Quarta-feira, 30 de Julho de 2008

O TRIGO E O JOIO

As parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um conteúdo moral e didáctico, utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com a finalidade de transmitirem ensinamentos profundos. Sempre com grande simplicidade e brevidade. Poucas delas são longas. Normalmente tiradas da realidade do mundo cultural e social em que ele vivia, eram contadas com o propósito de transmitir verdades espirituais, ministradas com facilidade em todos os níveis sociais. Ele conhecia bem as diversas áreas da sociedade e sabia quais eram as suas necessidades. As suas mensagens estavam ajustadas à realidade que existia na sociedade que o envolvia.

 
Na parábola do “ Trigo e o Joio “ ( Mat 13,30. ) podemos ler: “Um homem semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e fez espiga, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e disseram-lhe: "Senhor, não semeaste semente boa no teu campo? Donde vem, pois, o joio?" Ele respondeu: "Foi um inimigo que fez isso". Os servos perguntaram-lhe: "Queres, então, que vamos arrancá-lo?" Ele respondeu: "Não, para que não aconteça que, ao arrancar o joio, arranqueis também o trigo. “ Deixai que os dois cresçam juntos até à colheita. Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei depois o trigo no meu celeiro.”
 
Na explicação desta parábola é dito que a ceifa é o ” fim do mundo” e os ceifeiros são os anjos. Depois disto fica a dúvida se será preciso esperar pelo fim do mundo para se saber quem é trigo e quem é joio. Será que isto só se pode concluir no Julgamento Final ? Todavia se Jesus falava para seres humanos, postos a viver no “campo”, ou seja o mundo, como poderão eles comportar- se face à actividade maligna do joio? Viver colado a ele, uma vida inteira sem denunciar as suas traições a Deus e aos Homens ? Mesmo sabendo e sentindo dia a dia que o joio são os filhos do maligno e o inimigo, que semeou o joio, que é o diabo ? Através da nossa consciência, identificamos nesta parábola o dilema em que todo o ser humano vive, ou seja, entre o bem e o mal. Nem precisaria de leis feitas pelo Homem para o saber. Os sinos tocam quando fazemos o mal e a alegria invade-nos quando praticamos o bem. Como nos diz Jesus “ Aquele que tem ouvidos oiça”. Basta ouvir a voz que vem de dentro de nós . A voz da consciência !
 
Concentremo-nos agora na doutrina de Cristo e nesta parábola , como um caminho ideal para o cristão. Concordamos que é elevado, sublime, atractivo. Mas talvez nos tenhamos de interrogar: será possível viver assim na sociedade de hoje? Levar à letra o espirito e a palavra de Jesus nesta parábola ? Não será avisado apregoar que o mal parece ter prosperado nos nossos tempos ! Dentro de todo este campo de Deus, que é a Terra, herança de Cristo, o joio é imenso. Demasiado . Não apenas joio, mas abundância de joio! O mito do progresso irreversível deslumbrou-nos. Não fora, uma greve de camionistas, virar o mundo em dois dias, e nós assumiríamos que tudo o que temos é nosso ! Para sempre. Em testamento passará para os nossos descendentes ! Triste ilusão. Nada nos pertence. Somos pó, e em pó nos tornaremos. De mãos vazias !
 
Em boa verdade o trigo e o joio vivem, agora,  como antes, lado a lado. Porém, o Homem experimentou, no último século um nível de bem-estar nunca antes atingido. O mais optimista do ser humano jamais o poderia imaginar. O chamado Estado social foi o responsável pela falsa sensação de segurança que o Homem abraçou. Reforma , subsídio de férias e desemprego etc. Nem tudo foram coisas boas, com elas, houve um certo “ vender a alma ao diabo” ! Na sociedade adquirida, o trigo e o joio deram as mãos. Foram promiscuamente cúmplices ! Perderam-se os valores porque o Homem perdeu a sua individualidade. Deixou de ser ele, para passar a ser um autómato às ordens das vozes de comando dos grupos. Dentro deles, cada Filho do Homem” é só mais um ! Adquiriu mais defesas mas perdeu a sua independência ! Passou a não poder denunciar os actos malignos do joio. As traições a Deus e ao próximo. Quando necessário, em sua defesa,  o Homem permitia que “as vozes de comando” mandassem molhos de joio atacar quem tinha razão. Às vezes muitos molhos. Até para atacarem gente indefesa. Gente boa. Que era preciso destruir em proveito dos interesses de grupo. Muitos indefesos, são metidos em guetos. De onde jamais sairão !O mérito foi abolido. Só atrapalhava ! Era a lei do joio a impor-se ! Havia, claro, os proscritos ! Os que não descobriam a existência dos grupos, nem do joio. Os poucos que se recusavam viver a sua vida em conformidade com os mandamentos da lei de Deus. As crianças assustadas com os raptos. Sem espaço de liberdade. Os idosos sem o carinho da família. Mais o quê ? Há, mais Deus que passou a existir na sombra do joio. Ou melhor esquecido pelos grupos e pela sua lei ! Lei dos Homens e do joio!
 
Cristo anunciou a separação, entre o trigo e o joio, para o fim do mundo. Até lá não toquem no joio! Que fazemos então ? Fingimos não saber quem é o trigo ou quem é joio? É certo que a vida nos chamou nestes tempos, em que muito se fala de paz e não há paz: nem nas almas, nem nas instituições, nem na vida social, nem entre os povos. Fala-se continuamente de igualdade e de democracia e abundam as castas: fechadas, impenetráveis. Chamou-nos num tempo em que se clama pela compreensão e a compreensão anda arredia . Atravessamos uma época em que os fanáticos e os intransigentes - incapazes de admitir as razões dos outros - se põem a salvo, chamando de violentos e agressivos aos que são as suas vitimas. Chamou-nos, enfim, quando se ouve murmurar muito sobre unidade e talvez seja difícil conceber que possa tolerar-se maior desunião entre os próprios católicos, para não falar já dos homens em geral.
 
Nós, os cristãos, que devíamos estar vigilantes para que as coisas boas, postas pelo Criador no mundo, se desenvolvessem ao serviço da verdade e do bem, adormecemos - triste preguiça, tal sono ! -, enquanto o inimigo e todos os que o servem se movem sem descanso. O joio cresce a olhos vistos : que sementeira tão abundante espalhada por todos os sítios! Pelo mundo que está doido. Doido por prazer, preguiça e abastança ! Herdámos este mundo. Temos de estar despertos. Mais dispersos do que nunca. O joio há um século, presenteou-nos com uma nova droga. Que nos tornou mais dependentes do que da própria droga. Deu-nos o petróleo e dele estamos totalmente prisioneiros. Ele está em depleção. Exaurido. E agora . Onde estão as conquistas ? Para onde vamos se Deus nos abandonar. Como filhos de Deus crescemos e multiplicámo-nos !

Demos as mãos ao joio enquanto o inimigo e todos os que o servem se aconchegam e protegem. Como cresceu o joio ! Nem deixa ver o sol ! A sementeira espalhou-se por todos os sítios ! E nós esperámos pelo fim dos tempos para proclamarmos a nossa luta pelo mérito ? Pelo que é justo ? Virámos de vez racionalistas sem convicções entre o Bem e o Mal ? Mortos vivos ?
Ou será que terá chegado o fim dos tempos e com ele a justiça Divina ?

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 21:07
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Segunda-feira, 28 de Julho de 2008

Desemprego em Portugal

 

O cenário não deverá mudar muito nos próximos anos, diz a OCDE. A instituição apresentou o relatório económico sobre Portugal que, em cada 18 meses, dedica aos seus membros. Nele afirma que o crescimento potencial da economia portuguesa é de apenas 1,5%. A taxa de desemprego em Portugal está cada vez mais longe da OCDE. Entretanto, começa a ser difícil perceber outros fenómenos que giram à volta de gente inactiva. Ou seja : o que é um desempregado e o que é um ser que vive, normalmente dum subsídio dado pelo Estado ! Sem qualquer preocupação, de ambas as partes, de promover a sua integração no mercado de trabalho.
Com a tendência para a manipulação das estatísticas, interiorizada pelo comum das pessoas, originada em práticas sobejamente conhecidas, nomeadamente ao nível da educação, os portugueses estão sempre de pé atrás. Querem entender mas , por vezes, não é nada fácil.
Principalmente quando ouvimos falar em Inactivos Disponíveis, que são as pessoas desempregadas, mas que desejam trabalhar e estão disponíveis para isso, mas que pelo facto de não terem feito diligências para arranjar emprego nas últimas 4 semanas anteriores ao inquérito do INE, apesar de estarem desempregadas, não são consideradas no cálculo da taxa oficial de desemprego.
Ou ainda em subemprego visível,que inclui os que trabalham menos de 15 horas por semana, apenas pelo facto de não encontrarem um emprego com horário completo, apesar de terem declarado que desejam trabalhar mais horas, mas que também não são consideradas no cálculo da taxa oficial de desemprego.
 
Ou aqueles que recebem “ Rendimento Mínimo Garantido “, em Junho de 2008 eram 334 865 mil pessoas ! Um milhão de euros por dia nos 6 primeiros meses deste ano. No 1.º semestre 206,7 milhões de euros ! Pela leitura dos jornais e a propósito dos acontecimentos da Quinta da Fonte, em Loures, toda a gente ficou a saber que a maioria daqueles moradores, mesmo com uma renda de 4 euros/mês, há mais de 5 anos não pagam rendas ! Ficaram também a saber que a grande maioria vive do ex - “ Rendimento Mínimo Garantido”, criado por António Guterres mais tarde rebaptizado por Paulo Portas para “ Rendimento Social de Inserção”. Mudou o nome mas não deixou de ser polémico, pois, há mais de 300 mil pessoas a beneficiar desta prestação. No caso da etnia cigana cobre mesmo 90% da sua totalidade ! No caso de famílias em exclusão tem todo o mérito. Só que a exclusão tem que ser corrigida de forma a que as pessoas possam ser integradas. Ao que parece isso não tem acontecido ! Assim, não passa de uma reforma com uma alcunha. Todos estes casos deveriam ser somados aos desempregados. Claro que isto não convém nada ao governo .
 
De modo que as taxas de desemprego são publicadas normalmente na sua versão mais “ soft “. Limpinhas sem osso ! Esta metodologia induz a uma diminuição das taxas de desemprego entre 1,5 e 2 %, no mínimo e sem considerar o RMG. No fim de cada trimestre, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os dados sobre o número oficial de desempregados no nosso País e sobre a taxa de desemprego oficial, informações estas que depois são amplamente divulgados pelos órgãos de comunicação social. Destas informações são retirados, ainda, todos os trabalhadores que sejam considerados empregados. Para tal basta que se tenha trabalhado apenas uma hora (é suficiente ter feito um biscate de uma hora) na semana anterior à data em que o inquérito foi realizado pelo INE, e tenha recebido um pagamento (incluindo uma gorjeta) em dinheiro ou espécie. Também são considerados como empregados aqueles trabalhadores que estejam ligados formalmente a empresas que já não funcionam. Portanto, todos estes trabalhadores, embora estejam de facto desempregados, são considerados nas estatísticas oficiais como estando empregados, portanto fazendo assim artificialmente baixar a taxa oficial de desemprego. É desta maneira que foi apurada a última taxa de desemprego em Portugal, que sobe para 7,5% em Maio de 2008.
E são esses dados que os portugueses conhecem. Mas em verdade existem outros !
 
O “desemprego corrigido”, obtém-se somando ao número oficial de desempregados os números do INE relativos aos “inactivos disponíveis” e ao “subemprego visível” , que são de facto desempregados . O crescimento do desemprego vai crescendo acentuadamente, mas ficámos a saber que os números que forem informados estarão sempre abaixo do real ou seja : da taxa de desemprego corrigida !           
 
Embora o desemprego em Portugal continue de facto a aumentar de forma preocupante, conforme os dados do INE revelam, observou-se uma forte quebra no crescimento das verbas aprovadas pelo actual governo para pagar fundamentalmente os subsídios a partir de 2005.
Isto, depois da promessa eleitoral do PM de promover a criação, neste mandato , de 150 mil postos de trabalho, torna a situação do emprego em Portugal alarmante. Principalmente se atentarmos no aumento da precariedade dos postos de trabalho : recibos verdes, contratos a prazo, situações de trabalho pontual ou ocasional , ou mesmo de ausência de contrato escrito. Temos que fazer melhor. Principalmente, se nos recordarmos de que a Crise Internacional ainda mal chegou .... . O pior está para chegar !

António Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 16:43
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Sábado, 26 de Julho de 2008

Os Jornais Que Temos

 

Dentro de todos os jornais portugueses, mormente semanários, o Expresso parece merecer uma vénia da grande maioria dos leitores . Com ele, todos eles se tornaram mais conhecedores e cultos. Porém, o jornal deste fim de semana ( 26/07 ), abusa num cântico de louvor e compreensão para com o actual governo. Bate-se em quem critica ( profetas da desgraça) e tecem-se rasgados elogios e desculpas para o depauperado panorama económico nacional. Vítor Constâncio, não faria melhor, do seu alto e independente cargo . As previsões do BdP , andam ao sabor das conveniências do governo, mesmo quando é muito arriscado desautorizar as previsões de credíveis instituições internacionais ! Se o PIB cresce 0,1 % é mérito do governo se desce 0,7 % é a crise internacional ! Em que é que ficamos ? E a experiência de vida dos portugueses ? Não conta?
 
No único artigo de feição critica como o nome sugere ( Massa crítica ), que salta por cima das célebres promessas eleitorais de Sócrates, lembra, com a-propósito, a sua entrada na governação, definindo a sua prioridade na política externa : “ Espanha, Espanha, Espanha “. Sem nunca referir o calamitoso défice externo com a Espanha ao fim de três anos ( 7100 milhões de euros ) faz a agulha e elege como parceiros prioritários a Líbia, Angola e Venezuela! Numa grande entrevista com o SETF Carlos Pina e num largo auto-elogio, este afirma:    “ voltava a alterar os certificados”. E afirma que ao reduzir a rentabilidade destes produtos toma uma medida do tipo : “ Robin dos Bosques”. Não admira está na moda! Explica depois que grande parte dos subscritores não são pequenos investidores. Bom o dito Robin deve estar baralhado. Para acabar com os ricos mata os pobres. Podia ao menos lembrar-se de que podia estabelecer escalões, a partir dos quais reduziria, sim, a rentabilidade. Dessa forma não destruía a poupança, tão útil e salutar, evitando a enorme corrida ao resgate. A impunidade é confrangedora (460 milhões de euros perdidos). A outra descoberta dos serviços públicos pagarem renda ao Estado pelas instalações que ocuparem, para financiamento dos monumentos nacionais, não joga muito bem com o sistema “ Simplex" implementado . Mas eles lá sabem. Ir de Lisboa ao Porto pelo Algarve ? Não lembra ao diabo! Responsabilização precisa-se.
 
Depois, no caderno de economia, em título garrafal : Investir à grande em Portugal “. Aí temos mais um espaçoso artigo sobre os famigerados “ PIN Turísticos “ ! Milhões aos milhões de investimentos e nem uma palavra para as despesas que nos cabem ! Qualquer pessoa, hoje, já visitou vários locais ditos turísticos ( Punta Cana, Cancun, Marrocos, Tunísia etc. ) e o que viu ? Locais bonitos, férias em conta, água morna, e à volta, quando isso é possível, um povo miserável ! Neste turismo as pessoas pagam a estadia nos seus países de origem e depois pouco ou nada gastam. O país receptor ficará, quando muito, com alguns empregos para emigrantes chegados a Portugal! Turismo para dar dinheiro só na Suíça e pouco mais. É outra gente. Outro país !
O nosso negócio, aquele que nos dá dinheiro, são milhares de PMEs, quando apostam em produtos de valor acrescentado, exportáveis. Essas são nossas. Não nos abandonam.
 
Noutro artigo podemos ler “ OUTRO SCOLARI, NÂO “. Bom o articulista mostra-se aterrorizado com a possibilidade do actual presidente da TAP se ir embora. O próprio afirma que com as coisas nesta situação, não pode sair. É insubstituível !
Isto representa um insulto para nós portugueses e particularmente para os empregados da TAP. Esta companhia foi o orgulho de Portugal no mundo inteiro ! Voou para todo os cantos,  com eficiência, alta qualidade e muita pontualidade. Cresceu e ajudou os emigrantes  primeiro que os consulados ou embaixadas, promoveu o turismo, salvou o país com volumosas entradas de divisas, muito antes do Sr. Fernando Pinto. Atravessou um mau momento, muito empolado, pelas vicissitudes da política, introduzidas nas empresas públicas e privadas. No país. Quanto ao Senhor F. Pinto seria bom que se falesse mais do seu curriculo e da sua passagem pela VARIG. Pouco sabemos disso. Só sabemos que esta grande companhia faliu . Também sabemos que depois de Scolari sair, temos um novo seleccionador chamado Carlos Queiroz e que é português. Ah, já conquistou vários títulos mundiais para Portugal. E o senhor SCOLARI ?
 
De salientar, sem mais delongas, outro título : “ CRISE, REFORMAS e ESPERANÇA.” Este articulista diz : “ A oposição, quando avançar soluções que impliquem custos, deve quantificá-las. Basta uma folha de A4. Que podemos dizer a isto? Bom que o governo gasta do OE milhões de euros por ano em estudos e toma decisões completamente erradas. Muitas . Lembram-se da OTA ? e tantas outras, como por exemplo a prioridade “ Espanha, Espanha, Espanha.”
 
Os partidos estão como o país, sem dinheiro. Um líder da oposição, a maioria das vezes tem que fazer estudos perdendo noites e pagando do seu bolso ! O articulista poderia ajudar a passar a crise, ensinando os partidos a fazerem estudos numa folha A4. O governo tem, segundo diz, muitos estudos e não os mostra à oposição. Mesmo quando solicitados na AR ! Quanto aos automobilistas que entopem as Auto-estradas, para verem um acidente na faixa contrária, talvez fosse bom lembrar-se de que a maioria dos portugueses não têm carro. Andam a pé ou de bicicleta !
Muitos passam fome e lutam desesperadamente . Perderam a esperança ! Também não discutem o passado, isso, é para o nosso PM. Outra promessa eleitoral falhada ! Temos que acabar. Chegou ao fim a folha A4. Depois de muito viajar, pode ser que o nosso PM ainda venha a tempo de ler o último artigo do expresse que se intitula " Estamos ainda a entrar na tempestade " ! Depois, até a etnia cigana precisará das " Novas Oportunidades". Mais um diplomazito....
António Reis Luz
publicado por luzdequeijas às 18:28
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Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

O Mercado de Queijas

 

Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO. As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado selectivas. Que saudades nos deixou o saudoso Carlos Saraiva.
 
Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem actividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo estado de alma !
Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas. Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra Isaltino de Morais. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.
Naturalmente faltava ao actual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também, humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes  “ independentes”, que tudo leva a crer que, afinal, não o são. Com o senhor vereador passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação !
 
Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa . Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo ( que teve), num local onde abunda a água ( um extenso lençol de água no subsolo ). Existem três bombas a retirar água e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado ! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitectos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.
O aspecto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento ! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial ( 1998/2001 ) em que manteve actividades lúdicas e muitas atracções artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha ( pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos ( ainda bem ), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas! Á frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais ! Liderou o IOMAF na última campanha autárquica, local e tem 71 anos e praticamente não sabe ler ! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. o IGAT deveria investigar. O abandono do mercado tem razões !
Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos , têm tentado fazer cultura (?) ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretendem manipular esta associação e ela não deixa ! Ela é, talvez, a única coisa independente em Queijas.
Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros paga-os a população ! O Centro Comercial da Cheuni está amorfo, mas por outras razões. Tem a ver com a situação muito periférica. Vive dos moradores da cooperativa.
De resto o centro de gravidade comercial e cívico de Queijas está a deslocar-se mais para a zona do Pingo Doce, Escola Secundária e Pavilhão. Numa área de qualidade e expansão acentuada iniciadas nos anos 1998/2001. O presidente da Junta não era guarda nocturno !
 
Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões.
Foi assinado em directo na SIC, para todo o país, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema, primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes . Existem gravações deste factos e por eles o presidente da Junta poderá certificar-se deles e ver como a Junta de então conseguiu estar em directo de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoa e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que também esteve presente um dos actuais “ independentes”, que faz parte do actual executivo. Provavelmente até já se esqueceu ! Não é autarca quem quer mas quem tem a benção! Mesmo que não valha muito como tal ! O povo paga tudo . É a vida.
António Reis Luz
 
 
publicado por luzdequeijas às 23:21
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Quarta-feira, 23 de Julho de 2008

“ Taxa Robin “

 

Esta é mais uma genialidade importada e publicada, sem a menor preocupação de se curar de saber da sua adaptabilidade à realidade portuguesa. Não há dois países iguais. Chega de importação de ideias !
Se o país votou maioritariamente neste governo, foi porque queria a aplicação do seu programa e não do programa da oposição ou de ideias importadas. O nome dado a este novo imposto é ofensivo para os milhares de pobres e para um Estado de direito. Dentro em breve, conceitos de esquerda e direita, progressista e conservador, serão também ridículos. São maneiras de mascarar situações !
A solidariedade irá ter para as pessoas um alto valor. Não o significado de uma simples taxa !
A escalada dos preços irá ser imparável . De há muito que se sabe ter o petróleo os dias contados. O crescimento das Sociedades Industriais também . Muitas coisas mudarão . A água e muitas matérias primas vão escassear. Teremos de reduzir as actividades da vida actual e quotidiana. A agricultura, o ensino, o comercio retalhista etc. Palavras como precariedade, produtividade, tecnologia, crescimento e muitas outras, perderão o seu sentido. É com isto que teremos de viver, prever, planear e governar. O estandarte das eólicas, é só isso. Nada mais. O mundo mais consciente dos graves problemas deste século tem procurado outras alternativas, a saber: hidrogénio, carvão, energia hidroeléctrica, energia solar, eólica e das ondas, petróleo sintético, despolimerização termal, biomassa, hidratos de metano, energia ponto zero e até a gravidade! Está concluído que todas elas não passam de complementares do petróleo! Sem ele nada !
Também se concluiu que a única alternativa, apesar de alguns perigos, é a energia nuclear! Não será por acaso que alguns países de economias emergentes já fizeram as suas encomendas aos dois únicos países que dominam o fabrico de centrais nucleares ( EUA e França). Quem não fez, nem daqui a 50 anos conseguirá este tipo salvador de energia !
 
Entretanto e por estas razões, este século enfrentar uma forte turbulência global . Irá surgir uma estabilidade diferente, a que for possível. A utilização do automóvel definha por completo. Os transportes terão de ser repensados. As pontes serão um luxo a equacionar. O próprio avião perderá a sua utilidade comercial e a procura exponencial que tem tido. O emprego terá um novo conceito e as leis do trabalho serão dia a dia acordadas , localmente, por aqueles que tentam sobreviver e dão as mãos. A população mundial era no início do século XIX de dois mil milhões de habitantes e hoje é de 6,5 mil milhões ! Eles sem petróleo viviam “ com uma sardinha para três “, nós sem o petróleo, só com muita inteligência iremos conseguir manter este estado !
A grave crise económica mundial e o fim do petróleo barato, põem à prova todos os conceitos de desenvolvimento do nosso país. É importante pensar o país nesta nova óptica. O Mundo está a fazê-lo, mesmo sem poderes de adivinhação ! Um governante não pode dizer-se surpreendido pelas crises que estão a chegar. Quem governa deve acima de tudo e em permanência, ter várias soluções para o mesmo tipo de problema. A razão deste facto é simples para quem entender que nos tempos que correm, as variáveis em presença vão mudando de valor e até vão surgindo outras impensáveis. Mesmo assim é preciso adivinhá-las ! Com a depleção virão, obrigatoriamente, grandes mudanças económicas. Viver será permanecer no mesmo local. A mobilidade de pessoas e mercadorias será lenta e difícil. Portugal precisa de um Plano de Ordenamento Integrado visto nesta óptica. Será nesta óptica que se deverão fazer os investimentos públicos. O país terá de ser olhado bem no seu interior. As suas aldeias abandonadas devem constituir no urgente Plano de Ordenamento Integrado uma importante referência ! Poderão ser a salvação. O território terá de ser um todo e nunca o que temos hoje; quase 5 milhões de pessoas a viverem nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. O resto do país muito abandonado! De notar que é desseordenamento que poderá nascer a interacção homem/ espaço, uma gestão que deve estar sempre presente nas tomadas de decisão de um governo. Sem por antecipação à chegada dos acontecimentos.Quem não tiver o dom de adivinhação fica de fora. Seja a planear ocupações, a optimizar o aproveitamento das infra-estruturas e, até, na preservação dos nossos escassos recursos.
 
Reabilitar uma boa rede de transportes ferroviários, ligando as aldeias e todas os centros populacionais entre si. Fazer um levantamento de saberes tradicionais perdidos. Ajudar os pequenos agricultores a dominarem boas técnicas agrícolas ( perdidas) e na comercialização dos seus produtos. Também na preservação de centenas de subculturas . Os mais velhos ajudarão os jovens a gostar do amanho da terra abandonada. Reabilitar saberes em extinção, como; fabricantes de arreios, ferreiros, ferradores, ténicas de fabrico de utensílios de agricultura, tratadores de animais de tracção e de produtores de carne e leite, etc. . A agricultura assumirá um papel de grande relevo em futuro próximo. Com métodos baratos e simples ! Quanto à pesca tudo se poderá passar do mesmo jeito. É uma fonte de alimentação a implementar de forma artesanal, dentro das nossas tradições.
 
Quanto aos investimentos e dentro deles, parece importante garantir a construção das barragens e de um plano de rega nacional. Não esquecer as mini-hidrícas. Muitas até em ribeiras e riachos.
A navegabilidade dos rios é obra indispensável, nomeadamente do Tejo, Douro, Mondego e Guadiana.
O TGV passará à história. A velocidade deixará de ter importância. O próprio avião perderá a sua utilidade comercial e a procura exponencial que tem tido. A Portela melhorada + Montijo e Alverca chegarão. O ensino e as escolas terão de ser repensados . A escola da aldeia e a sua professora são peça de grande utilidade. Os transportes escolares e as grandes escolas já foram. Os hospitais e Centros de Saúde também. O que era verdade há só três anos, já é mentira hoje. Etc.
 
Por último e, ainda, quanto à taxa Robin e à caótica situação em que os portugueses vão mergulhando a cada dia que passa, qualquer taxa sobre os produtos petrolíferos não passa de uma falsa panaceia. Depois do que se escreveu sobre os dias que aí virão, a dita taxa assume um significado muito pouco relevante! Ai isso, os brasileiros chamam "tapar o sol com a peneira" !
O governo afirma estimar arrecadar 100 milhões de euros retendo para si 20. Os restantes 80 euros vão para matar a fome aos pobrezinhos! Os outros portugueses, ainda não pobrezinhos (mas pobres), numa situação de desemprego crescente, de salários a descer desde o ano 2000, atulhados em créditos de emergência para pagarem a casa, com os cereais a ficarem caríssimos, as suas dividas dispararem em jacto, o desmantelamento dos sectores primário e secundário por falências aos milhares e, quando os portugueses já cortam no pão, espera o PM que estes portugueses continuem a andar de carro ? E a consumir como até hoje ! Não se diga que não foi prevista esta realidade quase certa. O consumo para.
Sem grandes estudos é quase certo que o valor da taxa Robin ( 100 milhões ) não chegará para suportar a baixa da receita nos combustíveis . Mais as do IVA, IRS e outras, ao que tudo indica, também, irão diminuir por efeito do abaixamento do consumo e salários.
Lá terá, mais uma vez o governo, que ir à classe média ( entretanto desaparecida ), buscar a salvação dos pobrezinhos. Não haverá Robin que nos valha. Nem haverá mais: "Porreiro pá ! ". Venha o senhor que se segue.
Talvez, também, não se tenha estudado a vantagem de baixar os preços dos combustíveis, baixando o ISPP ( escandaloso nos seus 60%). Não é orçamentalmente possível ?  Claro que é. Bastará retardar ou anular os investimentos em Betão ! Mesmo parcialmente. Bastará não se permanecer obcecado em ganhar eleições ! Servir o país é estar disponível para tudo. Até ao serviço da ONU.
Com os combustíveis mais baixos, poder- se – ia recuperar as PMEs e com elas recuperar as exportações, aumentar as receitas de impostos e diminuir o desemprego. Recuperar todo o tecido produtivo e em simultâneo, preparar novas formas de organização da economia, muito menos dependentes do petróleo e do gaz. Fazer aquilo que já se devia ter feito. Baixar a Despesa do Estado e a dependência do exteror. A divida pública. Lá dizem os ingleses: " The small is beautiful". E mais democrático!
Mudar é preciso, mas com o país unido, solidário e totalmente motivado. Não é com ataques à esquerda e à direita, mesmo quando tal não existe. É tempo de falar verdade, custe a quem custar .
António Reis Luz


publicado por luzdequeijas às 21:37
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