza a verdadeira liderança, naqueles que aspiram à integridade pessoal e querem alcançar a excelência, ou seja, equilíbrio em qualquer actividade profissional, educativa ou pessoal. Estes Jogos Olímpicos em Pequim, de 2008, terão sido aqueles em que a representação portugueses, obteve os piores resultados, em termos de medalhas conquistadas. Já no Europeu de futebol, deste ano, houve algo de estranho! Tudo isto seria de somenos, se a atitude dos nossos atletas se tivesse pautado por uma atitude de equilíbrio da mente, corpo e espirito. Ou se o juramento olímpico tivesse sido cumprido. Não terá sido assim, infelizmente ! Que as culpas não sejam todas assacadas aos atletas. É justo. Estes terão tido as suas ; declarações e actuações arredadas do desportivismo, honra e com a boa vontade, a ficar-se longe de uma atitude muito digna. Houve excepções a confirmar a regra. Também houve atenuantes, que roçam o estado geral do país, a influenciá-los. A verdadeira disputa nos Jogos Olímpicos é um verdadeiro teste ao espírito do atleta. Por esse espírito tem de passar o amor à verdade, à transparência e ao sacrifício ! A doença anda por aí.
Com Carlos Lopes, Rosa Mota, Aurora Cunha e outros heróis olímpicos portugueses, o contexto era diferente. Havia querer, espirito de sacrifício e grande vontade de ganhar. De ouvir o hino nacional também e sem tantas condições, como hoje são dadas. Foram muito dignos !Como podem estes jovens de hoje, saídos há pouco das escolas, até mesmo ainda estudantes, sentir-se quando sabem e percebem que são dados diplomas escolares a centenas de pessoas, sem trabalho ? Dados é o termo ! Com o único objectivo, de falsear as estatísticas. Neste plano estes exemplos na governação actual são muito latos ! O clima de facilidades nos exames é algo de muito contagioso no espirito do povo e mais, dos jovens. O mérito ignorado no exercício da profissão, muitas vezes premiando quem usou caminhos estranhos à verdade e à transparência, desmotiva ! Os presos que não cumprem as suas penas ! Claro que sim, sempre houve ! Mas nunca com a dimensão que há hoje. O facilitismo, a mentira, a denuncia e a falta de dignidade nas atitudes, estão aí ! Descaradamente, infelizmente . O povo percebe isto e muito mais ! Interioriza ! O que é pior .
Por último, uma palavra de respeito para meia dúzia de atletas que, ganhando ou não, tiveram um comportamento digno de campeões ( o povo sabe quem são). Alguns são portuguess por opção, nunca tiveram quem os ensinasse a amar uma pátria. Eles aprenderam sofrendo, muito. Um campeão olímpico tem de saber respeitar os adverários e ter como atitude trabalho (duro), humildade, ambição e liderança. Estes, mesmo quando perdem, são sempre campeões !
No resto, os meninos mal educados, cábulas e a quem fazem a "papinha" toda, nunca farão grande uma pátria. Sem desporto nas escolas, muita educação sexual e certificados "dados", está em marcha o progresso para a destruição, social , ecnómica e ambiental a que chamam “ Entropia”. Geralmente associada ao conceito subjectivo de desordem. Vivemos ignorando o lixo quando arrumamos a nossa casa !  Qualquer dia não podemos entrar  ou ,viver nela.  Fala-se do país, no seu todo !  O desporto poderia ser uma terapia . Infelizmente ...... está contagiado do mal geral. Depois do maior investimento de sempre! No ranking das medalhas, 19 dos 27 países da UE ficaram à nossa frente ! O habitual ! Igual a nós só o Panamá, declarou feriado nacional pela conquista da medalha de ouro no salto em comprimento ! Vicente Moura retirou o pedido de demissão. Tudo como dantes, o Quartel General em Abrantes.
António Reis Luz

 

publicado por luzdequeijas às 10:50 - 2006

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MÁ GESTÃO DO ACCIONISTA

Sector dos transportes à beira do abismo, diz presidente da Carris
29 de Abril, 2011
 
O sector dos transportes públicos em Portugal «está à beira do abismo» e existe «má gestão» por parte do accionista Estado, num sector que tem uma dívida acumulada de cerca de 10 por cento do PIB, acusa José Silva Rodrigues.

O actual presidente da Carris, que falava em nome individual no evento final do movimento Mais Sociedade, que decorre hoje e sábado em Lisboa, reconheceu que existe «má gestão» em alguns casos, sobretudo da parte do Estado.

«Há má gestão? Claro que há má gestão nalguns casos. Existe sobretudo má gestão do accionista, existe sobretudo uma grande irresponsabilidade dos responsáveis políticos», afirmou o gestor.

José Silva Rodrigues, cuja apresentação se focou nas empresas de transporte CP, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto, REFER, STCP, Transtejo e Soflusa, sublinhou a «pesadíssima herança histórica que vai custar mais de 16 mil milhões de dívida acumulada e cerca de 10 por cento do PIB», para ilustrar o estado do sector, que diz estar à beira do abismo.

«O sector está à beira do abismo mas isso não surpreende, não pode surpreender ninguém. Há muitos anos que caminhamos para a beira do abismo. É uma verdadeira bola de neve que está a rolar a uma velocidade vertiginosa, sabíamos todos que ia esbarrar contra uma parede um dia, mas não esperávamos que a parede fosse a situação que vivemos agora», disse.

Entre os principais problemas que identificou, está o sistema complexo montado nos transportes públicos, explicando que existem em Lisboa «mais de 500 títulos diferentes», uma base tarifária média «muito inferior ao custo médio por passageiro» ou a política dos chamados passes sociais, que diz «não têm critérios sociais».

Como soluções apresentadas ao movimento, o responsável defendeu a necessidade de «repensar os investimentos» e a sua racionalização para critérios orientados não para as necessidades do país, mas para as suas possibilidades, uma orientação clara do papel do Estado no sector.

Nas empresas, o gestor defende a sua reestruturação, e mesmo a possibilidade de começar do zero em termos de dívida, recorrendo a um parqueamento de dívida através de sociedades veículo e contratualização do serviço público, admitindo, sempre a nível pessoal, que a privatização destas empresas podia ser positiva para o sector.

O Mais Sociedade é uma iniciativa de cidadãos independentes que surgiu em resposta a um desafio do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, no verão de 2010, com o objectivo de promover uma discussão sobre o futuro do país.

A iniciativa, financiada pelo PSD, comprometeu-se a apresentar um relatório final dos seus trabalhos aos sociais-democratas, mas o coordenador do movimento, António Carrapatoso, já frisou que as propostas que surgirem no âmbito do Mais Sociedade apenas responsabilizam os seus subscritores individuais, não comprometendo nem o movimento no seu todo nem o PSD, partido que deverá apresentar o seu programa eleitoral no início de Maio.

Lusa/SOL

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Sexta-feira, 29 de Abril de 2011

ESTÁ A DEFENDER OS PORTUGUESES

Silva Pereira

Teixeira dos Santos está sem tempo para "aparições mediáticas"

Mafalda Aguilar  
28/04/11 14:25

  

Silva Pereira diz que o resgate estará pronto antes de 16 de Maio.

Silva Pereira diz que o resgate estará pronto antes de 16 de Maio.

 

 

Silva Pereira explicou hoje que Teixeira dos Santos não tem aparecido publicamente porque "está a trabalhar intensamente com a troika".

"O ministro das Finanças, o que é feito dele? Os portugueses sabem: está a negociar o processo de ajuda externa. Está a trabalhar intensamente no Ministério das Finanças com a troika para defender Portugal neste processo de negociação internacional", respondeu Pedro Silva Pereira quando questionado sobre a ausência de Teixeira dos Santos desde que começaram as negociações com as equipas do FMI, da Comissão Europeia e do BCE.

 

PS A tal ajuda que Sócrates não queria, a pensar no nosso bem ....



publicado por luzdequeijas às 19:23
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SER SOCIALISTA

Ser PS é dizer isto sem rir e sem que os outros desatem a rir

«”O ministro das Finanças, o que é feito dele, os portugueses sabem: está a negociar o processo de ajuda externa. Está a trabalhar intensamente no Ministério das Finanças com a troika para defender Portugal neste processo de negociação internacional“, respondeu Pedro Silva Pereira quando questionado sobre a ausência de Teixeira dos Santos desde que começaram as negociações com as equipas do FMI, da Comissão Europeia e do BCE.»

Por via das dúvidas podem deixar a luz do gabinte acesa toda a noite de modo a que o povo quando passa na rua veja e perceba que o senhor ministro não foi vítima duma purga mas sim está lá, a defender a Pátria. Na URSS e na Coreia do Norte esta técnica deu bons resultados.

publicado por luzdequeijas às 19:20
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A MORTE LENTA DE UM REGIME

Segunda-feira, 30 de Março de 2009

 

 

1. [...] A primeira morte é económica. O modelo socialista/social-democrata/democrata-cristão, centrado na caridade do Estado e na subalternização do indivíduo, está falido, e brinda-nos com recessões de quatro em quatro anos. Basta ler "O Dever da Verdade" (Dom Quixote), de Medina Carreira e Ricardo Costa, para percebermos que o nosso Estado é, na verdade, a nossa forca. Através das prestações sociais e das despesas com pessoal, o Estado consome aquilo que a sociedade produz. Estas despesas, alimentadas pela teatralidade dos 'direitos adquiridos', estão a afundar Portugal. Eu sei que esta verdade é um sapo ideológico que a maioria dos portugueses recusa engolir. Mas, mais cedo ou mais tarde, o país vai perceber que os 'direitos adquiridos' constituem um terço dos pregos do caixão da III República [...]

da crónica "O regime que morreu três vezes".

 

2. As pessoas não gostam de Medina Carreira. Mas, na verdade, as pessoas não gostam é da realidade. Ele só aponta para a realidade. Ele só aponta para factos que ninguém quer ver. E é fascinante ver o "denial" das pessoas perante os factos.

AJP Taylor dizia que as pessoas, quando criticavam Bismarck, o realista, estavam, na verdade, a criticar a realidade. 

 

por Henrique Raposo às 18:25

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A SERVIDÃO QUE NOS AMORDAÇA

" Existe uma segunda tendência na era democrática que conduz os homens < por um caminho mais longo, mais secreto, mas mais seguro (e) que desemboca na servidão>. Esta é a tendência para a centralização e a uniformização a tendência para o reforço do poder político central e para o alargamento ilimitado da sua esfera de intervenção. Tocqueville analisa com notável rigor os muitos factores que contribuem para que a paixão da igualdade alimente a centralização e a uniformização. Entre eles, sobressai o que gostaríamos de designar por "falácia" de Rosseau", esse notável e maníaco profeta do despotismo igualitário na época moderna que Tocqueville leu atentamente: porque o governo é agora de todos e não já apenas de alguns, o homem democrático vai imaginar que, como pregou Rosseau, todo o poder que conceder ao poder pertence ainda a si próprio - dado que ele próprio participa na governação. Por outras palavras o homem democrático, em princípio independente e insubmisso, vai paradoxal e voluntariamente atribuir ao <governo de todos> um poder ilimitado e incomparavelmente superior ao poder de alguns que, na era aristocrática ou pré-democrática, era tradicionalmente limitado - pela religião, pela moral concebida acima de todos e de cada um, e, enfim, pela pluralidade de pólos aristocráticos que constituíam freios e contrapesos ao poder central do monarca."

João Carlos Espada    

publicado por luzdequeijas às 18:25
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UMA ANEDOTA

Anedota conhecida: um homem está prestes a afogar-se. Começa a rezar. Vem um barco que lhe oferece ajuda. O homem recusa porque Deus irá salvá-lo. Depois, chega um helicóptero. Nova recusa. Até que acaba por afogar-se. Quando chega ao Paraíso, o homem reclama com Deus. Deus responde-lhe: ‘Primeiro, enviei-te um barco; depois, um helicóptero. Que mais querias tu?’

Por:João Pereira Coutinho, colunista

 

Nós somos esta anedota. Quando anunciou o pedido de ajuda externa, Sócrates foi apanhado pelas câmaras a compor a pose. ‘Luís, fica melhor assim ou assim?’ A pura imagem da vaidade e da vacuidade no dia em que estávamos bem assados. Passaram-se algumas semanas, as televisões regressaram ao local do crime para o entrevistar – e Sócrates, que falou como se não tivesse sido primeiro-ministro durante seis ruinosos anos, teve como som de fundo os pavões do jardim. O coro grego da nossa tragédia. No dia em que chegarmos ao Paraíso, é provável que perguntemos a Deus como foi possível o nosso naufrágio geral. Imagino a resposta: ‘Primeiro, enviei-vos o Luís; depois, os pavões. Que mais queriam vocês?’

publicado por luzdequeijas às 18:16
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A MÁSCARA VAI MUDANDO

AO SABOR DA MENTIRA

 

 

Quinta-feira, 28 de Abril de 2011

A desilusão dos vencidos do socratismo

A táctica eleitoral de José Sócrates foi anteontem, 26-4-2011, exposta na entrevista na TVI: armar-se em impostor de condestável do Reino face à invasão da União Europeia/FMI.

E o PSD não pode cair na esparrela de mostrar-se mais efe-eme-i do que o FMI, numa espécie de ameaça sobre o povo desconfiado em que se a troika FMI/União Europeia/Banco Central Europeu diz «mata!» e o PSD grita «esfola!». Assumir uma pseudo-postura de responsabilidade, mas que soa a mau agoiro, levará ao afastamento decisivo dos segmentos eleitorais desiludidos do socratismo que, chocados com a austeridade prometida pelo PSD e pelo seu pessismismo, voltarão à casa socialista.

Para além da deriva delirante para liberalismo extremo, num País em ruína económica e contra a corrente da preferência do eleitorado.


* Imagem editada daqui e dali.
publicado por luzdequeijas às 18:06
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QUE POLÍTICA MAIS FEIA!

 

 

  

publicado por luzdequeijas às 12:54
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Quinta-feira, 28 de Abril de 2011

CLARIFICAÇÃO POLÍTICA PRECISA-SE

25 de Abril, 2011por José António Lima
 
Passos Coelho veio esta semana reconhecer uma condicionante da próxima campanha eleitoral e um dos seus maiores problemas nas legislativas de 5 de Junho: o de que, na situação de emergência e de dependência em que o país se encontra, o programa eleitoral do PSD não poderá ser muito diverso do plano de austeridade que vai ser proposto pela União Europeia e pelo FMI.

«Para o eleitorado pode ser difícil distinguir o que sairá da sua vontade sobre aquilo a que o país terá de se vincular por força da ajuda externa», admitiu com realismo o líder do PSD. Essa será a sua maior desvantagem eleitoral. Mas o seu trunfo eleitoral é o país não ter já dúvidas em identificar os responsáveis políticos que deixaram o país chegar à iminência da bancarrota, à recessão económica e a uma taxa de desemprego histórica - e ter a possibilidade de fazer o julgamento político desses responsáveis no próximo 5 de Junho.

O segundo grande problema de Passos Coelho irá ser o exercício da governação com as restrições e os constrangimentos impostos pela ajuda externa de Bruxelas e do FMI. A sua margem de autonomia em S. Bento será diminuta enquanto a sua margem de impopularidade será crescente.

Quando o FMI foi chamado a intervir em Portugal, em Julho de 1983, o Governo do Bloco Central de Mário Soares e Mota Pinto havia sido formado há pouco mais de um mês. E com a receita que se viu obrigado a seguir - aumento de impostos, queda dos salários, restrições ao crédito, cortes na despesa - não chegou a durar dois anos: Mota Pinto demitiu-se de líder do PSD em Fevereiro de 1985, o Governo caiu e Cavaco Silva, em ruptura com o Bloco Central, viria a ganhar as eleições de 6 de Outubro desse ano.

É um bom exemplo para Passos Coelho reflectir. Evitando blocos centrais e outras armadilhas políticas que estão na moda. O líder do PSD adverte: «Não escondemos aos portugueses que a austeridade vai ter de prosseguir, mas o que nós queremos é que o Estado, que ainda não fez austeridade, a possa fazer». Já é um começo. E um princípio de clarificação política.

jal@sol.pt

publicado por luzdequeijas às 23:30
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UM PARAÍSO NA TERRA

Em Pleno Esplendor

 

Naquele paraíso a magia era constante nas quatro estações do ano! No inverno essa magia tinha o acento tónico no medonho. A natureza engrossava a voz e punha o semblante fortemente carregado.

O volume das águas do Tejo aumentava de forma assustadora, em dois ou três dias, por força das primeiras chuvadas, mais persistentes.

A torrente tornava-se forte e impetuosa e a água ganhava uma cor barrenta! Troncos de árvore eram vistos a descer o rio ao ritmo da torrente. Por todo o lado as águas das chuvas descobriam atalhos e mais logo, todas desaguavam no rio, vindas de longe. De tanta água receber o caudal transbordava as margens que ladeavam o leito do rio. Nem os enormes salgueiros e a sua densa ramagem a podiam suster. Era impressionante ver a cavalgada das águas sempre em busca de cada vez mais espaço. A vida animal, sempre desconfiada, apercebia-se da avalanche e refugiava-se como podia, mais longe ou mais alto!

Rapidamente a paisagem verdejante desaparece e fica submersa por um extenso mar que galga muros, estradas , pomares , colinas e toda a planície a perder de vista!

Do alto do castelo a nossa vista só alcançava água. As noites caíam pouco depois das cinco e eram longas, muito longas e medonhas. O silvo do vento forte acompanhado do barulho da intensa chuva a cair, compunham uma sinfonia para a noite toda. A seguir á chuva de dias, numa bela manhã iria aparecer o sol radioso. Mesmo assim as águas do rio continuavam a subir até estacionarem por dois ou três dias. Havia de seguir-se o seu abaixamento, normalmente com muita lentidão, que deixava nas paredes e muros uma linha horizontal castanha que marcava a máxima altura daquela cheia.

 

Atingida a normalidade no rio ficava visível ao longe, uma extensão muito grande toda coberta  por uma espessa camada de lama. Esse lamaçal com o tempo irá ficar transformado num infinito conjunto de polígonos originados pela lama que gretava ao secar. Futuras chuvadas acabarão por proceder à lavagem e transporte para o rio de grande parte deste precioso composto. O que fica na terra é um óptimo fertilizante.

 

Com a chegada do sol abre-se um novo ciclo de vida e um aumento do frio. Instintivamente vamos buscar mais uma manta para a cama. De manhã quando se chega à janela para espreitar o dia, ficamos deslumbrados. Os telhados do casario à volta estão todos brancos. Ao sair de casa a aragem matinal é fria e deixa o nariz e as orelhas gelados. A vida não pára e toda a gente anda em movimento, até os catraios de sacola às costas lá ia para a escola. Pelos caminhos de terra batida ou simples carreiros, sem pararem e com botas cardadas. Lá iam partindo a água gelada das poças. À noite, dentro de casa, toda a gente se aquecia à lareira. Lenha, era aquilo que não faltava.

 

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 22:37
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O TEJO MOLDAVA A NATUREZA

 

A grande paixão na quinta era em primeiro lugar o rio Tejo. Havia nele fascínio e mistério, que a todos desafiava.

O Tejo era contido todo o ano por extensas margens de salgueiros e canaviais, chamadas de marachas, com excepção das grandes cheias, hoje quase inexistentes pela grande capacidade de acumulação de água das barragens construídas nos últimos cinquenta anos.

De resto tudo no dia-a-dia na Quinta representava um desafio. Desafio que era preciso vencer sozinho. A natureza é amiga mas lança desafios para nos ajudar e preparar para a nossa própria defesa.      

O porto fluvial estava equipado com batelões, barcos a motor e fragatas.

No inverno com as grandes e medonhas cheias todas as embarcações eram recolhidas no leito manso de uma ribeira.

As águas do Tejo quando estavam baixas, no verão, deixavam aparecer belos areais. O sítio onde a ribeira desaguava no rio era o mais belo e apetecido. Havia relva no chão e muitas amoreiras com óptimas sombras para descansar. No meio deste espaço estava um frondoso chorão. Este lugar era conhecido pela «beira do Tejo» e servia para os banhistas e campistas descansarem e conviverem. Era a praia possível para muitas famílias dos arredores, nesta zona interior.

Naquele tempo a água que corria neste rio era completamente límpida, com muito peixe .                 

As primeiras incursões até ao leito do Tejo ocorriam com a chegada dos dias quentes e eram de jovens , normalmente estudantes em grupos à procura da frescura do rio. Vinham ver como estavam as coisas mas só mais tarde se decidiam pela entrada na água. 

A roupa era trocada no meio dos canaviais e aí guardada sem receio. Começavam deste modo os mergulhos no Tejo. O sítio mais profundo era exactamente onde a torrente esbarrava na muralha do palácio. Era aí, no pego, que os mais audazes mergulhavam. Os outros procuravam as águas mais baixas. Apesar disso todos os anos o Tejo fazia as suas vítimas entre os jovens menos avisados ou afortunados. Estes acontecimentos, onde toda a gente se conhece, eram profundamente sentidos. O luto era para todos sem excepção. Logo que o corpo era encontrado traziam-no para a margem onde ficava a aguardar os trâmites legais. Por alguns dias o rio era motivo de profundo respeito e não havia banhos para ninguém. Curiosamente estes acidentes ocorriam quase sempre no entusiasmo dos primeiros mergulhos.

Nas noites cálidas de verão e depois do jantar, as famílias desciam até à “ beira -Tejo”. Sabia bem apanhar o fresco da noite, que vinha do rio, e os mais faladores ajudavam a passar a noite. Numa dessas noites ocorreu um fenómeno que marcou quem o presenciou!

Por cima das cabeças das pessoas, a alguns metros de distância, passou uma grande bola em fogo! A cauda era muito comprida! Desviou para a direita e desapareceu no meio de um choupal. No dia seguinte procuraram-se vestígios daquele grande objecto luminoso mas sem qualquer êxito.

 

Antrónio Reis Luz

 

 

publicado por luzdequeijas às 22:33
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A NATUREZA PURA E DURA

 

Os estudiosos normalmente preocupam-se em analisar a acção e influências que o homem exerce sobre o meio em que vivem.

Concordo e reconheço a importância desse conhecimento. Todavia a análise e o estudo do inverso não será menos importante, antes pelo contrário. A influência do meio ambiente sobre o Homem é decisiva na formação do seu carácter e da sua personalidade, nomeadamente no período da infância e adolescência. Depois fica.

O que se passa nos grandes centros urbanos é certamente diferente daquilo que se passa na vivência diária de uma quinta. Nesta não existem factores, como nas cidades, que desliguem ou afastem as pessoas da forte influência da natureza.

Nas grandes cidades talvez que sejam mais determinantes outras coisas como, clubes desportivos, associações culturais e o próprio ambiente familiar, onde as pessoas são obrigadas a recorrer pois a rua é só de passagem.

O que quero mesmo realçar tem a ver com a vivência das pessoa que nasceram e cresceram numa quinta muito especial como a Cardiga, com uma história riquíssima. A rua aqui não é passagem é o espaço de liberdade. A História que se lê nas centenárias pedras do castelo é o orgulho que nos vai perseguir a vida toda. A natureza é o amigo, mas também o desafio e a aventura. O espaço mais amplo é a transparência porque nele tudo é claro mesmo quando chega o escuro da noite. 

 

António Reis Luz 

 

publicado por luzdequeijas às 22:27
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TEM DE HAVER RESPONSABILIZAÇÃO

Bodes expiatórios (3)

Filed under: Economia,Política,Portugal — elisabetejoaquim @ 14:09
 

Louvar a notícia de que o Governador do Banco de Portugal quer que políticos sejam responsabilizados por incumprimentos é o equivalente a premiar documentários que expõem que os mauzões de walstreet criaram a crise. O problema é da natureza humana, dizem, como pobres seres falíveis que somos, expressão muito em voga para explicar a ineficiência do Estado Social (na teoria é bom, a prática é que precisa de ser limada). Segundo esta corrente de raciocínio como é que se resolvem problemas de “natureza humana”? Regulando, criminalizando, enfim pondo a bom uso as nossas infalíveis instituições. Este político é mauzinho? Que leve um tautau público, e seja substituído por um bonzinho. E enquanto a demagogia continua e se vão lançando amendoins para canalizar a ira do povinho, o circo continua.

Mas o circo é muito mais complexo do que o governador do Banco de Portugal gostava que acreditássemos. “É crucial que os decisores de política e os gestores públicos prestem contas e sejam responsabilizados pela utilização que fazem dos recursos postos à sua disposição pelos contribuintes”, afirma, como se o dinheiro “posto à disposição” dos políticos não tivesse como condição de possibilidade a própria existência dos bancos centrais, como se estes não fossem, também, uma organização com agenda política, criadora de “dinheiro grátis” pago muito caro pelos contribuintes,   incluindo por aqueles que ainda não o são.

Se para o governador do Banco de Portugal o problema está na vontade dos nossos políticos que, malandros, «não quiseram cumprir regras europeias, de manter o défice abaixo dos 3%, ou de simples bom senso», podemos perguntar: os nossos políticos serão os únicos malandros da União Europeia? O défice na zona euro está neste momento nos 6%, e haverá algum país que cumpra o défice estabelecido ou pretenda realmente cumprí-lo com as implicações eleitorais que isso teria? A responsabilização civil dos políticos actualiza-se em cada acto eleitoral: ganham os políticos que mais prometem coisas que implicam endividamento insustentável, que os bancos centrais promovem, the show must go on.

Dizer que o nosso problema reside na natureza humana falível, incompentente, mal intencionada ou simplesmente gananciosa, é dizer que o nosso problema pode ser resolvido criando espartilhos legais de controlo dessa natureza e da sua acção. A maldade do Homem é a explicação, o sistema é bom, move along, nothing to see here. Mas não é a natureza humana que é problemática, é a natureza do próprio sistema, assim camuflado com demagogias que perpetuam uma personificação de fenómenos económicos. Dizer que decisores de má qualidade são responsáveis pelos problemas económicos que têm assolado o nosso sistema financeiro é apenas a outra face da moeda de dizer que bons decisores podem controlar o sistema financeiro. Socialismo puro e duro. E os contribuintes lá vão, satisfeitos, descascando os amendoins.

publicado por luzdequeijas às 22:19
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"VA PENSIERO"

publicado por luzdequeijas às 22:13
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PORQUÊ UM FERRARI?

Num País na bancarrota, isto raia a insolência

António Mendonça: “Não há nenhuma alteração” ao TGV

 

Avançar com este projecto, é um crime de lesa-economia. Que poderosos interesses estarão envolvidos que justifiquem tal teimosia? Qual será o banco, nacional ou estrangeiro, disponível neste momento para garantir o financiamento desta megalomania? Porque não denuncia a oposição esta irracionalidade? Na conjuntura actual, é muito fácil passar uma mensagem simples e clara à opinião pública: se não temos dinheiro para pagar o mais básico, porquê gastar num Ferrari?

 

publicado por luzdequeijas às 21:04
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PERGUNTAS ELOGIOSAS

Quinta-feira, 28 de Abril de 2011
 
 

A prestação socrática (e da sua corte) na TSF fez-me recordar uma entrevista histórica em que Herman José personificava Estaline. Quando Victor de Sousa, o entrevistador coagido, lhe fazia perguntas elogiosas previamente impostas, Estaline, simulando surpresa, dizia: "ainda bem que me faz essa pergunta!".

 

publicado por João Vacas às 16:13
publicado por luzdequeijas às 20:59
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IMPORTA NÃO TER MEDO DE SONHAR

A Energia, está limitada e ameaçada pela escassez do petróleo

É verdade. Mas em contrapartida existe uma grande quantidade de combustíveis fósseis, há a energia nuclear em desenvolvimento inovador e a energia solar que chega à superfície da Terra, e é da ordem de 10 000 vezes o actual consumo mundial. Outras dificuldades ainda subsistem no domínio da energia, como sejam: fornecer energia nas formas adequadas e a custos acessíveis, mantendo todo o equilíbrio do sistema. Tal como as correntes marítimas dos oceanos, também os ventos foram cuidadosamente estudados! Do seu levantamento e do conhecimento das suas características obtido nas investigações feitas, a Universidade Mundial partiu para a sua exploração no fabrico de energia. Os mesmos conhecimentos, derivados dos estudos feitos aos ventos, permitiram relançar projectos no transporte aéreo de carga e passageiros. Também, nos transportes marítimos. A história da aviação tem pouco mais de cem anos! E da aviação comercial, bem menos! Um “Dirigível” fez a estreia do aparecimento deste projecto, na cidade de Sacramento, Califórnia, na noite de 17 de Novembro de 1896 – uma luz estranha, num chuvoso céu nocturno. Naquela primeira noite, ele foi visto por dezenas de pessoas. A maioria, viu apenas uma luz. Outros pensaram ter visto uma forma escura de charuto atrás da luz.  A descrição mais detalhada veio de um motorista de autocarro chamado Lowery, que disse ter visto uma máquina voadora impelida por dois homens pedalando. Quando a história chegou aos jornais no dia seguinte, causou uma tempestade de controvérsia. O Sacramento Bee e o San Francisco Call deram ampla atenção ao caso, e enviaram repórteres para que entrevistassem as testemunhas. Em contraste, o San Francisco Chronicle ignorou tudo isto. Depois de alguns dias, a história passou. O mundo espantou-se! A inflamabilidade do gás hidrogénio ocasionou terríveis acidentes. O pior deles ocorreu com o Hindenburg em Maio de 1937, nos Estados Unidos. O incêndio desse gigante de quase 270 metros de comprimento custou a vida de 36 pessoas e encerrou a carreira dos dirigíveis como veículos de transporte comercial. O avião “turbo - hélice” tem certas vantagens sobre os convencionais. São mais leves, capazes de produzir muita tracção e têm menos partes móveis, portanto são mais simples e cofiáveis. O primeiro avião a voar somente pelo impulso do seu motor turbo - jacto, foi o Heinkel He 178, alemão, que executou esse primeiro voo no campo da fabrica Heinkel em Marienehe em 27 de Agosto de 1939. Era propulsionado por um motor Heinkel HeS 3b desenhado pelo Dr. Pabst von Ohain. O concorde, cujo novo destino comercial foi o aeroporto John F. Kennedy em Nova York, voou pela primeira vez para Barbados em Dezembro de 1982 e, a partir de então, iniciou um serviço de voo semanal, utilizado especialmente por turistas de classe alta. O aparelho, com capacidade para 100 passageiros, encerrou as suas viagens (Setembro de 2003) em função de a companhia aérea britânica constatar que os voos do supersónico, numa velocidade superior a 1.350 milhas por hora e a uma altura de 60 mil pés, tinham custos muito altos. É verdade, os custos haveriam de conduzir ao desaparecimento de muitas outras coisas. O Hyper Soar é o nome do avião que está a fazer o futuro. Projectado no laboratório Lawrence Livermor, na Califórnia, o novo avião é capaz de viajar em velocidade match 10 – ou dez vezes a velocidade do som – e levar 500 passageiros. Um voo de Chicago a Tóquio, por exemplo, poderia ser feito em menos de duas horas.

Aviões, barcos de carga e cruzeiros, mais um grande número de transportes terrestres foram equipados com motores iónicos, como o da sonda Smart-1. Numa versão de pequena escala e em áreas do mundo com muito sol. Não queimam combustível como os motores normais, mas convertem a luz solar em energia eléctrica através de painéis solares. Por essa razão, diz-se que esta forma de propulsão é hélio - eléctrica. Depois, a energia eléctrica serve como fonte de electrões para carregar electricamente átomos de um gás, geralmente xénon, que vão impulsionar a sonda. Aos átomos electricamente carregados – que ganharam ou perderam electrões – chamam-se iões, daí o nome deste motor. Embora se trabalhe há décadas no desenvolvimento dos motores iónicos, só há pouco tempo os painéis solares ficaram mais eficientes. Os motores iónicos têm vantagens espantosas face aos convencionais, na exploração do espaço: por cada quilo de combustível usado, dão um impulso cerca de dez vezes superior ao dos motores químicos. Isto permite uma redução substancial na quantidade de combustível transportado pela sonda, deixando mais espaço para instrumentação científica. Ao contrário dos motores químicos, que queimam o combustível em minutos, os motores iónicos funcionam durante meses ou anos, desde que o sol brilhe e os painéis solares continuem a fornecer energia, permitirão viajar grandes distâncias. “A propulsão hélio - eléctrica abre o caminho da exploração espacial ao interior do sistema solar, porque aí o sol serve como combustível”, sublinha Guiseppe Racca, responsável pelo projecto da Smart-1, da Agência Espacial Europeia.

Mais longe, onde a luz solar é fraca, será necessário usar outra fonte, eléctrica, para o motor iónico, como um gerador nuclear. Embora no passado as sondas como as Pioneer ou as Voyager tenham tido pilhas atómicas, o uso da energia nuclear no espaço é hoje proibido. Por isso, as sondas usam a energia solar para alimentar os instrumentos e a sua propulsão é química. Quando queimam todo o combustível químico, passam a reger-se pelas leis da mecânica celeste. Em 2040, estão a voar aviões com estas tecnologias avançadas e aterragem e descolagem vertical, mas que essencialmente aproveitam na íntegra os factores favoráveis do vento, nomeadamente do tipo “Dirigível” e “Zepelim”, que com controlo telecomandado, reduzirão bastante os custos. Todas estas tecnologias foram adaptadas a todo o tipo de transporte, aéreo, marítimo e terrestre. Finalmente, o Homem conseguiu pisar Marte. Fantástico.

publicado por luzdequeijas às 19:44
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SONHAR COM O BEM COMUM

A Energia, está limitada e ameaçada pela escassez do petróleo

É verdade. Mas em contrapartida existe uma grande quantidade de combustíveis fósseis, há a energia nuclear em desenvolvimento inovador e a energia solar que chega à superfície da Terra, e é da ordem de 10 000 vezes o actual consumo mundial. Outras dificuldades ainda subsistem no domínio da energia, como sejam: fornecer energia nas formas adequadas e a custos acessíveis, mantendo todo o equilíbrio do sistema. Tal como as correntes marítimas dos oceanos, também os ventos foram cuidadosamente estudados! Do seu levantamento e do conhecimento das suas características obtido nas investigações feitas, a Universidade Mundial partiu para a sua exploração no fabrico de energia. Os mesmos conhecimentos, derivados dos estudos feitos aos ventos, permitiram relançar projectos no transporte aéreo de carga e passageiros. Também, nos transportes marítimos. A história da aviação tem pouco mais de cem anos! E da aviação comercial, bem menos! Um “Dirigível” fez a estreia do aparecimento deste projecto, na cidade de Sacramento, Califórnia, na noite de 17 de Novembro de 1896 – uma luz estranha, num chuvoso céu nocturno. Naquela primeira noite, ele foi visto por dezenas de pessoas. A maioria, viu apenas uma luz. Outros pensaram ter visto uma forma escura de charuto atrás da luz.  A descrição mais detalhada veio de um motorista de autocarro chamado Lowery, que disse ter visto uma máquina voadora impelida por dois homens pedalando. Quando a história chegou aos jornais no dia seguinte, causou uma tempestade de controvérsia. O Sacramento Bee e o San Francisco Call deram ampla atenção ao caso, e enviaram repórteres para que entrevistassem as testemunhas. Em contraste, o San Francisco Chronicle ignorou tudo isto. Depois de alguns dias, a história passou. O mundo espantou-se! A inflamabilidade do gás hidrogénio ocasionou terríveis acidentes. O pior deles ocorreu com o Hindenburg em Maio de 1937, nos Estados Unidos. O incêndio desse gigante de quase 270 metros de comprimento custou a vida de 36 pessoas e encerrou a carreira dos dirigíveis como veículos de transporte comercial. O avião “turbo - hélice” tem certas vantagens sobre os convencionais. São mais leves, capazes de produzir muita tracção e têm menos partes móveis, portanto são mais simples e cofiáveis. O primeiro avião a voar somente pelo impulso do seu motor turbo - jacto, foi o Heinkel He 178, alemão, que executou esse primeiro voo no campo da fabrica Heinkel em Marienehe em 27 de Agosto de 1939. Era propulsionado por um motor Heinkel HeS 3b desenhado pelo Dr. Pabst von Ohain. O concorde, cujo novo destino comercial foi o aeroporto John F. Kennedy em Nova York, voou pela primeira vez para Barbados em Dezembro de 1982 e, a partir de então, iniciou um serviço de voo semanal, utilizado especialmente por turistas de classe alta. O aparelho, com capacidade para 100 passageiros, encerrou as suas viagens (Setembro de 2003) em função de a companhia aérea britânica constatar que os voos do supersónico, numa velocidade superior a 1.350 milhas por hora e a uma altura de 60 mil pés, tinham custos muito altos. É verdade, os custos haveriam de conduzir ao desaparecimento de muitas outras coisas. O Hyper Soar é o nome do avião que está a fazer o futuro. Projectado no laboratório Lawrence Livermor, na Califórnia, o novo avião é capaz de viajar em velocidade match 10 – ou dez vezes a velocidade do som – e levar 500 passageiros. Um voo de Chicago a Tóquio, por exemplo, poderia ser feito em menos de duas horas.

Aviões, barcos de carga e cruzeiros, mais um grande número de transportes terrestres foram equipados com motores iónicos, como o da sonda Smart-1. Numa versão de pequena escala e em áreas do mundo com muito sol. Não queimam combustível como os motores normais, mas convertem a luz solar em energia eléctrica através de painéis solares. Por essa razão, diz-se que esta forma de propulsão é hélio - eléctrica. Depois, a energia eléctrica serve como fonte de electrões para carregar electricamente átomos de um gás, geralmente xénon, que vão impulsionar a sonda. Aos átomos electricamente carregados – que ganharam ou perderam electrões – chamam-se iões, daí o nome deste motor. Embora se trabalhe há décadas no desenvolvimento dos motores iónicos, só há pouco tempo os painéis solares ficaram mais eficientes. Os motores iónicos têm vantagens espantosas face aos convencionais, na exploração do espaço: por cada quilo de combustível usado, dão um impulso cerca de dez vezes superior ao dos motores químicos. Isto permite uma redução substancial na quantidade de combustível transportado pela sonda, deixando mais espaço para instrumentação científica. Ao contrário dos motores químicos, que queimam o combustível em minutos, os motores iónicos funcionam durante meses ou anos, desde que o sol brilhe e os painéis solares continuem a fornecer energia, permitirão viajar grandes distâncias. “A propulsão hélio - eléctrica abre o caminho da exploração espacial ao interior do sistema solar, porque aí o sol serve como combustível”, sublinha Guiseppe Racca, responsável pelo projecto da Smart-1, da Agência Espacial Europeia.

Mais longe, onde a luz solar é fraca, será necessário usar outra fonte, eléctrica, para o motor iónico, como um gerador nuclear. Embora no passado as sondas como as Pioneer ou as Voyager tenham tido pilhas atómicas, o uso da energia nuclear no espaço é hoje proibido. Por isso, as sondas usam a energia solar para alimentar os instrumentos e a sua propulsão é química. Quando queimam todo o combustível químico, passam a reger-se pelas leis da mecânica celeste. Em 2040, estão a voar aviões com estas tecnologias avançadas e aterragem e descolagem vertical, mas que essencialmente aproveitam na íntegra os factores favoráveis do vento, nomeadamente do tipo “Dirigível” e “Zepelim”, que com controlo telecomandado, reduzirão bastante os custos. Todas estas tecnologias foram adaptadas a todo o tipo de transporte, aéreo, marítimo e terrestre. Finalmente, em 2040, o Homem conseguiu pisar Marte. Fantástico.

publicado por luzdequeijas às 19:40
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TEMOS DE SONHAR E INOVAR

Deixar o caminho preparado para as gerações vindouras, faz parte da moral universal.

Os sistemas de rega terão de ser programados, através de computorização, para que um bem tão escasso e caro na sua obtenção, não volte a faltar. Nessa linha de preocupações serão estudadas as novas técnicas de rega. Entre elas, será desde logo dada toda a prioridade à rega “gota a gota”. Todas as técnicas de cultura, usadas desde há muito, foram objecto de profundos estudos. Sem nunca descurar a crescente vontade em inovar. Em muitas apareceram profundas alterações. Em muitos outros casos as culturas no solo foram abandonadas, para passarem a ser feitas em extensos tapetes rolantes mecanizados. Com suficiente altura de boa terra, serão “lavrados” antes da plantação e depois das colheitas, mecanicamente. Enquanto isso, as terras caíriam em tanques apropriados, onde a terra seria devidamente fortificada e adubada. Também a plantação, bem como a rega e a apanha eram automáticas, assim como o seu transporte para o espaço de armazenagem. Em certas culturas de vegetais, passariam-se a utilizar estufas altamente preparadas, na rega e humidade do ar, assim como no tempo de exposição ao sol. Além dessas estufas, seriam também utilizadas e devidamente orientadas, culturas em escadaria (qual anfiteatro), com largas vantagens no tempo gasto em cuidados normais e exigíveis. Toda a água das chuvas seria recolhida em depósitos colocados na parte mais alta e, com aproveitamento dos sucessivos declives, utilizada em rega “gota a gota”, automática! Laboratórios de preparação de boa terra, procediam com base nos conhecimentos da célebre «Terra Preta» da Amazónia, à obtenção de terra a utilizar pelo mundo fora. Ainda sobre a terra da amazónia, até onde se sabe, continua por desmistificar o mito de que tais terras eram pobres e impróprias para a agricultura. Mas, no que se refere à “terra Preta”, o mestiço, diz que nela tudo dá. Pesquisadores do Brasil, Europa, Estados Unidos e América Latina, debruçaram-se sobre aqueles lugares arqueológicos para tentarem perceber com se formou aquele tipo de solo. Tal descoberta significou uma revolução, e a chave do desenvolvimento da agricultura sustentável no mundo! Sobre isso, ainda há muito para discutir, principalmente como foi a “Terra Preta Arqueológica” formada. Os pesquisadores sabiam da importância dessa descoberta, pois conseguir reproduzir essa terra, significaria um grande salto em frente para acabar com a fome para sempre, no mundo inteiro. Então, foi isso que aconteceu. Estranhamente, veio-se a descobrir que a própria “Terra Arqueológica encerra em si um ecossistema, que a leva a auto-reproduzir-se. Assim, a sua produção passou a ser industrializada, e essa terra, apareceu espalhada por todo o mundo. Nesse momento irá tentar-se com ela, a recuperação dos grandes desertos. Deste modo, irá ser ganha a batalha contra a desertificação. Os custos deste projecto foram substancialmente diminuídos, com a poupança de adubos, de alfaias agrícolas e energia gasta na preparação da terra e nas colheitas. Também se irão desenvolver  inovações para transformação das temperaturas extremas em energia eléctrica, acontecendo o mesmo com a luz solar dos desertos. A produção agrícola mundial, terá ganhos de produtividade impressionantes. Sonhar é fácil, mas o mundo precisa de muita gente que sonhe e que consiga com esse sonho resolver os graves problemas que irão surgir neste século, por exaustão de muitas matérias primas, petróleo e água potável. 

 

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 19:17
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SEM ÁGUA NÃO HÁ VIDA

Transformação de água salgada em água doce

Finalmente de alguma Universidade Mundial saírão os projectos que levarão o Homem a poder transformar a água salgada em água doce, de excelente qualidade e sabor. Temos de acreditar nesta possibilidade, sem esquecer que o Homem só consegue viver três dis sem beber água!

Esta realidade será então conseguida e espalhada por todo o litoral mundial, sendo o seu desenvolvimento e exploração, assumidos pelas populações da orla marítima, embora o sistema, certamente, também permita qualificar água doce, a partir de lagos, lagoas e rios, nos quais a água doce se apresente imprópria para uso doméstico. Todos beneficiarão e todos terão alguma participação nesta grande conquista. Através de enormes “condutas”, será levada já em produto final, a todos os lugares onde haja a sua procura. É um custo universal, logo, suportado mundialmente por todos. A energia produzida pelas marés, ondas e brisas marítimas, a baixos custos, será utilizada para essa impulsão das águas até ao interior. Nas barragens, terá, igualmente, sido conseguido fazer com que grande parte da água já utilizada, volte à barragem, sucessivamente, para cair novamente e produzir mais energia. Também irão ser aproveitadas as grandes condutas de água de abastecimento público para, no seu interior, aproveitar o movimento dessa água em fabrico de mais energia eléctrica. Para tanto, serão colocadas pequenas turbinas no interior das condutas, a espaços, de modo a ser conseguida alguma energia, transportada depois, por cima da linha condutora dessa água. Para além disso, os organismos internacionais, começarão a recuperação dos efeitos da prolongada escassez do precioso líquido. Com os mesmos recursos e auxílio do calor desenvolvido por pequenas centrais nucleares (geradores nucleares), será processado o degelo em muitas zonas geladas do mundo! Essa água, proveniente do degelo, será enviada, por impulsão eléctrica, para zonas de baixo-relevo e aí guardada como reserva estratégica. Também será aproveitada, no enchimento das enormes cavernas aparecidas pela extracção do crude, e já exauridas. Finalmente, será descoberta a melhor forma de armazenamento de toda a energia produzida e não consumida. Acreditar nestas conquistas é meio caminho para torná-las plenas realidades.

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 18:46
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UMA RIQUEZA ABANDONADA

A circulação global das águas dos oceanos

Sabe-se que a água dos oceanos não se mantém parada, que circula em torno do globo num ciclo que pode durar até mil anos! As águas quentes tropicais do Atlântico deslocam-se à superfície para o Pólo Norte, onde arrefecem. O arrefecimento aumenta a sua densidade, pelo que elas descem em profundidade. Assim, forma-se uma corrente submarina em direcção ao Antárctico. As águas sobem à superfície no Oceano Índico e no Pacífico, devido ao afastamento das águas superficiais da costa oriental dos continentes, um fenómeno resultante da circulação superficial dos oceanos. Deste modo, passam a correr à superfície, voltando para o Atlântico pela força do vento. A circulação superficial dos oceanos corre segundo padrões de ventos globais. A cada lado do Equador, em todas as bacias oceânicas, existem duas correntes circulando para oeste a norte e a sul. A água transportada deste modo aquece, e quando embate na costa oriental dos continentes, flui para as latitudes mais elevadas, onde arrefece por contacto com as águas polares. Estas águas voltam a descer para o Equador seguindo a costa ocidental dos continentes para sul, completando o ciclo. Estas correntes circulares transportam calor dos trópicos para os pólos, contribuindo para a amenização do clima. Era difícil absorver os muitos conceitos estudados, e que favorecem a solução de muitas actividades económicas iniciadas. O respeito por estes conhecimentos, permitiu uma nova concepção das pescas, logo, permitiu, por inteiro, satisfazer uma das formas de alimentação do Homem. Claro, que estamos a falar dos imensos recursos do mar. O levantamento dos hábitos de cada uma das espécies, está muito ligado à temperatura das águas e às correntes marítimas. Através do visionamento, pudemos ver a produção da pesca mundial, em larga escala, e com custo mínimo de captura. Nesse visionamento, vimos a produção de Pargo e Dourada, feita em pleno mar. Em menos de dez anos, os empresários da aquacultura, conseguiram o domínio da produção destes peixes tão apreciados. Foram criadas várias quintas aquáticas, em todo o litoral, especialmente no mediterrâneo. Nesta actividade, a produção começa com a recolha dos ovos. São colocados por “genitores” (peixes adultos), que são geralmente peixes selvagens capturados no mar e depois adaptados ao cativeiro. Com as espécies migratórias e de alto mar, as técnicas são as mesmas, mas em grandes tanques flutuantes e em rede, que acompanham as correntes marítimas. Os mercados abastecedores oferecem grande variedade e quantidade de consumo a preços acessíveis. As algas tiveram uma expansão idêntica à dos peixes, num cultivo incrementado pelo Homem. Têm hoje, procura para diversas finalidades: alimentação, medicina, cosmética, etc. Um dos factores mais importantes para o sucesso do cultivo de peixe é a utilização de alimento natural (fito plâncton), principalmente nos estados iniciais de desenvolvimento dos organismos aquáticos. O alimento vivo, devido ao seu conteúdo em ácidos essenciais, é a melhor opção para a nutrição inicial das larvas. Apesar dos esforços para substituir totalmente o alimento vivo por dietas artificiais, os aquicultores ainda são dependentes da produção e do emprego de microrganismos para a alimentação de certas espécies de peixes. Pois, em geral, o alimento artificial não supre as necessidades nutricionais dos peixes. Além disso, os custos das rações são elevados.

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 18:42
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AVERSÃO FATAL

" ( ... ) Uma insistência de um governo de salvação nacional que mais não seria do que salvação do poder do Partido Socialista sobre o Estado.

Essa opressão anti-democrática sistémica insere-se num peculiar retorno emocional ao salazarismo, dispensando o voto:

«O nosso povo é avesso ao voto, por temperamento, pela má recordação dos tempos idos, em que lhe arrastava dissabores e prejuízos, por comodismo, por confiança nas pessoas e até, quem sabe, por inata desconfiança no processo.»

António de Oliveira Salazar, discurso de 7 de Outubro de 1945, sala da biblioteca da Assembleia Nacional, em Lisboa
)

 

 

(.... ) António Balbino Caldeira

publicado por luzdequeijas às 14:32
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GRÉCIA E PORTUGAL SÓZINHOS?

Dominó trágico

Os juros da dívida pública grega a dois anos já passaram a pornográfica marca de 25% ao ano e arrastaram os títulos portugueses para valores a rondar os 12%. Os mercados já contam com a forte possibilidade de a Grécia não conseguir pagar toda a dívida.

Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto

 

Um ano após a aterragem do FMI em Atenas, a situação dificilmente poderia ser pior. As receitas dolorosas acentuaram a recessão, e o endividamento chegou a limites insustentáveis, que tornam provável o ‘perdão’ forçado de parte do crédito.

Se isso acontecer, a Europa assistirá a outro dominó trágico, podendo novamente afectar Portugal, que também não pode pagar por muito tempo os juros usurários que agora o mercado exige. Mas, se a UE deixa a Grécia e Portugal sozinhos à mercê da gula dos mercados, a Europa e o euro arriscam-se a ser as maiores presas.

publicado por luzdequeijas às 14:10
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EM VEZ DE RELANÇAR A ECONOMIA

O PS CONTINUA COM A FIXAÇÃO DAS OBRAS PÚBLICAS

 

PS «não abandonou» as obras públicas

 


O primeiro-ministro e líder do PS rejeitou hoje que o partido tenha deixado cair as grandes obras públicas, frisando que estas continuam a ser uma «prioridade», mas que têm de ser adaptadas às actuais «condições de financiamento».

 

DIÁRIO DIGITAL

 

publicado por luzdequeijas às 13:46
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O ESTADO DO ESTADO

 

Estado fez 30 contratos por ajuste directo a empresas que não existiam
27 de Abril, 2011
Dezenas de entidades públicas assinaram nos últimos anos contratos por ajuste directo no valor global de cerca de 800 mil euros com empresas que ainda não tinham sido constituídas, revelou o novo serviço online Despesa Pública, site cuja conta foi suspensa cerca das 17h de hoje.

O site Despesa Pública (www.despesapublica.com), anunciado hoje e cuja conta foi suspensa horas mais tarde, foi lançado por um grupo de cidadãos no Dia da Liberdade, 25 de Abril, com o lema «Saiba onde, como e por quem é gasto o dinheiro dos contribuintes».

Cruzando dados oficiais da criação de empresas e dos ajustes directos (sem concurso público), o site permite chegar a «alguns resultados bastante curiosos e de carácter duvidoso», nomeadamente de contratos e adjudicações feitos por entidades da administração central, regional ou local a empresas ainda inexistentes ou criadas pouco dias antes.

A maior parte dos casos de adjudicações a empresas ainda não formalmente constituídas refere-se a contratos feitos com revisores oficiais de contas (ROC).

O caso extremo é o dos Serviços Municipalizados de Abrantes, que terão adjudicado uma prestação de serviços a uma sociedade ROC mais de um ano e meio (606 dias) antes de esta ter sido criada.

Também a Direcção Geral dos Impostos terá adjudicado a compra de uma envelopadora por 14.450 euros a uma empresa que só foi constituída 15 dias depois.

O Ministério da Defesa terá assinado um contrato de 9.160 euros para o fornecimento de material de combate a incêndios por uma empresa que só terá sido constituída 11 dias depois.

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa terá contratado o fornecimento de 50,7 mil euros de material eléctrico a uma empresa constituída três dias depois.

Os 30 casos referem-se apenas à data de publicação da adjudicação, mas há mais algumas dezenas de contratos assinados antes de as empresas terem sido constituídas e publicados só depois.

Das empresas criadas em 2011, 15 já beneficiaram de 17 contratos com entidades públicas por ajuste directo, no valor global de 870 mil euros.

Uma empresa da área da consultadoria, a mais recente listada no site, terá sido contratada pelo Município do Seixal para prestar serviços de acompanhamento dos planos de pormenor um dia antes (01 de Março) de ter sido formalmente constituída, tendo a adjudicação sido publicada dias depois (10 de Março).

A equipa do site Despesa Pública reconhece que, «por vezes», a informação recolhida «não está 100 por cento correcta», pelo que apela à colaboração de todos na sua validação.

Para testar o novo serviço, a Lusa fez algumas pesquisas directamente nos sites do Governo que servem de fonte ao Despesa Pública (www.base.gov.pt e http://publicacoes.mj.pt) e verificou que são iguais, pelo que, a haver engano, será de alguma das bases de dados oficiais.

Lusa/SOL

publicado por luzdequeijas às 09:42
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Quarta-feira, 27 de Abril de 2011

COMO VAMOS SAIR DESTA?

" Milton Friedman

 

«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar»."

publicado por luzdequeijas às 22:41
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O SEU RUMO ERA A LUZ


PORTUGAL

Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!

Pátria - Guerra Junqueiro

 

publicado por luzdequeijas às 22:21
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TEMOS COMUNICAÇÃO SOCIAl?

O mundo surreal do jornalismo e da política

Querem perceber o Estado do país? Leiam com atenção esta notícia do Público. É surrealista.  Nela se explica que, devido às regras de contabilidade do Eurostat, o défice de 2011 poderá aumentar se forem introduzidas portagens nas SCUTs que ainda não as têm. Até aqui tudo bem. É contabilidade. Vale o que vale. Anos de desorçamentação geram, mais cedo ou mais tarde, este tipo de paradoxos. Só que, segundo a notícia, os políticos que nos dirigem estarão a ponderar não introduzir portagens nas SCUT para não aumentar o défice contabilístico. Vou repetir: os políticos que nos dirigem estarão a ponderar abdicar de uma receita para não aumentar o défice. E os jornalistas que fazem a peça em momento algum mostram compreender que não faz sentido nenhum abdicar de uma receita para baixar o défice. Se a receita aumenta, o estado das contas públicas melhora, mesmo que o défice contabilístico aumente temporariamente. Chegamos ao estado a que chegamos também por causa disto: políticos predispostos a respeitar metas surreais, desde que aprovadas na UE, e jornalistas que não os questionam nem são capazes de avaliar a realidade para alem das estatísticas oficiais e das declarações dos “especialistas”.

publicado por luzdequeijas às 21:57
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UM PAÍS SEM TUTELA

Portugal perdeu a soberania. Agora é um País tutelado pela ditadura financeira de um triunvirato que não quer saber dos danos colaterais que inevitavelmente o pacote de austeridade provocará. O que interessa ao FMI, BCE e Comissão Europeia é se o País consegue pagar as dívidas, nem que uma grande percentagem dos cidadãos fique a pão e água.

Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto

 

Mas a culpa desta dependência é exclusivamente nacional. Portugal entrou no euro como se fosse uma festa. Aproveitou a descida histórica de juros para consumir a crédito, sem se preocupar em produzir. A Banca alavancou o processo e ganhou milhões num país que produzia ao ritmo de Marrocos e que pretendia viver como os alemães. Mais tarde ou mais cedo a festa tinha de acabar. A crise financeira só acelerou a queda

publicado por luzdequeijas às 21:51
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QUAL PEC IV?

 

Diário da República nº 28 - I série

 

Vivas ao PEC 4 !!!! 

 

'Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...' um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.


Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis.


Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este,finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. [.] A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos [.] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, [.] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

 

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896

 

 

Diário da República nº 28 - I série datado de 10 de Fevereiro de 2010 -

RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.

Poderão aceder através do site http://WWW.dre.pt

Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica
1 - Vencimento de Deputados..............................12 milhões 349 mil Euros
2 - Ajudas de Custo de Deputados.........................2 milhões 724 mil Euros
3 - Transportes de Deputados ..............................3 milhões 869 mil Euros
4 - Deslocações e Estadas ....................................2 milhões 363 mil Euros
5 - Assistência Técnica (??) ..................................2 milhões 948 mil Euros
6 - Outros Trabalhos Especializados (??) .............. 3 milhões 593 mil Euros
7 - RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA.......... ..961 mil Euros
8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................970 mil Euros
9 - Equipamento de Informática ............................2 Milhões 110 mil Euros
10- Outros Investimentos (??) ............................. 2 Milhões 420 mil Euros
11- Edifícios. ………………………………………………  2 Milhões 686 mil Euros
12- Transfer's (??) Diversos (??) ..........................3 Milhões 506 mil Euros
13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R...............16 milhões 977 mil Euros
14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS.........73 milhões 798 mil Euros


NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é: € 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil

356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série, de 10 de Fevereiro de 2010.

 

 

publicado por luzdequeijas às 20:47
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DEPOIS DO ESTADO EM QUE DEIXOU PORTUGAL

AINDA GOZA COM O POVO

 

 


PS quer liderar governo maioritário e espera mais abertura
O PS defende no seu programa eleitoral que Portugal precisa de um «governo maioritário» e afirma-se disponível para o liderar, acrescentando que espera que os outros partidos manifestem «maior abertura» para entendimentos do que nesta legislatura.
publicado por luzdequeijas às 20:36
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PROGRAMA ELEITORAL DO PS

FMI TIRA 14.º MÊS A REFORMADOS

 

Extinção do subsídio a pensionistas é uma das medidas impostas pela TROIKA a Portugal

 

Correio da Manhã - 27-04-2011

 

 

Se a TROIKA tem sobre a mesa o corte do 14.º Mês aos reformados, esta medida tem estado há muitos anos na cabeça do ainda subsecretário de Estado de Guterres e Sócrates. Serão eles os pais dessa criança que já tem barbas!

publicado por luzdequeijas às 14:05
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GOVERNO DE MEMÓRIA CURTA?

MAIO DE 2008

 

 

O SECRETÁRIO DE ESTADO de Sócrates

 

O Estado em que o País se encontra !

 

António Guterres perdeu as autárquicas e disse que não tinha condições para continuar a governar, pois a situação era de "pântano político". Abandonou.

 

Hoje o nosso primeiro-ministro, Sócrates, anda a barafustar e a gritar no parlamento e nas televisões,  esquecendo - se que ele é um dos muitos culpados  que meteram o país no pântano. Depois, com o barco a meter água, todos somos um pouco culpados.

 

Curiosamente apareceu no Expresso de 6 de Maio 2005, um artigo de opinião de um novo Viriato, que lá das faldas da Serra da Estrela, ensinava ao actual governo como tão facilmente se podia debelar o crónico défice das finanças públicas. Ele, imagine-se, a primeira medida que tomava era retirar o 13.º e 14.º mês aos reformados.

O que mais espanta é que passada uma semana, apareça o Secretário de Estado do Orçamento em público a chamar a atenção para a possibilidade de os pensionistas deixarem de receber o subsídio de férias para ajudar a equilibrar o Orçamento do Estado, que eles desequilibraram!

 

Nem o celebre pastor do grande clássico da publicidade portuguesa, com o “Tou Chim”

conseguiria uma mensagem com melhor recepção !

No mesmo dia o DN trazia o desmentido dessa possibilidade, mas não do que disse o Secretário de Estado.

 

Estes cargos Secretários de Estado são normalmente ocupados por gente jovem que já saiu das faculdades nos tempos em que mal dominam a tabuada ou a história de Portugal, tão pouco o teorema de Pitágoras. Para eles tudo é “Bué de Fish”.

Gastaram o seu tempo assimilando as concepções filosóficas de Platão, nomeadamente à procura do “ homem novo”. Os velhos são trapos.

Começa exactamente aqui a falta de respeito por quem passou uma vida dura de trabalho granjeando a sua reforma e a de muitos políticos, que nada deram ao país.

Para eles, os velhos já estão a mais, mesmo que sejam os pais, e por isso muitos no natal os deixam à porta do hospital !  

 

Os tais que conseguiram convencer o povo mais simples de que ninguém como eles tem tanta sensibilidade social, quando no poder, foram dando tudo o que não era deles. Menos aos idosos ! A eles tiraram e continuam a tirar o mais que podem, são para morrer, mesmo que fiquem mortos muitos meses em casa! Aí já não fazem despesas ao Estado!

Agora, que já não há mais nada para dar, até os direitos de gente em fim de vida, honesta e de trabalhadora, querem roubar!

Convido o Sr. Secretário de Estado a publicar, de modo a que todos os portugueses possam saber, quantos milhares de trabalhadores foram compulsivamente colocados na reforma com menos de 65 anos, alguns até com menos de 50 !

O Sr. Secretário de Estado sabe para quê ? Para diminuir o desemprego que os políticos foram fomentado destruindo a nossa economia. Para baixar os custos das empresas privatizadas. Para conseguir competitividade na economia.  Para colocar licenciados saídos das Universidades, onde muitos enchem os bolsos e outros têm o enésimo emprego. Para que os filhos daqueles que servem os “grupos” que arrasam o país, fiquem com os seus empregos.

 

A geração que o Sr. Secretário está a atacar, nascida nos anos 30/40 e 50 do último século é uma geração que deu tudo a este país, que enfrentou um nunca antes havido desenvolvimento tecnológico, sem preparação para tal. Mas conseguiu ! Serviu dignamente o país onde nasceu. Pagou a sua reforma durante uma vida de trabalho.

Enfrentaram a imigração, as guerras, a censura, os baixos salários e que mesmo assim, queriam continuar a trabalhar. Não queriam ficar de barriga ao sol perdendo os últimos sonhos profissionais. Como muitos jovens de hoje, supostamente licenciados!

Esta “geração de ouro”, sabe que parar é morrer e preferia não ter sido aviltada nos seus direitos e continuar a  trabalhar até à idade legal de reforma. Ou mesmo até poderem.   

 

Seria bom o Sr. Secretário de Estado não esquecer que numa sociedade evoluída que pretendemos ser , os políticos serão certamente avaliados pela forma como tratarem os mais vulneráveis, os idosos, os excluídos e as crianças.

Ao longo do último século, a esperança média de vida aumentou em mais de 30 anos!

Neste período de longevidade aparecem várias doenças crónicas, a perda de autonomia, a dependência total, o sofrimento físico, psicológico e moral ! 

Este sofrimento decorre de perdas contínuas e de grande dimensão moral e funcional. O idoso torna-se num ser sem auto-estima pela perda da sua imagem, do seu bem-estar social e económico e pela perda da sua capacidade reivindicativa.

 

Aqueles que esquecem que envelhecer é um processo que se inicia quando nascemos, não poderão esquecer que recai sobre os que trabalham a responsabilidade de resolver o problema do défice das finanças públicas e não às crianças ou idosos.

Por exemplo os membros do governo podiam prescindir dos seus 13.º e 14.º meses para este efeito, e dariam com isso uma bonita imagem de solidariedade social.

 

Infelizmente aquilo a que assistimos é ver esses responsáveis, de alma e cara lavada, a serem entronizados em altos cargos a nível nacional e internacional. Quanto ao mérito é melhor esquecer!

Quando é noticiado que entre 100 a 150 mil portugueses estão, neste momento, a emigrar em busca de trabalho, juntando-se ao menino que simbolizou o 25 de Abril metendo um cravo na espingarda, valha-nos ao menos, que se tivermos que fugir todos, também os idosos, teremos alguém conhecido lá fora como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. O tal do "pântano"!

 

António Reis Luz

 

publicado por luzdequeijas às 16:11 DE MAIO DE 2008

publicado por luzdequeijas às 13:44
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O NOSSO POVO E A RUÍNA DO PAÍS

Abril 27, 2011

O fenómeno português

 — ruicarmo @ 11:32
 

Ontem, na entrevista à TVI o chefe máximo da propaganda voltou a estar bem consigo mesmo: anunciou que se quer amigar num consenso com o PSD (que a toda a hora é criticado com ferocidade  por si mesmo e pelos subordinados) e jurou que ia pedir ajuda financeira depois das eleições. A pergunta que importa fazer é: alguém dúvida ainda dos dotes sobre-humanos da criatura? É que antes de pedir a demissão, já sabia a data das eleições e da necessidade do pedido de ajuda. A necessidade de alguma verdade no discurso e na prática…é que está quieto.

Neste contexto narrativo, tão peculiar, vale a pena ler o David Levy.

Os socialistas consideram a ideia de reduzir direitos nas pensões uma ideia perigosa. O  partido que faliu o país, que empobreceu os portugueses como há muito não se via, e que fez a maior redução de pensões da história, consegue produzir este tipo de declarações com o maior à-vontade e com uma impunidade quase absoluta.
É impressionante a forma como os socialistas estão a fazer o mal e a caramunha, a ponto de Portugal se arriscar a entrar no anedotário europeu – e até mundial – de reeleger um Governo que o levou à bancarrota. Se isso acontecer, a responsabilidade será unicamente dos eleitores que,  dispondo de todas as evidências, parecem ser incapazes de escrutinar as enormidades propagadas pela máquina de propaganda do Governo.
publicado por luzdequeijas às 13:39
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AS MAEIAS MENTIRAS

     
publicado por luzdequeijas às 13:31
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SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

ANA JORGE - OS HOSPITAIS PÚBLICOS, TUTELADOS PELO MINISTÉRIO DE ANA JORGE, ESTÃO A PEDIR AOS DOENTES QUE LEVEM DE CASA OS MEDICAMENTOS - CORREIO DA MANHà 

 

PS: Será este o programa do Partido Socialista?

publicado por luzdequeijas às 10:06
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COM ESTA DEPENDÊNCIA NÃO PODE HAVER DEMOCRACIA

1,5 MILHÕES DE REFORMAS ABEIXO DO SALÁRIO MÍNIMO

 

 

 

É ESTE O ESTADO SOCIAL QUE SÓCRATES DEIXA AO PAÍS E MUITAS OBRAS PÚBLICAS QUE ESTA GENTE TEM DE PAGAR ATÉ MORRER

publicado por luzdequeijas às 10:02
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PARA OUVIR E MEDITAR

http://www.rr.pt/informacao_seccao.aspx?fid=94

 

                                                                                           CLICAR ACIMA

publicado por luzdequeijas às 10:01
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PROGRAMA PARA ACABAR COM O RESTO DO PAÍS

GOLPE DE MISERICÓRDIA EM PORTUGAL?

 

José Sócrates apresenta hoje programa eleitoral socialista

 

O secretário-geral do PS apresenta hoje o seu programa eleitoral, que deverá defender consensos alargados políticos na resposta à crise financeira e a aceleração de reformas, em especial nas áreas da organização do Estado e da justiça.

 

DIÁRIO DIGITAL

publicado por luzdequeijas às 09:45
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Segunda-feira, 25 de Abril de 2011

O CRAVO DE ABRIL

                                                                      
Há 34 anos foi o menino de caracóis loiros, cuja figura reguila se esticava para colocar o cravo numa espingarda de Abril. A fotografia tornou-se o símbolo da revolução, mas o miúdo de roupa esfarrapada, descalço, fotografado por Sérgio Guimarães saiu de Portugal mal atingiu a maioridade. Foi estudar em Londres e apaixonou-se por uma inglesa. Trabalha lá e espera o primeiro filho, que nasce no início de Maio.


- Diogo Bandeira Freire, o menino da revolução, tem 37 anos, vive numa casa de tijolos vermelhos com um jardim, na margem Sul do Tamisa. Vive a vida à inglesa: deixa o Audi A3 estacionado à porta, para não ter de pagar cinco libras de portagem para entrar no centro da cidade e vai de transportes públicos para o emprego. Leva numa lancheira o que comerá ao almoço. E trabalha como ‘financial controler’ sete horas e meia por dia numa empresa de tecnologia.

 

- Nunca pensei nisso, mas se o 25 de Abril representa democracia, liberdade e a consciencialização das pessoas sobre deveres, como o de votarem, a frase é válida.

Mas já tinha ouvido falar do 25 de Abril ?

Já, mas nunca tinha pensado sobre ela. Há milhentas maneiras de interpretá-la: se significa nacionalizar todas as indústrias, tirar os bens às pessoas: não muito obrigado. O 25 de Abril, de certa forma, também tem duas faces.
 
O Menino que com três anos aparece num poster que correu mundo, a pôr-se em bicos de pés para meter um cravo no cano de uma espingarda, trinta e sete anos depois, definiu bem o 25 de Abril, mas poderia ter dito muito mais....
 
Entrevista de Fernanda Cachão – CM
 
Muito para além da anarquia vivida e das injustiças cometidas, o 25 de Abril levou todo um povo, que tanto já havia sofrido, a acreditar que um país, uma família ou simplesmente uma pessoa, podiam receber um vencimento sem trabalhar duro. O nosso país, também, tem ainda duas faces , a do trabalhador da iniciativa privada, coberto de esforço e de impostos para manter uma função pública esbanjadora, engordada pela revolução e pelas promessas do socialismo. Sem trabalho certo. Condenado à precariedade!
 
A outra face, dos trabalhadores da função pública que, sem culpa, se deixaram adormecer toda a vida, no sabor doce de uma vida fácil, impregnada de direitos . Mais, ainda, um emprego para toda a vida !
Nenhum capitão explicou ao povo, que cada trabalhador ganhará o pão com o suor do seu rosto. Foram anos de andar para trás !
 
E para que isso aconteça, há que criar condições de haver emprego para todos, logo o investimento é fundamental e indispensável, e é também preciso haver confiança dos investidores. 
A própria China, anos a fio defensora do socialismo puro e duro, se quis fugir à fome, teve que embarcar no celebre “slogan”: «um país dois sistemas», mantendo o socialismo para forçar a aceitação da austeridade, então, ainda necessária, e o capitalismo para conseguir o desenvolvimento e mudar a situação.
Neste momento os chineses produzem muito e de tudo, espalham-se por todo o mundo trabalhando, em jornadas diárias sem limite de horas, à procura da riqueza que lhes permita um nível de vida confortável.Vão consegui-lo .
Nenhum capitão explicou ao povo que sem estabilidade e autoridade, não há emprego nem riqueza produzida para depois distribuir com justiça.
Nenhum capitão explicou ao povo que o mundo e os países são feitos de continuidade na evolução, sem rupturas que, as mais das vezes, provocam destruição e atrasos de longos anos, suportados pelas classes mais desfavorecidas. A nossa vizinha Espanha optou pela nomeação de um rei em desfavor de um Presidente da República, tão caro ao politicamente alienado povo português. Não optou pelo comunismo ou socialismo e foi moderada. O resultado está bem de ver, com a Espanha a dar ao seu povo um nível de vida cifrado quase no dobro do nosso.
E, ainda ajudam , com milhares de empregos, os trabalhadores portugueses !
Tanto se poderia dizer sobre isto, mas por agora importa lembrar que Portugal, cheio de reservas em ouro no Abril de 74, chegou aos anos oitenta na cauda da União Europeia ! O consumismo desenfreado, sem sustentação, atirou-nos, neste novo século, para os piores indicadores da UE ! A Divida Externa é clamorosa ! Chegou a hora da mudança ! Olhos postos na Islândia ! NINGUÉM QUIS ACREDITAR, AÍ TEMOS DE NOVO O RESGATE, DEPOIS DA FALÊNCIA FINANCEIRA E SOCIAL.
 António Reis Luz
 

 

publicado por luzdequeijas às 22:36
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O CENTRO DE GRAVIDADE DO PAÍS

Já passou pela cabeça de alguém que um País ou uma qualquer SOCIEDADE CIVIL também têm um centro de gravidade? E que ele é um ponto muito especial. Qualquer objecto se comporta como se todo o peso do seu corpo estivesse concentrado nele.

O centro de gravidade desempenha um papel importante na análise do equilíbrio de corpos sólidos. A sua posição relativa pode determinar o tipo de equilíbrio (estável, instável ou indiferente) que lhe queiram estipular. Pois bem, num país e numa sociedade civil é, matematicamente, quase impossível determinar-lhe o seu centro de gravidade, dadas as enormes e complexas variáveis envolvidas: a sua geografia, as suas riquezas naturais, as qualidades do seu povo, o clima, a sua história, o estado moral da sua sociedade etc. Todavia, será sempre a partir do seu centro de gravidade que se lhe poderá imprimir o tipo de equilíbrio que, para cada caso, lhe quisermos aplicar. Também para o seu desenvolvimento.

Perante esta complexidade, só a experiência vivida pelo seu condutor, a sua sensibilidade, intuição, a sua honestidade e entrega, o respeito que puser na sua relação com o povo e um seu comportamento isento e acima de qualquer suspeita, pode possibilitar a um líder político, calcular o centro de gravidade do país que norteia. Ao povo a quem cabe elegê-lo, tem de ter a sabedoria de se livrar de falsos líderes que lhe põem de baixo dos pés, e saber escolher esse homem predestinado entre muitos. O escolhido nunca será um modelo só de virtudes, mas dentro dos condicionalismos humanos, será aquele que for parco em palavras e pródigo na sua entrega, competência e vontade de servir o seu semelhante. Então, este homem não poderá nunca determinar o centro de gravidade do País que tiver sobre os seus ombros mas, até poderá andar lá muito perto. Está na hora de escolher, desta vez o povo não pode voltar a enganar-se porque se o fizer estará a enganar-se a si próprio. Desta vez não há espaço para enganos, a margem de manobra é muito escassa!
 
António Reis Luz
 
 
publicado por luzdequeijas às 22:18
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A MONTANHA DE SINJAR SOPRA UM NOVO MUNDO

Longe vão os tempos em que nas “Mil e Uma Noites”, Harum Al-Rachid (786-809), era louvado no seu espírito de justiça, contando-se como ele disfarçado do seu visir, se misturava com o “povo”, para conhecer as suas preocupações e as necessidades da gente miúda. 

Em 2040, uma vontade que chegaria de “Al-Rachid”, será com certeza, a vontade do povo! Desta vez não seria necessário procurá-la, disfarçado de visir, nas ruas. Aquele segredo sobre a Montanha Sinjar, já se faz sentir e, desta montanha, sairão todas as concretizações necessárias para fazer o povo mais feliz! Desta vez a “montanha não pariu um rato”, pariu a vontade universal de um mundo em uníssono. Esta montanha lançará no mundo uma nova cultura social.

Dela sairá um estranho "Poder"!

Um "Poder" que se instalará na Terra, baseado na vontade de toda a população mundial. Ela, Montanha de Sinjar, sabe que os desígnios desta Terra nunca deixarão que a sua população se acomode. As dificuldades surgirão sempre, mas sempre serão ultrapassadas, a contento de todos.

Porque nunca mais reinarão os medíocres

O bem e o mal continuarão. Fazem parte de uma vontade Superior. Todavia, aqueles que têm dado a mão ao mal para esmagarem, milhares de pessoas de bem, já perderam esta, e outras guerras, que queiram desencadear.

Daquele “Quase Caos” vivido e sofrido na Terra no início do século XXI, sente-se que em 2040, irá surgir “algo de diferente” na Terra, que não sendo um paraíso, não deixará de o parecer, quando comparado com tudo o que até hoje existiu no mundo. Os "Homens" passarão, de facto, a ser irmãos na dimensão terrestre.

 

publicado por luzdequeijas às 19:14
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QUAL O FUTURO DO MUNDO?

Não fiquemos de boca aberta. A Nova Economia não está morta. Diz-se que vai haver um segundo "boom". A Internet, a Web, o telemóvel e a banda larga entrarão num percurso imparável - passarão a valores próximo da total penetração nos mercados.

Telecomunicações e transportes.

  • Desenvolvimentos tecnológicos nas telecomunicações: TV, vídeo, fax, telefonia móvel, Internet, estradas e redes de informação. Desenvolvimentos tecnológicos nos transportes: aviões, comboios de alta velocidade, automóveis de baixo consumo, bicicleta etc. Consequência: o bombardeio da informação e da publicidade, a aldeia global, a progressiva não - habitabilidade das cidades; reflexões éticas sobre o controle da informação e a criação de opinião.

Ciência, tecnologia e sociedade no mundo desenvolvido

A energia. Desenvolvimento científico; desenvolvimento tecnológico: energias contaminantes e energias alternativas; o controlo da investigação energética; problema da ciência militarizada; a continuidade da participação dos cidadãos na tomada de decisões; consequências económicas e do meio ambiente; ética nuclear e ética do meio ambiente.

A produção industrial, Desenvolvimentos tecnológicos: automatização da produção (informática, robótica; consequências sócio - económicas; industrialização e desindustrialização; terciarização; crises no Estado de bem-estar social; consumo e desemprego; desequilíbrios em nível mundial: primeiro e terceiro mundos; reflexão ética e política sobre os problemas sociais.

Saúde e demografia, Desenvolvimentos científicos: a Biologia e a Genética modernas; desenvolvimentos tecnológicos: a Medicina moderna (vacinas, novas técnicas cirúrgicas, controle da natalidade) e a Engenharia genética; o controlo da investigação e da fixação de prioridades; a influência da ideologia; consequências; controle da mortalidade e explosão demográfica; novas políticas de controlo da natalidade; escassez e progressivo esgotamento de vários recursos naturais.

Estas profundas mudanças económicas, atingirão de forma particularmente violenta, a população activa com baixos níveis de escolaridade onde os houver, a qual passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto um capital ainda mais socialmente valorizado pelas famílias.

As Pessoas, será ponto assente que a principal riqueza de um País e do mundo, ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham.

A nova geração, ou sejam os nossos netos, viverão um novo "boom" longo como aquele que ocorreu entre 1942 e 1968 ou tal como o que aconteceu entre 1902 e 1929.

O próximo "boom" longo, entre 2020 e 2040, desenvolverá, ainda mais, estas tecnologias, estilos de vida e modelos de negócio até atingirem a saturação no mercado de massas, exactamente como aconteceu entre os anos 40 e 70 do século XX. A biotecnologia, tal como as baterias de hidrogénio, serão os grandes motores deste "boom". Os motores “iónicos”, também.

Tal como as aves., o Homem começou a adormecer sem estar preocupado com o dia seguinte. Na antiga Mesopotâmia tinha nascido, uma nova cultura, uma nova civilização. O mesmo foi acontecendo pelos quatro cantos do mundo!

publicado por luzdequeijas às 19:05
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A PARTILHA E O DIÁLOGO DE GERAÇÕES

Depois de coabitarmos, forçosamente, no mundo, com o bem e o mal, deste confronto só avançamos com vida, se conseguirmos manter dentro de nós, um sentimento elevado, chamado esperança, qual bóia de salvação, que nos pode levar até ao fim da vida. A força secreta que move todo o esforço humano é a esperança num amanhã diferente para melhor. Mas a esperança cristã, tal como a fé, não é uma esperança individual: é antes, uma esperança com os outros e para os outros.

O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.

Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se, a nossa família, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos ao desafio de aceitarmos a concepção de uma família mais alargada, e dessa maneira estarmos abertos ao encontro e ao diálogo de gerações.

Tudo aquilo que não queremos para a nossa família, também não podemos, nem devemos querer, ou aceitar, para a grande família alargada, a quem chamam o próximo. O mundo.

Nasce, então, em nós, e a partir de agora, outro conceito; o conceito da justiça social e o destino universal dos bens da Terra.

Chegámos, sem darmos por isso, a um porto até agora desconhecido, chama-se ele: um conceito cristão sobre a propriedade e o uso dos bens.

É o princípio típico da Doutrina Social Cristã; os bens deste mundo são originariamente destinados a todos.

O Direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio.

Sobre a propriedade privada, de facto, está subjacente «uma hipoteca social», quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função social, fundada e justificada precisamente pelo princípio do destino universal dos bens.

Depois, e ainda, dentro do mesmo barco, começamos a respirar, ainda que levemente, um leve perfume que lido no frasco que o contém, se percebe chamar-se hino à caridade.    

Conforme a fragrância escolhida, podemos optar pela caridade paciente, a caridade bondosa, a caridade discreta, a caridade da verdade e nunca deveremos comprar alguns outros tipos de caridade postas à venda como, a caridade indiscreta ou a caridade interesseira, ufana ou mesmo, invejosa.

Ao sairmos de novo do barco, no qual fizemos esta longa viagem, teremos seguramente descoberto que há outra forma de ser feliz na terra, que desconhecíamos, e que também, ainda nos pode levar à salvação que ansiamos.

Sem medo de nos rotularem de utópicos, sabemos ser esta a viagem aconselhada.

 

O actual sistema político está a esgotar-se.  O modelo económico também. Num momento que o mundo se está a tornar muito perigoso, por exigir novos e grandes desafios! Mudança. Foi ignorando, que o mundo chegou aqui!

Quisemos ignorar que as reservas da Terra são finitas! Matérias-primas, carvão, crude, água potável etc. Não saímos de cima da linha e vem lá o comboio! Em menos de um século, esbanjámos aquilo que seria o  sustento de muitas gerações.  Os conceitos de "trabalho", têm de mudar em breve. De desemprego também! A riqueza só para um terço da população mundial vai acabar. Teremos de viver com menos fartura (?) mas com muito mais solidariedade e valores.

 

Não é fácil, tomar a toda a hora este barco! Se nos atrasássemos, nunca mais acertaríamos o passo com o futuro, que alguns diziam, estar para vir:

publicado por luzdequeijas às 19:01
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SOCIALISMO FAZ DE CONTA!

Abril 23, 2011

Um país à deriva

Filed under: Blogosfera,Política,Portugal — Tiago Loureiro @ 19:50
 

O Ricardo Lima faz neste texto um interessante diagnóstico da realidade portuguesa. Merece uma leitura integral e começa assim:

O Modelo Socialista, supostamente apostado em prejudicar quem mais têm, não mais tem feito senão retirar das mãos das classes mais desfavorecidas instrumentos fundamentais de mobilidade social, que as permitiriam ascender a níveis de prosperidade razoáveis. A progressividade da carga fiscal, o mercado laboral estático, a burocracia kafkiana da administração e dos tribunais e o “monstro” em expansão da função pública têm sido, ao longo das últimas décadas, mais que uma barreira económica, uma barreira social para quem realmente trabalha. Por outro lado, a crescente subsidio-dependência, o Estado Social falido e as teorias de engenharia social importadas do mainstream marxista das Universidades Europeias, têm vindo a criar uma classe de ociosos, parasitas sociais que sobrevivem embriagados com o suor dos trabalhadores.

publicado por luzdequeijas às 18:49
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RECANTOS DE PORTUGAL

PRAIA DA MISARELA

PRAIA DA MISARELA

de ARMANDO JESUS

 

Esta fotografia foi seleccionada para o Google Earth - ID: 16235121

 
publicado por luzdequeijas às 15:06
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Domingo, 24 de Abril de 2011

MONUMENTAL VALLEY

A ideia de viagem é uma constante: os vaqueiros atravessam longas extensões de território com o gado; as diligências cortam as estradas ermas, parando em algumas parcas estalagens; as caravanas percorrem as planícies inóspitas e, às vezes, há um forte a marcar a presença militar dos colonizadores.

 

Monumental Valley, Arizona, cenário recorrente em muitos dos westerns mais conhecidos

É basicamente apenas com estes elementos que alguns dos mais afamados filmes se criaram. Em termos narrativos, as histórias costumam a ser lineares, sem grandes enredos, com uma moralidade bem definida (como sempre, o bem tem de vencer de uma forma ou de outra). Como pano de fundo, a paisagem é marcada por grandes espaços abertos, como os de Monumental Valley, que se tornaram emblemáticos e quase que se podem assumir como a personagem principal do filme. As personagens dos westerns identificam-se, de resto, com estes espaços e com a relação entre a terra e céu aberto. 

publicado por luzdequeijas às 19:46
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O RIO DA MINHA ALDEIA

O Tejo é mais Belo

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.

 

Rio de Onor


E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

Fernando Pessoa

publicado por luzdequeijas às 18:57
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FAMÍLIA UNIDA

 

               

Pica-pau

Nome científico: Celeus flavesceus
Tamanho: 30 cm
Comportamento: Cavam com o bico, um buraco para construção do ninho em troncos de árvores ou cupinzeiros. A fêmea põe 4 a 5 ovos que são chocados pelo casal. Ás vezes, um filhote da ninhada anterior ajuda os pais na construção do ninho.

publicado por luzdequeijas às 18:46
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AS DANÇAS NUPCIAIS

 

 

Beifa-flor

 

 

Nome científico: Phaethornismeurynome
Tamanho: 16 cm
Comportamento: É uma espécie solitária da mata virgem e secundária. Visita frequentemente as flores de bromélias, cactus e lequinosas. A dança nupcial é rica de movimentos e sons. Ao exibir a plumagem, o macho rodeia a fêmea em pleno vôo, chegando bem perto e abrindo a cauda em leque

publicado por luzdequeijas às 18:38
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CRIME OU CASTIGO

" José Sócrates faltou à verdade aos portugueses todos os dias, com os dentes todos que tem na boca"

 

M. Vilaverde Cabral - Sociólogo 

 

publicado por luzdequeijas às 18:13
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ESPERAMOS UM DIA MELHOR

Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2010
ALDEIAS ABANDONADAS PORQUÊ?

 

A VERDADEIRA SUSTENTABILIDADE (MORAL E ECONÓMICA) DA NOSSA NAÇÃO, PASSA PELA REABILITAÇÃO DAS NOSSAS ALDEIAS.

 

Podem chegar momentos de grandes catástrofes em Portugal ou qualquer outro País e é precisamente nestes momentos, de total desespero, que vem o apelo mais profundo: REGRESSAR À NOSSA ALDEIA

É justamente esse sentimento que assalta milhares de haitianos, perdidos e profundamente amargurados na tragédia que se abateu sobre este pobre povo. Alguns relatos arrepiam e mostram à saciedade que ninguém está a salvo duma tremenda desgraça. As origens e causas podem ser as mais variadas como, o bloqueio de uma cidade por desordens naturais ou de ordem cívica e económica. A água não chega à grande cidade, nem o abastecimento regular e só por isto a vida nela, pode torna-se angustiante e medonha. Uma grave convulsão social trás as pilhagens, a total insegurança, que pode atingir irremediavelmente a ordem e a segurança tidas como garantidas. A cidade vira, de um momento para outro, uma verdadeira selva. Acontecem estas e outras situações arrepiantes, constantemente, em qualquer lugar do mundo. Todavia lá, na aldeia, o ritmo das desgraças e privações, acontece em menor grau, ou mesmo não acontece. A vizinhança funciona, a fonte deita água pura, a segurança é garantida pela distância e isolamento e, até, algumas galinhas não deixarão de pôr os seus ovinhos. Alguma hortaliça, fruta e legumes, que com boa vontade e economia, a todos podem socorrer e valer. A vida é local e os transportes não se apresentam como indispensáveis.

 

Depois, é destas aldeias, podem acreditar, que continua a irradiar para todos os eixos da vida do País, uma imensa força vital e espiritual. Mesmo quando destruídas e abandonadas. Delas, mesmo em ruínas, continua a erguer-se uma força estranha e forte, das gentes antepassadas, como benção às gentes presentes e futuras. E, deveria ser pricipalmente por isso, além do muito mais, que elas deveriam estar arranjadinhas, do jeito que sempre foram. Inalteradas, mas bonitas. 

Sem mudanças, tal e qual muitas gerações as viram e nelas viveram felizes. Poderiam ser os nossos hospitais de campanha, o lazer da juventude já perdida e o refúgio, doce, para os momentos mais amargos. Também, para todo o tipo de turismo, ou repouso de gente alquebrada pelas canseiras de uma vida de trabalho e saudosa da sua aldeia.

Vamos pois, dignificar aquilo que nunca nos sairá do pensamento, a aldeia onde aprendemos a ler e a escrever, onde espreitámos o primeiro ninho e vimos os passarinhos nascidos, de bico aberto, esperando alimento dos pais.

Se esta for uma real preocupação da União Europeia, assim poderá ser por toda esta terra de civilização cristã. E, por essa razão, nas nossas aldeias poderíamos dar guarida e apoio a gente em desepero como são actualmente as crianças, idosos e adultos haitianos. Amanhã poderá ser a nossa vez, a vida só tem razão de ser, quando todos tivermos de mãos estendidas e sorriso aberto, para aqueles que estiverem em desespero. Também para comungar os momentos bons e felizes da vida em vizinhança, na quietude da nossa aldeia.

António Reis Luz 

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:36
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4 comentários:
De António Mário Figueiredo a 29 de Janeiro de 2010 às 21:37
É precisamente o que eu penso: o regresso à terra das pessoas que na "terra" ainda dispõem de um bocado de terreno, de uma casinha...Falta um programa para o "Regresso à terra" para quem esteja na pré-reforma. O mais importante neste momento não são o TGV e o aeroporto, mais que tudo é repovoamento do interior. Haja coragem política para o fazer e só um PSD reformista e sem amarras ao passado o pode fazer.


De luzdequeijas a 29 de Janeiro de 2010 às 22:49
Um grande abraço e continuemos a lutar por um país melhor. REIS LUZ


De sonia a 19 de Abril de 2011 às 10:56

bom dia amigos,
foi com muito gosto que encontrei a vossa pagina, e decidi pedir-vos ajuda no que nos puderem ajudar.

nós somos um grupo que amigos de infancia e outros que acabaram por se juntar por esta causa,
cuidar do nosso planeta sem o afectar (ou afectar o minimo possivel, podendo viver uma vida autosustentável em paz e harmonia no meio da nossa linda e bela mãe natureza :)).

o k nos falta é tudo, menos boa vontade e amor !
somos jovens, trabalhamos aqui na localidade em que vivemos, para poder sobreviver na sociedade, temos presente no nosso ser a ecologia, temos algumas bases de sustentabilidade, ansiamos poder continuar a nossa vida,a trabalhar sim, mas a trabalhar pra nós, na terra como sempre fizeram os nossos avos e os nossos antepassados, vivendo em paz e da terra .

nós tivemos conhecimento que várias camaras e associações por este país estão interessadas em reabitar aldeias que estão a cair no esquecimento, a nossa ideia é mesmo essa, mas faltam-nos as bases, pois não sabemos onde nem como recorrer a esses planos de reabilitação eco sustentável.e ainda mais não temos pais nem grandes contas bancárias para comprar-mos os terrenos e montar o necessário...

esperamos que nos possam ajudar,e informar os passos que podemos dar para seguir em frente com este projecto.

um grande sincero obrigada desde já ,e esperamos pela vossa resposta :)
abraço fraterno de amor em todos os corações! 3õ

sonia arraes
flyandbehappy@hotmail.com



 
De luzdequeijas a 24 de Abril de 2011 às 12:40
 
bOM DIA sÓNIA

COM O NOSSO PAÍS DESTRUÍDO E O POVO SEM PERCEBER QUEM O DESTRUIU, É DIFICIL INVERTER ESTA TRERRÍVEL SITUAÇÃO. A NOTÍCIA DE HOJE DA PARAGEM DO ENCERRAMENTO DAS ESCOLAS DAS ALDEIAS É UM SINAL MUITO POSITIVO. AS OBRAS PÚBLICAS SÓ SERVEM ALGUNS, PARA O POVO O IMPORTANTE SÃO AS PEQUENAS (GRANDES) COISAS QUE SE PODEM FAZER SEM GRANDES RECURSOS. NÃO ABANDONEM OS VOSSOS SONHOS, PORQUE OS NOSSOS SONHOS FAZEM MUDAR AQUILO QUE NOS PARECE IMPOSSÍVEL DE REALIZAR. A COESÃO POPULACIONAL É UMA BENÇÃO PARA ESTE NOSSO PAÍS E TALVEZ O COMEÇO DA SUA RECUPERAÇÃO. É FORÇOSO QUE PAREM AS FAMIGERADAS PPP.

CUMPRIMENTOS
ATÉ QUE UM DIA MELHOR CHEGUE

publicado por luzdequeijas às 12:42
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MUDANÇA ACERTADA

Educação

Governo suspende fusão de escolas - POR IMPOSIÇÃO DA TROIKA

Ministério da Educação decidiu cancelar reuniões com autarquias e escolas, parando processo de constituição de mega-agrupamentos.

CM deste domingo.

 

 

 
 
publicado por luzdequeijas às 12:22
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DE PÉ, VITIMAS DA FOME

" Este 25 de Abril, que em tempos foi de esperança, coloca-nos na vigília dos fiéis defuntos.

Ainda sem destino"

 

Moita flores

publicado por luzdequeijas às 12:09
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A CONTINUAÇÃO DA ACTUAL POLÍTICA É A MORTE DO PAÍS

A sabedoria de Soares

Mário Soares deu uma entrevista ao jornal ‘i’ e ficámos a saber que não só se tem encontrado com Passos Coelho como considera que este é uma pessoa afável e "com quem se pode falar". A mensagem é clara: Soares abriu pontes de diálogo com o líder do PSD e acha que com ele se pode fazer uma sociedade.

Por:Eduardo Dâmaso, director-adjunto

 

Estes encontros e estas opiniões de Soares são um facto político de primeira magnitude. A velha referência histórica do PS e do País começou a desenvolver uma magistratura de influência que o coloca como potencial artífice de um acordo governativo pós-eleitoral. Pragmático, mestre na negociação política, Soares começou a falar implicitamente daquilo que lhe parece mais óbvio: a constituição de um governo de base alargada, incluindo PS, PSD e CDS. E procura, à partida, limar a aresta praticamente impossível de remover, o restabelecimento do diálogo entre PS e PSD, melhor dizendo, entre Sócrates e Passos Coelho. O ponto da questão está aí: é possível fazer um acordo entre os três partidos com Sócrates na liderança do PS? Soares sabe que é quase impossível, mas também sabe que os resultados eleitorais podem torná-lo incontornável. E a sua sabedoria também lhe diz que, nestas ocasiões, os países não podem ficar reféns das pessoas. Sejam elas quem forem.

publicado por luzdequeijas às 12:04
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SÓCRATES NÃO QUERIA O FMI

POR TUDO O QUE SE ESTÁ A PASSAR E MAiS AQUILO QUE HÁ-DE VIR!

 

Finanças - Parcerias público-privadas analisadas à lupa

‘Batota’ nas Scut custa mil milhões

O Estado fez uma ‘batota’ na contabilização dos encargos com três parcerias público-privadas (PPP) que obrigou o Instituto Nacional de

Estatística (INE) a rever o défice do ano passado para 9,1 por cento. Os contratos de duas ex-Scut estão incluídos no pacote de revisão.

 

Por:Diana Ramos

 

Segundo uma nota ontem divulgada, a presença da troika em Portugal levou os técnicos do INE e do Eurostat a fazerem uma "análise urgente" das contas públicas, que apenas iam ser clarificadas em Outubro. Segundo o INE, todos os dados sobre os quais o Eurostat tinha levantado dúvidas foram "esclarecidos sem haver necessidade de se proceder a revisões com excepção do tratamento a dar a contratos envolvendo PPP".

"Após análise detalhada de um elevado número de contratos de grande complexidade, concluiu-se que três deles (dois dos quais correspondendo a contratos renegociados de ex-Scut) não têm a natureza de contratos PPP em que o investimento realizado é registado no activo do parceiro privado", lê-se. Ora, no entender dos técnicos, como os utilizadores finais pagam a maioria dos custos do serviço através de portagens, o investimento realizado deve ser registado no activo da entidade que recebe os pagamentos. "Uma vez que as portagens constituem receita das administrações públicas, os activos integrados nos contratos são considerados investimentos das administrações públicas, afectando em consequência a respectiva necessidade de financiamento", diz o INE. E os pagamentos futuros aos parceiros privados não são considerados.

Estas contas, adianta o INE, fazem a dívida das administrações públicas agravarem-se em 0,6 por cento do PIB, isto é, mil milhões de euros. Na prática, "ao aumento do défice do ano passado está associado o efeito da redução do défice no futuro comparativamente ao que aconteceria caso estes contratos fossem tratados como PPP".

publicado por luzdequeijas às 11:44
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Sábado, 23 de Abril de 2011

QUE GRANDE GOVERNANTE

publicado por luzdequeijas às 22:26
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UM MINISTRO DE SÓCRATES

publicado por luzdequeijas às 22:22
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QUE GRANDE DESGOVERNO

O tal que ficava abaixo de 7% já vai nos 9,1%…

publicado por luzdequeijas às 22:09
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AUTÊNTICO DESGOVERNO

DEFICIT 3.0 

De 2009 para 2010 reduzimos um deficit de 9,4% (antes 9,3%) para 9,1% ( antes 8,6% e antes 6,9%). Uma enorme falta de credibilidade e transparência. Foram 3 PECs que não serviram absolutamente para nada. Nós pagámos, o (des)governo Socialista desbaratou!!

 

publicado por Manuel Castelo-Branco às 20:07
publicado por luzdequeijas às 21:59
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CONGRESSO SOCIALISTA

A REVELAÇÃO

"O primeiro-ministro que nos conduziu à bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela". Esta frase pertence a Rómulo Machado, o único congressista que teve  coragem para enfrentar, em campo aberto, a propaganda do glorioso líder. A culpa desta bancarrota tem um rosto claro: José Sócrates.

publicado por luzdequeijas às 19:52
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DURO DE ROER

 CONSELHO DE UM EMIGRANTE

 

SER JOVEM NOS TEMPOS DE HOJE EM PORTUGAL

 

"Se és um jovem português

Atravessa a fronteira do teu País

E parte destemido

Na procura de um futuro com Futuro

  

Porque no teu País

A Educação é como uma licenciatura

Tirada sem mérito e sem trabalho

Arquitectada por amigos docentes

E abençoada numa manhã dominical

  

Porque no teu País

É mais importante a estatística dos números

Que a competência científica dos alunos

O que interessa é encher as universidades

Nem que seja de burros

  

Porque no teu País

A corrupção faz parte do jogo

Onde os jogadores e os árbitros

São carne do mesmo osso

E partilham o mesmo tempero

  

Porque no teu País

A justiça é ela própria uma injustiça

Porque serve quem é rico e influente

Com leis democraticamente pobres

  

Porque no teu País

As prisões não são para os ladrões ricos

Porque os ricos não são ladrões

Já que um desvio é diferente de um roubo

  

Porque no teu País

A Saúde é uma doença crónica

Onde, quem pouco tem

É sempre colocado na coluna da despesa

  

Porque no teu País

Se paga a quem nada faz

E se taxa a quem pouco aufere

  

Porque no teu País

A incompetência política

é definida como coragem patriótica

  

Porque no teu País

Um submarino é mais importante que tu

E o mar apenas serve para tomar banho

E pescar sardinhas

  

Porque no teu País

Um autarca condenado à prisão pela justiça

Pode continuar em funções em liberdade

Passeando e assobiando de mãos nos bolsos

  

Porque no teu País

Os manuais escolares são pagos

Enquanto a frota automóvel dos políticos

É topo de gama

  

Porque no teu País

Há reformas de duzentos euros

E acumulação de reformas de milhares deles

  

Porque no teu País

A universidade pública deixou cair a exigência

E as licenciaturas na privada

Tiram-se ao ritmo das chorudas mensalidades

  

Porque no teu País

Os governantes, na sua esmagadora maioria

Apenas possuem experiência partidária

Que os conduz pelas veredas do "sim ao chefe"

  

Porque no teu País

O que é falso, dito como verdade,

Sob Palavra de Honra !

São votos ganhos numa eleição

  

Porque no teu País

As falências são uma normalidade

O desemprego é galopante

A criminalidade assusta

O limiar da pobreza é gritante

E a venda de Porsches ... aumenta

  

Porque no teu País

Há esquadras da polícia em tal estado

Que os agentes se servem da casa de banho

Dos cafés mais próximos

  

Porque no teu País

Se oferecem computadores nas escolas

Apenas para compor as estatísticas

Do saber "faz de conta" em banda larga

  

Porque no teu País

Se os teus pais não forem ricos

Por mais que faças e labutes

Pouco vales sem um cartão partidário

 

Porque no teu País

Os governantes não taxam os bancos

Porque, quando saírem do governo

Serão eles que os empregam

  

Porque no teu País

És apenas mais um número

Onde o Primeiro-Ministro se chama Alice

Que vive no País das Maravilhas

Mesmo ao lado do teu.

 

Foge !

E não olhes para trás

publicado por luzdequeijas às 17:08
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NÃO SIRVAS A QUEM SERVIU ....

Teixeira dos Santos

 

O afastamento de Teixeira dos Santos das listas do PS é exemplar sobre aquilo que é a relação de Sócrates com quem o serve.

 

Por:Eduardo Dãmaso, director-adjunto

 

Se o serve de forma obediente ou mesmo servil, se o serve com uma mais-valia de utilidade que não se pode dispensar em qualquer altura, está tudo bem. Se, pelo contrário, o serve de forma leal mas pensando pela sua própria cabeça, mantendo alguma capacidade de dizer que não, então não é soldado que sirva para todas as lutas. No momento certo, há-de vir o ‘fogo amigo’ a dar cabo de tal servidor.

Teixeira dos Santos foi vital para Sócrates. Foi o homem certo no lugar certo quando, ao fim de dois meses de Governo, Sócrates já não suportava a capacidade de Campos e Cunha, o primeiro ministro das Finanças dos governos de Sócrates, de dizer que não a tudo o que queria.

Teixeira dos Santos, mais maleável, com maior sentido político, foi o abono de família de Sócrates. Permitiu-lhe fazer o que queria com as finanças públicas, inclusive um criminoso orçamento eleitoralista em 2009. Esticou até ao impossível a resistência a pedir ajuda externa. Quebrou no limite de ver a sua própria credibilidade como economista ferida para sempre. Sócrates não gostou e fez o que sempre faz a quem o contraria: atira para fora da estrada. Só surpreenderá os mais incautos...

publicado por luzdequeijas às 16:09
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MAS QUE PAI "DESNATURADO"

É 'cobardia' Sócrates responsabilizar Teixeira pela 'desgraça'
22 de Abril, 2011
 
O cabeça de lista do PSD pelo círculo de Viana do Castelo, Carlos Abreu Amorim, classificou hoje como um acto de cobardia política a tentativa do primeiro-ministro de responsabilizar o ministro das Finanças pela desgraça do país.

Em declarações à Lusa, Carlos Abreu Amorim disse que a não inclusão do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, nas listas do PS às eleições de 5 de Junho e as declarações que depois foram feitas por responsáveis socialistas são atitudes que podem ser interpretadas como uma tentativa do primeiro-ministro de responsabilizar terceiros pela «desgraça».

«Em política o que parece é e, neste momento, o que parece é que José Sócrates uma vez mais está a alijar responsabilidades para cima de outros», afirmou.

Acusando o primeiro-ministro de continuar a seguir a estratégia de «não assumir nenhum erro, nem arcar com as responsabilidades», o cabeça de lista social-democrata pelo círculo de Viana do Castelo para as eleições legislativas de 5 de Junho recordou que José Sócrates começou por responsabilizar a oposição pela situação do país.

Contudo, agora que percebeu que já é impossível continuar a empurrar as culpas para a oposição, começou a «ensaiar uma nova jogada, numa atitude de cobardia», elegendo o ministro das Finanças como o alvo .

«É um acto de cobardia política. Um verdadeiro líder não está nesta permanente fuga para a frente. Se o ministro das Finanças cometeu muitos erros, se é um dos responsáveis pela desgraça, mesmo assim fica muito mal o que José Sócrates está a fazer», sustentou.

Na quarta-feira, o dirigente socialista Vieira da Silva, que coordenou o processo de elaboração de listas de candidatos a deputados pelo PS, anunciou que ministro das Finanças não foi convidado para integrar as listas dos socialistas, justificando que «não se colocou a questão de Teixeira dos Santos ser convidado para integrar as listas do PS».

«Um partido faz sempre opções. São convidadas umas centenas de pessoas e muitos milhares não são convidadas» alegou o dirigente socialista, considerando que apesar de Teixeira dos Santos ser «um membro do Governo com enorme importância», todas as coisas na vida mudam.

«As coisas começam e acabam. É um acto normal ter acabado», acrescentou Vieira da Silva.

Lusa / SOL

publicado por luzdequeijas às 16:05
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PIORES QUE O ACTUAL GOVERNO

22 de Abril, 2011
 
Um banco indiano está a ser investigado por negligência depois de mais de um milhão de rupias (cerca de 200 mil euros) em notas terem sido devoradas por térmitas.

A descoberta foi feita quarta-feira quando um empregado bancário abriu o cofre de um agência em Barabanki, a 30 km de Lucknow, estado indiano de Uttar Pradesh.

As térmitas já tinham sido responsáveis pela destruição de inúmeros documentos e alguma mobília na mesma dependência bancária, afirma a Associated Press.

A polícia indiana abriu um inquérito por suspeita de negligência por parte do banco.

SOL com agências 

publicado por luzdequeijas às 15:59
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BRINCARAM COM O NOSSO SUOR

O Diário de Noticias escreve em manchete «Ajuda do FMI é 120 vezes maior do que as duas anteriores».

Segundo o jornal, o valor do plano de intervenção externa a anunciar dentro de semanas será 120 vezes maior do que as duas linhas de crédito concedidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1977 e 1983, mostram dados comparáveis disponibilizados pela instituição.

A requalificação dos cuidados de saúde primários é outro tema em destaque na capa do DN, titulando «Venda de hospitais paga centros de saúde novos». Entre 2011 e 2013, 162 centros de saúde vão ser construídos ou alvo de obras, sendo o investimento de 145 milhões de euros.

 

SOL - 23-04-2011

publicado por luzdequeijas às 15:55
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COMO É POSSÍVEL?

FALAR-SE DA BANCARROTA DOS GREGOS E QUEREREM COMPARÁ-LA COM A BANCARROTA DE PORTUGAL? A NOSSA É MUITO PIOR, PORQUE TEMOS DE SUPORTAR OS MESMOS SACRIFÍCIOS COM UM NÍVEL DE VIDA MUITO MAIS BAIXO DO QUE AQUELE QUE TÊM OS GREGOS! ONDE ANDA A NOSSA COMUNICAÇÃO SOCIAL (HÁ EXCEPÇÕES), E PARA QUE SERVE? SÓ PARA ENTRETER e ALIENAR O POVO, OU PARA O ELUCIDAR HONESTAMENTE? OS VERDADEIROS CULPADOS CONTINUAM A GOZAR FÉRIAS EM HOTEIS DE LUXO E AS PREVISÕES DE 2003 DO DIÁRIO ECONÓMICO FORAM ULTRAPASSADAS DE LONGE, PARA PIOR, NOS ÚLTIMOS 6 ANOS! CULPA DE QUEM? SÓ PODEM SER DE UM PARTIDO QUE EM 16 GOVERNOU 14 ANOS E QUE CONTINUA A QUERER GANHAR ELEIÇÕES, ILUDINDO O POVO.

 

a verdade da mentira 

 

Algumas verdades, com uma ou outra mentira, talvez um pouco

de ironia e algum humor

 

« MAU OLFATO PODE SER INDICADOR DE DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS» 

ENTRADA |

ARGUMENTO LIXADO ...

outubro 31, 2003

Gregos ultrapassam portugueses no nível de riqueza. Portugal tem o PIB ‘per capita’ mais baixo da União Europeia, segundo os valores da Comissão Europeia.
Os gregos ultrapassarão, este ano, os portugueses em termos de riqueza ‘per capita’, o que coloca Portugal como o país mais pobre do conjunto dos quinze da União Europeia (UE). De acordo com os dados da Comissão Europeia, divulgados anteontem nas previsões de Outono, a riqueza de cada português – medida através do Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’, em paridades de poder de compra – será de 67,3% da média dos Quinze, no final deste ano.

Na Grécia, o mesmo indicador será de 68,9% relativamente à média da União Europeia (UE).

A distância para os restantes países do grupo da coesão é abismal. Cada espanhol tem um rendimento que representa 85,8% da média da UE e os irlandeses já ultrapassaram o nível de riqueza dos Quinze (119,8%), sendo apenas ultrapassados pelos luxemburgueses, os mais ricos do “clube europeu”.

Pior do que o resultado deste ano, é a tendência que se está a verificar desde 2001: os portugueses estão a afastar-se cada vez mais do nível de riqueza da média dos seus congéneres europeus. Naquele ano, a riqueza de cada português correspondia a 69% da média da UE, tendo-se perdido 1,7 pontos percentuais desde então.

E, nos próximos anos, a tendência irá agravar-se. Ainda segundo os dados da Comissão, em 2005, cada cidadão nacional terá um nível de riqueza que significará 66% da média europeia.

Ou seja, os portugueses ficarão cada vez mais pobres, quando comparados com os restantes europeus. Enquanto isso, gregos e espanhóis continuarão aproximar-se do nível médio da UE e os irlandeses terão uma progressão ainda mais positiva.

A CE revê, desta forma, em baixa as suas projecções face às previsões da Primavera passada. De acordo com os números dessa altura, Portugal continuaria a divergir da média europeia, mas só seria ultrapassado pela Grécia em 2005.

Este afastamento do nível médio de vida dos europeus é explicado pelas taxas de variação anual do PIB ‘per capita’, que terá uma evolução sempre abaixo do nível da UE. Este ano, o produto ‘per capita’ sofrerá uma quebra de 1,5% em Portugal, o que é justificado pela recessão que afecta a economia portuguesa.

Em 2004 e 2005, os crescimentos serão de 0,4% e 1,4%, respectivamente. Ao passo que, o PIB ‘per capita’ da UE subirá 0,5%,1,7% e 2,1% em 2003, 2004 e 2005.

Estes dados colocam completamente em xeque as pretensões do actual Governo de coligação que tinham o propósito de elevar o nível de riqueza dos portugueses acima do europeu no espaço de 10 anos.

 

in DIÁRIO ECONÓMICO 




publicado por luzdequeijas às 15:42
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A VOZ DA RAZÃO

Pilha-galinhas

O caso Fernando Nobre fez tremer o país pensante. O caso Ricardo Rodrigues não inquietou uma alma. Entendo. Uma coisa é um convite inábil a uma personalidade inábil.

 

Por:João Pereira Coutinho, Colunista

 

Outra, bem mais tolerável, é ter como cabeça-de-lista pelos Açores às próximas eleições legislativas um cavalheiro que furta gravadores a jornalistas com inegável talento manual; e que o Ministério Público vem agora acusar de crime de atentado à liberdade de imprensa e crime de atentado à liberdade de informação. Estas duas medalhas, reforçadas pelas imagens do acto, seriam um bilhete de regresso, em qualquer democracia respeitável, para que o sr. Rodrigues continuasse a sua carreira nas doces pastagens de onde veio. Entre nós, são o bilhete de volta à dignidade parlamentar.

Tivesse Fernando Nobre seguido esta escola e jamais teria dito por aí que vira em tempos uma criança a correr atrás de uma galinha para lhe roubar o pão que trazia no bico. A história seria outra: ele próprio roubara o pão, e a criança, e até a galinha. Tenho a certeza de que seria levado em ombros até S. Bento.

publicado por luzdequeijas às 12:24
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NÃO FALTOU QUEM AVISASSE ...

Entrevista CM

"Não faltou quem avisasse para esta crise"

D. Manuel Clemente, bispo do Porto, diz que os portugueses têm de viver de forma mais modesta e acredita que ainda estão para chegar os sacrifícios

 

Por:Janete Frazão/João Pereira Coutinho

 

Correio da Manhã - Portugal vive actualmente uma das crises mais graves da sua democracia. Na sua opinião, qual deve ser o papel da Igreja neste contexto?

D. Manuel Clemente - Costuma dizer-se - e é também um mandato - que o papel da Igreja é alimentar a esperança, e não alimentá-la de uma maneira muito exterior às coisas, mas exactamente por dentro delas. Não encontramos melhor radicação da vida portuguesa do que esta rede de paróquias que temos espalhadas de norte a sul. Portanto, é uma proximidade muito grande, que é mais do que uma proximidade, é uma presença, uma inserção, e alimenta-se a esperança do dia-a-dia, porque as coisas, como aparecem, são sempre muito macro, muito standard, ao passo que, nesse acontecer das comunidades, coisas difíceis, coisas boas estão lá todos os dias.

- Mas tem defendido que tem de haver uma maior intervenção.

- A este nível, até por uma razão muito simples: se formos a qualquer comunidade cristã, encontramos lá praticamente todas as simpatias ideológicas e partidárias, umas mais do que outras. De maneira que é muito difícil concretizar isto, e sempre que se tem tentado encarreirar a pertença eclesial para um significado político específico não dá, e as desilusões são muito grandes.

- Há um sentimento de fracasso na sociedade portuguesa que pode, inclusive, levar a actos de violência?

- É a tal história da decadência. Que em Portugal tem tendência a agudizar-se porque todos nós transportamos na nossa memória colectiva - às vezes muito pouco explicitada, mas está cá - a lembrança de que já fomos muito grandes. E, portanto, custa mais ser pequeno para quem tem essa lembrança. E vivemos mal connosco. Nunca nos conseguimos realizar.

- Somos eternos insatisfeitos?

- Creio que sim. Isso é irremediável para a tal alma portuguesa.

- Voltando à crise: tem sido um crítico particularmente perspicaz da cultura pós-moderna, ou, como diz o Papa Bento XVI, da "ditadura do relativismo" no Ocidente. Qual foi o contributo desta cultura para os descontentamentos económicos e financeiros que vivemos?

- É muito grande porque dessolidariza. O que é típico da pós-modernidade, falando muito em geral, é que, sobretudo a Europa, deixou de acreditar nos grandes colectivos, nos grandes desígnios universais, já não tanto do ponto de vista religioso, mas do ponto de vista ideológico. Estamos a pagar facturas da Segunda Guerra mundial e do que aconteceu depois.

- O Estado, as empresas e as famílias foram-se endividando para lá de tudo aquilo que é sustentável. Acha que os agentes políticos, as elites, deviam ter tido um outro comportamento?

- Com certeza. E vamos lá ver, não faltou quem avisasse. Tenho alguns amigos na área da economia que, conversássemos o que conversássemos, pelo menos de há dez anos a esta parte, a conversa ia sempre parar a ‘nada disso é possível se não resolvermos o défice', constantemente.

- Então porquê esta aberta caminhada à voragem do crédito e para o abismo?

- Não sei, isso aí não sei responder, tão patente era a situação. Também para mim isso é um enigma e gostaria de ter a resposta completa. Julgo que era tão insistentemente dito e repetido por tanta gente, mas demorou tanto a ser referido por quem devia.

- Provavelmente, não sei se concordará, porque as pessoas estavam mais interessadas em ouvir--se a si próprias e ao seu umbigo do que propriamente...

- Isso em qualquer época, até por razões pessoais. Ninguém está disposto a descer assim abruptamente de um patamar que foi alcandorado. Criou um certo tipo de vida e um certo tipo de parecença, portanto, uma maneira de estar na sociedade, da qual não se desiste rapidamente.

- Os excessos de que fala levaram--nos, sem grande surpresa, a ter de recorrer à ajuda externa. Tendo em conta os exemplos da Irlanda e da Grécia, que consequências é que antevê a nível económico e social para Portugal num futuro próximo?

- Há algo em que, mesmo não sendo economista - mas estou minimamente atento àquilo que as pessoas dizem -, se repara: teremos todos de viver mais modestamente, e isso terá de ser mesmo global, porque se não for, e se não nos incentivarmos mutuamente nesse sentido com mais convicção, então as tais discrepâncias sociais podem agudizar-se. Julgo que toda a gente percebe que temos um caminho estreito, que os meios são muito menos e, por isso, não pode ser da mesma maneira, a poupança tem de crescer com aquilo que houver para poupar - já não sei bem onde - mas os gastos têm de ser muito menos.

- Os sacrifícios até agora pedidos não foram feitos com equidade?

- É muito difícil responder. Creio que ainda estamos no princípio no que diz respeito aos tais sacrifícios. Há muitas carências, mas essas já existiam há dois, três ou quatro anos. Agora, os sacrifícios novos, passe o termo, esses estão para vir.

- O pedido de ajuda externa já deveria ter sido feito há mais tempo?

- Atendendo àquilo que nos vão dizendo, chega-se a essa conclusão. Mas a este propósito queria abrir mais o horizonte. Hoje, fala-se em crise, mas dá-me ideia de que a crise define o País e a sociedade portuguesa. Tenho dificuldade em acreditar num tempo ou verificar uma época em que a crise não tenha estado aberta ou latente. ( ... )

 

ps- COMO É POSSÍVEL ALGUÉM OU ATÉ UM PARTIDO, QUERER CONTINUAR A enganar este povo, ao qual estão destinados sacrifícios tão pesados e desumanos?

publicado por luzdequeijas às 11:44
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DÁ VONTADE DE RIR ....

OU DE CHORAR ? COMO PODE ALGUÉM SER CANDIDATO A PRIMEIRO MINISTRO COM ESTE CURRICULO?

  

 

Indicador de atividade voltou a crescer em março

 

O indicador coincidente mensal da atividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, registou subida de 0,1% em março, em termos homólogos, depois de dois meses sem qualquer variação, indica o relatório com os Indicadores de Conjuntura da instituição.

publicado por luzdequeijas às 11:31
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Sexta-feira, 22 de Abril de 2011

UMA VISÃO SOCIAL

Sexta-feira, 22 de Abril de 2011
 
Noção de "crise" de José Sócrates
 



por Henrique Raposo às 20:15
publicado por luzdequeijas às 21:06
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AVÉ MARIA

publicado por luzdequeijas às 21:01
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AS FONTES INQUINADAS ...

Quem foi que mentiu?

 

 

Quando, no dia em que foi anunciado o pedido de ajuda externa, vi o email do ministro das Finanças para o Jornal de Negócios desconfiei que este estava a forçar a barra: uma vez que Sócrates não dava o passo, dava ele. O Pedro Santos Guerreiro, pelo que escreveu no twiter, pensou o mesmo. Porém, no sábado, o douto Expresso veio esclarecer-nos que não, não fora assim, tudo fora combinado entre o ministro e o chefe do Governo à hora de almoço. Hoje o mesmo o Expresso esclarece o que realmente se passou:

“A 6 de Abril Teixeira dos Santos toma a decisão de responder por escrito a uma pergunta do ‘Jornal de Negócios’, que a coloca no site a meio da tarde. Nela, o ministro das Finanças considerava que a situação se tinha tornado insustentável e que Portugal tinha decidido pedir ajuda à Unão Europeia. A decisão não foi, assim, ao contrário do que o Expresso noticiou, tomada num almoço entre os dois. O objectivo era não deixar margem de recuo ao primeiro-ministro. E assim foi”.

Pois foi. Fico só com pena que o Expresso, que assume ter sido enganado por uma fonte, não tenha aproveitado para denunciar essa fonte, ao abrigo do que está previsto no Código Deontológico dos jornalistas.

publicado por luzdequeijas às 16:26
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A NOSSA CULTURA

COM ELA E SÓ COM ELA, DEFENDEREMOS PORTUGAL

 

 


Sexta-feira, 22 de Abril de 2011
 
 


publicado por DBH às 15:01
link | Vamos todos defender Portugal
publicado por luzdequeijas às 16:21
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OS VALORES DE UMA NAÇÃO

Quando formos assim, não precisaremos do FMI ! . . .
 

Lá, como cá …



A PROPÓSITO DE...  VALORES!

APÓS OS REPETIDOS TREMORES DE TERRA E O TSUNAMI DEVASTADOR...
as 10 LIÇÕES JAPONESAS:

 1. A CALMA
Nem um único sinal de pânico.
A tristeza foi crescendo mas a atitude positiva manteve-se.


2. A DIGNIDADE
Foram feitas longas filas para a água e mantimentos.
Nem uma palavra áspera ou um gesto bruto.

3. A CAPACIDADE
Arquitectura incrível e engenharia irrepreensível.
Os edifícios oscilaram, mas nenhum caiu.

4. O CIVISMO
As pessoas compravam somente o que precisavam para o presente, para
que todos pudessem ter acesso aos bens.


5. A ORDEM
Não houve saques nas lojas.
Não houve buzinões nem ultrapassagens nas estradas.
Apenas a compreensão pelo momento por que todos passavam.


6. O SACRIFÍCIO
Cinquenta trabalhadores não foram evacuados das instalações da central
Nuclear para assegurarem que a água do mar fosse bombeada para os
reactores.
Nunca serão reembolsados!


7. A TERNURA
Os restaurantes reduziram os preços.
Uma ATM foi deixada sem segurança.
Os fortes cuidaram dos fracos e a entreajuda estava na rua em todos os locais.


8. O TREINO
Os idosos e as crianças sabiam exactamente o que fazer.
E fizeram exactamente o que era pressuposto fazer.



9. A COMUNICAÇÃO SOCIAL
Os jornalistas mostraram dignidade e contenção no modo como reportaram
as notícias.
O sensacionalismo foi rejeitado.
Somente reportagens serenas.



10. A CONSCIÊNCIA
Quando numa loja, a energia eléctrica falhou, as pessoas colocaram as
coisas que tinham na mão nas prateleiras e saíram tranquilamente.



MAS ISTO É NOUTRO PLANETA!

publicado por luzdequeijas às 16:11
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O "ZÉ MARIA" É O MAIOR

ESTÃO À ESPERA DE QUÊ?

 

Deputado PS por Beja

 

 Ricardo Campelo de Magalhães @ 12:25
 

Para colmatar a nomeação de Carlos Moedas pelo PSD, e acompanhar o Telmo, nomeava-se a figura mais popular do distrito:

 

publicado por luzdequeijas às 13:13
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O SILÊNCIO É DE OURO

Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

O silêncio e a palavra


Assisti à entrevista de D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na RTP-1, na noite de 15-4-2011 (falta o linque do vídeo), na qual defendeu que o próximo Governo português deve ser o mais abrangente possível. Um alinhamento em que insistiu no programa da Rádio Renascença curiosamente intitulado «Portugal - Que Futuro?», em 20-4-2011, onde censurou «arranjos de circunstância» dos partidos e também criticou o Presidente da República, citando o Prof. Adriano Moreira, na mesma rádio, em 12-4-2011, que havia dissertado sobre o bom uso da palavra por Mário Soares e... Jorge Sampaio.

Na entrevista, D. José Policarpo manifestou discordância de mensagens da Conferência Episcopal e queixou-se de só saber de posições desta pela imprensa. Essa declaração invulgar, no sítio e no tom, não pode ser desenquadrada da eleição, prevista para a primeira semana de Maio, do presidente da Conferência Episcopal para o triénio 2011-2014. O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, reeleito em Abril de 2008, cumpre o último mandato, existindo a expectativa de escolha do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que, em 2008, tinha recusado essa possibilidade, apesar do resultado da votação inicial. D. Jorge Ortiga, foi reeleito, em 2008, numa segunda volta na qual teve mais votos do que o segundo candidato, D. José Policarpo, apesar da insistente campanha para que fosse D. José Policarpo o escolhido. É sabido que D. Manuel Clemente não é quem D. José Policarpo gostaria de lhe suceder no Patriarcado de Lisboa e esta eleição tende a ser entendida como primária da escolha pelo Papa do próximo Patriarca de Lisboa.

A despropósito do tema da entrevista, e do seu papel de entrevistadora, Fátima Campos Ferreira criticou várias vezes o facto do Presidente da República ter começado a comunicar com frequência directamente com os portugueses através do Facebook. Parece que os textos do Presidente incomodam a política de desresponsabilização e a barragem mediática de culpabilização do Presidente por não conseguir forçar o PSD a servir o PS...

O Prof. Cavaco Silva tem uma sina: é criticado pelos socialistas por dois motivos: por nada e por tudo. Pelo silêncio e pela palavra... O silêncio é de ouro e, quando não se adultera, a palavra é de prata.


* Imagem picada daqui.
publicado por luzdequeijas às 12:57
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A AMOSTRA PODE CONDICIONAR A SONDAGEM

E SE ISTO ACONTECER DE FORMA SISTEMÁTICA, PODE INFLUENCIAR A OPINIÃO PÚBLICA E O SENTIDO DO VOTO

UMA FICHA TÉCNICA

Estudo de opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A. para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, de 4 a 9 de Fevereiro de 2010. Entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por Região (Norte - 20,5%; A.M. do Porto - 14,4%; Centro - 29,8%; A.M. de Lisboa - 25,6%; Sul - 9,7%), num total de 1025 entrevistas validadas. Foram efectuadas 1236 tentativas de entrevistas e, destas, 211 (17,1%) não aceitaram colaborar neste estudo. Foram validadas 1025 entrevistas, correspondendo a 82,9% das tentativas realizadas. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo. Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo (feminino - 51,2%; masculino - 48,8%) e, no que concerne à faixa etária (dos 18 aos 30 anos - 19,7%; dos 31 aos 59 - 51,4%; com 60 anos ou mais - 28,9%). O erro máximo da amostra é de 3,06%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

publicado por luzdequeijas às 12:51
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A FIDELIDADE DAS SONDAGENS

Sondagens mudam antes das presidenciais

por ISADORA ATAÍDE, , , 14 Dezembro 2009

Sondagens mudam antes das presidenciais
 

Os três actos eleitorais deste ano reabriram a polémica sobre a fidelidade das sondagens feitas em Portugal. Os responsáveis pelos principais centros do País garantem que o grau de exigência é grande, mas os partidos não estão convencidos - e pedem já a mudança da lei e das regras até às presidenciais. Um estudo da ERC aponta três prejudicados: CDS, PCP e PSD

Partidos políticos e empresas concordam em retomar a discussão sobre sondagens eleitorais. Reconhecem a marginalização do tema após actos eleitorais, mas garantem que é preciso mudar as regras, mesmo as legislativas. E assinalam até que o melhor é mudá-las antes das eleições presidenciais de 2011. Estão em causa matérias como a amostra, a distribuição dos indecisos, o cálculo da abstenção ou os métodos das entrevistas (ver caixas em cima) .

"Depois do último ciclo eleitoral, onde houve diferenças significativas entre as sondagens e os resultados, não é possível continuar neste estado. São precisas alterações legislativas, entre outras, e devem acontecer no primeiro semestre de 2010, antes das eleições presidenciais", afirma o líder parlamentar do CDS, Luís Pedro Mota Soares.

O relatório Sondagens e Inquéritos de Opinião, publicado em Outubro e elaborado a pedido da ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social), é o ponto de partida para a discussão. Redefinição dos "inquéritos de opinião", critérios para divulgação através da Internet, redução da ficha técnica e a responsabilização de quem as publica estão entre as propostas para a actualização da lei de 2000.

"Concordamos com as alterações legislativas, mas mudar a lei não resolve o conjunto de problemas relativos às sondagens. A auto-regulação é um caminho e a ERC deve cumprir a sua função reguladora, o que não aconteceu nos últimos anos", alega Agostinho Branquinho, do PSD.

Trinta e oito sondagens foram analisadas e abrangem eleições legislativas, autárquicas e regionais entre 2005 e 2008 e as europeias deste ano. Na avaliação do desempenho dos partidos nas sondagens em relação aos resultados eleitorais, o relatório conclui que o CDS é subavaliado. O PS tende para sobreavaliação enquanto o PSD tende para subavaliação. O PCP é ligeiramente subavaliado e o Bloco de Esquerda ligeiramente sobreavaliado.

publicado por luzdequeijas às 12:25
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SONDAGENS E FINANCIAMENTOS

Promiscuidade política-negócios


A nova lei de financiamento de campanhas eleitorais incentiva, como nunca antes tinha acontecido, uma total promiscuidade entre os negócios e a política.

 

Esta legislação começa por autorizar donativos em espécie. Os amigalhaços do partido poderão agora pagar os cartazes, as jantaradas e até financiar as camionetas que transportam os militantes que se arrebanham para os comícios.

Os valores em causa são impossíveis de quantificar e abrem a porta a todo o tipo de troca de favores e tráfico de influências. Porque é claro que os ofertantes querem contrapartidas. E os partidos só podem garantir essas contrapartidas à custa da utilização dos recursos públicos.

Os políticos continuarão assim a exercer o poder público em benefício de quem lhes financia as campanhas.

Esta lei iníqua veio ainda permitir que os candidatos financiem as campanhas dos seus próprios partidos. Com esta possibilidade, como o próprio Presidente Cavaco reconheceu, “é potenciado o risco de, por via indirecta, um candidato fornecer a um partido contribuições financeiras que haja obtido junto de terceiros, sem que exista possibilidade de controlo”.

Será com base nesta legislação, que veio legalizar a ladroagem, que irá decorrer o próximo processo eleitoral. Não se augura nada de bom.





publicado por luzdequeijas às 10:08
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O PÃO DE CRISTO

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.

Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para
sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.

Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando
viu chegar um casal.

Victor pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.

- Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele...

Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:

- O que queria o pobre homem?

- Dinheiro... para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido.,

- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e
deixar um homem faminto aqui fora!

- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber!

- Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa!

Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo que disseram.

Envergonhado, queria afastar-se depressa correndo dali, mas nesse momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:

- Aqui tem algumas moedas.

Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança.

Em algum local existe um lugar de trabalho para você. Espero que encontre.

- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo..

A senhora me ajudou a recobrar o ânimo!  Jamais esquecerei sua gentileza.

- Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - Disse ela com um largo sorriso
dirigido mais a um homem que a um mendigo.

Victor sentiu como se uma descarga eléctrica lhe percorresse o corpo. Encontrou um
lugar barato para se alimentar um pouco.

Gastou metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias.

Uma vez mais aquela descarga eléctrica corria por seu interior.

O PÃO DE CRISTO!

- Um momento! - Pensou. Não posso guardar o pão de Cristo somente para mim.

Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Nesse momento, passou a seu lado um velhinho.

- Quem sabe, este pobre homem tenha fome, pensou -.

Tenho que partilhar o Pão de Cristo.

- Ouça, exclamou Victor: Gostaria de entrar e comer uma boa comida?

O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.

- Você fala sério, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estar sentado numa mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente.

Durante a ceia, Victor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de
papel.

- Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou.

- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo frequentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei. Tinha muita fome.. Vou levar-lhe este pão.

- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.

Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engoli-lo com alegria.

De repente, se deteve e chamou um cachorrinho..

Um cachorrinho pequeno e assustado.

- Tome cachorrinho. Dou-te a metade - disse o menino.

O Pão de Cristo alcançará também você.

O pequeno tinha mudado de semblante.. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.

- Até logo, disse Victor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego.

Não desespere!  - Sabe? - sua voz se tornou em um sussurro. - Isto que comemos é o pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!

Ao afastar-se, Victor reparou no cachorrinho que lhe farejava a perna.

Agachou-se para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono.   

Victor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu à porta.

Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria.

Estava por repreender Victor, que certamente lhe havia roubado o cachorro., mas não o   fez pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve.

Disse então:  - No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate.

Tome!! Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:

- Não posso aceitar. Somente queria fazer o bem ao cachorrinho.

- Tome-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto!

Você precisa de um emprego?

  Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.

 Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma. Chamava-se 'PARTE O PÃO DA VIDA',

 

publicado por luzdequeijas às 09:59
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Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

MEDIDAS POPULISTAS

Troika indignada com tolerância de ponto da Função Pública
 
21 de Abril, 2011por Luís Gonçalves
 
Os responsáveis do FMI, UE e BCE ficaram «chocados» com o anúncio de tolerância de ponto decretada para esta quinta-feira à tarde pelo Governo de José Sócrates, apurou o SOL.

Depois de uma primeira semana dedicada a recolher as necessidades de financiamento da economia, em que trabalharam no fim-de-semana, os representantes da troika continuam ao mesmo ritmo, incluindo nos feriados. Irão prosseguir o escrutínio do estado das contas públicas portuguesas, depois de ouvirem os partidos políticos, parceiros sociais (sindicatos e patrões ) e os bancos.

As reuniões da troika irão continuar para a semana com encontros com diversas entidades, embora o calendário das reuniões não seja conhecido. O grupo quer manter a «discrição», adiantou fonte ao SOL, e não irá fazer quaisquer declarações, estando a ser estudada uma eventual conferência de imprensa no final da visita a Portugal.

Com os parceiros sociais, a troika focou-se sobretudo nos temas da flexibilização laboral. Na esfera dos partidos políticos, o PSD reuniu-se com o grupo na sua sede com uma comitiva constituída por Abel Mateus, Eduardo Catroga Carlos Moedas e Orlando Carriço, tendo Pedro Passos Coelho dito mais tarde que o encontro serviu para avaliar a situação económica e política do país. O CDS também se encontrou com Paul Thomson e restante equipa, esta semana. António Pires de Lima esteve nessa reunião, realizada na sede do CDS. Foi anunciado que ele passará a liderar os centristas nas conversações com os elementos da UE e FMI.

Já o PCP, o BE e Os Verdes recusaram encontros com a troika.

As medidas do plano de ajuda a Portugal só serão conhecidas no final do mês, mas pelas reuniões mantidas com as entidades portuguesas e pela confirmação que o PEC IV será o ponto de partida , é de esperar que a UE e o FMI apostem numa nova subida de impostos com o IVA como hipótese mais provável. A redução e duração do subsídio de desemprego e a aceleração das privatizações também.

Um ponto parece certo: o processo de ajustamento da economia nacional será feito sobretudo na Função Pública.

luis.goncalves@sol.pt

publicado por luzdequeijas às 15:22
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PIEGUICES SÓCRATICAS

Quinta-feira, 21 de Abril de 2011
 

Os responsáveis do FMI, UE e BCE ficaram «chocados» com o anúncio

de tolerância de ponto decretada para esta quinta-feira à tarde

pelo Governo de José Sócrates, apurou o SOL.

 

O Afonso já lhes indicou onde está tudo o que precisam para trabalhar.

 

Agora só têm é de trabalhar e deixarem-se de pieguices.

Ainda mais com estas abertas...


publicado por Carlos Nunes Lopes às 14:55
publicado por luzdequeijas às 15:20
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ISTO SIM! É SOCIALISMO SÓCRÁTICO!

"sopa dos pobres"

"É pena que não ponham as pessoas em primeiro lugar", lamentou o provedor da Santa Casa da Misericórdia explicando que a cozinha tinha sido alvo de uma "desbaratização um dia antes da visita da ASAE ter encontrado algumas baratas mortas no chão".

lusa

O refeitório social de Faro que fornece mais de meio milhar de refeições diárias aos mais pobres, foi encerrado recentemente pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mas a Santa Casa da Misericórdia lamenta o facto.

Num aviso afixado na porta do refeitório social da Santa Casa da Misericórdia na Baixa de Faro pode ler-se: "Atenção, lamentamos informar que por encerramento da ASAE, este refeitório social não tem possibilidade de servir refeições durante um período indeterminado".

"É pena que não ponham as pessoas em primeiro lugar", lamentou hoje, em declarações à Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia em Faro, Candeias Neto, explicando que a cozinha havia sido alvo de uma "desbaratização um dia antes da visita da ASAE ter encontrado algumas baratas mortas no chão" e ter dado ordem de encerramento.

"Numa casa com mais de 400 anos de existência é natural que apareçam nos esgotos problemas com baratas e por essa razão, os responsáveis fazem de tempos a tempos uma acção de limpeza de desbaratização, explicou.

Antes da ASAE ter exigido o fecho, o refeitório social servia entre "500 a 600 refeições diariamente ao almoço" compostas por sopa, segundo prato, fruta e bebida.

A alternativa provisória da Santa Casa da Misericórdia passa por servir as refeições no infantário daquela instituição, localizado junto ao Refúgio Aboim Ascensão, que apenas está habilitado a servir 80 refeições, mas que nos últimos dias serve mais de 600 almoços.

Segundo Candeias Neto, a Santa Casa está a "realizar com urgência as alterações exigidas pela ASAE", nomeadamente no chão e paredes, para até ao "final do mês de Setembro as obras terminaram".

O provedor da Misericórdia de Faro, que é simultaneamente o representante da União das Misericórdias no Algarve, lamenta ainda que a autarquia de Faro demore oito meses a autorizar a realização de uma obra de melhoria do telhado da ala sul da Santa Casa e refere que se "chover muito corre-se o risco de o telhado desabar antes da autorização da autarquia".

 

publicado por luzdequeijas às 15:03
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PARTIDO SOCIALISTA EM DELÍRIO

Nos refeitórios sociais a procura quase triplicou

A classe média está a chegar à sopa dos pobres

07.11.2010 - 07:41 Por Natália Faria

Ficaram sem ter como pôr comida na mesa e começam agora a engrossar as filas nas instituições que prestam ajuda assistencial. Muitos dos 280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome são da classe média. Tinham emprego, férias, acesso à net e tv por cabo, cartão de crédito. Ficaram com uma casa para pagar ao banco, um subsídio de desemprego que tarda a chegar - quando chega - ou que já acabou. Um carro que já não sai da garagem.
É pelas idades e roupas mais cuidadas que se notam os novos utentes
 
É pelas idades e roupas mais cuidadas que se notam os novos utentes (Foto: Manuel Roberto)
 

Chegam à Assistência Médica Internacional (AMI), à Caritas ou às Misericórdias e pedem comida, ajuda para pagar os livros dos filhos, a mensalidade da casa, a conta da farmácia. Pedem, sobretudo, que não lhes divulguem o nome, porque nunca se imaginaram na posição de quem faz o gesto de estender a mão a pedir ajuda. "São pessoas que [nas cantinas comunitárias] comem viradas para a parede, têm vergonha de ser vistas ali, se lhes perguntamos o nome, fogem...", ilustra Manuel Lemos, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em cujos refeitórios comunitários (que substituíram as velhíssimas sopas dos pobres) "a procura aumentou entre 200 a 250 por cento".

Ainda nos refeitórios das misericórdias, as médias etárias baixaram "dos 65 ou mais para os 42 anos ou menos", calcula Manuel Lemos. E que quem ali vai já não são só os sem-abrigo, os velhos e os inempregáveis do costume. Prova-o a forma como se vestem. "São pessoas arranjadas e cuidadas, nota-se que já tiveram a vida mais equilibrada. Ficaram desempregadas, ou aconteceu-lhes outro qualquer desarranjo, mas naturalmente não deitaram a roupa fora...", conjectura o padre Rubens, da Igreja do Marquês, no centro do Porto, onde noite sim, noite sim, comem cerca de 200 pessoas, num serviço que foi concebido no ano passado para 40 (ver texto ao lado).

Na maioria das vezes, os pedidos chegam por email. "Desde o ano passado que nos chegam pedidos de professores, advogados, engenheiros: profissões que nada fazia prever que precisariam de ajuda institucional", diz Daniela Guimarães, educadora social na Cáritas do Porto. Por causa destes novos utentes, a Cáritas ampliou a sua oferta, que era alimentar e de vestuário. "Este ano criámos apoio medicamentoso, e, entre Janeiro e Outubro, investimos 5063 euros em medicação. Os apoios pontuais para pagar a água, a luz ou renda também não existiam, mas as pessoas começaram a chegar aqui já com a luz cortada ou com as casas em situação de execução fiscal e tivemos que começar a intervir aí também."

Na distribuição de roupa também houve alterações. "As terças-feiras à tarde continuaram a ser maioritariamente para os sem-abrigo e depois abrimos mais um dia para as outras pessoas que sempre viveram bem e que de repente...". E que repente ficam com os bolsos vazios a sugerir a necessidade de um emprego. Pessoas que, mesmo com emprego, de repente baixam a cabeça para contar que o dinheiro já não chega sequer para o café diário. "Há dias uma funcionária pública contava-me que, perante as colegas, disse que o médico a proibira de tomar café, porque tinha vergonha de assumir que não tinha dinheiro para as acompanhar."

Na maior parte das vezes, os pedidos chegam quando a retaguarda familiar já se desmoronou. E depois há "os recibos verdes, que não se encaixam nas "gavetas", porque não preenchem os requisitos para nenhum tipo de apoio", nota Daniela Guimarães.

Fechados em casa com fome

Menos mal quando pedem ajuda. Nos centros Porta Amiga, da AMI, 7026 pessoas pediram apoio social no primeiro semestre de 2010. Cerca de 75 por cento do total de 2009. A maioria entre os 21 e os 59 anos, ou seja, com idade para estar a trabalhar. Mas a coordenadora regional do Porto da AMI, Cristina Andrade, lamenta é pelos que não chegam a sair de casa. "Há muita gente fechada em casa, a passar fome. Com vergonha de sair porque nunca na vida pensaram ter que recorrer a uma instituição. Antes de cá chegarem, já venderam o recheio da casa, acumularam dívidas e só vêm quando as coisas estão em tribunal ou quando não têm para dar de comer aos filhos", relata. E insiste numa ideia que há-de repetir várias vezes: "Pedir ajuda é um direito, as pessoas têm que perder a vergonha de o fazer."

Não é algo que vá acontecer facilmente, na óptica do sociólogo Elísio Estanque. "Há aqui uma inconsistência de status. Do ponto de vista simbólico, as pessoas criaram uma imagem e um estatuto de classe média, mas agora vêem-se aflitas porque os orçamentos deixaram de cobrir os consumos a que estavam habituadas, e, portanto, deixaram de ter meios para responder em coerência com essa expectativa simbólica." "Escondem-se, porque ninguém gosta de ostentar a sua miséria, muito menos pessoas que tinham projectado para o exterior um estatuto diferente", especifica o autor do estudo Classes e Desigualdades Sociais em Portugal, publicado em 1997, em co-autoria com José Manuel Mendes. A situação actual só surpreende quem não andou atento aos números. Em 2003, o INE dizia que 20,4 por cento da população estava em risco de pobreza, ou seja, tinha rendimentos inferiores a 414 euros mensais. Em 2008, José Sócrates orgulhava-se de ter reduzido essa taxa para os 18,9 por cento. Se tivéssemos olhado para aqueles números antes das transferências sociais, percebíamos que a taxa de pobreza tinha aumentado na realidade de 41,3 por cento, em 2003, para os 41,5 em 2008. Agora, "o cenário está pior, com um peso muito maior de desempregados entre os pobres", reflecte Bruto da Costa, sem, contudo, arriscar números. Para percebermos como chegamos aqui temos que recuar alguns anos. "Por causa do crescimento económico, do desenvolvimento da administração pública e de um processo de concentração urbana muito brusco, entre outros factores, os trabalhadores começaram a acreditar que podiam pertencer à classe média e isso, aliado à facilidade de crédito, ajudou a que ficassem mais disponíveis para a compra de casas, assim como para os empréstimos para aquisição de carros, telecomunicações, equipamentos de longa duração. Tudo isso criou a ilusão de que a condição de classe média era sólida e estável. Ora, na verdade isso nunca aconteceu, porque as pessoas estavam era endividadas e o que esta crise está a provocar agora é um enorme defraudar dessa expectativa", acentua Estanque. Voltamos aos números: em Agosto, o incumprimento no crédito à habitação ascendia aos 1.957 milhões. E a casa é a última coisa que as pessoas deixam de pagar. "Enquanto tiverem um tecto não são sem-abrigo e conseguem esconder a miséria em que vivem", sublinha Cristina Andrade. No crédito ao consumo, a taxa de incumprimento é um pouco maior: sete por cento do total, ou seja, 1232 milhões de euros. Estanque olha para estes números e vê "uma classe média minimalista que está a atrofiar-se muito rapidamente". No mesmo sentido vai a análise do sociólogo Boaventura Sousa Santos. "A classe média é composta por aqueles que conseguem planear a vida, a ida dos filhos para a universidade, a compra do carro, as férias. Ora, as condições que tornaram possível o seu aparecimento estão a ser destruídas", constata, para concluir que, "se as democracias valem o que vale a classe média, então é evidente que a democracia portuguesa está a cometer suicídio".

publicado por luzdequeijas às 14:42
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DESCARAMENTO VERGONHOSO DO PS

Apoios sociais

PS diz que o PSD quer pôr um milhão de famílias a comer na sopa dos pobres

19.04.2011 - 22:57 Por Lusa

 

O PS mostrou-se esta terça-feira “estarrecido” com as declarações do vice-presidente do PSD Diogo Leite de Campos, a quem acusa de ter chamado aldrabões a mais de um milhão de portugueses que recebem prestações sociais.

“Estou indignado e estarrecido com a enormidade que hoje foi proferida por Diogo Leite de Campos, que é vice-presidente do PSD, não é um militante qualquer. Estas declarações não são deste tempo, isto é uma visão mais própria da Idade Média”, declarou à agência Lusa o dirigente nacional socialista Pedro Marques.

Diogo Leite Campos defendeu a atribuição de alguns benefícios sociais através de cartão de débito para evitar fraudes, dizendo que todos conhecem casos de pessoas que recebem subsídios para uma coisa e gastam noutra.

“O dinheiro não é do Estado, é nosso. Quem paga somos nós. Nós, contribuintes, temos direito a ter a certeza que o nosso dinheiro é bem entregue. Eu estou disposto a pagar 95 por cento do que ganho para subvencionar os outros, mas quero ter a certeza que é bem empregue, e que não vai parar ao bolso de aldrabões”, acrescentou.

Para o socialista Pedro Marques, que é também secretário de Estado da Segurança Social, o dirigente social-democrata “acabou a chamar aldrabões a mais de um milhão de portugueses que beneficiam destas prestações sociais".

“Queria pôr mais de um milhão de famílias portuguesas a comer na sopa dos pobres e a dormir em albergues”, indignou-se Pedro Marques, em referência ao discurso de Diogo Leite Campos, que deu exemplos de serviços onde o cartão de débito dos benefícios sociais poderia ser usado.

Para o PS, o líder do PSD, Pedro Passos Coelhos, “tem de desmentir estas declarações, que são um recuo a um tempo que não é o nosso”.

As afirmações do vice-presidente do PSD foram proferidas numa conferência sobre “O Projecto Social da Empresa e os Benefícios Sociais”, que hoje decorreu em Lisboa.

“Temos de continuar a dar benefícios sociais, mas não podemos dar a toda a gente. Temos de definir concretamente quais são as necessidades”, frisou.

O fiscalista, que considerou que o “Estado dá benefícios fiscais para saúde, educação, transportes [mas] na maior parte dos casos não sabe se esse benefício fiscal está a ser bem utilizado”, calculou que a dedução do “mínimo de existência” abrangeria cerca de 40 por cento da população.

publicado por luzdequeijas às 14:33
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