Há uns anos, onde a geografia obriga Trás-os-Montes a encontrar o Minho – na freguesia de Cavez, Cabeceiras de Basto –, uma mulher de 70 anos plantou 67 pés de canábis. Depois de ver as botas da GNR dentro de casa, a mulher chorava a realidade dela, ainda que não fosse bem, bem, a realidade. Tinha "confundido" os pés de canábis com tomatinhos franceses.
À jornalista, o vizinho acrescentou só a evidência: "‘Antão’ uma mulher da terra, sempre a mexer na terra, não vê que aquilo não podia ser tomates?!" A campanha eleitoral de José Sócrates tem contado com extraordinários apoiantes – e porque tão assíduos como entusiasmados pouco importa que não falem bem o português.
São imigrantes da Índia e do Paquistão – "inseridos na estrutura voluntária da campanha", segundo o PS, e, no entanto, afastados depois de serem notícia. No sábado, em Évora, Singh Gurmukh contou ao CM que seguia a caravana de graça, num acto de reconhecimento pelo apoio do Governo à sua comunidade – não teria sequer importância que por tão sincera gratidão recebessem transporte e comida. Não são os pezinhos de canábis, nem o transporte ou a comida gratuitos que unem estas duas histórias. É tudo o resto. É o fundamental – toda e qualquer (in)verdade, toda e qualquer conveniência.
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